Vírus traz nova ameaça à frágil estabilização da economia global

Mercado em Wuhan

(Bloomberg) — O surto do coronavírus ameaça interromper a frágil estabilização da economia global, que parecia se beneficiar do acordo comercial de primeira fase entre Estados Unidos e China e dos sinais de recuperação do setor de tecnologia.

Embora seja muito cedo para avaliar o impacto total na China, onde o feriado nacional foi prolongado e a cidade de Wuhan, na região central do país, está bloqueada, já está claro que o vírus afeta o consumo e o turismo.

A produção industrial também será atingida, já que as fábricas normalmente voltariam a operar a todo vapor após o feriado do Ano Novo Lunar, assim como o investimento privado. Esses fatores podem prejudicar economias dependentes da demanda chinesa. Os vizinhos asiáticos e exportadores de commodities devem sofrer o maior impacto, segundo a Bloomberg Economics.

Empresas globais, como Honda e Nissan, estão entre as que retiram trabalhadores da área afetada, enquanto operadoras de parques temáticos, cinemas, varejistas e redes de restaurantes estão suspendendo ou restringindo operações para proteger funcionários.

“O coronavírus de Wuhan representa um risco negativo significativo para o cenário econômico de curto prazo da Ásia-Pacífico em 2020 se a epidemia continuar a se espalhar nas próximas semanas”, disse Rajiv Biswas, economista-chefe para Ásia-Pacífico da IHS Markit, em relatório recente para clientes. “A extensão e a duração desse choque negativo para o crescimento econômico regional dependerão da rapidez com que a epidemia do vírus de Wuhan possa ser controlada.”

Marco zero

Wuhan sofre o maior impacto econômico. A cidade de 11 milhões de habitantes foi bloqueada em uma tentativa de conter a propagação do vírus, deixando estradas vazias e milhões de pessoas isoladas e ociosas.

A economia de US$ 214 bilhões responde por cerca de 1,6% do PIB nacional. É um centro vital de logística, fabricação de automóveis e aço na região central da China, ampliando o impacto da interrupção de viagens e produção no local.

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“Cadeias de suprimentos complicadas e produção ‘just-in-time’ podem significar que os cortes de produção nas fábricas de Wuhan terão efeitos mais amplos”, de acordo com Shaun Roache, economista-chefe da Ásia-Pacífico na S&P Global Ratings.

Feriado mais longo

Assim como a quarentena de Wuhan e outras partes da província de Hubei, a China estendeu o feriado atual por alguns dias, e outras províncias como Xangai pediram que empresas atrasassem a retomada das atividades por mais uma semana. Essa paralisação prolongada afetará o lucro das empresas chinesas, prejudicará o consumo e também reduzirá a produção e as exportações industriais, pelo menos temporariamente.

Economistas ainda calculam os números sobre o impacto disso tudo sobre o crescimento do PIB. Relatórios recentes do UBS, Nomura e Barclays Bank se basearam no surto da SARS em 2003 para conseguir uma estimativa.

O Barclays estimou que a confiança do consumidor e o consumo seriam afetados, o que poderia reduzir o PIB em 0,1 a 0,2 ponto percentual no primeiro ou no segundo trimestre. Em toda a China, se os gastos com itens como transporte e entretenimento discricionários caíssem 10%, a expansão geral do PIB seria reduzida em cerca de 1,2 ponto percentual, de acordo com estimativas provisória de Roache, da S&P.

Impacto global

A Bloomberg Economics acredita que a atual composição da economia chinesa comparada com a do surto da SARS de 2002-2003 poderia ampliar o impacto, em casa e globalmente.

“Um papel mais importante para o consumo, turismo e outras atividades de lazer, aumento em massa das viagens e potencial que mercados em pânico atinjam a confiança, significa que os riscos são maiores”, escreveu o economista-chefe Tom Orlik.

Ainda assim, sempre há uma chance de que as economias também se recuperem rapidamente.

“A Ásia tem espaço para respostas de política monetária e fiscal, e esses choques de vírus tendem a durar pouco e causam uma trajetória em forma de V na atividade econômica, pois há muita atividade reprimida quando o vírus atinge o pico”, disse Rob Subbaraman, chefe de pesquisa macro global da Nomura Holding, em Cingapura.

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Goldman não fará IPOs de empresas cujos diretores sejam todos homens brancos, excluindo Ásia

(Bloomberg) — O Goldman Sachs se prepara para aumentar a diversidade nos conselhos corporativos, mas o banco de investimentos excluiu uma região particularmente desafiadora da iniciativa: a Ásia.

O diretor-presidente David Solomon revelou esta semana que, a partir de julho, o banco não coordenará ofertas públicas iniciais para empresas que não tenham uma mulher ou representante de minorias em um cargo de direção. Mas a regra se aplica apenas a IPOs nos Estados Unidos e na Europa. A exclusão da Ásia é impressionante, dado o quão comum são os conselhos masculinos na região. Outros bastiões do domínio masculino, incluindo a América Latina e o Oriente Médio, também não foram mencionados.

Uma porta-voz do Goldman disse que o banco irá considerar a implementação do plano na Ásia e em outras regiões ao longo do tempo, depois de consultar seus clientes, à medida que a conscientização sobre a diversidade melhora nessas áreas.

“Atualmente, não há desculpa para as empresas terem conselhos sem diversidade e totalmente masculinos”, disse Fern Ngai, CEO da Community Business, um grupo de Hong Kong que defende práticas comerciais responsáveis e inclusivas. O Goldman “deve incluir a Ásia. Não vejo por que não.”

Inicialmente, o Goldman tem como alvo regiões onde as empresas avançaram em incluir mulheres em decisões de alto nível. Na Califórnia, a nova legislação exige a diversidade dos conselhos, com multas por não conformidade. A Ásia fica atrás não apenas dos EUA e da Europa, mas também da líder global África na proporção de mulheres nos conselhos de administração de empresas, segundo dados do McKinsey Global Institute divulgados no fim do ano passado.

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Cade aprova compra da Embraer pela Boeing

SÃO PAULO — O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra da Embraer (EMBR3) pela Boeing, alegando que as empresas não concorrem nos mesmos mercados e que não há risco de problemas concorrenciais decorrentes da aquisição.

Em nota, o Cade informou que sua decisão engloba duas transações: a aquisição pela Boeing de 80% do capital do negócio de aviação comercial da Embraer e a criação de uma joint venture entre ambas as empresas voltada para a produção da aeronave de transporte militar KC-390, com participações de 49% (Boeing) e 51% (Embraer).

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A autarquia concluiu que a compra da Embraer pela Boeing não deve impactar negativamente os níveis de rivalidade existentes neste mercado, apesar de as condições de entrada no setor não serem favoráveis.

“Na verdade, a ampliação do portfólio da Boeing deve aumentar sua capacidade de exercer pressão competitiva contra a líder Airbus, empresa que domina esse mercado”, explicou o Cade em nota.

Sobre a joint venture, o Cade “concluiu que não existe possibilidade de exercício de poder de mercado, uma vez que a operação não representa a união dos portfólios de aeronaves de transporte militar das empresas, mas apenas a participação em um projeto comum.”

A expectativa do Cade é de que a operação trará benefícios para a Embraer, que passará a ser um parceiro estratégico da Boeing. “Além disso, os investimentos mais pesados da divisão comercial, que possui forte concorrência com a Airbus, ficarão a cargo da Boeing”, disse.

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Moro garante permanência no governo e manifesta apoio a Bolsonaro em 2022

SÃO PAULO – Após a polêmica sobre um possível fatiamento da pasta que lidera, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, garantiu permanência no governo e disse que o caso está “encerrado”. Ele participou do programa Pânico, da Rádio Jovem Pan, nesta segunda-feira (27).

Ao ser questionado se deixaria o governo, o ministro respondeu “não ter motivo para não ficar”. “Eu nunca falei nada. O próprio presidente falou, na sexta-feira, que está encerrado”, disse. Em tom de brincadeira, o ex-juiz da Lava-Jato brincou que sua permanência no cargo ficaria conhecido como “o segundo Dia do Fico” no Brasil.

“Estou fazendo um trabalho que me comprometi com o presidente, que é um trabalho de sermos duros contra o crime organizado, criminalidade violenta e a corrupção, e os dados são positivos da segurança pública”, complementou.

O clima entre o ministro e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) havia esquentado depois de o mandatário admitir a possibilidade de discutir um fatiamento do ministério em duas pastas, em meio à cobrança de alguns secretários estaduais de Segurança. Um dia depois, porém, o presidente recuou e disse que a chance de isso acontecer hoje era “zero”. A iniciativa, se confirmada, reduziria o poder de Moro no governo.

Durante a entrevista, o ministro defendeu a importância de Justiça e Segurança Pública serem tratados pela mesma pasta e ressaltou resultados obtidos no primeiro ano de gestão em conjunto com secretários estaduais e municipais.

“Os resultados falam por si. Claro que é um mérito compartilhado com as forças de segurança estaduais e municipais onde tem. Mas 22% a menos de assassinatos em 2019 é algo que nunca houve… Não gosto de falar essa expressão, porque outras pessoas usaram no passado… Mas nunca aconteceu antes no país. É uma queda muito expressiva”, disse.

Figura mais popular do governo, superando o próprio presidente, Moro também descartou a possibilidade de se candidatar no próximo pleito. “Toda hora me perguntam isso. Daqui a pouco, vou ter que tatuar na testa. Em 2022, o presidente já apontou no sentido de que ele pretende a reeleição. É uma decisão dele, unicamente. E, claro, sou ministro do governo, vou apoiar o presidente Jair Bolsonaro”.

Ao ser provocado sobre a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro disse que ele deveria ter cumprido toda a pena que lhe foi imposta antes de ser solto. “O correto era ele ter saído após cumprir toda a pena dele. Acho que a revisão da prisão em segunda instância, com todo o respeito ao Supremo, foi um retrocesso. Mas acho que a perspectiva de a gente conseguir aprovar isso [no Congresso]“, avaliou.

Posição no STF

Durante o programa, Moro também disse ver como “natural” uma eventual indicação para uma vaga no Supremo Tribunal Federal. O ex-juiz da Lava-Jato chegou a ser cotado para assumir a vaga do ministro Celso de Melo, que deixará o tribunal no segundo semestre.

“Eu não gosto de discutir vaga quando a vaga não existe. É um negócio meio esquisito, parece que está aposentando o ministro antes de ele se aposentar. Acho que é uma perspectiva que pode ser interessante na minha carreira. Venho da magistratura, seria algo interessante, mas a escolha cabe ao presidente da República”, pontuou.

Quando questionado sobre casos de apurações incômodas ao governo, como a do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, o ministro negou qualquer interferência sobre as investigações. “O presidente sempre deixou bem claro, desde o início do governo, que não iria interferir em nada e os órgãos iam poder fazer o trabalho deles normalmente”.

Imprensa

Em uma brincadeira com o humorista André Marinho, o ministro aproveitou para cutucar a imprensa ao dizer que, com a Lei de Abuso de Autoridade, “não pode mais prender jornalista”.

Na semana passada, o jornalista Glenn Greenwald, fundador do site ‘The Intercept Brasil’, foi denunciado pelo Ministério Público por um possível envolvimento na invasão de celulares de autoridades brasileiras. A página divulgou uma série de informações envolvendo o ex-juiz e membros da força tarefa da Operação Lava-Jato.

No primeiro bloco do programa, o ministro chegou a provocar o jornalista ao dizer que teria sido “barrado” em sua entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na semana passada. Depois do intervalo, Moro afirmou que foi uma brincadeira.

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Confiança do comércio atinge maior nível desde fevereiro de 2019, segundo FGV

O Índice de Confiança do Comércio, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 1,3 ponto em janeiro deste ano e chegou a 98,1 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. É o maior nível desde fevereiro do ano passado, quando atingiu 99,8 pontos.

A confiança dos empresários do comércio subiu em 4 dos 6 segmentos pesquisados pela FGV. O Índice de Expectativas, que mede a confiança em relação ao futuro, subiu 3,8 pontos e atingiu 104,4 pontos, maior nível desde março de 2019 (104,7).

Já o Índice de Situação Atual, que mede a confiança dos empresários no momento presente, recuou 1,1 ponto e passou para 91,9 pontos.

De acordo com o pesquisador da FGV Rodolpho Tobler, a alta da confiança do empresário do comércio foi influenciada pela melhora das expectativas que voltaram a subir depois de um período de espera dos empresários no final do ano passado.

“Por outro lado, os indicadores de situação atual que vinham apresentando resultados mais positivos no final de 2019, recuaram em janeiro. Essa combinação de resultados mostra que o cenário de recuperação gradual persiste, ainda dependente de sinais mais fortes do mercado de trabalho e da confiança dos consumidores”, disse Tobler.

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Sapore anuncia compra do supermercado autônomo Zaitt e da Shipp

Zaitt

SÃO PAULO – Intensificando suas ações na área digital, a multinacional brasileira Sapore, presidida pelo empresário uruguaio Daniel Mendez, adquiriu participação majoritária das startups capixabas Zaitt e Shipp. A transação contou com a assessoria da Focal Capital.

A empresa de refeições coletivas coorporativas tem focado seus investimentos em tecnologia e na aquisição de startups, viabilizando o crescimento dessas unidades para formação de ecossistemas  – integrando os novos negócios a trabalhar em conjunto com a Sapore para otimização dos seus processos.

A Zaitt começou sua operação em abril de 2016, como mix de delivery de bebidas via aplicativo, e criou o primeiro mercado 100% autônomo da América Latina. As unidades presentes em São Paulo e Vitória funcionam sem funcionários e tem a compra guiada pelos próprios usuários.

Já a Shipp oferece uma rede de entregadores para os consumidores, seja para coletar um produto, realizar um serviço ou comprar algo por eles.

Para a multinacional, que possui cerca de 1300 restaurantes corporativos, servindo mais de 1,3 milhão de refeições por dia em todo o Brasil, um dos maiores benefícios da aquisição será o crescimento das operações nas áreas de varejo, super apps e na inovação gerada pelas duas startups, que transitam de maneira fluida entre os universos digital e físico.

“Nosso objetivo é agora gerarmos impacto real na vida das pessoas com um novo tipo de experiência, o qual tanto estabelecimentos quanto clientes se beneficiarão”, afirmou Daniel Mendez, fundador e presidente da Sapore.

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Supermercado Hirota vai entregar compra no trabalho do cliente

A rede de supermercados Hirota vai ter armários refrigerados próprios dentro de grandes empresas para agilizar as entregas de alimentos, refeições prontas, bebidas geladas e itens de conveniência adquiridos na sua loja online. O primeiro armário refrigerado será instalado dentro de uma área de convivência do centro administrativo do banco Itaú, no Tatuapé, zona leste da capital. No local há 5 mil funcionários. O serviço começa a funcionar no início de fevereiro.

“A meta é ter cem lockers (armários) refrigerados em dois anos”, afirma o diretor de rede Hélio Freddi. Se o plano se concretizar, ele calcula que essa nova modalidade responda por 7% das vendas da varejista, que fatura R$ 500 milhões por ano.

A estratégia de entregar as compras feitas por meio de aplicativos dentro de lockers instalados dentro de grandes corporações para que o consumidor retire os produtos no momento mais conveniente começou em abril de 2019 com o iFood, empresa de entrega de refeições.

Hoje há 128 iFood Box em oito cidades do País. O iFood informa que, no seu caso, o equipamento não é refrigerado.

“Hirota está sendo pioneiro no formato de locker refrigerado, é uma sacada legal”, afirma Alexandre Machado, sócio da GS&Consult.

Ele explica que armários refrigerados espalhados em espaços de terceiros para agilizar entregas são muito usados pela Amazon, gigante americana do comércio online, que é dona da rede supermercados Whole Foods.

“Estamos seguindo a onda do mercado”, afirma Freddi. Ele diz que a intenção é atrair clientes com conforto, experiência de compra e tecnologia.

As vendas de itens de supermercados ainda representam muito pouco do varejo online no Brasil: 2,5% do faturamento do e-commerce em 12 meses até outubro ano passado, segundo dados do Ebit- Nielsen. Mas esse setor é visto por especialistas como a grande alavanca para impulsionar as vendas online, especialmente com esse tipo de entrega conveniente.

QR Code

Cerca de 500 itens mais vendidos nas lojas Express do Hirota, entre produtos de rotisserie, comida pronta, bebidas, frutas, artigos de conveniência, entre outros, estarão disponíveis nesse sistema de entrega. Para fazer a compra, o cliente baixa o aplicativo no celular, escolhe o produto, paga pelo cartão de crédito.

Quando a compra é depositada no locker, a loja avisa que ela está disponível para retirada e envia um QR Code (código) pelo celular. Ele é a chave para a abertura do armário. Segundo a rede, o serviço não será cobrado.

Freddi explica que para ter rapidez nas entregas, os produtos sairão da loja Express, que é um modelo compacto. Essas lojas funcionarão como mini centros de distribuição. Hoje o Hirota tem 40 lojas na cidade de São Paulo, das quais 24 Express e 16 supermercados, que são pontos de venda maiores.

Nos próximos 16 meses, a varejista vai investir R$ 22 milhões na abertura de 12 lojas. Serão dez lojas Express este ano e dois supermercados no começo de 2021.

As duas lojas Express têm endereço certo: dentro da estação Eucaliptos do Metrô, linha Lilás, em Moema, e no prédio conhecido como Robocop, na Marginal Pinheiros.

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Da Honda ao McDonald’s: o impacto do coronavírus sobre empresas

Chineses com máscaras de proteção; coronavírus

(Bloomberg) — Empresas globais, como Honda Motor e Groupe PSA, estão retirando trabalhadores das regiões da China mais atingidas pelo surto do coronavírus. Operadoras de parques temáticos, cinemas, varejistas e redes de restaurantes estão suspendendo ou reduzindo as operações para proteger funcionários e limitar a propagação do novo vírus.

As medidas das empresas destacam a importância de Wuhan como um centro de manufatura, transporte e negócios. A cidade da região central da China possui mais de 500 fábricas e outras instalações, ocupando a 13ª posição entre as 2 mil cidades chinesas no banco de dados da cadeia de suprimentos da Bloomberg. É a capital da província de Hubei, que possui 1.016 fábricas, tornando-se a sétima maior de 32 dessas jurisdições.

Empresas japonesas possuem cerca de 54 unidades, companhias dos EUA controlam 44 e as europeias, 40, segundo os dados. Muitas fábricas são do setor automotivo e de transporte, e grandes nomes incluem PepsiCo e Siemens.

A China estendeu o feriado do Ano Novo Lunar até 2 de fevereiro em relação à data original de 30 de janeiro para reduzir o fluxo de viagens. As autoridades também bloquearam cidades com 40 milhões de pessoas ao redor do epicentro em Wuhan, enquanto tentam conter uma doença semelhante à pneumonia que já matou pelo menos 80 no país com cerca de 2.744 casos confirmados.

Países como EUA, Japão, Cingapura e Coreia do Sul também relataram casos de infecção.

Confira as medidas de algumas grandes empresas:

27 de janeiro:

  • Starbucks, McDonald’s e Domino’s Pizza. Das três redes de restaurantes dos EUA, a Starbucks é a mais exposta ao surto, impacto medido pela porcentagem da receita e lucro operacional em todo o mundo, de acordo com o analista da Guggenheim, Matthew DiFrisco. “A China representa uma região de alto crescimento e um contribuinte significativo para as metas de crescimento da receita global de longo prazo para as três empresas”, disse DiFrisco em relatório. A Starbucks, com cerca de 4.100 cafés na China, informou que está fechando algumas unidades, sem dar mais detalhes.
  • Tesla e Nio. Cerca de 8 milhões de carros foram vendidos no ano passado nas cerca de 40 cidades chinesas que têm 10 ou mais casos de coronavírus diagnosticados, ou 36,8% do volume total de varejo país, estimam analistas do Bernstein. Essas cidades responderam por 82,5% dos volumes de vendas de carros elétricos no varejo da Tesla e 68% do volume da Nio, segundo analistas.
  • Imax. A empresa com sede em Mississauga, Ontário, fechou temporariamente 70 mil salas de cinemas após o surto. O impacto da receita da Imax perdida durante o Ano Novo Chinês será de pelo menos US$ 60 milhões na receita global de bilheteria, de acordo com a MKM Partners. Se a epidemia durar mais algumas semanas, seria possível um rombo de US$ 200 milhões no primeiro trimestre, disseram analistas da MKM Partners em nota.
  • Nissan Motor. A montadora planeja retirar a maioria de seus expatriados e familiares de Wuhan usando um avião fretado enviado pelo governo japonês, disse uma porta-voz da empresa em e-mail.

26 de janeiro:

  • Honda Motor. A montadora vai retirar cerca de 30 trabalhadores e familiares japoneses de Wuhan usando uma aeronave fretada do governo, disse por telefone Teruhiko Tatebe, um porta-voz em Tóquio. Alguns funcionários necessários para manter as operações locais permanecerão na cidade.

25 de janeiro:

  • Groupe PSA. A fabricante dos carros Peugeot e de outras marcas disse que planeja retirar funcionários expatriados e famílias da área de Wuhan. Um total de 38 pessoas deixará a cidade, informou a empresa em comunicado.
  • Hennes and Mauritz. A varejista de roupas, mais conhecida como H&M, fechou um total de 13 lojas na região, segundo informações do jornal Svenska Dagbladet. A China é o quinto maior mercado da empresa em termos de receita, com 524 lojas em 31 de agosto.
  • A Ikea fechou seu depósito em Wuhan na quinta-feira, de acordo com a mesma reportagem.

24 de janeiro:

  • Walt Disney. A maior operadora de parques temáticos do mundo disse que fecharia sua unidade da Disneylândia em Xangai a partir de 25 de janeiro. A empresa está oferecendo reembolso aos hóspedes que compraram entradas para os parques temáticos ou fizeram reservas em quartos de hotéis. “Continuaremos a monitorar cuidadosamente a situação e a manter contato próximo com o governo local, e anunciaremos a data de reabertura após a confirmação”, afirmou a empresa em comunicado.
  • Delta Air Lines. A companhia aérea com sede em Atlanta divulgou uma medida que permite aos passageiros que viajam entre Pequim e Xangai entre 24 e 31 de janeiro a mudarem o itinerário uma vez sem ter que pagar multa.

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Mourão diz que governo vai editar MP para contratar civis em força-tarefa do INSS

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou que o governo deve editar uma nova proposta para contemplar a contratação de servidores aposentados na força-tarefa que busca reduzir a fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A contratação exclusiva de militares da reserva, regulamentada ontem por meio de decreto, enfrenta resistências no Tribunal de Contas da União (TCU) por supostamente romper o princípio de impessoalidade.

“A questão do Tribunal de Contas está pacificada, uma vez que existe a ideia que sejam convocados os funcionários do INSS que estão aposentados, isso só pode ser por MP ou por projeto de lei. É diferente do caso dos militares, que é expedido”, declarou Mourão.

Para ele, o ideal é que o governo edite uma MP – que possui vigência imediata após a publicação – e precisa ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias – para contemplar também a contratação de civis. O texto só deve ser publicado após o retorno do presidente Jair Bolsonaro da Índia, na próxima semana.

“Eles (civis) serão cobertos por uma MP ou um PL (projeto de lei). O ideal é que seja uma MP, para que o Congresso vote rapidamente. O Congresso está em recesso. Eu julgo que vai sair de qualquer jeito”, disse Mourão nesta sexta-feira.

Questionado sobre em quanto tempo a medida deve ser implementada, Mourão disse que não é possível avaliar. “O pessoal que não pertence aos quadros vai ter que ser treinado. Eu não sei quanto é que dura esse treinamento, ninguém me informou. Acho que, na melhor hipótese, em dois meses teria esse pessoal trabalhando”, disse.

Impessoalidade

Apesar dos questionamentos do TCU, Mourão alega que o decreto editado ontem pelo governo é “genérico” e “permite que os militares da reserva sejam convocados para atividades civis por um prazo determinado”, sem ferir o princípio de impessoalidade.

“Tem uma série de requisitos. O cara pode ser convocado desde pregar um prego em parede até auxiliar na questão do INSS”, justificou Mourão. “Pode até dizer que está dirigido para um grupo. Mas não são todos os militares que são obrigados. Eu não estou convocando o José, o João, o Antônio. Está aberto o voluntariado. Pode ser que ninguém queira. Eles não são obrigados. É diferente de uma convocação para defesa nacional onde os militares são obrigados a comparecer.”

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Vale: o que os analistas esperam para a ação da mineradora um ano após a tragédia de Brumadinho?

SÃO PAULO – 25 de janeiro de 2019. Este dia ficará marcado para sempre na história de centenas de famílias e na trajetória da Vale (VALE3), após a tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho (MG) que ceifou a vida de 270 pessoas, sendo que 11 continuam desaparecidas.

Naquele dia, em que a bolsa brasileira ficou fechada por conta do feriado de aniversário de São Paulo, os ADRs (American Depositary Receipts) da mineradora fecharam em queda de 8%, ainda em um cenário em que não se sabia as dimensões do acontecimento, mas com vários analistas já revisando as recomendações e projeções para a companhia, tendo em visto o abalo de reputação imediato e potencialmente o financeiro.

No Brasil, na sessão seguinte ao rompimento da barragem, da segunda-feira 28 de janeiro, o impacto foi sentido de forma ainda mais intensa nas ações, com os investidores tendo ainda mais informações sobre a tragédia: assim, os ativos caíram 24,5% na B3, levando a uma perda histórica de R$ 72 bilhões de valor de mercado em apenas um pregão.

Um ano depois do fatídico pregão, as ações praticamente voltaram ao patamar negociado no nível pré-crise: no dia 24 de janeiro de 2019, o papel VALE3 era negociado a R$ 56,15 e, na última quinta-feira, fechou a R$ 55,50 (em meados de janeiro, a ação ultrapassou a barreira dos R$ 56).

Mas, além de terem recuperado a cotação pré-Brumadinho, a ação VALE3 é vista com bons olhos quando o assunto é potencial de alta na B3 pela maior parte dos analistas de mercado. De 21 casas de análise que possuem cobertura para o papel, 15 (71,4%) possuem recomendação equivalente à compra para os ativos, enquanto 5 (23,8%) recomendam manutenção e apenas 1 recomenda venda (a ICBC research, com a última revisão de recomendação sendo feita em outubro de 2019).

As teses que guiam a visão mais otimista passam tanto pela visão de que a mineradora está conseguindo diminuir de forma bastante significativa os passivos sobre as demandas judiciais de Brumadinho, além de registrar uma forte geração de caixa, ter um prêmio de qualidade sobre o minério e estar prestes a retomar a sua produção para níveis pré-tragédia.

Porém, a companhia ainda enfrentará muitos desafios, sendo o principal deles a retomada da sua reputação, que ainda afasta muitos investidores (principalmente estrangeiros) da companhia, ainda mais em um cenário em que a questão ambiental se torna cada vez mais importante na escolha de investimentos de grandes gestores.

Recentemente, a BlackRock, gestora de US$ 7 trilhões e que possui participação de Vale (principalmente por conta de fundos passivos, atrelados a índices), destacou em carta que colocou as questões ambientais como centrais no processo de escolha de seus investimentos (veja mais clicando aqui).

A Vale tem tomado diversas medidas para reparar os danos e também mostrar seu comprometimento com ESG (como são chamadas as melhores práticas ambientais, sociais e de governança), conforme destaca Fernando Fontoura, gestor da Persevera Asset Management. A mineradora trocou seu presidente (saiu Fabio Schvartsman e entrou Eduardo Bartolomeo), está fazendo o descomissionamento das barragens do mesmo tipo que falhou, construiu unidade de tratamento para as reservas hídricas afetadas e se comprometeu a ter autogeração de energia limpa até 2030 e ser neutra em emissões de carbono até 2050.

“Entrando no tema do ESG, foi até um contexto bom para a Vale também repensar as operações que ela possuía e que não necessariamente faziam muito sentido, o que também desagradava o mercado”, afirma Fontoura, citando a redução da participação em sua operação de carvão em Moatize, em Moçambique.

O gestor vê a ação como bastante descontada em relação aos pares, apontando ter montado posição nos ativos ao longo dos últimos cinco meses também ao fazer uma análise sobre o minério de ferro, com a visão de que a queda dos preços da commodity não acontecerá de forma tão rápida quanto se previa.

Em meados de julho do ano passado, o preço do minério de ferro atingiu os US$ 120 tanto em meio à queda de produção no Brasil (em boa parte por conta da Vale) e na Austrália, além dos níveis baixos de estoque na China. Com isso, a percepção de boa parte dos investidores era de que tal patamar de preço não era sustentável e que, com a mineradora retomando a sua produção, o gigante asiático recuperando os seus estoques e com a incerteza sobre os estímulos do governo chinês para estimular a economia, as cotações da commodity iriam cair rapidamente para a casa de US$ 60 a tonelada.

Para Fontoura, a queda do minério acontecerá – mas não com tamanha velocidade que o mercado antecipou – aliás, o minério com 62% de pureza negociado em Qingdao está na casa de US$ 94 barris a tonelada, mostrando maior resiliência. Desta forma, há potencial de que os lucros da companhia surpreendam o consenso de mercado, também com o ambiente de retomada com volumes mais fortes de vendas, o que deve ajudar na diluição de custos e tornar as margens mais saudáveis.

Ano da redenção?

Em relatório recente, o Bradesco BBI reiterou a Vale como top pick do setor e classificou a companhia como “uma subestimada máquina de fazer dinheiro em modo de diminuição de riscos”, possuindo preço-alvo de R$ 87 para suas ações, ou um potencial de valorização de 57%.

De acordo com o banco, 2020 pode ser o “ano da redenção da companhia”, destacando sete temas para ela: i) as fases finais da negociação relacionadas a Brumadinho; ii) a perspectiva de altos dividendos; iii) a surpresa com o mercado mais apertado para o minério de ferro (como já destacado acima); iv) o crescimento da produção e os menores custos; v) a venda de ativos, caso da já citada Moatize e também a VNC (Vale Nova Caledônia), produtora de níquel e cobalto; vi) a evolução nas práticas de ESG e vii) o fim do acordo de acionistas.

Thiago Lofiego e Isabella Vasconcelos, analistas do banco, destacam que o múltiplo entre o valor de mercado (EV) e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) para 2020 é estimado em 4,6 vezes, desconto de 20% a 25% ante o nível em que as ações de seus pares australianos Rio Tinto e BHP são negociadas. A avaliação é de que o desconto deveria ser de cerca de 5%.

Os analistas apontam serem baixas as possibilidades de uma nova provisão em patamares substanciais para lidar com os acordo e indenizações de Brumadinho: o montante de US$ 6 bilhões reservados, sendo US$ 4 bilhões para indenizações e US$ 2 bilhões para o descomissionamento das barragens, é apontado como suficiente.

Com este episódio sendo resolvido pelo menos em termos de provisões, a Vale pode retomar a sua política de dividendos ainda no primeiro semestre, avaliam Lofiego e Isabella, podendo pagar entre US$ 5 bilhões e US$ 7 bilhões ao longo do ano, representando um dividend yield (indicador calculado pelo dividendo pago por ação dividido pela cotação do papel) entre 8% e 10%, considerado bastante atrativo

Também incorporando preços mais altos para o minério de ferro, normalização da produção, alavancagem baixa (até de forma ineficiente, nas palavras de Fontoura, gestor da Persevera) e altos dividendos, o Credit Suisse e o Itaú BBA também possuem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para a mineradora.

O Credit aponta que o anúncio de R$ 7,25 bilhões em juros sobre o capital próprio feita pela companhia em dezembro referente ao ano de 2019, no Investor Day, aumenta a confiança de pagamento de dividendos ainda em 2020.  A empresa não informou quando o dinheiro será creditado, já que continua valendo a decisão de suspender os pagamentos de proventos após a tragédia.

Já com relação à normalização das operações, o próprio ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, apontou que a Vale deve recuperar a produção atingida antes do desastre.

A mineradora produziu um recorde de 385 milhões de toneladas de minério de ferro em 2018 e estava prestes a elevar a produção para cerca de 400 milhões no ano passado antes do rompimento de uma barragem de rejeitos em Brumadinho, Minas Gerais. Contudo, a tragédia levou a um escrutínio regulatório rígido, que levou a empresa a suspender operações com 93 milhões de toneladas de capacidade.

Algumas operações foram retomadas, mas 50 milhões de toneladas de capacidade permanecem interrompidas e devem ser reiniciadas até 2021. Esse deve ser um dos fatores a reduzir o preço do minério mas, conforme aponta Fontoura, para a Vale, é preferível ganhar através de maiores volumes do que com preços mais altos por conta de uma menor produção.

Riscos no radar

Apesar dos pontos positivos, ainda falta muito para que a Vale consiga superar o caso Brumadinho – em termos de reputação, por sinal, os danos podem ser irreparáveis até mesmo no longo prazo.

O Bradesco BBI, por exemplo, destaca que o posicionamento dos investidores globais é claramente de venda e em meio a um ambiente de receios quanto a novos desenvolvimentos relativos ao rompimento da barragem.

Para Fontoura, mantendo as condições atuais, o desconto da Vale com relação às outras mineradoras globais pode permanecer ao longo dos anos, tanto por conta de um receio exacerbado de que um outro evento do gênero possa ocorrer novamente quanto pelo dano de reputação da empresa, que pode demorar para ser revertido.

Neste sentido, o estrangeiro que vê o mercado brasileiro de forma mais geral tende a ficar mais afastado da Vale, também levando em conta as manchetes mais negativas sobre o comprometimento do governo com o meio ambiente. Porém, quem acompanha a tese de investimentos mais de perto pode repercutir de forma mais rápida o processo de redução de riscos da mineradora.

Além disso, apesar de grande parte dos analistas estar otimista com os papéis, alguns se mostram reticentes, como é o caso da equipe de análise do Morgan Stanley, que possui recomendação equalweight (exposição em linha com a média). “Embora a relação risco-recompensa tenha melhorado, ainda esperamos ter maior clareza sobre o passivo em torno do acidente de Brumadinho antes de nos tornamos mais positivos com o papel”, afirmam.

Na última terça-feira (21), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou denúncia contra a mineradora, a consultoria alemã Tüv Süd e 16 pessoas. Conforme a acusação, ambas as empresas tinham conhecimento da situação crítica da barragem que se rompeu, mas não compartilharam as informações com o poder público e com a sociedade e assumiram os riscos. Logo após a apresentação da denúncia, os ativos VALE3 aceleram a queda na bolsa, mostrando que esse tema ainda é sensível para os mercados.

Entre os 16 denunciados, está o então presidente da Vale, Fábio Schvartsman, e mais 10 funcionários da mineradora. Os outros cinco ocupavam cargos na Tüv Süd. Eles foram acusados por diversos crimes ambientais e por homicídio doloso duplamente qualificado, levando em conta que as vítimas não tiveram possibilidade de defender suas vidas. Caso sejam condenados, apenas para o crime de homicídio, as penas podem variar entre 12 e 30 anos. As duas empresas também foram denunciadas pelos crimes ambientais e podem ser penalizadas com diversas sanções.

Assim, mesmo com as provisões, manchetes desse tipo afetam a percepção dos investidores sobre as ações. Apesar dos ativos registrarem um bom potencial de ganhos na visão da maior parte dos analistas de mercado, há riscos de, caso não consiga reverter os danos para a sua imagem, o “novo normal” para a Vale seja se tornar uma ação bastante descontada em relação aos seus pares internacionais.

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