As 20 ações de empresas do Ibovespa que estão negociando abaixo do valor patrimonial

SÃO PAULO – Após uma queda de 40% do Ibovespa em apenas um mês, investidores não só tentam entender o que fazer com seus investimentos, mas também encontrar boas oportunidades na Bolsa, acreditando já ser possível que algumas ações estejam baratas para compra.

Apesar de ninguém garantir que o pior já passou e que a volatilidade não vá continuar, algumas métricas de valuation já tornam possível ver ativos que estão ficando em valores baixos.

Um dos indicadores mais usados por investidores é o P/VPA, sigla que indica a divisão entre o preço da ação de uma empresa (P) pelo seu valor patrimonial por ação (VPA).

“Eu gosto desta métrica, é muito prática”, afirma Thiago Salomão, analista da Rico, destacando que este é um indicador bastante utilizado por investidores para mostrar quando uma ação está descontada.

Segundo levantamento feito pela consultoria Economatica, considerando esta métrica, 20 das 73 ações que fazem parte do Ibovespa estão negociando abaixo de seu valor patrimonial até o fechamento do pregão de quinta-feira (19).

O que é o P/VPA

Existem três indicadores principais usados para analisar o valor das empresas e tentar estimar se estão altos ou baixos: P/L (preço sobre lucro), EV/Ebitda (valor da empresa em relação ao Ebitda) e o próprio P/VPA. Segundo Salomão, o P/VPA não sofre tantas distorções quanto os outros.

O patrimônio de uma empresa é a soma de todos os seus bens, excluindo os passivos. “Se a empresa fechar hoje, vende-se tudo, paga-se as dívidas e o que sobra é o patrimônio dela”, resume Salomão.

Ele explica que, se este indicador estiver abaixo de 1, mostra que, trazendo a valor presente o fluxo de caixa esperado no longo prazo para empresa a uma taxa de desconto, isso resulta em um valor menor do que o valor do patrimônio dela hoje.

De acordo com a Economatica, no dia 19 de março, a mediana do P/VPA das ações da bolsa brasileira estavam em 1,10, mesmo valor registrado em outubro de 2018. Como comparação, a consultoria mostra ainda que, na semana do dia 21 de fevereiro, o indicador da bolsa era o maior dos últimos anos, em 1,79.

A pior situação dentre as companhias do Ibovespa fica com o setor aéreo, que está sofrendo bastante com a pandemia do coronavírus, que tem levado ao cancelamento de boa parte dos voos. A Azul (AZUL4) aparece com P/VPA negativo em 1,16, enquanto o da Gol (GOLL4) está em -0,29.

Entre as companhias que negociam hoje abaixo de seu valor patrimonial aparecem ainda estatais como Petrobras (PETR3; PETR4), Eletrobras (ELET3; ELET6) e Banco do Brasil (BBAS3), além das siderúrgicas Usiminas (USIM5), CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4).

Confira abaixo:

Nome Código P/VPA em 19/03/20
Azul S.A. AZUL4 -1,16
Gol GOLL4 -0,29
Eletrobras ELET3 0,37
Usiminas USIM5 0,39
Eletrobras ELET6 0,42
Gerdau Metalúrgica GOAU4 0,46
Embraer EMBR3 0,46
Cogna COGN3 0,49
Petrobras PETR4 0,54
Petrobras PETR3 0,55
Gerdau GGBR4 0,60
BR Malls BRML3 0,67
Brasil BBAS3 0,68
Cemig CMIG4 0,80
CVC Brasil CVCB3 0,80
CSN CSNA3 0,86
Bradespar BRAP4 0,88
Smiles SMLS3 0,93
Energias BR ENBR3 0,97
MRV MRVE3 0,98

Fonte: Economatica

Cuidados para encontrar oportunidades

Segundo Salomão, porém, o investidor não pode tomar uma decisão apenas olhando para esta métrica. Para ele, o problema de se usar o P/VPA neste momento é que “o mercado está completamente disfuncional”. “Os investidores perderam a percepção de preço, os ativos estão oscilando muito, sem uma racionalidade”, afirma.

“São tantas incertezas que não tem como estimar o fluxo de caixa no longo prazo, qual a taxa de desconto a ser praticada, quais as variáveis econômicas”, explica o analista.

Por conta disso, ele afirma que, por mais que o valor patrimonial da empresa esteja “normal”, o preço está muito disfuncional, o que pode fazer com que o P/VPA “engane” o investidor, já que será preciso olhar para outros fatores durante a avaliação.

É o caso das companhias aéreas, que estão vendo seu negócio ser diretamente afetado por esta crise, o que muda seus fundamentos, ou seja, seu valor mais baixo não necessariamente indica uma oportunidade.

“Mas isso não quer dizer que o indicador não vale a pena, só é preciso considerar estas ressalvas”, diz. Em geral, Salomão se diz otimista e afirma que o investidor que olhar para o longo prazo, por mais que o mercado ainda sofra de volatilidade e possa cair no curto prazo, pode encontrar boas oportunidades olhando para o P/VPA ou P/L.

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Compre ouro “aqui e agora”, recomenda gestor do UBS

(Bloomberg) — Agora é a hora de comprar ouro, segundo um dos principais gestores de fortunas do mundo, que destacou as perspectivas do metal precioso. A commodity perdeu terreno para o dólar como refúgio nas últimas semanas em meio à pandemia que sacode os mercados.

“Quando penso no que compraria aqui e agora, compraria ouro”, disse Wayne Gordon, diretor executivo de commodities e câmbio da unidade de gestão de patrimônio do UBS, em entrevista à Bloomberg TV. Os preços começariam a subir entre três e seis meses, de acordo com Gordon.

O ouro caminha para fechar com queda semanal pela segunda semana consecutiva e pela primeira vez desde setembro, em meio ao dólar em nível recorde. No entanto, as perdas diminuíram na sexta-feira, quando investidores fazem ajustes diante do cenário para a economia global, da propagação do coronavírus e da política monetária mais frouxa. Com a forte queda dos ativos de risco neste mês, alguns investidores foram obrigados a vender ouro para obter caixa. Um padrão semelhante – perdas em momentos de extremo estresse do mercado – em relação ao ouro foi visto na crise financeira global no final de 2008, antes de atingir o pico em 2011.

O ouro “forneceu o que deveria em tempos de crise, uma forma de seguro para gerar caixa quando a liquidez era necessária”, disse em relatório Peter Grosskopf, CEO da Sprott, referindo-se aos movimentos recentes. É um dos primeiros ativos a serem vendidos quando a alavancagem é reduzida, e investidores de longo prazo que não estiverem sujeitos a pressões de margem serão recompensados por estar investidos em ouro neste momento, disse.

O metal precioso acumula queda de 1,6% nesta semana, após uma baixa de 8,6% na semana passada, a maior desde 1983. No início deste mês, chegou a US$ 1.700, atingindo o nível mais alto desde 2012.

Devido à flexibilização quantitativa adicional de bancos centrais “vamos ver um dólar mais fraco nos próximos 12 meses”, disse Gordon. “Por trás disso, veremos juros reais voltarem para território negativo”, disse, acrescentando que isso dará força ao ouro.

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Vamos entrar em recessão? Como proteger o patrimônio? Ex-diretor do BC responde dúvidas de leitores

SÃO PAULO – Depois que o Banco Central cortou a taxa Selic para 3,75% ao ano, com o objetivo de combater os efeitos colaterais da pandemia de coronavírus na economia brasileira, muitos leitores ficaram em dúvida sobre seus investimentos em ações e também na renda fixa.

Como parte da campanha InfoMoney Orienta, convidamos Luiz Fernando Figueiredo, CEO da Mauá Capital e ex-diretor do BC, para responder as perguntas. Você pode assistir ao vídeo ou conferir as respostas abaixo:

Pode haver novos cortes na taxa de juros?

Na visão de Figueiredo, é muito provável que sim. “A queda abrupta de atividade tem duas componentes: a oferta de produtos diminui, porque as empresas param, mas também diminui a demanda por produtos. É uma situação deflacionária”, explica.

“A inflação será muito mais baixa do que se imaginava, e por isso o Banco Central deveria cortar os juros”.

O que acontece com os investimentos nesse cenário?

A situação atual é de pânico nos mercados, segundo Figueiredo. “Quando a Bolsa cai 15% em um dia, sobe 7% no dia seguinte e volta a cair 9% no outro é porque o mercado não tem a menor ideia do que está acontecendo”, afirma.

“Os preços não refletem nenhuma razoabilidade, não faz sentido tomar decisões nessa situação. Quem toma uma decisão em um momento de pânico, quase invariavelmente acaba errando”.

Com o fluxo de pessoas físicas que passaram a investir na Bolsa nos últimos meses, naturalmente algumas compraram ações a preços muito acima dos registrados atualmente – que só refletem o Brasil dos próximos 12 ou 24 meses se o desarranjo da economia foi muito grande, diz Figueiredo.

Na visão do executivo, haverá um período crítico temporário, mas que vai passar. “Todo o esforço dos governos é no sentido de fazer uma ponte para que uma companha aérea, por exemplo, não quebre antes de voltar a voar”.

Figueiredo indica que, no momento, os investidores permaneçam tranquilos. “Quem tem a chance e está pensando no longo prazo pode ir comprando ativos, como ações ou fundos imobiliários, que caíram bastante e são ótimas oportunidades”.

O executivo explica que testes de estresse feitos nas carteiras administradas pela Mauá Capital, por exemplo, indicam que a maior parte das empresas deve resistir a uma redução de receita grande e prolongada.“A situação de hoje abre uma oportunidade. É preciso cautela, e não sair correndo dos investimentos de risco”.

O título público Tesouro Selic ainda é uma boa opção? Rende mais do que a poupança, mesmo agora?

Figueiredo explica que os títulos públicos, principalmente os de longo prazo, tiveram um aumento nas taxas de juros implícitas – e que, por isso, estão mais interessantes do que há pouco tempo.

“Sem dúvida, eles têm rentabilidade melhor do que a da poupança para um mesmo tipo de risco. A poupança não é mais segura do que os títulos públicos”, ressalta.

Quais são boas opções para proteção do patrimônio agora?

Algumas pessoas podem pensar que vender as ações que estão caindo é uma forma de se proteger. Para Figueiredo, essa não é a melhor opção.

“Eu olharia para cada uma das ações do portfólio e procuraria analisar se as empresas estarão bem depois desse processo acabar. Se a resposta em algum caso for ‘tenho dúvida’, trocaria essa ação por outra sobre a qual eu não tenha dúvida”, sugere.

Segundo o executivo, o momento é de comprar ações de empresas resilientes e com bons negócios, mesmo que elas não estejam tão baratas quanto outras.

“Eu ajustaria o portfólio com ações que me dessem um grau de segurança maior, em vez de sair totalmente das ações e migrar para a renda fixa”.

Há muitas empresas, na visão de Figueiredo, valendo menos que o “minimamente razoável”.

Quais devem ser os setores menos impactados? Qual pode se recuperar primeiro?

O setor bancário é um dos mais resilientes, segundo Figueiredo, pois tem uma grande capacidade de se adaptar, e com facilidade.

As empresas de infraestrutura podem sofrer, mas também têm grande solidez, devido aos ativos que possuem.
Também faz sentido, segundo ele, pensar nas empresas da área da saúde que não sejam tão diretamente impactadas pela pandemia.

Mesmo o varejo pode ser avaliado: “As empresas vão sofrer, é verdade, mas não vamos parar de comer. Vamos comprar online em vez de ir à loja física. Empresas de varejo que tenham uma parcela da receita vindo do online acabam sendo beneficiadas, embora o varejo em geral tenda a sofrer”, diz o executivo.

Vamos entrar em recessão?

A vantagem de o coronavírus ter chegado ao Brasil mais tarde é que podemos aprender tanto sobre o comportamento da doença quanto sobre a reação dos países a ela, segundo Figueiredo.

“A queda da atividade será muito severa. No mundo, parece que teremos ainda menos do que já tivemos nas últimas semanas”, diz.

Uma noção mais exata do quanto a situação se estenderá dependerá não apenas da atuação dos governos na economia, mas também, obviamente, da velocidade do surto de coronavírus em si.

“Há casos de sucesso, como China e Coreia, que em dois ou três meses conseguiram controlar a epidemia e mudar completamente a curva de crescimento de casos da doença. Mas há também casos como o da Itália, que ficou complicado”, diz o executivo.

Projeções, a essa altura, são muito difíceis de fazer, porque há um grau muito elevado de dúvida. “O importante é entender o quanto o mundo conseguirá reduzir os efeitos colaterais, evitando que a turma quebre antes do momento da virada, que pode demorar de dois a quatro meses”.

Por que a Bolsa não fecha totalmente por alguns dias para acalmar o cenário da crise?

Segundo Figueiredo, o ideal é que os mercados se mantenham funcionando – às vezes, no entanto, eles seguem por caminhos dos quais não conseguem sair.

“Eu não acho impossível que haja uma coordenação entre países sobre isso, como se fosse um feriado prolongado nas Bolsas, até que fiquem claras todas as medidas e o mercado tenha mais tranquilidade”, afirma.

“Se os mercados continuarem tão instáveis por mais tempo, talvez seja recomendado parar um pouco, até que todo mundo tenha mais noção do que está acontecendo”.

 

Por isso, afirmou, já se ventila nos Estados Unidos a possibilidade de o governo comprar ações na Bolsa. Por lá, dado o fato de que uma parcela muito grande da população investe em ações, o impacto da crise é muito grande na poupança popular.

No Brasil, ainda que tenha aumentado recentemente, a participação da renda variável nas carteiras é ainda pequena.

Corremos o risco de o movimento de pessoas físicas em direção à bolsa inverter?

Figueiredo ressalta que o fluxo de investimentos das pessoas físicas na bolsa não mudou bruscamente. Na Mauá Capital, por exemplo, ainda não houve um dia com mais saques do que aplicações nos fundos.

“As pessoas compraram ações com um grau maior de maturidade. Elas estão entendendo que parte dos investimentos está em risco, que vivemos um momento adverso, mas que vai passar”, afirma.

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De olho em oportunidades, Verde vê crise já refletida nos preços e tem a maior alocação em Bolsa desde 2010

SÃO PAULO – Em uma carta publicada nesta manhã aos cotistas, a Verde Asset comentou os efeitos da crise do coronavírus sobre seus fundos, ressaltando que, embora tenha cometido o erro de começar a comprar muito cedo, a correção vista nos mercados parece já refletir o impacto das incertezas sobre os preços dos ativos.

Segundo a gestora de Luis Stuhlberger, os fundos estão tendo perdas concentradas no mercado acionário, dada a magnitude das quedas tanto no Brasil quanto exterior. Em menor medida, diz a Verde, a alocação em renda fixa também está sendo impactada pela abertura das taxas de juro real ao longo da curva, ou seja, o aumento dos prêmios pagos e a consequente redução dos preços.

“A incerteza econômica trazida pelos seguidos lockdowns mundo afora faz com que o horizonte de investimentos de todos seja reduzido ao máximo. Já vimos isso em 2008 e outras crises. Esta é a oportunidade. Obviamente teremos impactos econômicos sérios. Mas, para nós, a correção dos mercados mais do que reflete tais impactos. Vemos uma combinação de social distancing, tratamentos para o Covid-19 (seja antivirais, anti-inflamatórios, e eventualmente vacinas), com as medidas fiscais e monetárias já anunciadas, como uma ponte capaz de atravessar o período de volatilidade atual. A China e a Coreia do Sul mostraram o caminho.”

O InfoMoney apurou que, em call com investidores, a gestora disse que o fundo Verde tem quase metade da alocação atual em ações, no maior nível desde 2010. Do montante, mais de 50% está em Bolsa americana.

Maior alocação nos EUA continua

Mesmo admitindo ter se antecipado, a Verde destacou que os fundos multimercados têm sistematicamente, mas com parcimônia, aumentado a exposição ao mercado acionário americano. “Vemos ali a melhor combinação de poder de fogo fiscal e monetário com lucratividade das empresas. Também mantemos exposição a ações no Brasil e na curva de juros real, focado entre a parte intermediária e longa.”

Em sua última carta mensal, publicada no início deste mês, a Verde disse que estava adotando uma estratégia de aumentar gradualmente as posições de seu renomado fundo em ações, focando no mercado americano, tido como o mais resiliente e com potencial para se recuperar antes de outros.

“Essa visão em grande medida continua válida, mas, analisando nosso processo decisório recente, cometemos um erro importante: começamos a comprar muito cedo”, afirmou a Verde, na carta divulgada hoje.

A gestora admite ter subestimado alguns elementos no cenário. Entre eles, diz ter atribuído peso relevante ao binômio temperatura/umidade, com base no número de casos baixíssimo de lugares como Tailândia, Cingapura e Indonésia. “Com isso acreditávamos que por volta de maio o número de casos ia retrair de maneira importante, e portanto, os mercados iam conseguir atravessar o período mais agudo de março-abril sem grande pânico.”

A gestora também faz menção à diferença de comportamento do Covid-19 na Coreia e na Itália. “O caso italiano virou benchmark para o mundo ocidental, e isso fez os mercados precificarem o sudden stop [parada repentina] econômico de todos os países.”

Os fundamentos dos erros apontados se somaram à enorme crise de liquidez pela qual os mercados globais passam, com impacto até sobre ativos tidos como seguros, como ouro e Treasuries americanos, e com uma piora sobre o ciclo vicioso de crédito e o mercado acionário. “Tudo isso exacerba de maneira importante a deterioração de sentimento e de preços.”

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Após terceira paralisação, Tesouro Direto volta a operar nesta sexta-feira

SÃO PAULO – Após três suspensões das negociações nesta sexta-feira (20), sendo a última às 16h, o Tesouro Direto retomou suas operações nesta tarde. Desta vez, a interrupção levou 17 minutos.

Entre os títulos prefixados, o com prazo em 2023 pagava 6,90% ao ano, ante 6,96% a.a. na tarde de quinta-feira (19), enquanto o retorno do Tesouro Prefixado com juros semestrais 2031 subia de 8,92% para 9,40% ao ano.

Entre os indexados à inflação, o Tesouro IPCA+2026 oferecia um prêmio anual de 4,10%, ante 4,13% a.a. ontem. Já os papéis com vencimentos em 2035 e 2045 pagavam uma taxa de 4,64% ao ano, ante 4,37% a.a. anteriormente.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos ofertados nesta sexta-feira (20):

Fonte: Tesouro Direto

Noticiário

Após uma semana de fortes perdas, os investidores parecem estar um pouco mais confiantes com os estímulos do Federal Reserve e de outros bancos centrais. Na Ásia, as bolsas fecharam com alta de até 7%, assim como, na Europa, os mercados também operam em terreno positivo nesta manhã.

Na China, o banco central manteve ontem as taxas de juros em 4,05%, dando mais uma prova de que o país conseguiu controlar a pandemia em seu território. Lá, não foram registrados novos casos de transmissão local da Covid-19 – o segundo dia consecutivo.

Nos Estados Unidos, o Estado da Califórnia colocou 40 milhões de pessoas em quarentena obrigatória, enquanto a Itália chegou ao total de 3.405 mortes e deve fazer um lockdown ainda maior para conter o avanço no número de casos.

No Brasil, por conta do avanço da doença, o Senado Federal pretende votar hoje decreto de calamidade pública encaminhado pelo governo federal, que permite, até 31 de dezembro, o descumprimento da meta fiscal.

De olho no impacto recessivo da Covid-19, o Ministério da Economia deve seguir instituições financeiras e reduzir, pela segunda vez neste mês, sua estimativa para a expansão do PIB em 2020. Segundo o o jornal O Estado de S. Paulo, a projeção de crescimento da economia deve ser reduzida de alta de 2,1% para zero.

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Fundos imobiliários: saiba se é hora de aproveitar a queda e investir

SÃO PAULO – Os fundos imobiliários vêm sofrendo com a crise provocada pela pandemia de coronavírus.

Desde a volta do carnaval, quando teve início uma onda de baixa e intensa volatilidade no mercado financeiro, o Ifix, índice que mede o desempenho desses fundos na Bolsa, caiu quase 30%.

Em seu programa Fundos Imobiliários, o professor Arthur Vieira de Moraes explicou o que está por atrás desse movimento e como investir agora.

Ele também respondeu as dúvidas dos leitores, que mandaram suas perguntas para a campanha InfoMoney Orienta (saiba como enviar outras questões sobre investimentos; elas serão respondidas por especialistas do mercado financeiro).

Para não perder nenhum conteúdo da campanha, cadastre-se na newsletter especial.

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“Estamos em uma liquidação que acontece poucas vezes na vida”, diz diretor da Franklin Templeton

SÃO PAULO – Enquanto alguns investidores têm optado por ficar de fora da renda variável, esperando a turbulência gerada pelas preocupações com o coronavírus baixar, outros têm visto as quedas como uma oportunidade para encher o carrinho.

É o caso da Franklin Templeton Brasil. Frederico Sampaio, diretor de investimentos em renda variável, diz que a gestora tem aproveitado a baixa da Bolsa para aumentar a fatia de ações no portfólio. No ano, o Ibovespa já acumula queda de 41%. “É uma liquidação que acontece poucas vezes na vida”, afirmou hoje, durante teleconferência realizada pelo escritório de agentes autônomos InvestSmart.

Segundo Sampaio, a casa tem preferido reduzir a exposição em empresas mais alavancadas, isto é, com maior endividamento, privilegiando companhias com caixa, que tendem a sofrer menos em um cenário pessimista. Ao mesmo tempo, a gestora tem adicionado “pimentinhas” na carteira, escolhendo nomes que caíram demais e que seriam líderes de mercado em uma eventual melhora do ambiente de risco.

“O dólar indo para R$ 5 e uma empresa que tem receita em dólar caindo 30% é uma loucura. Quando o mercado estabilizar, vamos ver esse negócio galopando e o percentual de variação vai ser de outro patamar”, afirmou.

Entre os setores mais atraentes, Sampaio citou o bancário, que deve ter bom desempenho, desde que não tenha problema de balanço financeiro – o que não é o seu cenário –, bem como o de utilities, que “está de graça”.

O gestor disse que não estava posicionado em Petrobras e que gosta de empresas que tenham uma demanda resiliente e pouco sensível ao consumo recorrente. “Se você pega uma empresa como JBS, que é de carne, proteína, vai voar”, diz.

Apesar de o cenário no curto prazo ainda estar incerto, Sampaio defende que, para o investidor de médio e longo prazo, o momento é de oportunidade para ganhar dinheiro. “A não ser que a empresa tenha problemas de solvência, hoje o nível de capitalização das companhias está mais saudável do que já foi no passado. As coisas jogam a nosso favor, mas o comportamento do mercado hoje é de pânico.”

Marcus Gonçalves, diretor e CEO da Franklin Templeton Brasil, que também participou da teleconferência, destacou a visão positiva da gestora, que possui mais de US$ 700 bilhões em ativos sob gestão no mundo, incluindo Brasil. Ele avaliou que, entre os emergentes, o país é um dos melhores para atravessar a crise. “O Brasil tem de tudo para não ter problema de risco de crédito soberano e deve sair dessa crise fortalecido”, afirmou.

Moedas

Na carteira de moedas, a gestora também tem seguido o movimento de “fly to quality” dos mercados, privilegiando ativos mais seguros, como o dólar.

No portfólio global, a gestora aumentou a posição em franco suíço e iene, montando ainda posições em divisas de países nórdicos, como Noruega e Suécia, sempre contra o euro.

A visão da casa, explica Gonçalves, é de que o coronavírus tem feito a Itália se sentir cada vez menos europeia e de que, passada a crise, essa impressão deve gerar impactos políticos.

“O euro, como ideia, está passando por um teste de fogo. Por isso, não temos grandes posições. Nos fundos em que podemos, temos posição short [apostando na queda] em euro”, diz.

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Após Dynamo e Atmos, Bogari reabre captação de fundos de ações

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SÃO PAULO – Depois de captações encerradas em poucas horas pelas lendárias gestoras Dynamo e Atmos, agora a vez de a Bogari Capital abrir os fundos de ações para investimentos nesta crise.

Desde sexta-feira, os fundos Bogari Value FIC FIA e Bogari Value Q FIC FIA estão abertos para captações no total conjunto de até R$ 400 milhões.

O Bogari Value Q é destinado a investidores qualificados, isto é, com pelo menos R$ 1 milhão em aplicações financeiras, e exige investimento mínimo de R$ 300 mil dos novos cotistas. A movimentação mínima para cotistas atuais corresponde a R$ 10 mil.

Dirigido ao público geral, o Bogari Value exige uma aplicação mínima de R$ 150 mil, tanto para novos quanto para atuais cotistas.

No acumulado de março até esta quarta-feira (18), o Bogari Value FIC FIA perdia 38,3%, com baixa de 40,5% no ano e de 18,2%, em 12 meses. Desde o início, em 2008, contudo, o retorno histórico é de 417%. Criado mais tarde, em 2017, o fundo voltado para qualificados tem um desempenho bem próximo no mês, no ano e em 12 meses, com perdas ligeiramente menores.

Os dois fundos de ações são bastante parecidos, apenas com a diferença de o Bogari Value Q, voltado para qualificados, poder ter exposição a investimentos fora do Brasil, com uma fatia atualmente em papéis do Mercado Livre. Para compensar a distinção, a carteira do Bogari Value tem alocações um pouco maiores nos outros papéis, presentes em ambas as carteiras.

Em meio à queda do patrimônio, os fundos, que estavam fechados desde o início de janeiro, foram reabertos para permitir alocações principalmente dos atuais cotistas, diante dos níveis de preços mais baixos, diz Felipe de Luca, sócio e gestor da Bogari.

Entre as principais posições, de Luca cita NotreDame Intermédica como maior destaque, seguida de Alpargatas, Cosan, Eneva e Pão de Açúcar.

“A carteira é, na maior parte, composta por empresas muito sólidas e com estrutura de capital adequada para atravessar um período de turbulência. Achamos que elas têm probabilidade de entregar resultados muito altos para o acionista nesse nível de preço”, diz de Luca.

Segundo o gestor, a Bogari começou o ano com um caixa aproximado de 10%, que caiu para 4% agora, com alocações feitas gradualmente, principalmente em ações já presentes no portfólio. “Achamos hoje que os preços estão muito bons, adoraríamos estar com mais caixa para fazer alocações relevantes neste momento. Estamos confortáveis com esse nível de preço, mas pouco confortáveis em relação a como a crise vai evoluir.”

Indisponíveis em plataformas, os fundos podem ser acessados por meio de contato direto com a Bogari.

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Onde vale a pena investir na renda fixa? Especialista responde

SÃO PAULO – Com o caos instalado no mercado financeiro, a rentabilidade de certos investimentos de renda fixa voltou a aumentar – e a chamar a atenção de investidores que querem fugir da volatilidade das Bolsas.

Mas o que vale a pena na renda fixa agora? Como fazer os melhores investimentos de acordo com seu perfil?

Essas e outras questões foram respondidas por Alan Ghani, economista, professor e colunista do InfoMoney numa live que aconteceu hoje às 18h.

A live faz parte da campanha InfoMoney Orienta, que tem o objetivo de ajudar você a se planejar e investir melhor durante a crise. Para receber todo o conteúdo da campanha, cadastre-se aqui.

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Bolsa: o que fazer com seus investimentos nesta crise? Especialistas respondem

InfoMoney Orienta: iniciativa do InfoMoney para ajudar seus leitores a lidar a com as finanças durante a crise

SÃO PAULO – De olho nas dúvidas de investidores sobre os mercados acionários e as oportunidades de investimento em ações no atual cenário de crise, o InfoMoney conversou com Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP Investimentos (confira mais aqui), e Vitor Miziara, responsável pela área de alocação do escritório Criteria Investimentos.

A iniciativa faz parte da campanha InfoMoney Orienta, que tem como objetivo ajudar os leitores a se planejar e decidir o que fazer com suas aplicações finaceiras em um contexto turbulento para os mercados, diante da pandemia de coronavírus.

Você também pode enviar suas perguntas e comentários para o e-mail orienta@infomoney.com.br ou utilizando a hashtag #InfoMoneyOrienta no Twitter e no Instagram.

As dúvidas serão analisadas por especialistas financeiros e as respostas serão publicadas nos próximos dias no site, no Instagram, no Twitter e no canal no Youtube do InfoMoney.

Os mercados vêm passando por uma forte deterioração nas últimas semanas. O que justifica a rápida mudança nas expectativas e a maior volatilidade?

Fernando Ferreira: Para desacelerar novos casos, as soluções têm sido quarentenas, suspensão da produção em fábricas, cancelamento de eventos, viagens e fechamento de fronteiras. Isso desacelera a curva de crescimento do coronavírus, mas tem impacto na atividade econômica.

Os economistas não falam mais se teremos uma recessão global, mas por quanto tempo e quão dura ela será. Vamos ter uma restrição da demanda e da oferta, já que muitas cadeias de produção estão sendo impactadas. E há uma preocupação com o crédito. As empresas que estão parando a produção podem ter dificuldade de pagar suas dívidas ou funcionários.

Os governos já anunciaram algumas medidas para lidar com as consequências econômicas do coronavírus, mas ainda assim a resposta dos mercados não foi positiva. Por que isso acontece?

FF: Um dos motivos que leva a essa reação negativa é que, apesar dos estímulos de liquidez e corte de juros, os restaurantes não vão abrir e os voos não vão voltar. Tudo isso tem um impacto pequeno na destruição de demanda. A política monetária é pouco efetiva nesse cenário.

Outro ponto é que as medidas tomadas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano, que anunciou dois cortes de juros e mais de US$ 1 trilhão em medidas de liquidez) indicaram que o cenário pode ser pior que o imaginado inicialmente, elevando a aversão ao risco.

Muitos investidores estão assustados com a sequência de quedas. O que é melhor fazer nesse momento?

FF: Um estudo elaborado pela XP, que considerada crises ocorridas nos últimos 20 anos, mostra que pode ser uma estratégia ruim vender as ações após quedas significativas. Isso porque, no médio e longo prazo, o preço dos papéis se recupera e alcança um retorno superior ao de uma aplicação conservadora (CDI). Quem mantém essas aplicações ou aumenta a exposição em ações, comprando mais, consegue recuperar as perdas registradas durante o período de crise.

A Bolsa já chegou ao seu fundo? É o melhor momento para começar a comprar?

FF: A Bolsa ainda pode cair um pouco mais. Quando olhamos cenários de recessão global, vemos que a Bolsa cai entre 45% e 50%. Até o momento [a entrevista foi feita no dia 17/03], o Ibovespa caiu cerca de 40%. É um bom momento para o investidor começar a comprar ações, mas ele deve fazer de forma gradual.

A Bolsa das Filipinas suspendeu suas negociações após as perdas consecutivas. Isso pode acontecer em outros mercados?

FF: No mercado americano, as Bolsas foram fechadas após os atentados de 11 de setembro. Era um momento de mercado muito disfuncional e com as pessoas reclusas em casa. Fechar só porque o mercado está em queda, como agora, não faz sentido.

Um extremo desse cenário seria a decisão, por razões de saúde pública, de obrigar os profissionais desse mercado a ficarem reclusos em casa. Uma conexão residencial não seria suficiente para lidar com o volume de transações e, dessa forma, as Bolsas poderiam fechar.

E com a Bolsa chegando perto do seu fundo, quais ações ou setores sofreram menos?

FF: Consideramos algumas companhias como defensivas. Elas são mais ligadas ao cenário interno. Nessa lista, é possível citar Telefonica Brasil, Engie e RaiaDrogasil. O mercado já está fazendo essa distinção e esses papéis estão sofrendo menos que outros setores.

O mesmo vale para o setor elétrico, que são empresas boas pagadoras de dividendos, com um dividend yield [parcela do lucro que é distribuída aos acionistas] de mais de 6%, e que se mostram uma alternativa em um cenário em que a Selic está em 3,75% ao ano.

Com a redução das incertezas causadas pelo coronavírus, quais papéis podem ser atrativos?

FF: Depende do horizonte de investimento. Se for de longo prazo, as ações de commodities caíram muito em meio à expectativa de uma recessão global, que reduz a demanda por matérias-primas. Nesse cenário, Vale, Petrobras e JBS devem continuar sofrendo, mas devem se recuperar entre 12 e 18 meses.

No curto prazo, a XP sugere ações mais ligadas ao ciclo interno. Ambev, que possui caixa elevado, e Banco do Brasil, que teve uma queda forte recente. Outros papéis indicados são Engie, Cyrela, Iguatemi, Ecorodovias, Localiza e Via Varejo.

Muitos investidores pessoas físicas entraram na Bolsa nos últimos meses e se depararam pela primeira vez com uma forte queda. Isso pode afastá-los do mercado de renda variável? Os fundos de investimento mostram algum tipo de fuga?

FF: Esse movimento ainda não foi registrado. Pelo contrário, alguns fundos mostram aportes. A questão hoje é o custo de oportunidade. A Selic está em 3,75%. Nesse cenário, o investidor olha para ações que caíram mais de 40% e enxergam a chance de conseguir um retorno melhor quando olham para os próximos dois anos. O investidor pode usar essa oportunidade para buscar mais informações e ver as oportunidades em vez de se desesperar e vender o que tem.

A volatilidade no mercado de opções (direito de comprar ou vender um ativo a um preço pré-determinado) de ações está menor do que no mercado à vista. Por que isso acontece?

Vitor Miziara: Esse mercado está sem liquidez. O preço de uma opção leva em conta a volatilidade, a taxa de juros e o preço do próprio ativo. Como o mercado de juros está muito volátil, os “market makers“, que são os profissionais que compram e vendem os ativos para dar liquidez a esse mercado, estão menos atuantes. Sem essa contraparte, o volume das operações cai.

Alguns fundos de ações apresentam perdas expressivas. Há o risco de um fundo quebrar?

VM: É muito difícil isso acontecer. A exceção seria um fundo muito alavancado. No entanto, os principais gestores, quando a volatilidade do mercado começou a subir muito, optaram por reduzir o risco. A decisão de sacar ou não depende da confiança que se tem no gestor e, para isso, é bom observar qual foi o comportamento dele durante e após crises anteriores

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