Tesouro Direto: após dispararem ontem, taxas de títulos públicos registram queda nesta 5ª feira

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SÃO PAULO – Em mais um dia de forte volatilidade nos mercados mundiais e na sequência de um corte de meio ponto percentual na Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira (18), o Tesouro Direto registrou novas suspensões e encerrou os negócios desta quinta-feira com taxas menores que no dia anterior.

No mercado acionário, o Ibovespa fechou com alta de 5,15%, aos 68.331 pontos, enquanto o dólar comercial registrou queda de 1,8%, a R$ 5,102 na compra e R$ 5,1041 na venda.

No fim da tarde, o título prefixado com prazo em 2023 pagava 6,96% ao ano, ante 7,02% a.a. no pregão anterior, enquanto o retorno do Tesouro Prefixado com juros semestrais 2031 caía de 8,98% para 8,92% ao ano.

Entre os indexados à inflação, o Tesouro IPCA+2026 oferecia um prêmio anual de 4,13%, ante 4,16% a.a. na tarde de quarta-feira (18). Já os papéis com vencimentos em 2035 e 2045 pagavam uma taxa de 4,37% ao ano, ante 4,58% a.a. anteriormente.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos ofertados nesta quinta-feira (19):

Noticiário

No comunicado divulgado ontem após a decisão do Copom, o Banco Central falou em “cautela” e disse que, neste momento, vê como adequada a manutenção da taxa Selic em seu novo patamar.

Em relatório, o Credit Suisse diz ver a autoridade monetária agindo de forma mais sensível à evolução do cenário macroeconômico em suas próximas reuniões. O banco não descarta, contudo, algum espaço para novos cortes da Selic, como resultado da alta probabilidade de deterioração dos indicadores de atividade econômica nos próximos meses.

De olho no impacto recessivo da Covid-19, JP Morgan e Goldman Sachs voltaram a revisar suas expectativas para a expansão do PIB brasileiro.

Hoje, os mercados seguiram acompanhando os esforços para combater o coronavírus. Na noite de ontem, o Banco Central Europeu (BCE) lançou um pacote de 750 bilhões de Euros para prover liquidez aos mercados.

Hoje o Bank of England (banco central da Inglaterra) cortou os juros em 15 pontos-base, para 0,1% ao ano. A autoridade monetária também elevou sua compra de títulos da dívida britânica em 200 bilhões de libras, para 645 bilhões de libras.

No Brasil, por conta do avanço no número de casos da doença, a Câmara aprovou o decreto que reconhece calamidade pública até 31 de dezembro e permite o descumprimento da meta fiscal. Também foi aprovada a MP 899, que permite a renegociação de dívidas. O Senado precisa votá-la na semana que vem para manter a eficácia da medida.

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Selic cai a 3,75% e Bolsa já perde 42% no ano: como investir nesse cenário?

SÃO PAULO – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu hoje cortar a taxa básica de juros em meio ponto percentual, para 3,75% ao ano – novo piso histórico. Em linha com o que tem sido praticado por bancos centrais ao redor do mundo, o movimento passou a ser esperado pelo mercado financeiro com a deterioração das expectativas, em meio ao avanço da epidemia de coronavírus e seus impactos sobre a economia.

O cenário segue bastante turbulento para ativos de risco e, com a Selic cortada mais uma vez, as dúvidas do investidor só aumentam: como se comportar nesse contexto? É hora de reduzir a posição em Bolsa ou comprar mais? Ainda faz sentido investir na renda fixa? O InfoMoney conversou com planejadores financeiros, assessores de investimento e gestores de patrimônio para buscar respostas a essas e outras questões.

O consenso é que, diante de um ambiente ainda muito incerto, o investidor deve ser cauteloso, seguir fiel ao seu perfil de risco e não apostar todas as fichas em uma única aplicação – nem de uma única vez. Apesar das turbulências, há oportunidades tanto em Bolsa quanto em renda fixa.

Uma coisa, porém, é fato: com juros na mínima, produtos com retornos pós-fixados, indexados ao CDI, estão rendendo cada vez menos e podem, inclusive, perder da inflação, e o mesmo acontece com a rentabilidade da caderneta de poupança, que é atrelada à taxa Selic.

Nos últimos 12 meses até fevereiro, a caderneta rendeu 4,02%. Agora, com a Selic em 3,75% ao ano, o retorno anual da poupança passa a ser de 2,62%, portanto, perdendo para demais aplicações conservadoras e até para a inflação, caso a estimativa de alta de 3,10% para o IPCA neste ano se confirme.

Confira a seguir como R$ 10 mil renderiam hoje ao longo dos próximos 12 meses, considerando três cenários para a Selic: com cortes para 3,75% ao ano, para 3,50% ou 3,25% ao ano.

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Bolsa: é hora de comprar?

As últimas semanas não têm sido fáceis para os investidores de renda variável. No Brasil, com um ambiente de forte aversão a risco, o “circuit breaker”, mecanismo disparado pela Bolsa para interromper a sessão quando ocorrem oscilações muito bruscas e atípicas no mercado de ações, foi acionado nada menos do que seis vezes pela B3 nos últimos dias, hoje inclusive.

No ano, o Ibovespa cai 42,2% e é negociado no menor patamar desde 2017. Com investidores amargando perdas, a dúvida é se ainda faz sentido insistir nas posições e até aumentar a alocação, ou se é melhor vender e assumir as perdas.

Na avaliação de Renan Rego, sócio e gestor da gestora de patrimônio G5 Partners, o momento é interessante para aumentar a fatia de risco do portfólio, desde que haja parcimônia.

Segundo ele, a ida às compras deve ser feita aos poucos e respeitando certa liquidez do portfólio, dado que o cenário ainda promete novos desdobramentos – o que pode afetar o preço dos ativos e abrir novas portas de entrada.

“Não é para utilizar o bolso inteiro para migrar para o risco, mas parte dele. É preciso preservar a liquidez caso a Bolsa continue caindo, para que o investidor não perca uma oportunidade que pode ser única.”

Renan Rego, da G5 Partners

A opinião é compartilhada por Felipe Dexheimer, coordenador de alocação da XP Investimentos, que diz ver preços atrativos na Bolsa e sugere uma alocação gradual, ao longo de seis meses, quando a turbulência dos mercados poderá passar.

“Se optar por ações individuais, [o investidor] tem que entender se o setor vai sobreviver a esse tumulto todo. Tem coisas muito baratas que podem não sobreviver no pós-crise”, afirmou em entrevista ao InfoMoney, na segunda-feira (16).

Para alguns gestores, a queda nos preços tem gerado “pechinchas” no mercado. Cesar Paiva, sócio fundador e gestor da Real Investor, diz estar usando gradativamente o caixa para aumentar a posição em Bolsa. “Em algumas semanas, deveremos estar 100% alocados”, escreveu, em sua conta no Twitter.

A procura por promoções também tem sido adotada pela gestora NCH Capital. Ao InfoMoney, James Gulbrandsen, CIO da NCH Capital, contou que a casa está ativamente comprando ações desde quinta-feira (12), aumentando a exposição principalmente em papéis já presentes no portfólio, como B3, Banco do Brasil, Weg, Totvs, BB Seguridade e JBS.

Desconforto com o risco

Já Mauro Morelli, assessor de investimentos do escritório Davos, defende que o cenário está nebuloso e que não é possível analisar se os preços estão atrativos ou “salgados”. “A regra é: quem está fora, fica fora, e quem está dentro, permanece”, diz.

Segundo ele, o investidor que está na Bolsa deve se questionar se entrou da maneira correta, isto é, em um volume financeiro que não será demandado no curto prazo, que lhe dê o mínimo de tranquilidade para aguentar os solavancos dos mercados.

Caso o investidor se dê conta que precisa do dinheiro e que está desconfortável com a posição, é necessária uma realocação da carteira, dada a inadequação da exposição ao seu perfil de investidor.

“Se a parte de risco da carteira estiver adequada e o objetivo for de longo prazo, estar nesse momento na Bolsa é importante, porque alguma hora o mercado vai voltar e é importante que a carteira esteja posicionada. Caso contrário, o investidor vai perder rendimento e prejudicar seu investimento à frente”, reforça Jailon Giacomelli, planejador financeiro com certificação CFP e diretor de operações do escritório Par Mais. O momento, diz Giacomelli, é de cautela e entendimento do risco.

Uma sugestão para a parte mais arrojada do portfólio, segundo Otavio Vieira, sócio da gestora de patrimônio Taler, é montar uma posição em um ETF que replique o desempenho do Ibovespa, como BOVA11, que tem liquidez e, consequentemente, permite maior mobilidade. A carteira pode ser diversificada com o investimento em outros fundos de ações.

Em fundos multimercado, por outro lado, Vieira prefere ter hoje uma exposição reduzida. “Os gestores não estão conseguindo reagir aos eventos, porque todo dia tem novidade. É melhor montar uma posição de renda fixa no Tesouro Direto do que por meio de multimercado”, afirma.

Renda fixa: títulos públicos ainda têm “gordura”

Da mesma forma como na Bolsa, a volatilidade tem atingido em cheio as negociações de títulos públicos. O aumento das incertezas e da aversão a risco têm levado a juros maiores pagos no Tesouro Direto, o que abre oportunidades neste momento.

Papéis com retornos prefixados chegaram a pagar taxas nominais acima de 9%, o que não era visto desde janeiro de 2019, enquanto títulos com rentabilidades indexadas à inflação retomaram juros reais acima dos 5% ao ano, o que também não acontecia desde 2018. É o caso do Tesouro Prefixado com juros semestrais 2031, que chegou a pagar 9,24% ao ano na quinta-feira (12).

O problema tem sido negociar os papéis, com uma série de interrupções do programa.

Rego, da G5, diz ver oportunidade especialmente em títulos com vencimentos médios. Entre os prefixados, o gestor se diz confortável com posições de prazos entre 2025 e 2027 e, nas NTN-Bs, de 2026 a 2028. Entre os títulos disponíveis para investimento no Tesouro Direto nesta quarta-feira (18), o Tesouro IPCA+ 2026 e o Tesouro Prefixado 2026 pagavam taxas de 4,16% e 8,32% ao ano, respectivamente.

Assim como em ações, Rego não recomenda o investimento integral de uma única vez, mas aos poucos, de forma a preservar a liquidez da carteira para aproveitar tanto o aumento das taxas dos títulos, quanto a queda da Bolsa.

Dexheimer, da XP, diz gostar de títulos prefixados com prazos de três a quatro anos. “A situação econômica global pedindo que o Banco Central corte juros, somada a uma canetada do Benefício de Prestação Continuada (BCP), que colocou as contas do Brasil em xeque, permite um prêmio absurdo [nos prefixados] a ser capturado ao longo dos próximos meses”, diz.

Com relação aos papéis indexados à inflação, o alocador da XP destaca a preferência, no longo prazo, por títulos com vencimentos mais alongados, de forma a proteger o poder de compra do investidor.

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Agarrem-se aos seus ativos

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Dirijo-me aos que permanecem investidos em ações, que acredito serem a imensa maioria dos que entraram no mercado nos últimos 18 meses.

Começo repetindo uma frase que ouvi ontem de um colega investidor, que reputo ser uma das cabeças privilegiadas do mercado: “Agarrem-se aos seus ativos porque o barco vai chacoalhar, e muito”.

É incontável o número de crises que já vivi, e também a natureza delas.

A primeira notícia boa é que eu me lembro muito pouco de cada uma delas (minha mulher diz que o problema é que não tenho memória!). Mas acho que isso se deve ao fato de que, invariavelmente, o final foi feliz.

Como na peça de William Shakespeare, All’s Well That Ends Well.

O principal diferencial que vejo nesta crise é a velocidade com que se implantou, reproduzida nas quedas do mercado de capitais. Jamais o preço das ações caiu tão rapidamente, ainda que as baixas tenham sido entrecortadas por dias de forte recuperação.

Esse último aspecto é, a meu ver, característico das personalidades maníaco-depressivas que estão moldando nosso comportamento.

A velocidade acentuada é um grande chamamento à intervenção do Estado, que vem de uma experiência muito bem sucedida de “quantitative easing” na política monetária.

Fazer jorrar dinheiro fez com que a crise de 2008 tivesse uma saída rápida e quase indolor.

Já estamos vendo que os estados estão se mobilizando para injetar rios de dinheiro nas respectivas economias.

Não me entendam mal, porque eu tenho convicção de que é papel do Estado intervir nesses momentos – é muito importante que o faça. A exemplo de Keynes, que sugeriu que o Estado contratasse um grupo para cavar buracos e outro grupo para tapar os mesmos buracos, como forma de animar a economia.

O problema dessa vez é que existe a perspectiva de que o Estado comece a comprar os ativos depreciados, como forma de sustentá-los.

Como sabemos que nos períodos pós-crise (acredite, haverá um) e com excesso de liquidez haverá uma enorme demanda por ativos (contrário do que vimos no passado em que a inflação aconteceu nos produtos anulando a liquidez), esse é o fundamento da recomendação de “agarrem-se a seus ativos”.

Óbvio, os que puderem comprem mais. No longo prazo é pule de dez!

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De bancos a Rumo, Fidelity busca barganhas na bolsa brasileira

(Bloomberg) — A onda vendedora que fez a bolsa brasileira entrar em bear market e levou os múltiplos a níveis abaixo das médias históricas está gerando grandes oportunidades de compra, principalmente entre as ações de bancos, de acordo com Will Pruett, gestor da Fidelity.

A turbulência global provocada pelo coronavírus chegou em um momento em que os bancos locais tentavam conter o avanço das fintechs e começavam a acelerar a oferta de crédito. O MSCI Brazil Financials acumula baixa de 48% neste ano, enquanto o Banco do Brasil passou a negociar abaixo do valor patrimonial.

“Eles têm desafios de longo prazo em termos de disrupção das fintechs, mas os valuations se aproximam dos níveis vistos no início de 2016, quando a economia estava em queda livre”, disse Pruett, que administra cerca de US$ 500 milhões no fundo Fidelity Latin America. “Em comparação com 2016, os bancos atualmente possuem bastante capital e risco muito menor de deterioração significativa do crédito”, disse em entrevista.

Pruett também está de olho em varejistas, empresas de tecnologia e companhias “com modelos de negócio resilientes que se desvalorizaram junto com o resto do mercado”, como a Rumo.

O fundo Fidelity Latin America registrou retorno negativo de 31% nos últimos três anos, contra queda de 38% do MSCI Emerging Markets Latin America no mesmo período. O Ibovespa acumula baixa de 40% desde seu pico no fim de janeiro. Atualmente, o índice acionário é negociado em torno de nove vezes o lucro projetado, abaixo da média histórica de 10 anos, de 11,4 vezes.

O fato de a economia brasileira ser “relativamente fechada” deve causar uma disrupção menor pelos problemas na cadeia de suprimentos na Ásia, segundo Pruett.

“Se o Covid-19 criar uma desaceleração global sincronizada, o Brasil cairia de uma cadeira, enquanto muitos outros mercados cairiam de um edifício”, disse.

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Como se planejar e onde investir em meio à crise? InfoMoney responde dúvidas de leitores

SÃO PAULO – Como parte da campanha InfoMoney Orienta, estamos recebendo as dúvidas sobre investimentos enviadas pelos leitores e buscando especialistas do mercado para respondê-las (envie suas dúvidas).

A seguir, as respostas dadas por Felipe Dexheimer, coordenador de alocação da XP Investimentos, sobre planejamento financeiro e onde vale a pena investir agora.

Como muitas das questões recebidas são parecidas, algumas delas foram reunidas em tópicos únicos. Confira:

O que devo fazer com minhas ações nesse momento?

A sugestão de Dex, como é mais conhecido, é seguir um velho ditado do mundo das finanças: quando o mercado se move rapidamente, os investidores devem se mexer devagar.

“Não faça mudanças bruscas na carteira, porque o efeito pode ser agressivo”, diz.

Na visão do especialista, reduzir a posição em Bolsa neste momento não seria recomendável. Mas se, em meio à crise, alguém percebeu que estava correndo risco demais e quiser fazer um ajuste no portfólio, a indicação é fazer as vendas aos poucos.

“Deve-se evitar tirar tudo no mesmo dia. Tudo o que for fazer, que seja devagar”.

Recebo dividendos mensalmente de empresas e fundos imobiliários. Há risco de não pagarem?

Esse risco existe e é real, segundo Dex. “É possível que ações de empresas ligadas a ciclos de commodities, petroleiras, companhias aéreas, que estão em um momento muito difícil, não paguem dividendos”, afirma.

Ao mesmo tempo, algumas oportunidades apareceram – caso das ações de transmissoras de energia elétrica, em que a distribuição de dividendos é quase “garantida”.

No caso dos fundos imobiliários, é preciso avaliar cada um. Afinal, tudo depende do inquilino. Se a carteira possui imóveis alugados para empresas de setores muito prejudicados pela crise, também pode haver chance de não distribuição de dividendos.

Leia mais:
Confira também o vídeo em que Dex respondeu a muitas dessas questões

“As coisas não precisam dar errado para que o mercado ache que elas podem dar errado e coloque isso no preço”, diz o especialista.

“A queda toda está acontecendo na expectativa de que a desaceleração seja muito forte. Ela pode acabar sendo tênue, mas vamos ter de passar por essa dificuldade”.

Os fundos imobiliários sempre se recuperam primeiro em crises?

Na visão de Dex, a tendência, na verdade, é de que a Bolsa se recupere antes dos fundos imobiliários. “Os FIIs são ilíquidos, seu principal investidor são as pessoas físicas. Normalmente eles vêm em pequenos lotes, mais difíceis de negociar”, afirma.

Pensando no último grande ciclo de queda da Bolsa brasileira, a partir de 2012, o Ibovespa se recuperou mais rapidamente do que os fundos imobiliários.

“Essa crise não está pegando os FIIs em cheio, mas está machucando o seu principal investidor, a pessoa física, ao passo que o os investidores institucionais ou estrangeiros podem voltar mais rápido e estimular o Ibovespa”.

Vale a pena investir em títulos do Tesouro Direto em tempos de crise?

Nos últimos dias, as taxas dos papéis negociados no Tesouro Direto deram um salto, e não apenas em função da pandemia de coronavírus. Também contou, por exemplo, a decisão do Congresso de ampliar o acesso ao benefício de prestação continuada (BPC), um dos alvos da reforma da Previdência.

A possibilidade de eleição de um presidente populista no pleito de 2022 também é uma “pulga atrás da orelha” do mercado, segundo Dex.

“Nunca achamos que a renda fixa morreu. Mantivemos títulos, especialmente prefixados, na carteira desde o início do ano”, afirma. “Com o banco central americano (Fed) cortando os juros para zero, crescem as chances de o Banco Central reduzir a Selic abaixo de 3% ao ano. Há um prêmio expressivo nos títulos hoje”.

Quem quer proteção imediata deveria optar pelas LFTs, atreladas à taxa Selic. Já quem pensa no dinheiro para a aposentadoria, faria um bom negócio com as NTN-Bs, papéis atrelados à inflação.

O que acontece com o fundo de ações caso o preço das cotas chegue a zero?

Em toda a sua carreira, Dex viu apenas um fundo “quebrar” – e era uma carteira com um nível de alavancagem equivalente a quatro vezes o patrimônio, integralmente investido em uma só ação. “Os fundos de ações não alavancados são a maioria, e eles não chegam a zero”.

A compra de ouro pode ser uma boa saída para sofrer menos impacto na crise?

Ouro e fundos cambiais são considerados ativos de defesa, pois costumam ter um comportamento distinto das ações. O problema, segundo Dex, é que eles ficaram caros a essa altura. Além disso, também passaram a apresentar variações fora do padrão usual.

“Normalmente, quando a Bolsa caía 5%, o real desvalorizava 2% ou 3%. Nos últimos dias, mesmo que a bolsa caísse 10%, o real desvalorizava 2%”, diz. O mesmo ocorreu com o ouro, que perdeu valor em meio à crise.

Para entender os cenários possíveis, Dex e sua equipe fizeram um teste estatístico. Tomando as últimas crises como base, calcularam o que aconteceria se compassem dólar depois de o Ibovespa já ter caído 15%, e mantivessem a moeda americana por um mês.

A conclusão: “Na média, o investidor que fizesse isso teria uma perda de 1%, porque os ativos já estariam muito descontados”, explica. A recomendação, mais uma vez, é a diversificação da carteira.

Qual é a expectativa para fundos de crédito privado e debêntures incentivadas?

Com a queda dos juros no Brasil, houve um período turbulento para papéis de crédito privado, como as análises da XP apontam.

Por consequência, um efeito de manada aconteceu: resgates grandes foram solicitados e os preços, recuaram. “Vimos isso como uma oportunidade, e recomendamos aos clientes aumentar a alocação de crédito das carteiras”, diz.

No cenário atual, com tudo em baixa, começar agora significa ter menos chance de prejuízo?

No longo prazo, segundo Dex, com certeza. “No curto prazo, não necessariamente”. O especialista destaca que, com altos e baixos de 15% por pregão, como chegou a acontecer, a Bolsa acumula uma movimentação que, em situações normais, levaria anos para acontecer.

“Por isso, sugiro movimentos lentos. Nunca podemos contar com acertar em cheio”.

Alguns novos investidores compraram fundos com prazo de resgate em 30 ou 60 dias. Vale a pena antecipar o saque?

A beleza de investir em fundos, diz o especialista, é exatamente ter alguém estudando a melhor hora de entrar ou sair de um ativo, mesmo no calor do momento.

“Um gestor famoso disse recentemente: se você tivesse comprado um apartamento por R$ 1 milhão e agora te oferecessem R$ 400 mil por ele, você provavelmente não o venderia no desespero”.

O exemplo, segundo Dex, é uma boa referência mental para os outros investimentos também.

Algumas pessoas sentem conforto emocional ao realizar uma perda, por se livrarem do ativo que está gerando um incômodo.

“Só que, agora, o investidor faria isso no pior momento do mercado nos últimos dez anos”.

Minha previdência privada despencou. O que faço?

Os recursos da previdência pensados para o longo prazo. “Se você tem a convicção de que escolheu um bom gestor, é o caso de respirar fundo e entender que, quando for usar o dinheiro, daqui a dez anos, tudo isso será passado”, diz.

Para quem tem caixa, onde estão as melhores oportunidades agora?

Eis a pergunta de um milhão de dólares. Ainda é muito difícil elucubrar sobre o desfecho da pandemia, diz Dex. No entanto, o que se sabe é que o Hemisfério Norte está a poucos dias do início da primavera – e que o coronavírus gosta de frio.

“O vírus tem um ciclo completo de duas a três semanas. Quando todas as pessoas em quarentena puderem sair, com estímulos adicionais à economia, haverá um efeito que não conseguimos imaginar”, afirma.

Em cinco anos, o momento atual talvez vá parecer a hora ideal para ter investido. Ou talvez a Bolsa recue ainda um pouco mais, até os 40 mil pontos.

O fato é: “Se entrar agora, fechar os olhos e esperar por dois anos, provavelmente ganhará dinheiro”, conclui o especialista.

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A bolha inflada pelo Fed desde 2000 estourou e sinais apontam que não é hora de comprar ações ainda

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Já escrevi bastante sobre o momento pelo qual estamos passando e a experiência vale muito nessas horas; afinal, esse é o terceiro crash que presencio (2000, 2008 e 2020). Quem lê esse blog e me acompanha não está surpreso com o que estamos vivenciando. A única surpresa é a velocidade com a qual as coisas estão acontecendo e, claro, não há como prever com exatidão o momento em que essas coisas vão ocorrer nem o gatilho que dispararia esse movimento.

Mas eu já avisei em vários posts, blogs, podcasts e conversas pela TV sobre o crash, dizendo que teríamos saudades de 2008 quando ele acontecesse. Agora, vários “gurus”, profetas do acontecido, que não viram esse momento chegar vão nos explicar como sair dele. Pois vou dar minha contribuição aqui.

Em primeiro lugar, nenhum dos problemas que o mundo tinha em 2000 ou 2008 foi resolvido. Muito pelo contrário, eles foram aumentados e agora apresentam um risco ainda maior para os mercados.

No final da década de 90, para evitar que o mercado passasse por uma pequena desaceleração causada por especulações, Alan Greenspan, então presidente do Fed, decidiu reduzir a taxa de juros. Isso alimentou um novo setor que estava crescendo bastante – as empresas de tecnologia ligadas à internet. Com baixas taxas de juros, o custo de oportunidade diminuiu e investir em empresas que não dão lucro, mas que têm potencial para isso (de acordo com o PowerPoint), tornou-se extremamente interessante.

E foi isso que os investidores fizeram, impulsionados pelas taxas de juros artificiais. Houve uma enorme má alocação de recursos (Malinvestment) que culminou com o crash de 2000. E o que o Fed fez para conter um problema que agora não era de especuladores somente, mas também de um setor (empresas de tecnologia)? Ele fez a única coisa que ele sabe fazer: abaixou a taxa de juros novamente, dessa vez para 1%. Para quem só sabe usar martelo, todo problema é um prego, como diria Abraham Maslow.

Isso criou uma bolha maior ainda, que atingiu seu ápice em 2008, causando uma destruição bem maior. Vários bancos quebraram, dentre eles os famosos Lehman Brothers e Bear Stearns, além de dezenas de milhares de empresas pelo mundo afora. Agora, um problema que era de alguns poucos especuladores se tornou um problema de um setor, o das empresas ligadas ao setor de tecnologia, depois para setores ainda maiores, o imobiliário e bancário, que então se tornou um problema praticamente global.

Mas não se preocupem, o Fed teve uma ideia genial e inédita: resolveu, mais uma vez, abaixar a taxa de juros. Só que dessa vez ele a levou a zero e a manteve lá por vários anos, além de aumentar seu balanço com as medidas QE1, QE2, Operação Twist e QE3, que são eufemismos para a impressão de trilhões de dólares. O problema agora foi magnificado. Se a última bolha criada pelo Fed quase levou o mundo todo à bancarrota, imagina o que essa não fará?

Algumas vozes solitárias e eu avisamos o que estava por vir, mas poucas pessoas resolveram ouvir. O problema que estamos tendo hoje é muito sério e é preciso ter cautela. Já vi vários investidores correndo para comprar mais ações enquanto elas caiam, ao ponto de esgotarem o próprio caixa – afinal, BTD (buythedip, ou compre as quedas) foi o movimento que funcionou nos últimos anos. Não havia controle de risco ou seleção de ativos.

Está havendo uma liquidação de ativos como nunca e a correlação deles está indo para +1, mesmo para ativos histórica e fundamentalmente negativamente correlacionados entre si. Existem vários hedge funds ultra-alavancados no mundo e não ficaria surpreso em ver o Fed provendo liquidez a eles para tentar estancar a sangria. Os mercados estão sem referências de preços e o VIX, também conhecido como índice do medo, está nas alturas, o que indica que a hora para comprar ativos de risco ainda não chegou, embora possa estar perto.

Eu entendo que hoje alguns ativos estejam bem interessantes e com alto potencial de valorização para investidores que têm uma visão de longo-prazo, mas ainda ninguém sabe qual será a repercussão mundial desse crash. Várias oportunidades surgirão e é preciso diligência e seriedade para poder aproveitá-las.

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Mercado aposta em corte de 0,5 ponto pelo Copom hoje e vê Selic abaixo de 3% no fim de 2020

SÃO PAULO – Diante das expectativas de impactos severos do novo coronavírus sobre a economia global e em meio a medidas de estímulo tomadas por diferentes governos, ganham força no mercado brasileiro as apostas de um corte mais agressivo nos juros pelo Banco Central nesta quarta-feira (18) e de a Selic encerrar o ano em 3% ou menos.

É o que mostra sondagem feita pela XP Investimentos com 105 investidores institucionais, entre economistas, gestores e traders, em sua maioria de assets e bancos privados. O questionário foi aplicado eletronicamente entre os dias 16 e 17 de março e os resultados foram divulgados de forma agregada, preservando a identidade dos participantes.

Segundo o levantamento, 48% dos entrevistados acreditam que o Comitê de Política Monetária (Copom) aplique uma redução de 0,5 ponto-percentual na Selic, para 3,75%.

Na sequência, aparecem aqueles que projetam um corte de 0,75 ponto-percentual ou 1 ponto-percentual, cada um com 21% das respostas. Apenas 5% dos entrevistados não esperam nenhum movimento por parte do Banco Central ao final da reunião desta noite.

A sondagem da XP também mostra que a maioria dos investidores institucionais ouvidos acredita em mais um corte na taxa básica de juros em 6 de maio, quando ocorre a próxima reunião do Copom. De acordo com o levantamento, 20% acreditam na possibilidade de um encontro extraordinário ser marcado para antes desta data.

Neste caso, 42% dos entrevistados apostam em um novo corte de 0,5 ponto-percentual, ao passo que outros 33% acreditam em um movimento de 0,25 ponto-percentual. Já o grupo dos que acreditam em manutenção da taxa sobe para 20% — e passa a ser maioria nas expectativas para os encontros de junho (70%) e agosto (89%).

Quando questionados sobre o patamar da Selic ao final de 2020, a maioria dos especialistas de mercado consultados (41%) acredita em uma taxa de 3% ou menos, o que indica uma queda acumulada de mais de 1 ponto-percentual na Selic em relação aos atuais patamares.

Na sequência veem os que acreditam em uma taxa de 3,25% e 3,50% — com 18% das respostas para cada. Apenas 8% dos entrevistados acreditam em juros a 4% ou mais.

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📉 Diante das expectativas de impactos severos do novo #coronavírus sobre a economia global, ganham força no mercado as apostas por cortes mais agressivos na taxa básica de juros brasileira em 2020. É o que mostra pesquisa feita pela XP com 105 investidores institucionais, entre economistas, gestores e traders, em sua maioria de instituições privadas.⠀ ⠀⠀ 📉 Para esta quarta (18), 48% esperam um corte de 0,5 pontos percentual na #Selic, que iria para 3,75% ao ano. 21% esperam corte de 0,75 pontos percentual e outros 21% projetam que ele seja de 1 ponto percentual.⠀ ⠀ ⠀ 📉 Quando questionados sobre o patamar da Selic ao final de 2020, a maioria dos consultados (41%) acredita em uma taxa de 3% ou menos, o que representaria uma queda acumulada de mais de 1 ponto percentual na Selic em relação aos atuais patamares.⠀ ⠀ 📉 No último Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda (13), a projeção era de que a Selic terminasse 2020 em 3,75% ao ano. . Observação: versão anterior deste gráfico estava com legenda errada para as apostas na Selic em 3,5% ao ano. Ele foi apagado e substituído neste novo post.

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Mesmo com as expectativas de postura mais agressiva de política monetária do Banco Central, os investidores ouvidos pelo levantamento veem espaço para queda significativa do dólar em relação aos atuais níveis.

A sondagem da XP mostra que a média das projeções para a moeda americana é de R$ 4,73, ao passo que a mediana ficou em R$ 4,70. O que corresponde a uma queda de cerca de 6% em relação ao fechamento de ontem (17).

Já para o Ibovespa, a maioria das projeções apontam para o benchmark entre 94.000 e 105.000 pontos até o fim do ano. A média das estimativas ficou em 96.000 pontos, ao passo que a mediana, em 99.000 pontos, indicando uma recuperação de cerca de 30%.

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Em dia de Copom, Tesouro Direto é suspenso quatro vezes e taxas de títulos públicos disparam

SÃO PAULO – Em dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que irá decidir o rumo da taxa básica de juros no país, e em um ambiente de forte aversão a risco, por conta de novas informações sobre o coronavírus, o Tesouro Direto teve quatro paralisações e encerrou o dia suspenso, com forte alta nas taxas.

Antes da interrupção, o Tesouro IPCA+2026 oferecia um prêmio anual de 4,16, ante 3,40% a.a. na tarde de terça-feira (17). O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 2.551,28 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 51,02 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).

Os papéis com vencimentos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam uma taxa de 4,58% ao ano, ante 4,01% a.a. anteriormente.

Na categoria prefixada, o título com prazo em 2026 pagava 8,32% ao ano, ante 7,08% a.a. ontem. Já o retorno do Tesouro Prefixado 2023 avançava de 5,37% para 7,02% ao ano.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos ofertados nesta quarta-feira (18):

Fonte: Tesouro Direto

Expectativa para o Copom

Um levantamento feito pela XP com 30 gestores de fundos macro nesta terça-feira (17) mostra que as expectativas e as projeções para os principais indicadores econômicos mudaram bastante, em meio a um contexto de maior risco para a economia local e também para a mundial.

Todos os gestores esperam o corte do juro básico nesta reunião do Copom, com uma magnitude entre 0,25 a 1,00 ponto percentual – a maior aposta recai sobre uma diminuição de meio ponto. A expectativa mediana para a taxa Selic ao fim de 2020 passou da estabilidade, em 4,25%, em fevereiro, para uma redução de 1 ponto, para 3,25% ao ano. Há gestor que projeta os juros básicos em 2% em dezembro.

Da mesma forma, a economia brasileira deve sentir o baque da desaceleração (ou até recessão) global. A projeção mediana para o crescimento do PIB brasileiro em 2020 caiu de 2,40% para 0,80%, com a expectativa mais pessimista apontando para uma contração de 1% no ano.

A previsão para a inflação também foi ajustada, de 3,50% para 2,80%, em 2020, assim como a mediana das expectativas do gestores para a taxa de câmbio subiu de R$ 4,18 para R$ 4,80, com valores máximos projetados chegando a R$ 5,25.

Por fim, em termos de alocação, a volatilidade extremamente elevada nos mercados levou a um movimento generalizado de redução de posições de risco nos fundos. “O que vinha sendo uma posição consensual entre os gestores, a compra de Bolsa brasileira, hoje está presente em menor escala e a posição mais comum é dada pela aposta a favor da queda dos juros no Brasil”, destaca a XP.

Participaram do levantamento Ace Capital, ARX, AZ Quest, Bahia Asset, Blue Line, Canvas, Claritas, Gap Asset, Garde, Ibiúna, JGP, Kairós, Kinea, Legacy, Macro Capital, Mauá Capital, MZK, Novus, Occam, Opportunity, Pacífico, Paineiras, Perservera, Porto Seguro, SulAmérica, Truxt, Vinci Partners, Vinland, Vintage e XP Asset.

Noticiário

No Brasil, o número de casos da Covid-19 atingiu 291, segundo o Ministério da Saúde, mas secretarias estaduais falam em 349. Até o momento, duas mortes foram confirmadas.

Em meio à pandemia, o presidente Jair Bolsonaro enviou um pedido ao Congresso para declarar estado de calamidade pública no país. O pedido deverá ser aprovado hoje e permitirá que o governo federal exceda o limite de gastos fixado na Lei de Responsabilidade Fiscal até o fim do ano.

De olho no impacto recessivo da Covid-19, diversos bancos e casas de análise voltaram a cortar suas projeções para a economia brasileira. O Santander revisou de 2% para 1% sua expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, enquanto o Credit Suisse foi mais radical e reduziu de 1,4% para 0% sua previsão. Já o UBS diminuiu sua projeção para a expansão do PIB de 1,3% para 0,5%.

Hoje, o Ibovespa voltou a acionar o mecanismo de circuit breaker, após cair mais de 10%, e fechou com queda de 10,4%, aos 66.894 pontos – voltando a níveis de 2017. Já o dólar comercial atingiu novas máximas, com alta de 3,9%, a R$ 5,197.

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Índices futuros dos EUA caem após recuperação na véspera

Apesar dos esforços do governo americano para conter a crise gerada pelo coronavírus, os mercados continuam altamente voláteis.

Às 22h10 de terça-feira no horário de Brasília, o Dow Jones futuro registra queda de 3,36%, indicando uma provável baixa na abertura da bolsa americana na quarta-feira.

Os índices futuros S&P500 e Nasdaq 100 também sofrem quedas de 3,60% e 3,98%, respectivamente.

A terça-feira foi um dia de recuperação após uma segunda-feira de pânico, com a maior baixa já registrada em Wall Street desde 1987 – e a maior da Nasdaq em toda sua história.

Nesta semana, a Casa Branca anunciou um pacote de incentivos fiscais de mais de US$ 1 trilhão, na tentativa de evitar uma recessão econômica causada pelos impactos do coronavírus.

Hoje, na esteira da injeção de US$ 500 bilhões anunciados pelo Fed para garantir liquidez das empresas, o índice Dow Jones teve alta de 5,2%, recuperando metade das perdas ocorridas na véspera, enquanto a Nasdaq subiu 6,23%.

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7 gestores que ganharam dinheiro no pior momento do mercado desde 2008

Foto conceitual do COVID-19 (novo coronavírus) e globo terrestre, feita em estúdio

SÃO PAULO – Não são apenas as grandes empresas que se adaptaram aos efeitos do coronavírus, o Stock Pickers também se adaptou. Com todos fazendo home office, ficou difícil nos reunirmos em um estúdio, muito menos em eventos. Mas como bom brasileiros, não desistimos.

Neste episódio trazemos os depoimentos de 7 gestores que conseguiram ganhar dinheiro nessas semanas conturbadas do mercado. Por áudio eles contaram o que fizeram e o que estão fazendo para sobreviver a este momento.

O elenco é formado por: Márcio Appel (gestor da Adam Capital), James Gulbrandsen (gestor da NCH Capital), Damont Carvalho (gestor macro da Claritas Investimentos), Carlos “Duda” Rocha (gestor da Occam), Luiz Nunes e Francisco Andrade (gestores da Forpus Capital), Luiz Fernando Alves (gestor da Versa Asset) e Pedro Cerize (gestor da Skopos Investimentos).

O “currículo” deles no ano de 2020, até a última cota disponível: Adam Macro Strategy: +3,91%; NCH Maracanã: +8,21%; Claritas Hedge: +2,12%; Occam Equity Hedge: +0,40%; Forpus Ações: +0,37%; Versa Long Biased: +7,73%; Skopos Brk: +16,77%.

Todos eles nos chamaram a atenção pois seus fundos conseguiram destoar do mercado nos resultados nessas últimas semanas caóticas com o avanço da pandemia do coronavírus pelo mundo e seus impactos nas economias.

Nada melhor do que aprender com quem conseguiu realizar estratégias vencedoras nesse período. O compromisso Stock Pickers de levar informação de qualidade para nossos ouvintes mesmo em períodos de quarentena e falta de álcool em gel.

Apresentado por Thiago Salomão, analista da Rico Investimentos, e Renato Santiago, do InfoMoney, o Stock Pickers vai ao ar toda quinta-feira. Você pode seguir e escutar em sua plataforma de podcasts preferida clicando aqui.

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