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SÃO PAULO – Com uma crise que tende a durar mais tempo do que o previsto originalmente, como o investidor deve ser posicionar? A renda fixa já oferece oportunidades? Vale a pena começar a voltar à Bolsa ou ainda é cedo para arriscar? Como reequilibrar a carteira no contexto atual?
Essas e outras questões serão respondidas hoje por Damont Carvalho, gestor de fundos macro da Claritas Investimentos, em uma transmissão ao vivo pelo Instagram do InfoMoney às 15h. Carvalho é um dos responsáveis pela gestão do fundo multimercado Total Return.
A live faz parte da campanha InfoMoney Orienta, que tem o objetivo de ajudar você a se planejar e investir melhor durante a crise. Para receber todo o conteúdo da campanha, cadastre-se aqui. E envie sua pergunta pelo Twitter ou Instagram, marcando a #InfoMoney Orienta.
SÃO PAULO – Em meio à crise causada pela pandemia de coronavírus, a redução da taxa Selic para 3,75% ao ano deixou os investidores de renda fixa cheios de dúvidas. Ainda vale a pena apostar nesse tipo de instrumento? Que tendências devem se materializar daqui por diante? Quais as chances de os juros básicos da economia caírem ainda mais?
O economista Alan Ghani, consultor de investimentos e articulista do InfoMoney, respondeu as perguntas enviadas nesta semana pelos leitores pela campanha #InfoMoneyOrienta. Muitas dúvidas eram sobre a variação das taxas e dos preços dos papéis de renda fixa disponíveis no mercado. Ghani explica que o prêmio de risco de aplicações como títulos públicos aumentou e, por isso, as taxas de juros oferecidas subiram.
“O prêmio de risco envolve a percepção do mercado sobre o risco de crédito, que aumenta porque a situação fiscal do país, em uma crise como a atual, piora”, explica. Mas ele também decorre do risco de liquidez, que cresce quando todo mundo procura ter dinheiro em espécie, e de mercado, decorrente da grande volatilidade hoje presente.
Por que meu investimento em títulos de inflação está negativo?
A alta dos juros nos papéis prefixados e atrelados à inflação agradou os investidores fãs do Tesouro Direto, mas muitos deles não entenderam por que seus extratos agora apresentam um valor menor para os papéis que já tinham adquirido anteriormente. O economista explica que existe uma relação inversa entre as taxas de juros atuais e os preços dos títulos públicos comprados no passado.
“Suponha que você comprou uma NTN-B [Tesouro IPCA+] que pagava juros de 4% ao ano mais IPCA. Esse é o ganho que foi garantido até o vencimento do papel, todo ano”, diz. Se seis meses depois o mesmo título, com o mesmo vencimento, estiver oferecendo juros de 3% ao ano mais IPCA, o papel mais antigo estará em vantagem – por ter uma taxa mais atrativa. Assim, quando os juros caem, o preço dos papéis antigos sobe, já que a remuneração deles é melhor.
O contrário, no entanto, também é verdadeiro. Se os títulos que ofereciam 4% de repente passam a pagar 6% mais IPCA, os títulos antigos se tornam menos interessantes em termos de remuneração – e, por isso, perdem valor. Foi exatamente o que aconteceu no momento atual.
O que fazer com a renda fixa agora então?
A renda fixa, explica Ghani, oferece algo muito atraente para os investidores: uma rentabilidade combinada desde o início. “E isso ninguém tira de você, se permanecer na aplicação até o vencimento. Por isso, quem tem títulos prefixados ou atrelados à inflação e sentiu o peso da volatilidade dos últimos dias não deve fazer absolutamente nada, porque já tem rentabilidade garantida até o vencimento. Na pior das hipóteses, você vai ter o ganho contratado.”
É diferente de uma ação, que pode valer praticamente nada quando a empresa emissora vai à falência, por exemplo. Quando a situação com o coronavírus começar a ser resolvida, segundo Ghani, vai ser possível perceber um recuo das taxas de juros – e quem tiver comprado papéis agora que elas ainda estão altas poderá embolsar ganhos ainda maiores.
Quem tem títulos prefixados antigos terá ganhos se vender após a queda da Selic?
Ghani destaca que a queda da Selic já está precificada nas taxas oferecidas pelos títulos públicos. Como elas subiram nos últimos dias em relação aos últimos meses, o economista explica que quem vender papéis antigos hoje embolsará o ganho verificado nos preços em função desse movimento.
Comprei títulos indexados ao IPCA na turbulência, contando com os ganhos da marcação a mercado. Então por que as taxas não baixaram com a queda da Selic?
As taxas, segundo Ghani, ainda refletem muito mais o prêmio de risco dos papéis do que os movimentos do governo em relação à Selic. “Pode ter certeza de que, quando a situação normalizar, as taxas irão cair”, diz.
É hora de comprar papéis prefixados?
Ghani prefere títulos indexados à inflação a papéis com retornos prefixados ou que acompanhem a variação da taxa básica de juros, como o Tesouro Selic. “Não iria de prefixados agora, porque pode haver uma questão inflacionária no longo prazo, e a NTN-B protege disso”, diz.
Mas o economista não descarta as LFTs (Tesouro Selic) por completo. “Em períodos de crise, para quem acha que pode precisar resgatar o dinheiro antes do vencimento, a LFT é um papel que não desvaloriza”, afirma.
As NTN-Bs, por outro lado, embora estejam oferecendo taxas muito atrativas, podem dar prejuízo a quem precisar do dinheiro antes da hora. “Eu mesmo tenho 10% da minha carteira investidos em LFTs”, explica o economista, ressaltando que se trata de sua reserva de emergência. Ela pode ser acionada inclusive para fazer outros investimentos – se o mercado acionário ficar muito barato, por que não aproveitar a liquidez da LFT para resgatá-las e usar o dinheiro na bolsa?, indaga Ghani.
O risco dos títulos de inflação é muito maior do que o dos prefixados?
Existem duas variáveis envolvidas nesse caso: vencimento e taxa. Os títulos de inflação normalmente são muito longos – vencem em 10, 20 ou até 30 anos. E esse é um elemento que traz volatilidade aos papéis, porque as incertezas no longo prazo são maiores.
Já os títulos prefixados são mais curtos, mas sofrem um efeito maior da variação das taxas, que costuma ser mais intensa. Há épocas em que um elemento predomina sobre o outro. “Não é uma pergunta com uma resposta pronta. Mas, via de regra, para uma mesma variação da taxa de juros, os títulos de inflação tendem a subir ou a cair mais, por conta do seu prazo mais longo”, afirma Ghani.
Devo sacar o dinheiro investido no Tesouro Direto?
Se a resposta à pergunta “preciso do dinheiro agora?” for não, o investidor não deve sacar os recursos. “Não mude de posicionamento, mantenha seu papel. Seu retorno está garantido até o vencimento, e uma hora as coisas vão normalizar. Não faça nada agora”, recomenda o economista.
Minha reserva de emergência está aplicada em títulos prefixados. Não devo resgatar? A melhor opção para a reserva de emergência é a LFT?
Na visão de Ghani, a reserva de emergência deve ser aplicada em títulos pós-fixados. Ao contrário dos prefixados e dos títulos de inflação, eles não garantem uma taxa já acertada desde o momento do investimento. Em vez disso, oferecem como rendimento a Selic.
Se a taxa básica de juros estiver em 10% ao ano, é o que vão pagar naquele período. Se cair para 5% anuais, é o que passarão a pagar dali por diante. Por causa desse mecanismo, eles não sofrem no preço o impacto da alta ou da queda dos juros.
“A reserva de emergência deve estar onde você tem uma rentabilidade sem muito risco de perda. É LFT, fundo DI, CDB pós-fixado com liquidez”, explica o economista. “Você só quer juros para remunerar e não deixar o dinheiro totalmente parado, para poder contar com ele a qualquer momento sem risco.” Se os valores foram aplicados em títulos prefixados, um resgate no momento atual possivelmente acarretará perdas.
A LFT rende mais que do que uma LCI (Letra de Crédito Imobiliário) que pague 100% do CDI?
Não, diz Ghani, já que as LCIs são isentas da cobrança de Imposto de Renda, o que não é o caso das LFTs. Uma equivalência entre os dois papéis exigiria que o investimento tributado pagasse em torno de 115% do CDI. O detalhe das LCIs é outro: liquidez. A LCI pode não ter liquidez diária como a LFT, além de ter uma carência mínima de resgate de três meses.
A Selic pode cair ainda mais?
Na visão de Ghani, a Selic pode sofrer novas reduções, sim. Embora algumas pessoas questionem o risco da volta da inflação, diante de juros tão baixos, o economista não enxerga esse cenário.
“Essa crise é de demanda e de oferta, pega as duas pontas. As pessoas não conseguem consumir porque não estão saindo de casa, e também não podem ir trabalhar por restrições impostas. É algo inédito, e muito difícil de abrir espaço para inflação”, explica.
Pode, sim, haver aumentos pontuais nos preços de alguns produtos por escassez – como álcool gel. Mas não uma situação generalizada. “Tem espaço para Selic cair mais até porque o motivo da queda agora não é controle inflacionário, e, sim, evitar uma crise no sistema financeiro”. Ghani afirma, resaltando que não espera a Selic abaixo de 3% ao ano.
Daqui a um ano, a Selic deve ter subido novamente?
Para Ghani, é difícil imaginar a taxa básica voltando a subir em um prazo de um ano. “Talvez em um horizonte um pouco mais longo, sim. Mas é precisa registrar uma recuperação maior antes disso. Talvez daqui a três ou quatro anos”.
O título Tesouro Selic ainda será uma boa opção com o novo corte previsto? Qual a melhor alternativa desse momento para investir em renda fixa?
Sim, principalmente para manter a reserva de emergência. O Tesouro Selic, diz Ghani, tem sido uma boa opção porque, diferentemente dos prefixados e papéis atrelados à inflação, não desvaloriza com a oscilação das taxas.
“Quem comprou Tesouro Selic no passado, ganhou juros de 14,25%, por exemplo, durante o período em que os juros estavam nesse patamar. Depois que a Selic caiu, passou a ganhar um pouco menos daquele momento em diante. É o que vai acontecer novamente agora com os cortes”, explica.
O importante a lembrar é que a remuneração total desse título, que é pós-fixado, é a média acumulada de todas as taxas desde a sua compra. “Mesmo com juros menores agora, vale a pena. Fica a lição: não dá para pensar só em remuneração, é preciso pensar também em risco e em volatilidade. O Tesouro Selic reduz a sensibilidade da carteira.”
Pensando em investimentos com prazos mais longos, Ghani reafirma que uma das melhores opções no momento são os títulos de inflação. Além de oferecerem taxas muito atrativas agora, eles protegem o dinheiro do risco de inflação no futuro de longo prazo. “Há pouco tempo, tínhamos saudade de ver taxas tão elevadas e um ganho tão fácil no Tesouro Direto.”
E os CDBs, valem a pena neste momento? Há risco de os bancos quebrarem?
Ghani diz que prefere títulos públicos aos CDBs prefixados, porque no Tesouro Direto é possível vender os papéis antes do vencimento se o investidor precisar ou se encontrar uma boa oportunidade de ganho devido à variação das taxas. “Já os CDBs pós-fixados podem ser interessantes, desde que paguem um belo percentual do CDI e o investidor puder esperar até o vencimento”, sugere o economista.
Alguns CDBs pós-fixados estão, de fato, oferecendo uma remuneração muito alta – em alguns casos, de até 180% do CDI. A dúvida é se os bancos emissores irão sobreviver à crise. Segundo Ghani, a tendência é de que o Banco Central e as autoridades monetárias no mundo inteiro injetem muito dinheiro no mercado nos próximos tempos, justamente para não haver um colapso financeiro. O principal, nesse caso, é verificar a liquidez do papel. “Muitas vezes, as operações com as melhores taxas não têm liquidez”, explica o economista.
Papéis privados, como debêntures e CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), podem ser boas alternativas?
No geral, o principal a avaliar são as operações dos emissores dos papéis privados. É preciso estimar se há um risco real de quebra ou não. “Se forem empresas muito bem avaliadas, pode ser. Tem de ter rating AAA, tem de ser empresa sólida”, diz Ghani.
Quando mais você se informa, melhor você decide. Neste momento de incertezas e inseguranças, conte com os conteúdos da XP.
Antes distante de boa parte dos brasileiros, o mundo dos investimentos tem ganhado destaque em todos os noticiários, principalmente por conta dos impactos do coronavírus.
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Nesse momento de muitas incertezas, é essencial que as pessoas se informem para tomar as melhores decisões.
Como investir bem neste momento de incertezas
Investir bem não quer dizer que você tenha que sair comprando ações na bolsa de valores ou que tenha que vender seus ativos porque estão registrando queda.
Para evitar que essas informações causem pânico e gerem mais perdas aos investidores que já fazem aplicações, a XP está focada em produzir os melhores conteúdos.
O objetivo é sanar as dúvidas dos investidores, explicar os impactos da crise sobre os investimentos e ajudar na tomada de decisão.
Vivemos um momento delicado e que exige muita atenção. Afinal, os mercados do mundo inteiro estão sofrendo os efeitos da crise gerada pelo coronavírus. Saber o que fazer (ou não fazer) agora é fundamental.
Por isso, a XP segue na missão de democratizar o mundo dos investimentos para que cada vez mais brasileiros continuem tendo acesso aos melhores ativos, mas principalmente às melhores informações.
É nos momentos de adversidades e incertezas que surge a oportunidade de reforçar a missão. Estar próximo dos clientes e ajudá-los a investir bem é o principal foco agora.
Não se trata apenas de ser uma marca especialista em investimentos. A XP vive e respira para garantir que os clientes tenham acesso às melhores oportunidades.
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Tenha ao seu lado as análises e comentários dos nossos especialistas, como o economista Marcos Ross, a especialista de ações Betina Roxo e o estrategista-chefe da XP, Fernando Ferreira.
A ideia é que todos possam entender qual é o cenário da economia global. Mas mais do que isso, é explicar que o desespero nestas horas precisa passar longe dos investimentos.
Explicar conceitos, analisar cenários e acalmar investidores é o que tem movido nossos analistas. Queremos que os investidores evitem erros comuns como o uso da reserva de emergência em renda variável (principalmente neste cenário de volatilidade) e a falta de planejamento dos investimentos (quais são seus prazos e planos para o futuro?).
Quando mais você se informa, melhor você decide
Não importa se você começou a investir ontem ou se está no mercado há muito tempo. Nunca é fácil passar por um momento turbulento como o das últimas semanas.
Coronavírus, dólar subindo, bolsa caindo, crise no setor do petróleo…
Com tanta coisa para gerar insegurança, queremos reforçar nosso compromisso de continuar trabalhando incansavelmente, em contato com nossa rede de pessoas, empresas e mercados para levar todo esse conteúdo para você poder se informar, esclarecer dúvidas e tomar decisões com mais tranquilidade.
Já produzimos e compartilhamos conteúdos diariamente nos nossos canais. Mas agora vamos intensificar e facilitar o seu acesso a tudo isso.
O nosso Morning Call, por exemplo, agora está disponível no Spotify em agregadores de podcasts, na Alexa (a assistente virtual da Amazon) e também será um programa diário nas rádios CBN e Band News.
Também teremos relatórios especiais e lives para tratar dos temas que você quer e precisa saber em tempo real, todos os dias.
Sejam quais forem suas dúvidas sobre o que está acontecendo na economia, estaremos ao seu lado para esclarecê-las.
O momento é difícil, mas já vivemos crises parecidas no passado e sempre com muita disciplina, humildade e serenidade, saímos de cada uma delas mais fortes do que entramos.
Nosso comprometimento com vocês e com nosso propósito é de longo prazo e estaremos aqui agora e depois, quando tudo acalmar.
Disclaimer: CONTEÚDO PATROCINADO XP INVESTIMENTOS CCTVM S.A. Este material foi elaborado pela XP Investimentos CCTVM S/A (“XP Investimentos” ou “XP”) e tem caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Os prazos, taxas e condições aqui contidas são meramente indicativas. As informações contidas neste material foram consideradas razoáveis na data em que ele foi divulgado e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis. A XP Investimentos não dá nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, sobre a integridade, confiabilidade ou exatidão dessas informações. Os ativos, operações, fundos e/ou instrumentos financeiros discutidos neste material podem não ser adequados para todos os investidores. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. A XP Investimentos não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo. Investimentos nos mercados financeiros e de capitais estão sujeitos a riscos de perda superior ao valor total do capital investido. A XP Investimentos se coloca à disposição para clientes que desejam obter informações, tirar dúvidas ou fazer reclamações por meio de seu Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). O contato do SAC é o telefone 0800 77 20202. A Ouvidoria da XP Investimentos tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus problemas. O contato pode ser realizado por meio do telefone: 0800 722 3710. Para maiores informações sobre produtos, tabelas de custos operacionais e política de cobrança, favor acessar o nosso site: http://www.xpi.com.br.
SÃO PAULO – O avanço das preocupações com a epidemia do coronavírus, com forte impacto sobre ass ações negociadas na Bolsa, também tem se refletindo sobre os fundos imobiliários, ainda que, por ora, em menor escala. No ano, o Ibovespa afunda 42%, enquanto o Ifix, índice que acompanha os principais FIIs, cai 28,8%.
Com a redução na circulação de pessoas e o fechamento de shopping centers e do comércio em geral, alguns investidores têm optado pela espera de um cenário mais claro para operar, enquanto outros têm ido às compras.
Para comentar os efeitos do coronavírus na classe de ativos, o head de distribuição da XP, Giancarlo Gentiluomo, fará um bate-papo nesta segunda-feira (23) com o gestor da VBI Real Estate, Rodrigo Abbud.
SÃO PAULO – Em mais um dia de preocupação nos mercados, em meio a novos desdobramentos dos reflexos do coronavírus sobre as economias, o Tesouro Direto teve duas paralisações nesta segunda-feira (23) e encerrou com alta nas taxas dos títulos públicos.
Entre os títulos com retorno prefixado, o com vencimento em 2026 pagava 9,00% ao ano, ante 8,48% a.a. na sexta-feira (20). O mesmo acontecia com o título com juros semestrais e prazo em 2031, que oferecia um prêmio anual de 9,86%, ante 9,40% ao ano anteriormente.
Com relação aos papéis indexados à inflação, o Tesouro IPCA+2026 pagava 4,55% ao ano, ante 4,10% a.a. no pregão anterior. Já os papéis com vencimentos em 2035 e 2045 pagavam uma taxa de 4,95% ao ano, ante 4,64% a.a. na tarde de sexta-feira.
Confira os preços e as taxas dos títulos públicos ofertados nesta segunda-feira (23):
Fonte: Tesouro Direto
Noticiário
Hoje, os investidores monitoraram o anúncio feito pelo Federal Reserve, o banco central americano, de que irá realizar compras de ativos sem limites para ajudar os mercados a enfrentarem a crise da Covid-19. Uma das medidas será um programa de US$ 300 bilhões de apoio ao fluxo de crédito.
Por aqui, medidas para minimizar os impactos da doença também foram divulgadas. Para aumentar a liquidez do sistema financeiro, o Banco Central anunciou a redução temporária da alíquota do compulsório sobre recursos a prazo, de 25% para 17%. Já o BNDES suspendeu ontem o pagamento de dívidas das empresas por seis meses e anunciou que tornará disponíveis R$ 55 bilhões para as companhias.
O governo também publicou ontem uma medida provisória (MP) com regras trabalhistas no período de calamidade pública. A medida, contudo, foi contestada pelo presidente Jair Bolsonaro, que revogou o artigo que permitia a suspensão do contrato de trabalho por quatro meses sem salário.
Ao redor do mundo, o número de infectados pelo coronavírus atingiu 329 mil, segundo a universidade Johns Hopkins. As mortes estariam em torno de 14 mil. No Brasil, são 1.546 casos confirmados, com 25 mortes.
Na agenda de indicadores desta segunda-feira, o Banco Central divulgou o relatório Focus, com novas reduções nas expectativas de inflação e PIB, bem como aumento na estimativa para a cotação do dólar.
SÃO PAULO – A maior dificuldade do investidor iniciante no mercado financeiro não é a a crise, mas sim a ansiedade. Já no caso do trader mais experiente, que está no mercado há mais tempo, o grande erro é, em momentos como o atual, deixar de operar suas estratégias e técnicas para operar a sua ansiedade, o seu medo. A opinião é de Luana Schneider, do Market Minds, especialista em psicologia para traders.
A psicologia do investimento em tempos de crise é o tema da edição mais recente do podcast Gain Cast, com André Moraes, analista da Rico Investimentos, e Roberto Indech, analista-chefe da Rico Investimentos.
Para a convidada Luana, o trader, que opera no dia a dia com estratégias de curto prazo, tende a sair mais prejudicado dessa crise por deixar sua receita de lado e operar de forma diferente conforme a circunstância. “Ser day trader é chato: você tem que ter disciplina de operar todos os dias exatamente a mesma coisa, repetir as mesmas técnicas, as mesmas estratégias”, explica. Ir contra essa estratégia significa dar abertura para perdas graves em momentos difíceis.
Quanto ao investidor de longo prazo, Luana observa que o momento de extrema volatilidade do mercado é a hora em que ele começa a entender o que o day trader sente na prática o que o day trader e o swing trader sente na pele durante as sessões. O que ele não pode esquecer é da sua estratégia. “Dar para a sua mente a informação de como você vai agir se tudo der certo e se tudo der errado, é uma das melhores formas de controlar a ansiedade”.
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Os efeitos do novo coronavírus no mercado financeiro pegaram muitos investidores desprevenidos.
Nas últimas semanas, o mercado brasileiro, que vinha de um bull market histórico, se tornou uma verdadeira montanha-russa — com mais descidas do que subidas.
Com uma queda de cerca de 40% desde o início do ano, o Ibovespa acionou cinco circuit breakers – mecanismo emergencial que interrompe as negociações quando a queda do índice ultrapassa determinados limite – em apenas seis pregões. Já a cotação do dólar comercial ultrapassou o histórico patamar de R$ 5,00.
Neste cenário que deixa até os investidores mais experientes apreensivos, a XP Educação lançou nesta segunda-feira (23) um curso 100% online e gratuito sobre investimentos. O objetivo do treinamento é oferecer aos investidores as melhores ferramentas para cuidar de seu patrimônio durante essa crise que pode estar apenas começando.
“A proposta é dar continuidade ao projeto da XP Investimentos de disponibilizar conteúdos relevantes para sanar as dúvidas das pessoas diante dessa reviravolta do mercado. A diferença é que fazemos isso de uma forma completa e estruturada, que só um curso consegue entregar. Queremos que o maior número de pessoas possível tenha acesso a esse tipo de informação” afirma Thiago Gonçalves, analista de conteúdo da XP Educação.
Segundo ele, o curso será organizado em cinco módulos. Além de explicar o que levou os mercados globais a mergulharem na crise das últimas semanas, as aulas gratuitas abordarão seus impactos nos diferentes setores da economia, como o investidor pode organizar uma carteira de investimentos ideal para navegar em um oceano revolto, além de traduzir para o bom português termos que se tornaram frequentes nas últimas semanas – como circuit breaker e VIX.
“A intenção é que, ao consumir esse curso, as pessoas tenham condições de avaliar e tomar as decisões sobre o que fazer com seus investimentos agora. E, caso elas ainda não invistam, que consigam vislumbrar qual é o melhor caminho para começar a investir”, explica Gonçalves.
Segundo Izabella Mattar, head da XP Educação, a proposta do conteúdo gratuito é trazer informação de qualidade e mais clareza para o investidor em um período de muito ruído e pânico nos mercados.
“Nosso objetivo é ajudar as pessoas a entenderem a crise que estamos passando e auxiliá-las a navegar por ela com mais tranquilidade. Essa crise pegou todos de surpresa, muitas pessoas estão perdidas e algumas até desesperadas. Nossa missão é promover educação financeira de qualidade para empoderar as pessoas a tomarem as melhores decisões com seu dinheiro”, afirma.
“Em um momento como esse, precisamos ajudar da forma como podemos: provendo informação de forma didática.”
A abertura do curso é feita pelo CEO da XP Inc., Guilherme Benchimol, e todo conteúdo será ministrado por especialistas da XP, como o estrategista-chefe, Fernando Ferreira, a especialista em investimentos e criadora do canal ExplicaAna, Ana Laura Magalhães, a analista de ações Betina Roxo e muitos outros profissionais da XP Investimentos.
Fundos quantitativos podem até ser uma novidade no Brasil, mas nos EUA, dos 10 maiores fundos, 8 são quant. E como a novidade é boa, já que eles estão conseguindo ganhar dinheiro com toda essa crise recente, “trouxemos” Rodrigo Terni, fundador e gestor da Giant Steps, para explicar como eles conseguiram ganhar dinheiro e porque essa indústria quantitativa é tão promissora.
(Trouxemos aqui é uma força de expressão. Este é o primeiro episódio gravado em home estúdio do Stock Pickers, no qual todos os participantes gravaram de suas respectivas casas).
Os robôs da Giant entenderam que a chance de perda era maior que a chance de ganhar com bolsa esse ano, por isso, os fundos não tinham posição alguma em bolsa e ficaram com a maior posição comprada em dólar, cerca de 25% do fundo, a grande maioria restante ficou no caixa.
A história não se repete, mas rima.
Todas as teses de investimento, assim como os gestores tradicionais, são pautadas no passado, porém a tecnologia potencializa essa análise de dados, e possibilita testes com históricos de 100 anos para entender se realmente faz sentido aquele modelo de investimento.
Uma estratégia que não foi só vencedora agora, mas que em 8 anos espera ser a maior gestora independente do Brasil, realmente acredita na tecnologia como ferramenta para tomada de decisão, e Terni explica porque essa indústria é tão promissora, não só na geração de ganhos mas também na escalabilidade das estratégias.
Sonho grande, ousado o suficiente para Terni acreditar que Jim Simons, fundador e gestor da Renaissance Technologies, é mais importante para o mercado que o Warren Buffet. O futuro do mercado em um podcast, escute este episódio imperdível.
Apresentado por Thiago Salomão, analista da Rico Investimentos, e Renato Santiago, do InfoMoney, o Stock Pickers vai ao ar toda quinta-feira. Você pode seguir e escutar em sua plataforma de podcasts preferida clicando aqui.
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SÃO PAULO – Em meio à forte queda do mercado acionário e de olho no movimento dos atuais cotistas, mais fundos têm sido reabertos para captação. Casas como Brasil Capital, Sharp, Núcleo, Oceana e Giant Steps estão na nova leva de gestoras que têm reaberto seus fundos, da mesma forma como foi feito por Dynamo, Atmos e Bogari.
Alguns dos fundos estavam fechados há pouco tempo, desde o início deste ano, mas há aqueles indisponíveis para novos cotistas há cerca de cinco anos. O contexto da crise atual relacionada à epidemia de coronavírus tem levado algumas das gestoras mais tradicionais do país a rever sua estratégia comercial.
O InfoMoney apurou que a Sharp vai reabrir o fundo Sharp Long Biased a partir de segunda-feira (23). O prazo para fechamento vai depender da velocidade da demanda na abertura, assim como o valor máximo a ser captado está atrelado às condições de mercado ao longo do tempo.
O valor mínimo para aplicação será de R$ 50 mil para novos cotistas, com movimentação a partir de R$ 5 mil para atuais investidores. O fundo, voltado apenas para investidores qualificados, isto é, com pelo menos R$ 1 milhão em aplicações financeiras, estava fechado há dois meses.
A partir de abril, será a vez da Núcleo Capital reabrir a captação de seu fundo de ações, exigindo uma aplicação mínima de R$ 500 mil para novos cotistas e de R$ 10 mil, para atuais investidores. O fundo é restrito para investidores qualificados e está fechado há cerca de cinco anos, com aberturas pontuais a cada seis meses apenas para os cotistas.
Segundo André Ribeiro, sócio e gestor da Brasil Capital, a gestora tem feito mudanças pontuais em seu portfólio, que segue com as ações de Petrobras, Rumo e Cosan entre as maiores posições do fundo, seguidas pelos papéis da Aliansce, Alupar, B3, alupar, B3, Yduqs e SulAmérica.
“Traçamos todos os cenários possíveis e falamos com todas as equipes das empresas do portfólio, e fizemos rearranjos”, conta Ribeiro.
Segundo ele, as companhias da carteira teriam condições para passar seis meses sem receita por conta da crise atual, considerando o pior cenário.
A Oceana também reabriu o fundo mutimercado long biased com aplicação mínima de R$ 5 mil e voltado para o público geral. Ele estava fechado desde 2017.
No grupo de fundos quantitativos, que ganharam destaque neste ambiente de crise, a Giant Steps recebe a partir do dia 30 de março novos investimentos para um fundo espelho com a estratégia do Zarathustra, com valor máximo de captação de R$ 250 milhões.
Destinado ao investidor geral, a aplicação mínima do fundo, fechado desde setembro de 2019, será de R$ 10 mil. “O fundo é uma boa ferramenta de diversificação do portfólio, então muitas pessoas que já o conheciam pediram a abertura como forma de se defender”, conta Pedro Simonetti, responsável pela relação com investidores da Giant Steps.
Fundos espelho de estratégias como do Verde Scena também estão sendo reabertos em plataformas como da XP, com valores mínimos de aplicação de R$ 50 mil.
Ainda que a queda dos preços dos ativos possa ser considerada uma oportunidade para boa parte dos investidores com capital e que foquem no longo prazo, há quem siga receoso com as incertezas no horizonte e prefira esperar para voltar a alocar em Bolsa via fundos.
É o caso de Otávio Vieira, sócio gestor da gestora de patrimônio Taler, que diz preferir que seus clientes aumentem a alocação atual em papéis de renda fixa, como Tesouro IPCA+ com vencimentos entre 2025 e 2028, com juros reais a partir de 4% ao ano.
Em meio a escalada do coronavírus, cada vez mais os investidores se questionam sobre a alocação de seu patrimônio.
O cenário não apresenta melhoras e se os investidores não adotarem uma postura sensata e de longo prazo, as dificuldades podem aumentar, segundo a análise da BlackRock Investment Institute, maior empresa de gestão de ativos do mundo.
De fato, ainda é cedo para determinar a profundidade e duração do impacto econômico do coronavírus. Mas a empresa acredita que será um fenômeno temporário.
“Em algum momento a epidemia vai se dissipar e a atividade econômica será normalizada, assumindo-se que a resposta política seja devidamente implementada”, diz a empresa.
A BlackRock explicou que em meio a esse momento favoreceu a resiliência de seu portfólio, incluindo liquidez e estratégia em investimentos sustentáveis.
“Preferimos os títulos do Tesouro americano aos títulos de menor rendimento de outros países, para fins de proteção do portfólio. Reconhecemos que as alocações dos títulos do Tesouro cumprem o seu papel em momentos de incerteza, porém vemos os riscos de uma proteção decrescente em relação aos sell-offs do mercado de ações e o retorno dos rendimentos aos mínimos históricos”, afirma a empresa.
Crise de 2008
Em um paralelo com outras crises, este momento pode remeter o investidor à crise de 2008, mas a gestora acredita que não é o mesmo cenário, já que a economia e o sistema financeiro estão bem mais robustos.
“Seguimos com exposição de referência para ativos de risco e enfatizamos resiliência por meio de ações de qualidade, liquidez e sustentabilidade”, diz a empresa.
Ainda, a crise chegou ao Brasil em um momento em que a situação econômica começava a se recuperar e investidores, empresários e consumidores já conseguiam enxergar ventos favoráveis à frente.
Mas tudo foi interrompido pela proporção global que o coronavírus tomou.
A gestora, no entanto, não considera esse momento turbulento como um evento que encerre à expansão econômica,” desde que sejam tomadas medidas proativas e coordenadas de política púbica”.
“Também vemos sinais encorajadores de que as respostas da política estão começando a tomar forma. Seria necessário um esforço conjunto e decisivo entre a política fiscal e a monetária. As principais vulnerabilidades que precisam ser enfrentadas: restrição de liquidez das empresas, especialmente pequenas e médias, e as famílias”, crava a gestora.
O futuro ainda é incerto, mas o investidor deve manter o foco no longo prazo para atravessar esse momento complexo – que será passageiro.
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