Minerva capta R$ 1 bilhão em oferta de ações; Braskem paralisará unidade da Bahia e mais notícias

Em destaque no radar, está a oferta de ações da Minerva, que captou cerca de R$ 1 bilhão para o caixa da companhia. A CSN informou que venderá US$ 1 bilhão (R$ 4,16 bilhões) em notes nos Estados Unidos, com vencimento para 2028. Segundo a siderúrgica, o dinheiro levantado com a operação será usado no pagamento de outras notes emitidas pela empresa no passado e que vencem em 2020. Já a Petrobras comunicou que iniciou a fase não vinculante para a venda da sua participação na BSBios, produtora de biocombustível no Sul do Brasil.

Minerva  (BEEF3

O frigorífico Minerva confirmou a captação de R$ 1,235 bilhão com a oferta de ações a R$ 13, um desconto de 8,9% frente ao fechamento de R$ 14,27 da véspera. Do total, R$ 1,030 bilhão vai para o caixa da Minerva, com a emissão de 80 milhões de ações. Já a família Vilela de Queiroz, que controla a empresa, vendeu 15 milhões de ações. Com isso, obterá R$ 195 milhões.

As novas ações serão negociadas na B3 nos dias 27 e 28 deste mês. Segundo o frigorífico de Barretos (SP), a soma levantada com a oferta primária servirá para pagar dívidas e reduzir a alavancagem da Minerva.

CSN (CSNA3

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) precificou e começará a venda de US$ 1 bilhão (R$ 4,16 bilhões) em notes nos Estados Unidos, através da sua subsidiária CSN Islands XI Corp. Segundo a empresa, as notes terão vencimento em 2028 e pagarão juros de 6,75% ao ano. “A liquidação das notes está prevista para o dia 28 de janeiro”, informou. Com o dinheiro arrecadado com a venda, a siderúrgica de Volta Redonda (RJ) pretende recomprar a totalidade de outras notes, emitidas pela CSN Resources S.A., e que estão em circulação no mercado internacional. Segundo a empresa, essas notes que serão recompradas vencem em 2020.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras comunicou ao mercado que sua subsidiária Petrobras Biocombustíveis iniciou a fase não vinculante para a venda da sua participação de 50% na BSBios – Indústria e Comércio de Biodiesel Sul Brasil. A BSBios possui duas fábricas de biodiesel, uma em Passo Fundo (RS) e outra em Marialva (PR). A Petrobras Biocombustíveis possui 50% da empresa e os outros 50% são da sua sócia RP Biocombustíveis S.A. Segundo a petrolífera, tudo será vendido junto e faz parte dos planos de desinvestimento da estatal. A usina em Passo Fundo possui a capacidade de produzir 288 mil metros cúbicos de biodiesel por ano, enquanto a de Marialva tem a capacidade maior, de 411 mil metros cúbicos do combustível. Ambas as fábricas possuem espaços para armazenagem dos grãos.

Triunfo (TPIS3)

A Triunfo Participações informou na noite de ontem que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu as multas aplicadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) contra a sua subsidiária, a Aeroportos Brasil Viracopos. O Aeroporto de Viracopos (SP), controlado pela Triunfo e um sócio, está em recuperação judicial.

Braskem (BRKM5)

A petroquímica Braskem informou que fechará sua unidade industrial de cloro-soda em Camaçari (BA) porque a fábrica chegou ao fim da vida útil. Segundo a Braskem, a unidade funciona desde 1979 e tem a capacidade de produção anual de 79 mil toneladas de soda cáustica e 64 mil toneladas de cloro. A petroquímica informou que o fechamento acontecerá em abril deste ano por motivos de segurança. Segundo a empresa, todas as suas outras unidades em Camaçari continuarão a operar normalmente.

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Ibovespa fecha na máxima histórica com recuperação de bancos e alívio da OMS

SÃO PAULO – O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira (23) e renovou sua máxima histórica puxado pelos fortes ganhos das ações de bancos e depois da Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciar que “é muito cedo para considerar o novo coronavírus uma emergência internacional”. Os índices acionários dos Estados Unidos zeraram perdas com a notícia.

Na China já foram confirmadas 18 mortes e 600 pessoas infectadas pela doença. As autoridades do país decidiram isolar a cidade de Wuhan, capital da província de Hubei e epicentro da disseminação do vírus. Todos os voos e trens da cidade foram cancelados e o transporte público foi fechado, em medidas para evitar a propagação do coronavírus.

O Ibovespa teve alta de 0,96% a 119.527 pontos com volume financeiro negociado de R$ 25,14 bilhões.

A soma das participações dos bancos no Ibovespa é maior do que 21%, de modo que o setor é o mais pesado do índice. Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 2,37%, Bradesco (BBDC3; BBDC4) teve alta de 2,64%, Banco do Brasil (BBAS3) valorizou 5,62% e Santander (SANB11) mostrou um desempenho positivo de 1,96%.

De acordo com o trader de multimercados da Quantitas Gestão de Recursos, Lucas Monteiro, os bancos como um todo foram bem por um movimento conhecido como “rotation“. “Dado que o índice tem andado bastante, faz sentido trocar de setores, entrando naquilo que não andou muito e que está barato em termos de múltiplos”, disse Monteiro.

Enquanto isso, o dólar comercial registrou perdas de 0,21%, a R$ 4,1648 na compra e R$ 4,1668 na venda. O dólar futuro com vencimento em fevereiro tinha baixa de 0,26% a R$ 4,173.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 teve alta de cinco pontos-base a 4,99%, o DI para janeiro de 2023 registrou ganhos de três pontos-base a 5,57% e o DI para janeiro de 2025 avançou dois pontos-base a 6,32%.

A alta foi mitigada pelas declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que afirmou estar tranquilo com a inflação. Apesar de alta, os núcleos da inflação ficaram estáveis e o aumento do preço das carnes está diminuindo, disse ele.

Mias cedo, os juros subiam forte diante do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que registrou alta de 0,71% em janeiro na comparação mensal, segundo informou nesta quinta-feira (23) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou praticamente em linha com a alta esperada de 0,70%, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, depois de ter avançado 1,05% na medição anterior.

Em destaque, esteve a desaceleração do grupo Alimentação e bebidas, de alta de 2,59% em dezembro na base mensal para 1,83% em janeiro, que foi explicada principalmente pelo resultado da alimentação no domicílio (2,30%), cuja alta foi inferior à registrada no IPCA-15 de dezembro (3,62%).

“Contribuíram para isso as carnes, que passaram de uma alta de 17,71% no mês anterior para 4,83% em janeiro. Ainda assim, o item foi responsável pela maior contribuição individual no índice de janeiro, com 0,15 ponto percentual”, destacou o IBGE.

“Carnes até ajudaram, desacelerando mais rapidamente. Mas os demais componentes vieram mais pressionados. A média dos núcleos foi de 0,45% ante nossa estimativa de 0,35%”, disse à Bloomberg Flavio Serrano, economista-chefe do Haitong.

Ainda no radar, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu hoje por manter a taxa de depósitos em -0,5%, em linha com as expectativas do mercado. A linha de crédito marginal permaneceu com os juros em 0,25%.

A grande novidade, contudo, ficou por conta da mudança na política monetária que a presidente do BCE, Christine Lagarde, anunciou nesta tarde. “Não deixaremos de analisar nenhum aspecto da situação e a maneira como medimos a inflação claramente é algo que devemos revisar”, afirmou, deixando no ar a possibilidade de alterar as metas de inflação, atualmente em 2%.

De acordo com Lagarde, os riscos ainda estão puxados para o lado negativo.

Paulo Guedes e Bolsonaro

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem ao jornal Valor Econômico que o Reino Unido tem interesse em iniciar as negociações para um acordo de livre-comércio com o Mercosul logo após concluir o Brexit em dezembro deste ano. Guedes se reuniu ontem com o ministro britânico das Finanças, Sajid David. “Nós queremos e eles querem” resumiu Guedes, ao fazer um balanço sobre sua participação no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Representante brasileiro no Fórum Econômico Mundial, Guedes terá uma agenda voltada para debates em seu último dia no evento. Ele participará de duas mesas-redondas e de um painel sobre economia internacional, se encontrará com o presidente de uma empresa de energia e almoçará com representantes do jornal Washington Post.

Já o presidente Jair Bolsonaro embarca, na manhã de hoje, para a Índia, onde é convidado especial para as celebrações do Dia da República, no próximo domingo (26). A viagem deve incluir a assinatura de pelo menos dez acordos bilaterais, em áreas como segurança cibernética, bioenergia e saúde. A previsão é que o avião presidencial chegue a Nova Delhi por volta das 16h desta sexta-feira (24), horário local, sem compromissos oficiais previstos.

Judiciário

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a decisão do presidente do Tribunal, Dias Toffoli, que adiou por seis meses a criação da figura do “juiz de garantias” presente no pacote anti-crime sancionado no final do ano passado pelo presidente Jair Bolsonaro. Fux criticou pesadamente a figura do juiz de garantias: “A criação do juiz das garantias não apenas reforma, mas refunda o processo penal brasileiro”, afirmou. Fux é o relator original do caso.

Segundo Fux, a Lei tem “vícios de inconstitucionalidade” e Toffoli “ignorou dados da vida real” sobre o judiciário brasileiro. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ao jornal O Estado de S. Paulo que a medida de Fux “desrespeitou o Congresso, o presidente da República e o presidente do judiciário (Toffoli)” que aprovaram todos a Lei.

Noticiário corporativo

A Eletrobras comunicou que fará uma emissão de notes nos Estados Unidos para levantar US$ 1,75 bilhão (R$ 7,33 bilhões). Segundo a estatal elétrica brasileira, os papéis terão vencimento em cinco e dez anos e a soma será usada para reduzir o endividamento da empresa.

Já o Conselho de Administração da Copel, companhia estatal de energia elétrica do Paraná, aprovou a venda das ações que a empresa possui na Eletrosul. A empresa não informou qual é a sua participação na Eletrosul, que é uma subsidiária da Eletrobras.

Maiores altas

Ativo Variação % Valor (R$)
BRKM5 6.82068 38.84
BBAS3 5.25236 51.3
GOLL4 5.16407 39.1
COGN3 4.33628 11.79
CCRO3 3.67876 20.01

Maiores baixas

Ativo Variação % Valor (R$)
BRFS3 -2.52809 34.7
GNDI3 -2.33432 72.8
ABEV3 -2.09974 18.65
HGTX3 -2.0438 26.84
IRBR3 -1.95991 44.02

A Camil acertou a compra da LDA Spa por 37 bilhões de pesos chilenos. Já o  Carrefour Brasil divulgou suas prévias de vendas do quarto trimestre de 2019. O valor bruto consolidado somou R$ 17,6 bilhões no período, um crescimento de 11,4% na comparação com o mesmo trimestre de 2018. No acumulado do ano, as vendas chegaram a R$ 62,220 bilhões, alta de 10,4%.

(Com Agência Brasil e Agência Estado)

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Ações de varejistas subiram demais? Analistas veem que o rali pode ir ainda mais longe

SÃO PAULO – O Ibovespa avança mais de 1% no ano, mas um setor tem chamado mais a atenção dos investidores. Trata-se do varejista, liderado pela Via Varejo (VVAR3). que vê seus ativos subirem 34% no acumulado de janeiro até o dia 22 após ter registrado uma das maiores altas (de 154%) em 2019. Ações como B2W (BTOW3) e Magazine Luiza (MGLU3) também registram expressiva alta, com ganhos respectivos de 20% e 17%.

Com ganhos menos expressivos, mas ainda em alta bem superior ao Ibovespa, estão os ativos da Lojas Americanas (LAME4), com avanço de 10%, e de Renner (LREN3), com valorização de 6,5%. Em meio a esse cenário, novamente a pergunta vem à tona: os papéis das varejistas subiram demais? Ou ainda há espaço para mais altas?

Segundo o analista Pedro Fagundes, da XP Investimentos, o prêmio de risco do setor de varejo não só continua atrativo como está até acima dos últimos 12 meses.

A princípio, a alta nos preços das ações resultou em um aumento no múltiplo preço por ação dividido pelo lucro por ação (conhecido como P/L), que saiu de 24 vezes há dois meses para 27,5 vezes hoje, o que significaria um valuation mais esticado. Isso significaria uma atratividade menor para os papéis das varejistas cobertas pela casa de análise. Enquanto isso, as estimativas de lucro das empresas para os próximos 12 meses aumentaram por volta de 2% nos últimos dois meses, mostrando que não houve tantas mudanças nas expectativas para as companhias.

Contudo, o analista da XP avalia que a atratividade para o setor aumentou dada a recente redução nas taxas de juros e no risco-país, levando a uma queda relevante do custo de oportunidade e do risco dos investimentos no Brasil de maneira geral, avalia Fagundes. Assim, a análise é de que, apesar da alta expressiva dos preços das ações do setor de varejo, o prêmio de risco na realidade hoje é mais alto do que aquele observado 12 meses atrás.

Neste contexto, entre as varejistas, a XP acredita que as ações com maior potencial de valorização são aquelas com forte perspectiva de crescimento como Via Varejo ou de maior visibilidade de resultado, tais quais Vivara (VIVA3) e Lojas Renner.

No caso da Via Varejo, mesmo após a alta de 154% em 2019, Fagundes entende que o processo de reestruturação já melhorou as condições da empresa, mesmo estando apenas no começo. “Houve uma recuperação significativa do ritmo de crescimento de vendas totais no canal online”, lembra, destacando que a expectativa da XP é de um crescimento de 19% na comparação anual ao longo do quarto trimestre do ano passado.

“Continuamos confiantes na capacidade da nova administração continuar acelerando o ritmo de crescimento por meio de iniciativas importantes, como reformas de lojas, integração omnichannel e redução de despesas relacionadas a provisões trabalhistas”, defende. O preço-alvo da XP para Via Varejo é de R$ 17,00 por ação ao final de 2020, o que corresponde a uma valorização de 13% sobre a cotação atual dos papéis.

As ações de Pão de Açúcar e C&A, apesar de estarem com múltiplos P/L descontados de 17,7 vezes e 20,7 vezes respectivamente, devem ter resultados mais fracos na opinião de Pedro Fagundes, e portanto, o investidor deve ter mais cautela com elas.

A recomendação da XP é neutra para B2W, Carrefour Brasil (CRFB3), Lojas Americanas (LAME4) e Magazine Luiza.

Otimistas, mas com cautela…

O analista Richard Cathcart, do Bradesco BBI, avaliou em relatório recente que o rali das varejistas em 2019 deve continuar em 2020, mas expectativas mais otimistas merecem cautela. “Esperamos que as vendas em mesmas lojas cresçam de uma média de 5% em 2019 para 7% em 2020, o que deve levar a uma expansão de margem, uma vez que inflação parece bem ancorada”, comenta.

No ano passado, o avanço do setor se deu por conta das taxas de juros nas mínimas históricas e na queda do risco-Brasil para sua mínima em sete anos. Para este ano, a retomada da economia brasileira e a tendência positiva dos lucros das empresas deve manter altos os múltiplos do varejo. Todavia, com os múltiplos das ações esticados, seria prudente na avaliação do analista escolher bem quais papéis comprar no setor.

“A maior oportunidade estrutural para crescimento dentro da nossa cobertura é o e-commerce e nós continuamos otimistas com o tema”, aponta Cathcart.

O Bradesco elevou a recomendação de B2W para outperform (desempenho acima da média do mercado) e manteve Magazine Luiza, Lojas Renner, Arezzo (ARZZ3), CVC (CVCB3), C&A (CEAB3) e Grupo Pão de Açúcar (PCAR4) com recomendação outperform.

No caso da B2W, o Bradesco elevou a projeção do crescimento de volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) de uma taxa de crescimento composta anual (CAGR, na sigla em inglês) de cinco anos de 15% para 23% apoiada por uma visão mais positiva acerca da logística da empresa.

Já Renner se beneficia do perfil mais defensivo das suas ações em relação a outras empresas do setor. A Arezzo, por sua vez, teria como trunfo o histórico de definição de tendências e adaptação.

Para CVC, C&A e Pão de Açúcar, os múltiplos de 19 vezes, 22 vezes e 16 vezes poderiam se movimentar com a tendência de aumento nos lucros do setor como um todo. “Para CVC, esperamos sinais de inflexão no primeiro trimestre de 2019 e, para Pão de Açúcar, esperamos impacto positivo das conversões e renovações de lojas recentes também no mesmo período”, aponta.

As ações da Marisa (AMAR3), neste mesmo cenário, tiveram recomendação elevada para outperform, devido ao alto nível das vendas em mesmas lojas, depois de períodos bastante complicados após uma queda no volume dos últimos seis anos.

No início de janeiro, o Morgan Stanley iniciou cobertura para varejistas, também destacando que a mudança digital está acelerando na América Latina e pode gerar boas oportunidades. A recomendação é overweight (exposição acima da média) para Magalu, Renner, C&A e Mercado Livre (MELI, negociada na Nasdaq) , destacando que a visão positiva sobre liderança e multicanalidade reforça que há oportunidades ainda não precificadas nos papéis.

No caso de MGLU3 e MELI, a visão é para ganhos no longo prazo, enquanto para Renner a oportunidade com ganhos vem de margem e aumento do retorno sobre o patrimônio líquido (ROE). Já a C&A é vista como uma empresa com crescimento a um preço razoável (GARP).

A recomendação para as ações da Cia. Hering (HGTX3), o “patinho feio” das varejistas com queda de 20%, por sua vez, é underweight (exposição abaixo da média do mercado) – nesta semana, a companhia divulgou dados prévios para o quarto trimestre de 2019 bem fracos, aumenta a desconfiança dos investidores com a história de recuperação da companhia.

Confira abaixo as recomendações de analistas para as ações de varejistas, segundo compilação da Bloomberg:

Empresa Ticker Recomendação de compra Recomendação de venda Recomendação neutra
Arezzo ARZZ3 11 0 3
B2W BTOW3 6 1 11
C&A CEAB3 6 0 1
Carrefour CRFB3 4 0 11
Hering HGTX3 3 5 8
Lojas Americanas LAME4 11 0 8
Lojas Renner LREN3 16 0 4
Magazine Luiza MGLU3 9 1 5
Marisa AMAR3 4 2 1
Pão de Açúcar PCAR4 13 0 3
Via Varejo VVAR3 9 2 6
Vivara VIVA3 5 0 0

 

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Ações do Carrefour sobem mais de 3% com prévia forte do 4º tri; blue chips caem com investidores atentos à China

SÃO PAULO – Em uma sessão de queda para o Ibovespa com os investidores cautelosos antes da reunião da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Paris para decidir se declara o novo coronavírus da China uma emergência global, blue chips como a Vale (VALE3) e a Petrobras (PETR3;PETR4) registram baixa.

A Eletrobras (ELET3;ELET6) também tem queda após a forte alta da véspera e também com a notícia de que o governo pode tirar a receita prevista com a privatização da Eletrobras do orçamento de 2020 em meio às incertezas crescentes com a desestatização da empresa.

Já entre as maiores altas, o destaque fica para o Carrefour (CRFB3) após os dados prévios do quarto trimestre. Confira os destaques da quinta-feira (23):

Carrefour Brasil (CRFB3)

O Carrefour Brasil divulgou suas prévias de vendas do quarto trimestre de 2019. O valor bruto consolidado somou R$ 17,6 bilhões no período, um crescimento de 11,4% na comparação com o mesmo trimestre de 2018. No acumulado do ano, as vendas chegaram a R$ 62,220 bilhões, alta de 10,4%.

As vendas consolidadas sem gasolina cresceram 11,4% no trimestre, a R$ 16,842 bilhões. No ano, o número nesse mesmo critério teve alta de 11%, a R$ 59,377 bilhões.

As redes de varejo do Carrefour, sem contar os combustíveis, tiveram vendas brutas de R$ 4,987 bilhões entre outubro e dezembro, alta de 12,8%. As vendas no conceito mesmas lojas, ou seja, que não levam em conta lojas abertas nos últimos 12 meses, tiveram alta de 7,6%, o melhor desempenho em quarto trimestre dos últimos cinco anos.

O melhor desempenho do Varejo, segundo o Carrefour, continua refletindo as diversas iniciativas implementadas a partir de 2018 com relação aos preços e ao reposicionamento de sortimento, bem como as iniciativas comerciais e de transição alimentar

Segundo o varejista, a estratégia contínua de expansão em Cash&Carry levou a um crescimento adicional de 4,2% com a inauguração de 20 lojas de atacado em 2019 e 8 lojas dos formatos de proximidade, incluindo 8 lojas Atacadão no quarto trimestre. A rede de lojas do Grupo Carrefour Brasil totalizava 692 lojas no final do ano.

No Atacadão, o crescimento foi de 10,8% no quarto trimestre ante igual período do ano anterior para R$ 11,9 bilhões, impulsionado pela expansão (+6,0%) e de 5,5% na base mesmas lojas, reflexo de iniciativas “bem-sucedidas e de uma forte Black Friday”.

“Durante a Black Friday, o Carrefour registrou aumento de 54,6% nas vendas ante 2018 suportado por alta de 63,4% em vendas no Atacadão e 40% em vendas no Carrefour. O faturamento do Banco Carrefour apresentou aumento de 32%, atingindo mais de R$ 380 milhões em um único dia”, informa.

Segundo o Credit Suisse, a rede apresentou um desempenho de vendas sólido, acelerando as vendas no varejo pelo sexto trimestre consecutivo, além da expansão da sua operação bancária e da rede de atacarejo Atacadão. “O Atacadão cresceu 10,8% sobre igual período de 2018, para um faturamento de R$ 11,9 bilhões”, destaca. “Esperamos que este desempenho continue em 2020, por causa de uma inflação potencialmente mais alta nos preços dos alimentos”. Segundo o Credit Suisse, o Banco Carrefour também entregou um resultado robusto, com expansão de 28,9% para R$ 9,7 bilhões. Embora considere o desempenho do CRFB acima da média, o banco manteve a recomendação neutra para o papel.

Eletrobras (ELET3;ELET6

O governo pode tirar a receita prevista com a privatização da Eletrobras do orçamento de 2020, destacou o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, em entrevista à Bloomberg. O bloqueio se deve às crescentes incertezas em relação à privatização da empresa, que ainda precisa do aval do Congresso.

“Se não houver evolução no projeto da estatal nesse início de ano, vamos ter que contingenciar o Orçamento em R$ 16 bilhões”, disse Mansueto. O valor é quanto o governo espera arrecadar no processo de capitalização da Eletrobras, no qual aUnião deixará de ter o controle da companhia.
Nada indica, no entanto, que haverá evolução no andamento do projeto da Eletrobras no Legislativo. O líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo, afirmou à Bloomberg que o tema é espinhoso e que “não gostaria de falar em prazos” para a aprovação da proposta.

A Eletrobras comunicou ao mercado que fará uma emissão de notes no mercado internacional no valor de US$ 1,75 bilhão (R$ 7,33 bilhões), com vencimento em cinco anos (“notes 2025”) e com vencimento em dez anos (“notes 2030”). “Os recursos líquidos obtidos com a emissão das notes serão usados para o refinanciamento de dívidas da Companhia”, detalhou a estatal elétrica brasileira.

Linx (LINX3

O banco Credit Suisse comentou a prévia da empresa de software e informática Linx, que ontem divulgou resultado preliminar do quarto trimestre. O preço-alvo da ação foi diminuído de R4 43,00 para R$ 42,00, mas o banco manteve a nota acima da média para a Linx, porque aumentou as estimativas para a área de negócios Linx Core & Digital.

“Nós reduzimos nossas estimativas para a Linx Pay, mas no lado positivo aumentamos para a Linx Core & Digital. Os resultados devem melhorar gradualmente, mas existem novas iniciativas de difícil avaliação”, diz o relatório. A estimativa para o Ebitda foi cortada em até 8% (R$ 229 milhões) e para a receita líquida em até 39% (R$ 100 milhões) para 2020. “Um cenário negativo para a abertura de lojas ainda é um risco de baixa”, destaca a avaliação.

Cogna (COGN3)

A Cogna Educação informou que o contrato com a Vasta Educação para 2020 foi atualizado de R$ 686,6 milhões para R$ 716 milhões, passando a representar um acréscimo de 25% – e não mais de 20% – em comparação a 2019. A Vasta é o braço da Cogna (antiga Kroton) na educação básica. Com o reajuste, sobe em 25% o ganho da Cogna com cada aluno que estuda no ensino básico das suas escolas. A empresa informou que a atualização do contrato não deve ser vista como uma projeção de crescimento para a receita anual da Vasta.

Copel (CPLE6)

O Conselho de Administração da Copel, estatal de energia elétrica do Paraná, aprovou a venda da participação acionária da empresa na Eletrosul. A aprovação foi dada em reunião realizada ontem em Curitiba (PR). “O Conselho autorizou que a diretoria de Finanças delibere sobre a saída da Companhia de negócios que tratem de ativos financeiros não estratégicos”, diz trecho do texto da reunião.

A reunião aprovou a venda das ações da Copel na Eletrosul, mas não informou qual é a quantidade e o preço dos papéis que a empresa paranaense possui na Eletrosul. A Eletrosul é uma subsidiária da Eletrobras, que o governo federal planeja privatizar. Além das ações, a Copel tem participação em pelo menos três “linhões” que ligam o sistema elétrico do Paraná a Santa Catarina e ao Rio Grande do Sul. Um eventual valor da transação não foi revelado na reunião.

Minerva (BEEF3)

Está prevista para hoje a precificação de oferta primária e secundária da Minerva após bookbuilding. A companhia vai oferecer 80 milhões de ações, enquanto acionista VDQ Holdings ofertará outras 15 milhões. A expectativa inicial era que operação poderia movimentar R$ 1,37 bilhão, com base no preço de fechamento de 15 de janeiro de R$ 14,40. Mas o papel despencou ontem a R$ 14,05 após o Goldman Sachs rebaixar a recomendação da ação de neutra para venda.

A intenção do frigorífico é utilizar os recursos da oferta para fins de melhoria da estrutura do capital da companhia, por meio do pagamento de determinadas dívidas.

Embraer (EMBR3)

Acordo entre Boeing e Embraer foi suspenso novamente pela União Europeia em 21 de janeiro, segundo comunicado da Comissão Europeia. O bloco não fixou novo prazo para revisão, que já havia sido suspensa e retomada anteriormente, pois funcionários buscavam informações adicionais das partes sobre o acordo. A última vez foi em 9 de janeiro, quando a UE tinha estabelecido 30 de abril como novo limite.

Triunfo (TPIS3

A empresa de infraestrutura Triunfo Participações comunicou na noite de ontem à CVM que uma decisão do judiciário de São Paulo atendeu ao BNDES e à Infrabrasil, que são seus principais credores, e suspendeu o seu plano de recuperação extrajudicial. A Triunfo, em recuperação extrajudicial desde 2018, tem dívidas de R$ 2,4 bilhões, das quais R$ 1 bilhão são com o BNDES. Segundo a Triunfo, a decisão contraria uma sentença anterior da primeira instância. “Com efeito a partir de 23 de janeiro de 2020, os planos de recuperação extrajudicial da Companhia, bem como o da Concer, estão suspensos, fazendo com que os créditos abrangidos retornem às condições precedentes”, diz um trecho do fato relevante.

O BNDES e a Infrabrasil não se manifestaram. Além da BR-040 (Rio-Juiz de Fora) e de estradas no interior de São Paulo e do Paraná, a Triunfo controla o Aeroporto de Viracopos (SP). O aeroporto, contudo, não faz parte da recuperação extrajudicial. No Paraná, a Triunfo mantém uma disputa com o governo do Estado por causa do preço dos pedágios.

Tupy (TUPY3

A fundição Tupy aprovou um plano de recompra de ações que deverá se estender até 30 de dezembro deste ano. A quantidade inicial de papéis que será recomprada é relativamente pequena: 235 mil das pouco de mais de 66 milhões de ações da Tupy que estão no mercado. Segundo a empresa, as operações ocorrerão no balcão da B3.

Elekeiroz (ELEK3) 

A indústria química Elekeiroz, de Várzea Paulista (SP), comunicou ao mercado que Thiago Sguerra Miskulin, executivo da empresa, foi eleito presidente do Conselho de Administração da empresa. Ele substitui a Marcelo Marinho Cecchetto. A decisão foi tomada em reunião do Conselho na sede da indústria.

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(Com Bloomberg e Agência Estado)

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Tesouro Direto: taxas de títulos públicos sobem após prévia da inflação

SÃO PAULO – Os títulos públicos prefixados negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, operam em alta no início dos negócios desta quinta-feira (23).

Entre os indicadores, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,71% em janeiro na comparação mensal, 0,34 ponto percentual abaixo da taxa de 1,05% registrada em dezembro. O resultado ficou praticamente em linha com a expectativa do mercado, que era de alta de 0,70%, segundo consenso Bloomberg. No período, a maior pressão para cima veio do grupo de alimentação e bebidas.

Segundo o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), este é o maior resultado para um mês de janeiro desde 2016, quando o índice foi de 0,92%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,34%, acima dos 3,91% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

A agenda trouxe ainda o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), que acelerou, até 22 de janeiro, para 0,56%, contrariando expectativa dos economistas ouvidos pela Bloomberg de desaceleração para 0,44%. O indicador ficou acima do registrado na medição anterior, quando o resultado foi de 0,48%.

No ambiente internacional, investidores aguardam pela reunião da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Paris para decidir se declara o novo coronavírus da China uma emergência global. Até o momento, foram confirmadas 17 mortes e 571 pessoas infectadas pela doença.

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No Tesouro Direto, o título prefixado com vencimento em 2022 oferecia um prêmio anual de 4,99%, ante 4,98% ao ano na abertura de quinta-feira (22). O investidor podia aplicar uma quantia mínima de R$ 36,41 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação), ou adquirir o título integralmente por R$ 910,36.

Já o papel com prazo em 2025 pagava 6,34% ao ano, ante 6,32% a.a. anteriormente.

Nos títulos com retorno atrelado à inflação, as taxas apresentavam queda. O Tesouro IPCA+2024 oferecia uma taxa de 2,39%, ante 2,41% ao ano na véspera, enquanto o retorno do Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2035 cedia de 3,33% para 3,30% ao ano.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto

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Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

Entenda tudo sobre Tesouro Direto neste guia completo:

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Privatização da Eletrobras deve sair do Orçamento de 2020; vendas do Carrefour sobem 11,4% e mais destaques

As empresas de energia elétrica são destaques hoje. A Eletrobras comunicou uma emissão de notes que fará nos Estados Unidos para levantar um valor de US$ 1,75 bilhão (R$ 7,33 bilhões). Os papéis terão vencimentos em cinco e dez anos. Ainda no radar da estatal, o governo deve tirar a privatização da companhia do Orçamento de 2020.

A soma obtida com a operação será usada para refinanciar as dívidas da empresa. Já a Copel, empresa de energia elétrica do governo do Paraná, informou ontem que venderá suas ações na Eletrosul. O Carrefour Brasil, por sua vez, divulgou as prévias de vendas do quarto trimestre de 2019. Confira os destaques da quinta-feira (23):

Carrefour Brasil (CRFB3)

O Carrefour Brasil divulgou suas prévias de vendas do quarto trimestre de 2019. O valor bruto consolidado somou R$ 17,6 bilhões no período, um crescimento de 11,4% na comparação com o mesmo trimestre de 2018. No acumulado do ano, as vendas chegaram a R$ 62,220 bilhões, alta de 10,4%.

As vendas consolidadas sem gasolina cresceram 11,4% no trimestre, a R$ 16,842 bilhões. No ano, o número nesse mesmo critério teve alta de 11%, a R$ 59,377 bilhões.

As redes de varejo do Carrefour, sem contar os combustíveis, tiveram vendas brutas de R$ 4,987 bilhões entre outubro e dezembro, alta de 12,8%. As vendas no conceito mesmas lojas, ou seja, que não levam em conta lojas abertas nos últimos 12 meses, tiveram alta de 7,6%, o melhor desempenho em quarto trimestre dos últimos cinco anos.

O melhor desempenho do Varejo, segundo o Carrefour, continua refletindo as diversas iniciativas implementadas a partir de 2018 com relação aos preços e ao reposicionamento de sortimento, bem como as iniciativas comerciais e de transição alimentar

Segundo o varejista, a estratégia contínua de expansão em Cash&Carry levou a um crescimento adicional de 4,2% com a inauguração de 20 lojas de atacado em 2019 e 8 lojas dos formatos de proximidade, incluindo 8 lojas Atacadão no quarto trimestre. A rede de lojas do Grupo Carrefour Brasil totalizava 692 lojas no final do ano.

No Atacadão, o crescimento foi de 10,8% no quarto trimestre ante igual período do ano anterior para R$ 11,9 bilhões, impulsionado pela expansão (+6,0%) e de 5,5% na base mesmas lojas, reflexo de iniciativas “bem-sucedidas e de uma forte Black Friday”.

“Durante a Black Friday, o Carrefour registrou aumento de 54,6% nas vendas ante 2018 suportado por alta de 63,4% em vendas no Atacadão e 40% em vendas no Carrefour. O faturamento do Banco Carrefour apresentou aumento de 32%, atingindo mais de R$ 380 milhões em um único dia”, informa.

Eletrobras (ELET3;ELET6

O governo pode tirar a receita prevista com a privatização da Eletrobras do orçamento de 2020, destacou o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, em entrevista à Bloomberg. O bloqueio se deve às crescentes incertezas em relação à privatização da empresa, que ainda precisa do aval do Congresso.

“Se não houver evolução no projeto da estatal nesse início de ano, vamos ter que contingenciar o Orçamento em R$ 16 bilhões”, disse Mansueto. O valor é quanto o governo espera arrecadar no processo de capitalização da Eletrobras, no qual aUnião deixará de ter o controle da companhia.
Nada indica, no entanto, que haverá evolução no andamento do projeto da Eletrobras no Legislativo. O líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo, afirmou à Bloomberg que o tema é espinhoso e que “não gostaria de falar em prazos” para a aprovação da proposta.

A Eletrobras comunicou ao mercado que fará uma emissão de notes no mercado internacional no valor de US$ 1,75 bilhão (R$ 7,33 bilhões), com vencimento em cinco anos (“notes 2025”) e com vencimento em dez anos (“notes 2030”). “Os recursos líquidos obtidos com a emissão das notes serão usados para o refinanciamento de dívidas da Companhia”, detalhou a estatal elétrica brasileira.

Copel (CPLE6)

O Conselho de Administração da Copel, estatal de energia elétrica do Paraná, aprovou a venda da participação acionária da empresa na Eletrosul. A aprovação foi dada em reunião realizada ontem em Curitiba (PR). “O Conselho autorizou que a diretoria de Finanças delibere sobre a saída da Companhia de negócios que tratem de ativos financeiros não estratégicos”, diz trecho do texto da reunião.

A reunião aprovou a venda das ações da Copel na Eletrosul, mas não informou qual é a quantidade e o preço dos papéis que a empresa paranaense possui na Eletrosul. A Eletrosul é uma subsidiária da Eletrobras, que o governo federal planeja privatizar. Além das ações, a Copel tem participação em pelo menos três “linhões” que ligam o sistema elétrico do Paraná a Santa Catarina e ao Rio Grande do Sul. Um eventual valor da transação não foi revelado na reunião.

Triunfo (TPIS3

A empresa de infraestrutura Triunfo Participações comunicou na noite de ontem à CVM que uma decisão do judiciário de São Paulo atendeu ao BNDES e à Infrabrasil, que são seus principais credores, e suspendeu o seu plano de recuperação extrajudicial. A Triunfo, em recuperação extrajudicial desde 2018, tem dívidas de R$ 2,4 bilhões, das quais R$ 1 bilhão são com o BNDES. Segundo a Triunfo, a decisão contraria uma sentença anterior da primeira instância. “Com efeito a partir de 23 de janeiro de 2020, os planos de recuperação extrajudicial da Companhia, bem como o da Concer, estão suspensos, fazendo com que os créditos abrangidos retornem às condições precedentes”, diz um trecho do fato relevante.

O BNDES e a Infrabrasil não se manifestaram. Além da BR-040 (Rio-Juiz de Fora) e de estradas no interior de São Paulo e do Paraná, a Triunfo controla o Aeroporto de Viracopos (SP). O aeroporto, contudo, não faz parte da recuperação extrajudicial. No Paraná, a Triunfo mantém uma disputa com o governo do Estado por causa do preço dos pedágios.

Tupy (TUPY3

A fundição Tupy aprovou um plano de recompra de ações que deverá se estender até 30 de dezembro deste ano. A quantidade inicial de papéis que será recomprada é relativamente pequena: 235 mil das pouco de mais de 66 milhões de ações da Tupy que estão no mercado. Segundo a empresa, as operações ocorrerão no balcão da B3.

Elekeiroz (ELEK3) 

A indústria química Elekeiroz, de Várzea Paulista (SP), comunicou ao mercado que Thiago Sguerra Miskulin, executivo da empresa, foi eleito presidente do Conselho de Administração da empresa. Ele substitui a Marcelo Marinho Cecchetto. A decisão foi tomada em reunião do Conselho na sede da indústria.

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(Com Bloomberg e Agência Estado)

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Tesouro Direto: taxas dos títulos prefixados recuam nesta quarta-feira

moeda de R$ 1 notas de R$ 50 e R$ 100 real dinheiro

SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos prefixados negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentavam queda no início dos negócios desta quarta-feira (22).

As bolsas internacionais se recuperam da queda de ontem, com notícias de que a autoridade de saúde da China anunciou medidas para controlar o coronavírus, doença respiratória que matou nove pessoas e infectou outras 440.

Em dia de poucos indicadores domésticos, as atenções estarão na divulgação dos balanços das empresas nos Estados Unidos e nos dados do setor imobiliário do país.

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No Tesouro Direto, o título com retorno prefixado e vencimento em 2022 pagava 4,98% ao ano, ante 5,07% a.a. na abertura de terça-feira (21). O investidor podia aplicar uma quantia mínima de R$ 36,41 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação), ou adquirir o título integralmente por R$ 910,35.

O retorno do Tesouro Prefixado 2025, por sua vez, cedia de 6,41% para 6,32% ao ano.

Entre os papéis com rentabilidade atrelada à inflação, as taxas não apresentavam variação. É o caso dos títulos com prazos em 2035 e 2045, cujo retorno permanecia em 3,49% ao ano.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto

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Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

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Davos: clima pesa mais para investidor do que trapalhada política no Brasil

Polêmicas sobre meio ambiente respingam mais sobre a decisão do investidor internacional iniciar ou ampliar negócios no Brasil do que as recentes confusões políticas. Esse foi o sentimento de executivos brasileiros e estrangeiros consultados pelo Estadão/Broadcast informalmente nos corredores do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.

Um assunto que tomou conta do noticiário internacional recentemente foi a demissão do dramaturgo Roberto Alvim, que parafraseou em discurso o ideólogo nazista Joseph Goebbels em vídeo no qual também se ouvia uma das obras favoritas de Hitler, a ópera Lohengrin, do compositor Richard Wagner. Após a exoneração, o ex-secretário da Cultura compartilhou mensagem no WhatsApp dizendo desconfiar de uma “ação satânica” por trás do vídeo e de sua demissão.

“Esse foi mais um caso em que o governo trocou os pés pelas mãos, mas, sinceramente, isso não mexe com os investimentos, apesar de afetar a imagem principalmente na Europa e, mais especificamente ainda, na Alemanha”, disse um dos executivos consultados. Outro comentou que o caso chegou a ser “obsceno”, mas ressaltou que a reação imediata das redes sociais pressionou o presidente Jair Bolsonaro a tirar Alvim do cargo.

Uma terceira fonte comentou ainda que, enquanto forem isolados, os casos são tratados no exterior apenas como alegoria. “Muita gente vê o Brasil aqui fora apenas como o país do carnaval, da música e do futebol. Esse seria mais um novo perfil a ser reconhecido no exterior: o das trapalhadas do governo. Pode até não impedir investimentos, mas claramente também não ajuda.”

Para os entrevistados, porém, o governo não pode mais brincar em relação ao clima, que ganhou atenção de todo o mundo nos últimos anos. O próprio Fórum tem dado destaque para o tema e uma das conversas nas ruas de Davos é a de que o frio este ano na pequena cidade conhecida pelos resorts de ski não está tão forte quanto em anos anteriores, quando a temperatura chegou a -23ºC.

No geral, o inverno tem se mostrado menos rigoroso em toda a Europa e muitos atribuem essas temperaturas não tão baixas assim justamente às mudanças climáticas.

No início do segundo semestre do ano passado, os incêndios na Amazônia chamaram a atenção de todo o mundo. E três dos entrevistados ressaltaram a demora do governo em agir. “Se isso acontecer novamente neste ano, se houver queimadas na época mais seca e o governo demorar para agir, será um problema”, anteviu um deles.

Outro entrevistado salientou que é “uma pena” o Brasil ser apontado no exterior por causa dos incêndios na Amazônia justamente em um momento em que o setor produtivo e financeiro parece ter aderido à causa por meio de seus produtos, serviços e instrumentos. “O Brasil tinha tudo para estar nessa vanguarda, mas provavelmente perderá mais uma vez o bonde, e por bobagem”, lamentou.

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O que considerar ao receber uma proposta de emprego? Saiba como negociar salário e benefícios

SÃO PAULO – Embora o mercado de trabalho ainda esteja se recuperando da crise que o país enfrentou, uma proposta de emprego pode chegar a qualquer hora – não importa se o profissional estiver buscando um emprego ou não.

E um dos dilemas na hora de tomar uma decisão como essa é o que considerar. Muitas vezes, o profissional decide pelo impulso do “novo desafio” e só depois compreende que optou pelo pior caminho.

Aline Riccio, Diretora de Projetos da Korn Ferry, diz que o importante é refletir sobre o bônus ou ônus de uma possível mudança. “Parece óbvio, mas não é tanto assim, até porque cada vez mais o salário é um dos fatores secundários na decisão”, explica.

Com a ajuda de especialistas, o InfoMoney separou dicas essenciais para fazer essa escolha.

O que considerar

Aline explica que o profissional deve começar pelo básico. “Compare primeiro salário, benefícios, vale alimentação e transporte e plano de saúde. Nesse caso, são comparações numéricas e é uma relação de custo-benefício”, explica.

Depois, é importante avaliar a parte de relacionamento com o grupo, chefe e pares no emprego atual.

“Essa análise é bem importante e pesa na permanência ou não do profissional. Se ele ou ela tem um superior que não possui uma liderança ativa e motivadora, muitas vezes é o motivo de uma eventual saída, além do reconhecimento”, afirma.

Por último, é preciso fazer uma análise do que a executiva chama de “estima”.

“O profissional precisa entender os valores da empresa que está oferecendo a vaga e comparar com a atual ou sua última experiência. Ele ou ela se encaixam? Ainda, vale analisar a reputação da empresa no mercado, como é o plano de carreira e as oportunidades para crescer e se desenvolver lá dentro. É melhor do que o profissional já possui hoje? São reflexões que o trabalhador precisa fazer”, diz.

Segundo ela, esses três passos são importantes para que o profissional não decida no impulso e se arrependa depois.

Reinaldo Passadori, especialista em negociação e CEO da Passadori Comunicação, acrescenta alguns termos que o profissional deve levar em conta.

“A localização do emprego, por exemplo, pode levar muitos profissionais a pensarem com mais carinho. Um deslocamento casa-trabalho mais curto pode trazer mais qualidade de vida”, afirma.

Outro ponto lembrado por ele é em relação ao cargo. “É interessante comparar também o nível de responsabilidade. Às vezes, na prática, o cargo é o mesmo, mas o nome muda e a pessoa entende como uma promoção. Então, avalie a vaga para não se surpreender caso mudar”, sugere.

Durante a negociação

Após uma análise, o profissional vai chegar a uma conclusão e terá que dar uma resposta para a empresa que está fazendo a oferta – esteja ele trabalhando ou não.

Aline dá algumas dicas comportamentais para seguir durante a conversa. “Seja positivo e objetivo. Demonstre que você fez uma avaliação ponderada e explique os motivos para sua escolha, seja na resposta positiva ou na negativa”, afirma.

Ainda, ela explica que o segredo de uma negociação de sucesso é entender que a conversa não é o que se negocia, mas como se negocia. “Saber conversar e mostrar seus pontos de vista é crucial para não fechar portas pelo caminho. Além disso, na hora dessa conversa diga tudo o deseja, não deixe nada para uma outra oportunidade”, orienta.

Outro aspecto importante é demonstrar tranquilidade e segurança. “Você deve ser visto como alguém que eles querem trabalhar – mantenha a calma, ainda se estiver empregado. Não se desespere”, diz.

Passadori, especialista em negociação, também orienta que a pessoa vá para essa entrevista conhecendo a empresa com a qual vai falar, tendo ideia da política da companhia, momento econômico atual, e informações que lhe podem ser úteis na conversa. “A lição de casa é obrigatória independentemente da posição. Também não minta em hipótese alguma e não seja arrogante só porque foi procurado”, sugere.

Se o candidato vai para uma entrevista, mesmo que esteja empregado, deve mostrar interesse. “Mostrar que realmente está presente ali e mostrar vontade é um diferencial. Mesmo se o profissional recusar, ele não fecha portas. Além disso, ficar dois ou três anos em uma empresa hoje, já determina um ciclo e querer mudar faz parte”, afirma.

Sobre o salário e outros benefícios

Aline diz que, ao negociar o salário, é importante já ir para a entrevista com o número em mente. “Tenha um valor específico definido. Geralmente, entre 15% e 25% acima do seu último salário. Nem sempre é a prioridade, mas é um fator de peso”. Também é importante se certificar da política de bônus e PLR (Participação nos Lucros e Resultados), incluindo regras e período de recebimento para “ajustar o planejamento financeiro e despesas”.

Mas mais importante é “não leiloar o salário”. Segundo ela, o profissional não deve entrar no jogo: “quem pagar mais, receberá o ‘sim’”. “O trabalho deve ser valorizado para além de dígitos, não caia nessa armadilha de ficar pedindo mais e mais de ambos os lados – caso você já esteja empregado”, explica.

Passadori lembra que a empresa também tem seus limites. “Salário não é tudo, mas não significa que a pessoa não pode crescer. Ao mesmo tempo, a empresa tem seus limites. Por exemplo, um período de crise em que a companhia precisa colocar o pé no freio e fica sem margem de negociação. Saiba entender e respeitar esse momento e se não for suficiente para você, recuse”, orienta.

Sempre há espaço para perguntas, segundo Aline. “É importante entender também sobre home office e as possibilidades sobre esse tipo de flexibilidade no dia a dia, por exemplo. Hoje, oito a cada dez profissionais acreditam que esse benefício seja muito relevante”, diz. Mas também não adianta tentar negociar tudo: o ideal é focar em dois ou três aspectos de negociação, de acordo com ela.

Por outro lado, afirma que o profissional não deve perder tempo negociando seguro de vida, plano de saúde e etc. “A empresa já tem regras estabelecidas, busque saber as políticas e aplicações de regras desses benefícios e entender se fazem sentido para você”.

Para o público executivo, vale dar atenção para políticas de reembolso, viagens, carros, ações, além de conversar com um head hunter, para receber auxílio e eventualmente fazer uma contraproposta.

Vale lembrar que a contraproposta é algo possível para profissionais de qualquer nível, mas geralmente ela pedida quando há a intenção de ficar na empresa que já está atuando. “Isso mostra seu interesse em ficar na casa, e geralmente o que é reajustado é salário e benefícios, já que nessa situação entende-se que você está feliz com o ambiente e cultura, por exemplo”, afirma a executiva da KornFerry.

Como recusar ou dar a notícia na empresa atual

Se o profissional decidir recusar, a chave é, apenas, fazer isso com educação, segundo Passadori. “Se a pessoa tiver bom-senso e maturidade durante a conversa e explicar os motivos de não querer mudar ou aceitar a proposta, não há problema algum”, diz.

Ele explica que entrar e sair de uma empresa é normal. “Deveria ser visto como algo comum. É um processo, se não estiver feliz muda e vá atrás de um emprego que dê a satisfação que procura”, diz.

Aline reitera que o profissional deve buscar sair da empresa atual ou recusar a proposta sem acabar com oportunidades futuras.

“Se optar por sair da empresa que está, deixe claro todas as conquistas que teve, demostre que o próximo passo vai ser importante, mas que em algum momento da vida, pode voltar. Se vai recusar a proposta de uma outra empresa, explique que ainda tem alguns desafios para cumprir no atual emprego, sempre agradeça a oportunidade e valorize a empresa que te procurou”, orienta.

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