Por que a Azul está mais preparada que a Gol para atravessar a crise do coronavírus

Adeodato Netto, estrategista-chefe da Eleven Financial

SÃO PAULO — Em queda de mais de 70% em 2020, diante da escalada do surto global de coronavírus, as ações das companhias aéreas brasileiras Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) estão baratas? Há perspectiva de retomada pós-vírus? Qual a chance real de falência? A ajuda do governo será suficiente?

As respostas para estas perguntas foram dadas pelo estrategista-chefe da Eleven Financial, Adeodato Netto, em uma live no Instagram do InfoMoney realizada nesta quarta-feira (25). Para ele, a Azul respondeu mais rápido ao impacto negativo do coronavírus e está melhor preparada para lidar com o período de operações reduzidas com a queda drástica na demanda por voos.

O estrategista-chefe da Eleven também falou sobre a Bolsa como um todo. Ele disse ser “razoável” pensar no Ibovespa entre 88.000 pontos e 100.000 pontos no final deste ano por causa do efeito coronavírus sobre o lucro das empresas. Antes da crise, a projeção no cenário otimista era de 135.000 pontos.

Netto falou ainda sobre quais ações e setores estão baratos e, portanto, são uma oportunidade de compra neste período de baixa do mercado, pensando no médio e longo prazos. Assista à entrevista completa no vídeo acima.

InfoMoney Orienta

A live de hoje faz parte da campanha InfoMoney Orienta, lançada na semana passada. O objetivo é resolver dúvidas sobre investimentos publicando informações de qualidade nas nossas diferentes plataformas — site, YouTube, redes sociais.

Você pode enviar suas perguntas e comentários através do e-mail orienta@infomoney.com.br ou utilizando a hashtag #InfoMoneyOrienta no Twitter e no Instagram. As perguntas serão respondidas por especialistas no site e redes sociais do InfoMoney.

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Após reabertura, taxas de títulos do Tesouro Direto caem nesta quarta-feira

SÃO PAULO – Em mais um dia de instabilidade, o Tesouro Direto retomou as operações de compra e venda de títulos públicos na tarde desta quarta-feira (25). O sistema estava suspenso desde as 14h.

Entre os títulos indexados à inflação, o com prazo em 2026 oferecia um prêmio anual de 4,02%, ante 4,40% na tarde de terça-feira (24). Os papéis com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam 4,52% ao ano, ante 4,80% a.a. anteriormente.

Com relação aos papéis prefixados, o título com vencimento em 2023 pagava uma taxa nominal de 5,89% ao ano, ante 6,87% a.a. ontem. Já o retorno do Tesouro Prefixado com juros semestrais 2031 cedia de 9,58% para 9,22% ao ano.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos ofertados nesta quarta-feira (25):

Fonte: Tesouro Direto

Noticiário

Entre os destaques do dia, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, teve alta de 0,02% em março, abaixo da expectativa de economistas consultados pela Reuters, que era de alta de 0,06%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa é a menor para o mês desde o início do Plano Real.

Com o resultado, o IPCA-15 acumula um aumento de 0,95% em 2020, enquanto em 12 meses, a taxa é de 3,67%.

Nos Estados Unidos, a notícia do dia é o acordo entre o Senado e o governo para aprovar um pacote de US$ 2 trilhões em estímulos à economia, visando minimizar os efeitos do coronavírus.

Ainda preliminar, o acordo prevê um conjunto de medidas fiscais e incentivos diretos a empresas e cidadãos e deve ser votado no Senado e na Câmara dos Representantes nesta quarta-feira. Só depois irá à sanção do presidente americano Donald Trump.

Já no Brasil, gera instabilidade o discurso do presidente Jair Bolsonaro, que chamou novamente o coronavírus de “resfriadinho” e defendeu que as pessoas voltem a trabalhar para não haver desemprego. Bolsonaro criticou ainda o fechamento de escolas e do comércio por conta do vírus.

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Tesouro Direto: com resgate líquido de R$ 960 mi em fevereiro, programa tem pior resultado em nove meses

Várias notas de cem reais na mão de uma pessoa que não aparece na foto.

SÃO PAULO – O Tesouro Direto, programa de compra e venda de títulos públicos pela internet dirigido ao investidor pessoa física, registrou um resgate líquido (vendas menos retiradas) de R$ 960,6 milhões em fevereiro, o pior resultado desde maio 2019, quando o resultado havia ficado negativo em R$ 4,2 bilhões. Naquela ocasião, contudo, o volume de vendas resultou de um vencimento do papel Tesouro IPCA+ de 2019.

Seja pela necessidade de capital em meio à atual crise, pela migração do investidor de renda fixa para outros ativos ou pela realização de lucros com a venda de papéis, os resgates somaram R$ 2,4 bilhões no último mês. Desse total, R$ 2,2 bilhões corresponderam a resgates antecipados, enquanto R$ 156 milhões, a vencimentos dos papéis. As vendas, por sua vez, foram de R$ R$ 1,4 bilhão no mês.

Segundo o Tesouro, foram realizadas cerca de 292 mil operações em fevereiro, uma queda de 42% na comparação com janeiro e de 31% na base anual. Já o estoque do programa alcançou um montante de R$ 58,8 bilhões, leve baixa de 0,84% em relação ao mês anterior, e um crescimento de 4,9% sobre fevereiro de 2019.

Títulos preferidos

Entre os títulos mais demandados pelos investidores em fevereiro, o Tesouro Selic ficou em primeiro lugar, com participação de 54,8% nas vendas. Na sequência ficaram os títulos indexados à inflação (32,5%) e os prefixados, com 12,7% do total.

O número de investidores ativos no Tesouro Direto, isto é, aqueles atualmente com saldo em aplicações no programa, superou o total de 1,2 milhão. O acréscimo mensal, contudo, foi o menor em três meses.

Um total de 2.276 investidores entraram na plataforma de compra e venda de títulos públicos no último mês, uma forte queda do ritmo, quando comparado ao ingresso de 51,2 mil pessoas no mesmo período de 2019. O resultado foi o menor desde novembro, quando entraram 1.355 participantes no programa.

Com maioria masculina (67%), os investidores do Tesouro Direto seguem concentrados na região Sudeste do país, com participação de 57%. Com relação à faixa etária, a maior fatia pertence ao grupo de 26 a 35 anos, com representação de 35%.

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Seu dinheiro: um plano para superar a crise do coronavírus

O fato de os consumidores estarem trancados dentro de casa em quarentena suspende a demanda por produtos e serviços – e, desta forma, trava a economia.

Lojas, restaurantes, fábricas e indústrias também começam a parar. O mesmo vale para prestadores de serviço.

As demissões começam a aparecer e a confiança dos consumidores, a sumir. Como consumir nesta fase? Instaura-se um ciclo vicioso.

Tenho visto gente preocupada em como pagar as contas neste “novo normal”. O fato de termos mais de 60 milhões de inadimplentes no Brasil só piora este cenário.

Como ficam os milhões de brasileiros que não possuem uma reserva de emergência?

Nesta verdadeira calamidade, criei, com as ferramentas da educação financeira, um plano para quem estiver com dificuldade de pagar as contas nestes tempos de crise. Confira:

1. Faça cortes emergenciais de gastos

É difícil andar para trás na vida – e ninguém gosta de abrir mão de algo que já se tornou um padrão.

No entanto, é fundamental entender que existem diversos gastos que podemos cortar neste momento.

Viagens podem ser adiadas, assinaturas de revistas e aplicativos podem ser canceladas. Dá para trocar planos de celular, TV a cabo, pacotes de tarifa do banco… tudo para conseguir economizar o possível neste momento.

Além disso, quem está de quarentena já reduz automaticamente as despesas com transporte, alimentação e lazer fora de casa.

Quanto mais leve ficarem os seus gastos durante a crise, mais fácil será de superar todo este período.

2. Saque os seus benefícios

O governo já anunciou uma série de medidas que trazem benefícios para a população. É possível sacar R$ 500 do FGTS até dia 31 de março – e esse prazo deve ser estendido até o fim de abril.

Já o abono do PIS/Pasep deve ser adiantado também. Quem tem direito, deve aproveitar para receber estes recursos o quanto antes.

3. Reveja as suas dívidas

Na esteira dos pacotes do governo, os maiores bancos estão anunciando medidas para apoiar os endividados. Este é, portanto, o momento para renegociar dívidas – tanto para pessoas físicas, quanto jurídicas.

Já é possível pausar o pagamento de financiamentos imobiliários e de automóveis, por exemplo, e os maiores bancos do país poderão prorrogar dívidas por até 60 dias.

Além disso, o próprio Serasa Experian anunciou que o Feirão Limpa Nome online irá permitir o parcelamento das dívidas em até 48 vezes – o programa fica disponível até dia 31 de março.

4. Foque em investimentos com liquidez

Todo o dinheiro que for economizado deve ser aplicado em investimentos de alta liquidez. Neste cenário de crise, até o Tesouro Direto tem enfrentado dificuldades e suspendido as negociações quase que diariamente.

Por isso, o ideal é deixar o dinheiro aplicado em fundos DI taxa zero – a melhor opção para o curto prazo até que a situação se estabilize. Quem tem reserva de emergência durante a crise consegue dormir com mais tranquilidade à noite.

5. Caso precise resgatar, tire dos investimentos com maior liquidez também

Nestes momentos, fica clara a importância de ter uma reserva de emergência. Ela existe para ser usada exatamente em tempos como este.

Caso precise resgatar dinheiro de alguma aplicação, priorize fazer os saques dos investimentos que possuem maior liquidez e menor cobrança de Imposto de Renda.

Quem precisar de recursos que estiverem aplicados na Previdência Privada, por exemplo, pode acabar pagando uma alíquota altíssima.

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Ibovespa no fundo do poço? #InfoMoneyOrienta responde dúvidas dos leitores

SÃO PAULO – Quem chegou ao mercado acionário nos últimos meses agora está sentindo o impacto da crise do coronavírus nos extratos da B3. O Ibovespa teve o maior impacto negativo entre as bolsas do mundo, registrando queda de 52% em dólar em relação ao mês de janeiro, conforme levantamento do banco americano Goldman Sachs. Com as ações cotadas na bacia das almas, o que fazer?

Analistas de ações responderam a perguntas sobre ações enviadas pelos leitores na campanha #InfoMoneyOrienta. As principais dúvidas são sobre melhores e piores setores para investir, além da magnitude das quedas ainda previstas. Confira:

Qual é o fundo do poço da Bolsa? 50 mil, 60 mil pontos?

É muito difícil fazer uma estimativa desse tipo. Considerando os efeitos de recessões globais do passado sobre o Ibovespa, no entanto, a recomendação é de cautela. “Em 2001, durante o estouro da bolha da internet, a bolsa brasileira caiu 44%. Em 2008, com a crise financeira global, o índice caiu em torno de 60%”, afirma Fernando Ferreira, estrategista chefe da XP Investimentos. Caso padrões similares ocorram, o Ibovespa poderia recuar ainda mais – pelo menos até os 62 mil pontos.

Ferreira argumenta que, diante da dimensão da correção atual, é válido tomar a crise de 2008 como referência. “Não achamos que a crise atual será tão séria quanto aquela, mas alguns riscos são importantes de serem monitorados”, afirma. Caso voltasse a cair 60% em relação à pontuação mais alta que alcançou recentemente – de quase 120 mil pontos em janeiro –, o Ibovespa poderia chegar aos 48 mil pontos agora.

A análise de outros dois indicadores de avaliação aponta na mesma direção. O múltiplo de preço/lucro do Ibovespa chegou a negociar no nível de 5,7 vezes – que, se aplicado ao índice no momento atual, apontaria para uma pontuação na casa dos 46.400 pontos.

Já o múltiplo de preço/valor patrimonial, que chegou a 1,04 vez em 2008, seria condizente com o Ibovespa atual cotado aos 50.800 pontos.

“É sempre muito difícil prever qual será o ponto de equilíbrio no qual os mercados param de cair e começam a se recuperar”, diz Ferreira.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o índice S&P 500 recuou 42% até outubro de 2008 e teve uma recuperação de 24% dali até o fim do ano. No entanto, embarcou em uma nova queda de 30% em 2009 até chegar ao ponto mínimo daquela crise.

Qual setor pode se recuperar em menos tempo após o controle do vírus?

É difícil saber ao certo que segmentos devem voltar à normalidade primeiro. “Em meio a tanta incerteza, ninguém tem essa resposta. A melhor pergunta a fazer agora é quais empresas têm a melhor combinação entre caixa, endividamento e desempenho operacional para superar a fase mais aguda da crise”, sugere Betina Roxo, analista da XP Investimentos.

Na visão da equipe de análise da corretora, os setores que devem sofrer maior impacto nas operações são o aéreo, o varejo, parte do bancário e de distribuição de combustíveis.

Por outro lado, há segmentos com um nível maior de resiliência, lembra Betina. Empresas do setor elétrico e de saneamento, que possuem receitas reguladas e baixa correlação com a atividade econômica, são um exemplo. As companhias de proteína animal, como os frigoríficos JBS e Marfrig, também não devem ser muito afetadas, já que a demanda por alimentos permanecerá e os níveis de endividamento e liquidez das empresas são saudáveis.

A equipe da XP ainda vê chance de impactos de curto prazo – mas de recuperação ao longo do tempo – em empresas como Ambev (que hoje tem um caixa superior ao endividamento), Magazine Luiza (que, além de um caixa confortável, tem parcela considerável das vendas feitas por canais online) e Lojas Renner (com uma exposição relativamente baixa a produtos diretamente importados e que não deve sofrer no lado da oferta).

Completam o rol de empresas resilientes a Vale (já que a atividade na China começa a ser retomada e a produção de aço continua elevada), a Suzano (que pode sustentar as operações com a demanda por papel sanitário) e alguns bancos, como o Banco do Brasil (que tem um terço da carteira de crédito focada no setor agrícola, regulado e mais estável) e Itaú (um banco menos alavancado e com um papel historicamente menos volátil).

Empresas como Gol e Azul são boas opções neste momento? O que fazer com ações de empresas aéreas agora?

O setor aéreo é um dos que devem sofrer maior impacto devido à desaceleração da economia e também por conta das restrições na circulação de passageiros para fora e também dentro do Brasil, na avaliação da equipe de análise da XP Investimentos.

“As companhias já anunciaram cortes temporários na oferta de voos tanto no mercado internacional, que têm sido o foco maior de arrefecimento na demanda, quanto no doméstico”, afirma a casa, em um relatório recente. “A oferta menor poderá resultar em alavancagem operacional menor e, dessa forma, em margens inferiores. ”

Outro aspecto importante é o fato de que cerca de 35% dos custos de empresas como Gol e Azul estão atrelados ao dólar. “Parte relevante das dívidas das companhias aéreas consiste em contratos de arrendamento de aviões, que, por sua vez, possuem um prazo atrelado à vida dos jatos e pagamentos de periodicidade anual. Essas obrigações são denominadas em dólar”, explica o relatório.

A valorização da moeda americana, portanto, pode elevar o endividamento no setor, além de reduzir a rentabilidade no curto prazo, já que o aumento de custos normalmente não é repassado de imediato para as tarifas aéreas.

Assim, embora as ações das companhias aéreas já tenham recuado bastante, Betina orienta os investidores a focar esforços nas empresas que deem um grau de certeza maior quanto à sua resiliência.

Em que cenário da crise os bancos podem ser prejudicados?

Em um primeiro momento, o setor bancário é considerado defensivo para o período mais agudo da crise, já que as instituições financeiras estão capitalizadas. Poderia haver problemas, no entanto, no caso de uma quebra da confiança no mercado, que freasse a expansão do crédito no país.

“Estimamos um crescimento médio de 9,8% nas carteiras e um mix voltado para varejo (pessoas físicas e PMEs), movimento necessário para crescimento da margem financeira em um ambiente de juros mais baixos”, estimam os analistas da XP Investimentos. Essas projeções podem acabar se revelando muito otimistas caso os bancos segurem a concessão de empréstimos diante do cenário de incertezas.

Outro fator que pode afetar os bancos é um eventual aumento da inadimplência, decorrente da desaceleração econômica, que poderia causar desemprego e redução de renda. “Isso seria especialmente ruim para nossas projeções, uma vez que estimamos um baixo crescimento no custo de crédito de 4% para 2020”, afirmam os analistas.

O varejo com compras online pode ser uma aposta?

De modo geral, o e-commerce deve ser menos afetado pela crise do que o varejo físico. No entanto, na opinião dos analistas da XP Investimentos, mesmo esse setor não deve passar ileso.

“As vendas do e-commerce no Brasil devem ser negativamente impactadas pela crise do COVID-19, sim. Em especial, destacamos as categorias mais discricionárias (como vestuário), conforme vimos acontecer na China”, destaca Pedro Fagundes, analista de varejo, em um relatório recente.

Alguns elementos favorecem as lojas online, segundo Fagundes. As ocasiões de compra no e-commerce, por exemplo, continuarão existindo, ao contrário do que acontece com as lojas físicas – em que, muitas vezes, uma compra acontece quando o cliente passa pela vitrine.

Além disso, pelo menos por algum tempo, o varejo online será o único canal de acesso a consumo. Fora isso, as quarentenas farão com que os consumidores procurem na internet por bens e serviços aos quais tinham acesso fora de casa anteriormente, como alimentação ou mesmo a prática de exercícios.

“Não esperamos um aumento das vendas online tão forte quanto vimos em países como os Estados Unidos, porque o setor no Brasil ainda é muito concentrado em produtos de ticket alto”, diz Fagundes. O consumo básico – como o varejo alimentar e farmacêutico – ainda é muito limitado na internet. Considerando esse cenário, entre as apostas no setor estão B2W, Magazine Luiza e Via Varejo.

Vale mais fortalecer a carteira ou investir em novas ações?

Na visão de Betina, é hora de revisar toda a carteira de investimentos – inclusive pensando se a alocação nas diferentes classes de ativos está de acordo com o perfil de risco de cada investidor.

“É importante avaliar se as empresas que estão no portfólio têm saúde financeira suficiente para sobreviver ao curto prazo. E, na hora de comprar novos papéis, será preciso estudar o nível de impacto da crise nas operações, combinado com o patamar de endividamento e a liquidez corrente das empresas”, explica.

Não faz sentido comprar uma ação apenas porque ela já caiu bastante. Ninguém sabe exatamente quanto mais o mercado irá sofrer ainda – a empresa que não tiver capacidade financeira imediata poderá ver suas ações continuarem a cair.

Pensando a longo prazo, é melhor comprar blue chips?

Não necessariamente. “É preciso avaliar caso a caso”, explica Betina. No geral, as blue chips – como são apelidadas as ações de empresas de grande porte, com boa reputação e situação financeira saudável – têm uma posição de caixa forte. Mas isso não significa que suas operações sairão ilesas da crise. Na visão da analista, é preciso considerar o andamento dos negócios também das blue chips, além dos fundamentos para o futuro dos setores onde elas estão inseridas.

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Onde estão as oportunidades e os riscos no mercado imobiliário? Consultor da XP responde

Representação de preço para imóveis

SÃO PAULO – A extensão da crise provocada pela epidemia do coronavírus sobre os mercados é incerta, mas é fato que os efeitos sobre os setores serão diferentes. Dentro do segmento imobiliário, fundos vinculados a shoppings estão sofrendo maior pressão neste momento, mas os descontos parecem generalizados (leia mais nesta matéria).

Neste contexto, como investidores podem se posicionar? Quais setores tendem a se recuperar antes? E quais são os segmentos com maior risco?

Para responder a essas e outras questões, o InfoMoney realiza uma transmissão ao vivo às 17h, pelo Instagram, com Marcelo Hannud, consultor imobiliário da XP. Participe da live e mande suas perguntas acessando o Instagram pelo seu celular.

A live faz parte da campanha InfoMoney Orienta, que tem o objetivo de ajudar você a se planejar e investir melhor durante a crise. Para receber todo o conteúdo da campanha, cadastre-se aqui. E envie sua pergunta pelo Twitter ou Instagram, marcando a #InfoMoneyOrienta.

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Coffee Stocks: o novo programa do Stock Pickers

Que tal tomar um café com o Stock Pickers todos os dias que tiver bolsa?

Esta é a nova proposta do nosso novo programa, o Coffee Stocks, nosso boletim diário que vai ao ar diariamente, ao vivo, no nosso Instagram. Serão 13 minutos de conversa com protagonistas do mercado de ações. Um papo reto, direto e objetivo, como todo conteúdo matinal e diário do nosso mercado precisa ser.

A live tem início as 7h15, mas a conversa só começará as 7h17 (tempo pra conectar o convidado e todos chegarem à live). Às 7h30 encerramos, e o conteúdo só fica disponível no Instagram, pelas próximas horas. Quem viu, viu; quem não viu, perdeu.

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Agora você poderá tomar um café com o Stock Pickers todos os dias que tiver bolsa. Estreia na segunda o Coffee & Stocks, o boletim diário do Stock Pickers que será transmitido via live no Instagram. A live tem início as 7h15 mas a conversa só começará as 7h17 (tempo pra conectar o convidado e todos chegarem na live) e vai até 7h30. São 13 minutos de duração, para que a conversa seja direta e reta – como todo conteúdo matinal tem que ser. O programa estreia nesta segunda-feira (23/3) com André Ribeiro, da Brasil Capital. O André conversou nos últimos dias com todas as empresas que ele possui na carteira. A conversa deve ter sido estimulante, pois a Brasil Capital vai reabrir seu fundo de ações nesta semana. Teremos 13 minutos pra descobrir quais foram as empresas que mais chamaram a atenção do André. Agora temos um encontro marcado toda manhã no Instagram. Prepare seu café e conecte-se conosco! ☕ 💰 #stockpickers

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Primeiros dias

No primeiro dia, o programa começou com André Ribeiro, gestor da Brasil Capital. Ele contou que nos últimos dias conversou com representantes de todas as empresas que ele possui na carteira. A conversa deve ter sido estimulante, pois a Brasil Capital vai reabrir seu fundo de ações nesta semana.

Hoje, o papo foi com Luiz Aranha, gestor da Moat Capital. Tivemos problemas no Instagram que prejudicaram a transmissão, por isso segue um resumo abaixo (mas não se acostumem, nosso encontro será por lá mesmo, todos os dias).

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O que vocês estão vendo e fazendo nesse cenário?
Primeiro vou falar como que vimos essas fortes quedas de mercado: grande maioria das pessoas foi pega de surpresa e para nós não foi diferente. Nos frustramos bastante com o tamanho e rapidez da queda. Esse tipo de crise no sentimento das pessoas e na perspectiva de ter um lockdown prolongado fez o mercado entrar no “race to the bottom” (vendendo até o chão e sem qualquer parâmetro de valuation), mercado perdeu a referência de preços e por isso as quedas foram assustadoras. Porém a volatilidade vai passar e as empresas ficam. As implicações de longo prazo serão muito mais das atitudes dos governantes do que propriamente do vírus. O vírus vai passar em pouco tempo, mas o que os governos estão fazendo não.

Trocarando Vale por Petrobras
Durante a crise, estávamos com Vale em carteira, que acabou defendendo muito bem já que o minério não caiu. Ao mesmo tempo, petróleo caiu 60% após e a Petrobras perdeu 1/3 do valor. No longo prazo, o movimento brusco do petróleo tira toda a capacidade de investimento das empresas e nesse momento, Petrobras parece mais interessante do que Vale ainda que a mineradora pareça mais barata por conta do minério não ter caído. Olhando o filme das commodities, a assimetria para Petrobras é maior do que a assimetria que enxerga na Vale, pois o preço do minério não caiu e se tivéssemos uma depressão o preço do minério vai ter que cair. Entenderam que todo o mercado entrou em uma espiral negativa, principalmente empresas que fizeram captações robustas e que mesmo assim caíram para frações do seu valor. A última delas talvez seja a Cogna, que embora possa ter algum problema de inadimplência, fez uma captação a R$ 11, é outra empresa que estamos comprando. Estratégia é olhar para as empresas que sairão da crise mais fortes.

Por que quase zeraram Bancos?
Setor de Bancos era uma posição grande do fundo, entendíamos que os bancos estavam baratos e acreditávamos que todo o barulho envolvendo fintechs havia deprimido muito as ações do setor, e Nessa última semana eles caíram mais ainda. Mesmo assim, em nossa opinião os bancos serão os mais afetados pela crise. As empresas da bolsa são as líderes em seus setores, vão conseguir capital de giro para atravessar esse momento, já os bancos são aqueles que sofrerão com o pequeno e médio negócio e que vão passar por mais dificuldades. Além disso, apesar da queda dos bancos, tiveram outras ações que caíram ainda mais, ficando relativamente mais baratas. Tiramos bancos e diversificamos a carteira.

Carteira
A maior alteração dentro da carteira foi sair de bancos e comprar uma carteira mais diversificada e barata. A carteira do fundo aumentou de 25 para 35 posições e 100% comprada. Também compramos o setor de energia elétrica e construturas.

Maiores posições
Lojas Americanas (LAME4), B2W (BTOW3), Cemig (CMIG4), Petrobras (PETR4)

Conclusão
Para finalizar, eu nunca vi um mercado tão barato. Obviamente que não foi fácil, a perda foi muito grande, mas as pessoas colocaram no preço uma depressão muito profunda sendo que a probabilidade disso acontecer é muito baixa.

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Tesouro Direto: taxas de títulos públicos recuam nesta terça-feira

SÃO PAULO – Em um dia de maior alívio nos mercados com estímulos globais para conter os impactos do coronavírus sobre as economias, o Tesouro Direto opera normalmente nesta tarde e apresenta queda nas taxas dos títulos públicos.

Entre os papéis com retorno indexado à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia um prêmio anual de 4,40%, ante 4,55% a.a. na tarde de segunda-feira (23). Os papéis com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam 4,80% ao ano, ante 4,95% a.a. ontem.

Com relação aos papéis prefixados, o título com vencimento em 2023 pagava uma taxa nominal de 6,87% ao ano, ante 7,18% a.a. anteriormente. Já o retorno do Tesouro Prefixado com juros semestrais 2031 cedia de 9,86% para 9,58% ao ano.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos ofertados nesta terça-feira (24):

Fonte: Tesouro Direto

Noticiário

No holofote dos mercados, investidores seguem no aguardo pela aprovação no Congresso americano do pacote de US$ 2 trilhões para enfrentar os efeitos econômicos do coronavírus.

Ao redor do mundo, bancos centrais como o da Coreia do Sul e da Alemanha também estão promovendo estímulos para reaquecer suas economias. Enquanto o primeiro anunciou um pacote de US$ 80 bilhões, o BC alemão deve detalhar, ainda nesta terça-feira (24), um pacote de 800 bilhões de euros para auxiliar as empresas atingidas pelos impactos da Covid-19.

No Brasil, o Estado de São Paulo entra a partir de hoje em quarentena. Desta forma, todas as atividades comerciais não essenciais serão fechadas por um período de 15 dias. Do total de casos brasileiros do coronavírus, São Paulo tem quase a metade, 745 casos, e 30 das 34 mortes.

Na agenda de indicadores domésticos, as vendas no varejo caíram 1% em janeiro em relação a dezembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda foi maior que a mediana das estimativas, negativa em 0,4%, de acordo com os analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast.

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Com maior parte dos fundos imobiliários negociando com desconto, o que virou oportunidade?

SÃO PAULO – Embora estejam sofrendo menos que as ações, os fundos imobiliários também estão em um movimento de queda das cotas, refletindo o nervosismo do mercado com a crise da epidemia do coronavírus e seus reflexos sobre a economia. O movimento é bastante amplo, com todos os 108 fundos que fazem parte do Ifix, índice de referência do segmento, em baixa desde o dia 21 de fevereiro, véspera do estopim do pânico.

Ainda que a queda seja abrangente, as histórias dos fundos são diferentes. Enquanto o Ifix cai 24,6% nesse período até a última sexta-feira (20), os fundos tinham quedas de 4,7% a 47,2%. As distinções levam o mercado a considerar o movimento de venda exagerada para parte do segmento, o que pode se traduzir em oportunidades.

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Levantamento feito pelo InfoMoney com base em dados da Economatica mostra que, dos fundos que compõem o Ifix, 87% negociavam, em 20 de março, abaixo de seu valor patrimonial. Antes da crise, em 21 de fevereiro, a fatia que negociava com desconto era bem menor, de 15,7%.

O múltiplo P/VPA (preço em relação ao valor patrimonial por cota) é uma métrica de avaliação para saber se um fundo está caro (quando o resultado fica acima de 1) ou barato (abaixo de 1).

Por esse critério, fundos como General Shopping e Outlets (GSFI11), Edifício Galeria (EDGA11) e Europar (EURO11) estão entre os mais descontados do Ifix, com relação entre preço e valor patrimonial de 0,26, 0,42 e 0,44 vez, respectivamente.

Na ponta oposta, destaque para BB Progressivo II (BBPO11), com P/VPA de 1,27 vez, seguido pelos fundos Hospital da Criança (HCRI11) e Hospital Nossa Senhora de Lourdes (NSLU11), com relação de 1,22 e 1,15 vez, respectivamente.

No grupo dos 31 fundos imobiliários com participação acima de 1% sobre o Ifix, os menores múltiplos partiam do Vinci Shopping Center (VISC11), com P/VPA de 0,64 vez, seguido pelos fundos XP Malls (XPML11) e HSI Malls (HSML11), com relação entre preço e valor patrimonial de 0,72 e 0,74 respectivamente.

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“Os preços perderam qualquer relação com a racionalidade”, avalia Daniel Caldeira, sócio da Mogno Capital. Gestor do Mogno Fundo de Fundos (MGFF11), ele acredita que o movimento de desvalorização está em grande parte vinculado à necessidade de liquidez por parte dos investidores e também por zeragem de exposição devido a posições alavancadas nas carteiras, o que derrubou os preços.

Dentro do fundo da Mogno, Caldeira diz ter reduzido um pouco a exposição a shopping, um dos setores que mais preocupam nesta crise, mas sem grandes alterações no portfólio. Entre os fundos que enxerga como baratos, o gestor destaca o BC Fund, negociando hoje perto de R$ 80, bem abaixo dos R$ 116 do fim de 2019.

Caldeira menciona também o fundo de logística XPIN e, no grupo de fundos de recebíveis, tem preferência por aqueles de crédito alta qualidade de crédito, como Kinea Rendimentos imobiliários.

Em entrevista ao InfoMoney, Ricardo Almendra, CEO da gestora RBR, contou que estava aproveitando a queda dos preços para aumentar suas posições principalmente no setor de galpões logísticos, exposição que estava zerada desde dezembro.

“É um cenário para porta de entrada, com preço irracionalmente baixo”, afirma Rossano Nonino, sócio-diretor da Ouroinvest Real Estate. “Se pegarmos o valor dos FIIs e compararmos com o encontrado duas semanas atrás, muitos estão com metade do preço.”

Nonino lembra que, durante o período de 2013 a 2017, a oferta de novos escritórios em São Paulo, por exemplo, foi extremamente alta, com aumento de cerca de 50% do estoque, proveniente das construções dos anos anteriores.

Na época, contudo, a superoferta de imóvel, somada a uma Selic que praticamente duplicou (de 7,25% para 14,25% ao ano) e a dois anos de PIB negativo, também fez o Ifix recuar, conta. Entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014, por exemplo, o índice afundou 23,3%.

Hoje, o cenário é outro, diz, sem superoferta de imóveis e com um CDI sem perspectiva de subir para dois dígitos no médio prazo. “Quando analisamos o contexto, não faz sentido o índice cair 30% como vemos agora”, afirma. E completa: “O que temos visto é muito investidor de primeira viagem que decidiu sair no primeiro sinal de turbulência sem entender o que fazer”.

Os últimos dados da B3 indicam que, em janeiro, havia 715 mil investidores pessoas físicas de fundos imobiliários, um crescimento exponencial em relação aos 205 mil cotistas do fim de 2018.

Shoppings: oportunidade ou hora de vender?

Na avaliação de Nonino, as quedas no Ifix não são motivo para pânico, mas para oportunidade, especialmente no segmento de shopping centers.

“Mesmo que a vacância fique alta nos próximos anos, não faz sentido a cota cair pela metade. Vai ter efeito de ausência de receita, vacância, mas o que tenho visto é shoppings dispostos a dar carência de aluguel para os lojistas, não risco de perda de inquilino”, afirma.

Em um cenário ainda nebuloso, contudo, a XP preferiu diminuir a participação no segmento de shoppings e aumentou o peso em papéis mais defensivos, de menor risco e menor volatilidade, caso dos fundos de recebíveis.

Em atualização extraordinária feita no último dia 18, a XP optou por retirar da carteira os fundos Vinci Shopping Centers, HSI Malls e Malls Brasil Plural, deixando apenas o XP Malls entre os recomendados do setor.

“Apesar de termos uma visão positiva para a performance dos portfólios no médio e longo prazo, estamos reduzindo o peso de FIIs de shopping centers em nossa carteira e adotando um posicionamento mais conservador no curto prazo”, escreveu Renan Manda, analista de fundos imobiliários da XP.

Na Eleven Financial Research, a equipe de ações atualizou a recomendação de compra para neutra de Iguatemi (IGTA3), Multiplan (MULT3) e Aliansce (ALSO3).

Em relatório, a equipe destacou como principais impactos uma renegociação com lojistas, a queda no faturamento e uma redução da taxa de ocupação. “Até que o cenário esteja menos opaco, mantenha distância dos ativos de shopping”, escreveu o time de análise. (Leia mais aqui)

Cuidado com as promoções

Embora as oportunidades pareçam pipocar em momentos de crise e de preços deprimidos, Marcos Baroni, especialista em fundos imobiliários da Suno Research, alerta para a dificuldade de precificação dos ativos em um cenário ainda muito incerto.

“Ninguém consegue saber onde a queda vai parar, porque não se sabe os desdobramentos do coronavírus sobre a economia. Não é possível saber quais empresas vão sobreviver nem quanto tempo vai demorar para sairmos da recessão”, diz.

Por mais que enxergue uma melhora no longo prazo, Baroni questiona qual será o preço a ser pago por isso. “Meu maior receio é de que o fim da crise resulte em uma crise de crédito. Hoje não é possível avaliar, mas, se acontecer, tudo terá que ser renegociado”, afirma.

Com relação aos dividendos, Nonino, da Ouroinvest, afirma que é natural que os inquilinos peçam um respiro de curto prazo, o que deve afetar os dividendos que seriam pagos no segundo semestre deste ano.

Ele lembra que os fundos imobiliários precisam dividir semestralmente 95% do resultado, mas que não têm obrigação de pagar caso não tenham caixa.

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RBR e Mogno se unem para doar parte da receita de gestão para organização social

SÃO PAULO – As gestoras RBR Asset Management e Mogno Capital decidiram capitanear uma campanha para doação de uma parte da receita obtida com a gestão de fundos imobiliários para organizações sociais.

Desde dezembro, quando foi realizado o IPO do fundo RBR Properties (RBRP11), do qual a Mogno é investidora, a RBR passou a doar 1% da receita gerada pela taxa de gestão para o Instituto Sol, uma ONG voltada para projetos sociais na área de educação.

A receita pertenceria à gestora, sem impacto sobre os cotistas do fundo, observa Ricardo Almendra, CEO da RBR. A proposta, agora, é que a iniciativa ganhe corpo no mercado financeiro.

“Começou pelo RBR Properties, mas a ideia é, ao longo da vida da RBR, termos todos os nossos fundos fazendo alguma doação para algum instituto ou causa na qual a gente acredite e acompanhe. Vai ser parte da nossa cultura, um planejamento estratégico de longo prazo para implantar na RBR”, diz Almendra.

Segundo ele, a doação não tem data para acabar, dada a natureza do fundo, que é listado e de prazo indeterminado.

Daniel Caldeira, sócio da Mogno, complementa que a destinação de uma receita por meio de um veículo fechado gera uma estabilidade interessante para o Instituto Sol e outras organizações, no futuro.

Instituição privada, sem fins lucrativos, o Instituto Sol foi fundado com o objetivo de oferecer oportunidades para que jovens de baixa renda possam ter acesso a ensino de qualidade, mentores e orientadores.

A organização seleciona, anualmente, jovens que estejam cursando o nono ano do ensino fundamental na rede pública e que queiram e tenham potencial para ingressar em uma das melhores escolas particulares de São Paulo.

O ciclo de apoio começa na preparação para o ingresso no ensino médio e segue durante o ensino superior até a entrada no mercado de trabalho.

Almendra, que está no conselho do Instituto Sol, conta que a ONG assiste hoje 30 jovens e pretende alcançar o número de 100. “Acompanhamos o jovem por um ciclo de oito a nove anos, o que inclui ensino médio, faculdade e curso preparatório, se necessário. Ajudamos na partes pedagógica e psicológica, com educação vocacional, saúde e transporte.”

Associação de gestoras

Paralelamente, as duas gestoras estão promovendo uma iniciativa para formar uma associação que congregue gestores de fundos imobiliários.

RBR e Mogno pretendem liderar a agregação e convidar cerca de 20 gestores para que a associação possa discutir pautas que julgarem relevantes para a indústria e atuar em conjunto em ações de impacto social.

Entre as iniciativas, estará a proposta de que outros associados abracem a causa por meio de doações de parte da taxa de gestão para instituições de finalidades sociais. “A associação estará aberta para todos do setor terem um fórum para discutir nossas prioridades”, assinala Caldeira.

Entre os pleitos atuais, estão as discussões sobre o papel do gestor e do administrador dentro de um fundo. Almendra destaca que o primeiro deveria ganhar importância na estrutura. Temas como a concentração em cada ativo dentro de um fundo imobiliário, tributação sobre ganho de capital e a possibilidade de operar vendido em FIIs também respondem pelas principais demandas de discussões.

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