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As estratégias de investimento da Ibiuna e da Bahia Asset em meio à crise

SÃO PAULO – Em um ambiente bastante atípico para o mercado financeiro e que pegou os investidores de surpresa, dado o tamanho e a rapidez do impacto do coronavírus sobre as economias, gestores de fundos de investimento tiveram que se movimentar ainda mais para evitar maiores perdas em março.

Em cartas aos cotistas, os gestores da Bahia Asset e Ibiuna Investimentos abordaram o cenário de incerteza nos mercados e contaram como estão posicionados os portfólios. Enquanto na Bahia Asset a busca é por liquidez, de forma a aproveitar oportunidades na Bolsa via empresas com receitas mais resilientes, na Ibiuna, a preferência segue em juros, com a expectativa de ganhos gerados pelas políticas monetárias ao redor do mundo.

Nos fundos multimercado da Bahia Asset, a opção para março foi por reduzir as posições compradas em empresas cíclicas dos setores de petróleo e consumo discricionário. A posição short (aposta na queda) no setor de telecomunicações foi praticamente encerrada, enquanto posições compradas (com aposta na alta) no setor de farmácia foram ampliadas.

Além disso, a gestora trocou a parte direcional comprada em bolsa no Brasil para o mercado acionário americano. A expectativa é de que as empresas do S&P 500 consigam reagir primeiramente à retomada no pós-crise.

Em março, o Bahia AM FIC FIM recuou 5,02%, ante variação de 0,34% do CDI e queda da ordem de 30% do Ibovespa.

A Ibiuna, por sua vez, começou a migrar as carteiras para empresas que não devem apresentar problemas de dívida e fluxo de caixa no médio prazo.

No fundo long biased, a gestora aumentou as posições em Cesp (CESP6), Totvs (TOTS3), e Locamerica (LCAM3) por terem uma fração relevante de suas receitas com característica recorrente e potenciais atrativos. Também foram ampliadas as posições em Yduqs (YDUQ3) e Ultrapar (UGPA3).

Ao mesmo tempo, os gestores reduziram as posições em incorporadoras de média e alta renda, por serem muito impactadas pela taxa de desemprego e confiança, bem como em seguradoras de saúde e shopping centers. Em março, o fundo Ibiuna Long Biased FIC FIM teve queda de 32,21%.

Com relação à estratégia do multimercado Ibiuna Hedge FIC FIM, a gestora reduziu as posições mais arriscadas em renda variável direcional, assim como a exposição a moedas emergentes. Foram ampliados, contudo, os hedges (proteções) contra cenários extremos, via aumento da posição aplicada em títulos do Tesouro americano e na compra de dólar contra real.

A visão é de que ainda que haja oportunidades atrativas na renda variável, a elevada volatilidade dessa classe de ativos somada às incertezas, demandam prudência na alocação de risco. “Neste momento, preferimos observar de fora a correr o risco de ‘queimar a largada’ nesta que pode ser uma ótima oportunidade mais à frente”, escreve a gestora.

Juros e Selic

De acordo com a Ibiuna, a principal estratégia do multimercado e que contribuiu para os ganhos de 2% do fundo no último mês foi a alocação na curva de juros de países que devem se beneficiar de políticas monetárias, como Estados Unidos, México, Chile, Brasil e Inglaterra.

Em Brasil, por exemplo, o fundo possui posições aplicadas na parte curta e intermediária da curva de juros. A justificativa é que o ambiente é “extremamente benigno de inflação” e que há perspectivas de novos cortes da Selic.

Juros mais baixos também são esperados pela equipe da Garde, que vê o Banco Central cortando a Selic para 2,75% ao ano nos próximos meses, com espaço adicional para novas baixas.

“Dada a rápida deterioração do cenário de atividade e a excepcionalidade da crise atual, não devemos descartar a possibilidade de realização de uma reunião extraordinária para cortes de juros”, escreveu a gestora em relatório intitulado “O mês em que a Terra parou”.

Com relação à inflação, a casa estima que o IPCA tenha alta de apenas 1,5% neste ano, mesmo com o câmbio acima de R$ 5,00. Isso aconteceria, segundo a Garde, devido à forte abertura do hiato do PIB, que deve encerrar o ano com queda de 3%, e ao choque desinflacionário dos preços de petróleo.

“Acreditamos que o ritmo de avanço da epidemia nos EUA, as mensagens dos líderes políticos a respeito da duração das medidas de contenção e a continuidade das medidas econômicas em resposta ao choque serão cruciais para ditar o ritmo dos mercados nas próximas semanas”, escrevem os gestores.

Em março, o multimercado D’Artagnan recuou 3,08%, enquanto o fundo long biased da casa teve queda de 21,55%.

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Pessoa física desafia turbulência do coronavírus e B3 tem novo recorde de CPFs cadastrados

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(Bloomberg) — Seis circuit breakers em pouco mais de uma semana — em meio a fortes perdas que apagaram quase três anos de ganhos — não foram suficientes para afastar os investidores de varejo da bolsa brasileira.

O número de investidores pessoa física no Brasil aumentou para cerca de 2,2 milhões em março, segundo dados da B3. O dado aponta para mais de 300 mil CPFs novos na bolsa no mês passado, quando o Ibovespa registrou sua maior queda mensal desde 1998.

Os brasileiros têm migrado cada vez mais para produtos de renda variável em busca de retornos mais atrativos, em resposta à queda da Selic de 14,25% para a mínima histórica de 3,75% ao longo dos últimos anos. Nos anos recentes, a entrada de investidores de varejo e de fundos locais mais do que compensou os investidores estrangeiros, que mostraram maior cautela.

O timing da turbulência recente foi “infeliz” para os investidores de varejo, que vinham migrando para a bolsa, disse Will Landers, chefe de ações para a América Latina da BTG Pactual Asset Management. “Eles viram que a bolsa não é poupança — é um investimento de risco.”

A bolsa brasileira acumula queda de 42% desde o pico no fim de janeiro, diante do impacto da pandemia de coronavírus, que reduziu as perspectivas para o crescimento econômico global e atrasou a agenda de reformas do governo.

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Investidores de títulos do Equador podem sofrer uma redução de 70% na dívida

(Bloomberg) — O Equador deve se tornar inadimplente no prazo de um ano como consequência da pandemia de coronavírus, que devasta a cidade portuária de Guayaquil e agrava os problemas econômicos do país, segundo pesquisa realizada pelo Citigroup.

O Equador está entre os principais candidatos a default nos mercados emergentes, juntamente com Argentina e Angola. Cerca de 55% dos entrevistados acreditam que o governo equatoriano não terá condições de pagar suas obrigações nos próximos 12 meses. Os credores de títulos provavelmente recuperariam entre 30 e 40 centavos de dólar após uma reestruturação e 35% dos entrevistados disseram esperar uma recuperação abaixo de 30 centavos de dólar.

Depois de pagar um bond apenas pela segunda vez em sua história, o Equador é empurrado para outro default diante da crise econômica causada pela pandemia de coronavírus. A queda neste ano dos preços do petróleo, principal produto de exportação do país, a fragilidade das contas públicas e subsequentes cortes da nota de crédito deixaram os títulos do Equador em níveis distressed. Agora, autoridades tentam conter o aumento da taxa de mortalidade em Guayaquil.

“Os riscos de default parecem estar aumentando, com a Argentina e o Equador na vanguarda”, escreveram estrategistas do Citigroup liderados por Ayoti Mittra na pesquisa, que entrevistou 30 gestores que administram cerca de US$ 120 bilhões.

Alta do petróleo

A avaliação do próprio Citi é que credores do Equador sofram um haircut (redução da dívida) de cerca de 56%, assumindo que o país possa pagar um cupom de 4,2% ao ano, com crescimento de 2% e um superávit primário de 0,5% do PIB. O rendimento de saída seria de 11% e a reestruturação incluiria novos títulos de longo prazo com um período de carência de dois anos.

“Esperamos que as autoridades iniciem negociações com os detentores de dívida em breve”, disse Anders Faergemann, gestor da Pinebridge, em Londres. “O ideal é que o Equador busque uma reestruturação amigável da dívida, no entanto, os detentores de títulos podem relutar em negociar antes das próximas eleições, o que pode levar à posse de um novo governo em 2021.”

Medidas de austeridade

Outros são mais otimistas. Siobhan Morden, da Amherst Pierpont, espera que os preços dos títulos se recuperem para 65 a 75 centavos de dólar se os credores permitirem que o Equador adie os pagamentos dos cupons deste ano por 12 meses. Isso resultaria em rendimentos de saída de 15% a 20%.

“O Equador está em uma posição mais forte para solicitar alívio temporário” do que a Argentina, escreveu Morden em nota na sexta-feira. “É possível que o Equador seja talvez o único país atualmente a adotar medidas pró-cíclicas de austeridade, além de se beneficiar de um forte apoio financeiro multilateral.”

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3 perguntas que o investidor deve fazer antes de resgatar seus investimentos em meio à crise

SÃO PAULO – A forte volatilidade do mercado por conta da epidemia de coronavírus tem tirado o sono de investidores, até dos mais disciplinados, que amargam perdas expressivas especialmente em suas aplicações de maior risco, de renda variável.

Abrir o portfólio e ver um desempenho negativo no mês e no ano não é fácil. Mas resgatar seus investimentos e sair de uma vez do mercado também pode não ser a melhor saída.

Pensando nisso, a gestora americana Vanguard, com mais de US$ 6,2 trilhões em ativos sob gestão e conhecida por seus fundos de índice de baixo custo, publicou em seu site três pontos que podem ajudar o investidor na tomada de decisão. Confira:

1. Se você resgatar seus investimentos quando o mercado estiver em baixa, irá efetivamente amargar as perdas

Embora seja difícil controlar os ânimos em momentos de fortes oscilações, como o atual, a Vanguard destaca que é preciso ter em mente que uma vez que você liquidar o seu portfólio, isso não poderá ser mudado nem cancelado, mesmo se as condições de mercado melhorarem imediatamente. Dessa forma, você irá realizar as perdas e impedir que o montante seja recuperado com a volta dos ativos.

Se você é aposentado e depende do seu portfólio para renda, terá que fazer resgates independentemente das altas e baixas da Bolsa. Mas, segundo a Vanguard, não tem problema, uma vez que estará retirando apenas uma pequena fatia. É importante, contudo, que a carteira de investimentos seja construída de forma a suportar as flutuações do mercado, com ativos diversificados.

2. Você pode perder a retomada do mercado

Quando a economia começar a se recuperar da crise, esse movimento já vai estar no preço dos ativos. Então é preciso ficar atento às oportunidades, ou você perderá a porta de entrada.

Em teoria e no melhor dos cenários, diz a Vanguard, o investidor deveria vender quando a Bolsa sobe e comprar quando ela cai. Mas ninguém consegue prever o mercado, nem mesmo os gestores mais experientes.

3. Você pode comprometer os seus objetivos

Pelo fato de não haver uma bola de cristal, se o investidor resgatar seus investimentos em meio à crise, ele poderá perder a retomada do mercado e quiçá os melhores dias para a Bolsa, comprometendo seus objetivos de longo prazo.

Para ilustrar isso, a Vanguard criou um exemplo hipotético, considerando a média anual de retornos do S&P 500 de 2000 a 2019.

Se o investidor tivesse aplicado US$ 100 mil em uma carteira de ações (nos Estados Unidos) por cerca de 20 anos, por exemplo, teria recebido um retorno anual médio pouco acima de 6%.

Caso decidisse resgatar o montante aplicado durante esse período, perdendo no caso, os 25 melhores dias de performance do mercado, seu portfólio teria sido reduzido para algo em torno de US$ 91 mil ao fim de 2019.

Por outro lado, destaca a gestora americana, se o investidor tivesse seguido o planejamento inicial e mantido uma carteira diversificada ao longo desses 20 anos, mesmo durante as oscilações da Bolsa, teria um portfólio valendo US$ 320 mil em dezembro de 2019.

Isso não significa que o investidor nunca deva resgatar pequenas quantias da carteira. Mas sacar fatias menores do portfólio de maneira planejada não é a mesma coisa que deixar totalmente o mercado, destaca a Vanguard.

Qual é a recomendação?

Segundo a gestora americana, embora o momento seja de forte volatilidade, o ideal é que o investidor troque o mínimo possível de ativos na carteira. Isso porque, se os planos de investimento ou para a aposentadoria permanecem os mesmos, a carteira não deveria sofrer alterações.

Caso haja uma mudança de 5% ou mais dos ativos, a recomendação da Vanguard é de que o investidor faça um rebalanceamento do portfólio para que continue no caminho certo rumo a seus objetivos de longo prazo.

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Taxas de títulos públicos do Tesouro Direto acentuam o movimento de alta na tarde desta sexta-feira

SÃO PAULO – Em meio ao aumento de aversão a risco nos mercados mundiais, com dados econômicos fracos nos Estados Unidos e na Europa diante da pandemia de coronavírus, as taxas dos títulos públicos negociados via Tesouro Direto apresentam alta nesta sexta-feira (3), com um movimento acentuado nesta tarde.

Entre os títulos com retorno indexado à inflação, o juro do papel com vencimento em 2026 subia de 3,73%, ontem, para 3,85% ao ano, na tarde desta sexta-feira. Os papéis com prazos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam 4,71% ao ano, ante 4,61% a.a. na quinta-feira (2).

Com relação aos papéis prefixados, o título com vencimento em 2026 oferecia um prêmio anual de 7,69%, ante 7,39% a.a. anteriormente, enquanto o retorno do Tesouro Prefixado com juros semestrais e prazo em 2031 avançava de 8,01% para 8,36% ao ano.

Confira os preços e as taxas dos títulos públicos ofertados nesta sexta-feira (3):

Fonte: Tesouro Direto

Noticiário

Após número recorde de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos na véspera, mercados repercutiram hoje o relatório de emprego no país, conhecido como “payroll“, referente a março, que veio pior do que o esperado.

No último mês, a economia americana perdeu 701 mil postos de trabalho, muito acima das expectativas feitas pelo levantamento da Bloomberg, que estimava a destruição de 100 mil vagas no período. Este foi o primeiro declínio de criação de vagas desde 2010.

A taxa de desemprego na maior economia do mundo subiu para 4,4%, ante dado anterior de 3,5%. A expectativa no consenso Bloomberg era de que o desemprego subisse a 3,8%.

Leia também:
Com pressão generalizada sobre os preços, títulos públicos chegam a cair 24% em março

Ainda no exterior, dados fracos da zona do euro reforçaram o efeito recessivo do coronavírus sobre as economias. O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) despencou de 51,6 pontos, em fevereiro, para 29,7 pontos, em março. Os dados indicaram a maior contração da atividade econômica em 20 anos na Itália, Espanha e França, justamente os três países mais atingidos pela pandemia no continente.

Hoje, o rali dos preços do petróleo continuou, em meio à expectativa por um acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+), após a Arábia Saudita convocar uma reunião para discutir a crise no mercado.

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Gestores apostam em ações da Vale para navegar em meio ao cenário turbulento

(Bloomberg) — Investidores têm aumentado suas posições em Vale (VALE3), apostando na mineradora como uma das principais oportunidades em meio à sangria na bolsa brasileira.

Em março, as ações da Vale despencaram para o menor nível em três anos diante da disrupção nas cadeias de produção globais e dos cortes das estimativas de crescimento provocados pela pandemia de coronavírus. O papel subiu mais de 20% na última semana, mas ainda é negociado no nível mais baixo desde 2019, após o rompimento da barragem de Brumadinho, que matou 270 pessoas.

“A Vale é uma oportunidade como as que acontecem a cada 10, 15 anos”, disse Paolo Di Sora, diretor de investimentos da RPS Capital, durante videoconferência realizada pelo Banco BTG Pactual.

Uma das razões por trás do otimismo é o fato de a mineradora se beneficiar da alta do dólar em relação ao real, pois a maior parte da receita da empresa é atrelada à moeda estrangeira. O real acumula baixa superior a 23% neste ano, um dos piores desempenhos no mundo. Di Sora disse que o valuation da ação chegou a implicar dólar em cerca de R$ 3,50, muito abaixo do câmbio atual de R$ 5,26.

A Adam Capital também está entre os otimistas. De acordo com Márcio Appel, que fundou a gestora de ativos em 2016 com André Salgado, a ação da Vale parece atraente mesmo em cenários adversos para os preços do minério de ferro.

“Se eu tivesse que escolher uma ação brasileira que está particularmente barata, seria a Vale”, disse Appel em videoconferência realizada na terça-feira pelo Itaú Unibanco.

De acordo com o Goldman Sachs, que elevou a recomendação para o ADR da Vale para equivalente à compra, o preço atual da ação não implica crescimento de volume e assume preços de minério de ferro a US$ 65 a tonelada por um longo período, o que o banco considera improvável. O minério de ferro acumula baixa de 11% neste ano, negociado em cerca de US$ 80 a tonelada, uma queda menos drástica do que a vista em outras commodities em meio a expectativas de aumento dos estímulos na China.

Caio Ribeiro, do Credit Suisse, também avalia o desconto atual como exagerado, especialmente considerando “fortes perspectivas de geração de caixa”, segundo relatório.

No balanço do quarto trimestre, a Vale disse que a geração de caixa permitiu reduzir a dívida líquida para cerca de US$ 4,9 bilhões, o menor nível desde 2008. A empresa também acessou US$ 5 bilhões em linhas de crédito para reforçar o caixa em meio à recente turbulência.

“Hoje a nossa principal métrica é se uma determinada empresa é capaz de sobreviver a cenários de estresse”, disse Felipe Campos, sócio-fundador da Navi Capital, em entrevista. “A Vale tem caixa sólido, custos menores e certamente entra nessa lista.”

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Como o mercado de crédito privado tem se comportado na crise e onde estão as melhores oportunidades? A JGP responde

SÃO PAULO – Ainda que a renda variável esteja nos holofotes dos investidores nesta crise, em meio a fortes movimentos vendedores nas bolsas de valores mundiais, o mercado de renda fixa, via crédito privado, também tem sofrido com o aumento do estresse financeiro.

A extensão dos problemas, contudo, pode ser diferente, assim como o olhar do investidor precisa ser outro. Quem explica melhor as particularidades do segmento é Alexandre Muller, sócio responsável pela equipe de gestão dos fundos de crédito da JGP.

Em entrevista ao vivo ao InfoMoney nesta quarta-feira (01), Muller apontou onde estão as principais preocupações no momento, abordou o comportamento de grandes empresas e bancos nesta crise, falou sobre as medidas implementadas pelo governo que possam surtir efeito no mercado de crédito e contou a estratégia da JGP neste contexto de maior estresse, provocado pela epidemia do coronavírus.

Confira a seguir alguns dos principais trechos da conversa. A entrevista completa está disponível no vídeo acima.

Como o mercado de crédito privado tem se comportado desde que a crise começou?

Esse é um mercado importante de acompanhar neste momento, até para entender o desdobramento que pode ter em outros segmentos. O mercado de crédito emite sinais importantes para todo o resto da economia. Esta é a primeira crise que estamos vivendo com um mercado com maior tamanho.

Em 30 dias, tivemos uma queda do Ibovespa de 32%, o Cembi, índice de bonds de crédito negociado lá fora, teve uma queda de mais ou menos 17%, e o Idex [índice de debêntures calculado pela JGP] cai cerca de 7%.

Crédito, assim como outras classes de ativo, tem sensibilidade, mas é normal que a sensibilidade seja menor que de outras classes, como ações, porque títulos de dívida têm prioridade de acesso sobre o fluxo de caixa das empresas.

Os fundamentos continuam sólidos no mercado de maneira geral?

É preciso dividir o tipo de crédito sobre o qual estamos falando. A JGP atua em particular nas grandes empresas do Brasil, como Lojas Americanas, Cemig, Sabesp. Claro que existe um movimento de preço no mercado de crédito, mas, do ponto de vista de fundamento para crédito de grandes empresas, esse é um dos setores mais protegidos hoje, se comparado com empresas mais high yield ou até Bolsa.

Falando em grandes empresas, eu espero que o impacto de quebra de covenants ou eventuais renegociações de dívida seja pequeno.

Agora se descemos um degrau na cadeia de crédito, em fundos mais high yield ou empresas de médio porte, [a avaliação] é caso a caso. Mas, conceitualmente, deve ter mais sensibilidade.

O investidor deve ser mais seletivo em crédito neste momento?

A primeira coisa é entender o que está se passando em termos de fundamento, o mandato de cada fundo. Acho que a ideia de que grandes empresas do Brasil tendem a sentir menos é conceitual. Temos até observado ao longo da última semana anúncios de novas operações de dívidas entre as empresas grandes e os bancos. O problema são as empresas médias.

A segunda pergunta é o que está acontecendo com o preço dos títulos de crédito, com as cotas dos fundos. Será que é uma boa oportunidade olhar esses títulos e fundos neste momento? Existe algo muito especifico acontecendo. Desde que a crise se aprofundou, o governo e o Banco Central vêm anunciando uma série de medidas orientadas para destravar o mercado de crédito.

Entre essas medidas, na segunda-feira da semana passada, foi anunciado um hiper pacote de medidas pelo Banco Central que poderia liberar R$ 1,2 trilhão de liquidez, de dinheiro, para que os bancos concedam novos empréstimos, destravando toda a cadeia.

Uma das medidas é orientada para o mercado de capitais, para as debêntures negociadas no dia a dia, e acaba fazendo preço nos fundos. É um programa no valor de R$ 91 bilhões para que o Banco Central dê empréstimos para os bancos recomprarem esses títulos no mercado secundário. Isso é uma maneira de garantir o funding do banco para que ele possa fazer essa operação.

Esse programa entra em vigor dia 6 de abril, então existe um rito burocrático em grande parte das medidas que está atrasando pontualmente o início, mas as medidas vão entrar e a tendência é que elas façam diferença nos spreads de crédito e nos preços dos títulos.

Na sexta-feira passada veio o principal dos programas. Uma PEC, que permite ao Banco Central comprar diretamente ativos de crédito privado para seu balanço. Essa é uma medida muito mais extrema, algo que vimos nos Estados Unidos, na Europa e até em outros países, como Colômbia.

E é uma medida que pode fazer uma diferença muito maior, porque, por mais que o BC jogue toda essa liquidez no mercado bancário, os bancos sempre têm a prerrogativa de não fazer nada, de sentar em cima do dinheiro. Então essa medida provavelmente vai fazer com que o BC tenha flexibilidade para atuar comprando títulos de crédito de grandes empresas.

A partir do momento que ele faz isso, altera a dinâmica de spreads para esse segmento da cadeia, empurra os bancos para terem que usarem o balanço em empresas de pequeno e médio porte, começa a oxigenar a liquidez, a destravar o mercado de crédito.

É importante que o investidor compreenda o que está sendo feito pela autoridade monetária e, se ele acreditar que ela vai ser bem-sucedida no destravamento desse mercado de crédito, e isso vale para empresa grande, média e pequena, pensar em crédito como um investimento neste momento pode ser uma boa ideia.

Você enxerga perspectivas de retomada do mercado primário?

Estamos vendo o mercado primário ativo principalmente para grandes empresas, captando dívidas diretamente com os bancos, de um ou dois anos em geral. Vimos anúncios públicos de captação da Iochpe-Maxion, do laboratório Fleury, da BRF, então estamos vendo que as empresas estão fazendo captações de emergência para reforçar o caixa neste momento.

Como os bancos trabalharam depois da crise do subprime? Deram linhas de liquidez para grandes empresas e deixaram contratados mandatos para fazer operações que alongassem captações de curto prazo, ganhando o direito de serem coordenadores-líderes. É possível que, quando a crise acalmar, [os bancos] venham com ofertas de debêntures para refinanciar a dívida de curto prazo contratada pelas empresas. É uma possibilidade.

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Goleiro no Inter, atacante nos investimentos: Marcelo Lomba fala de suas ações preferidas

SÃO PAULO – Jogos cancelados e falta de clareza sobre a data de retorno das práticas em grupo. O cenário de quarentena mudou a rotina de todos os jogadores de futebol do país, que seguem rodeados de incertezas sobre o reinício das atividades.

Para o goleiro Marcelo Lomba, no entanto, ainda há esperança de tudo ser normalizado sem muito prejuízo, apesar de o Internacional, assim como outros clubes do país, ter decretado férias para todos os jogadores durante o período de quarentena.

“No fundo, não estamos encarando esse período como férias. Os jogadores com quem eu falo não querem jogar a pré-temporada por água abaixo. Estou mantendo uma rotina diária de treinos só para estar me movimentando”, conta o jogador.

Lomba foi o convidado do Coffee & Stocks desta quinta-feira (02) e contou ao analista Thiago Salomão como tem lidado com seus investimentos durante esse período de turbulência no mercado.

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“Com o que eu tinha em ações, não consegui me proteger tanto, mas encaro as quedas com bastante naturalidade. Meu foco de investimentos é para um horizonte de longo prazo, de 2 a 3 anos”, afirmou.

Segundo Lomba, apesar de ter muita ação na carteira e da grande oscilação que o mercado apresentou nos últimos tempos, suas perdas não chegaram a ser tão significativas por uma questão de sorte.

“Minha mulher vinha pedindo há um bom tempo para comprarmos um apartamento para nós, eu vinha postergando desde 2014. Por fim, acabei comprando um no final do ano passado, o que me obrigou a vender 70% do que tinha em ações para fazer a aquisição. Eu também tinha uma put (opção de venda) de Ibovespa, mas acabei zerando ela quando o índice caiu ali para 105 mil pontos”, conta.

Lomba se considera um investidor agressivo e compra diretamente as ações que analisa. Segundo ele, faz parte de sua estratégia de investimentos deixar uma boa quantia em caixa para aproveitar as oportunidades quando elas aparecem.

“Ao final de todo mês, procuro ter algum caixa para ter um conforto maior. Quando após muito estudo eu vejo uma oportunidade, entro mais pesado, sem ansiedade e sempre visando o longo prazo”, disse o goleiro.

Durante a entrevista, Lomba também contou que vem estudando bastante o mercado financeiro nos últimos três anos, o que, segundo ele, tem ajudado a manter a calma em tempos de grandes oscilações no mercado.

Ele também rebalanceou sua carteira de investimentos no último mês e revelou os nomes de algumas das empresas que escolheu.

“Rebalanceei porque tenho visto muita coisa barata nos mesmos preços de 2017, que foi quando comecei a investir. Minha carteira hoje tem Banco do Brasil, Marfrig (maior posição), JSL, Movida, Vale, Petrobras, Cosan, JHSF e Eletrobras. Acredito que essas ações no longo prazo vão dar um bom retorno”, afirmou o jogador.

Questionado por Salomão sobre uma indicação de livro para quem deseja aprender mais sobre investimentos, Lomba recomendou “O Investidor Inteligente”, de Benjamin Graham, mas disse que muito do que aprendeu veio também de vídeos no Youtube.

“Tem muita coisa boa por lá. Além disso, leio bastante carta mensal de fundos e o próprio site de RI das empresas que eu penso em investir”.

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As ações preferidas dos analistas para investir em abril

SÃO PAULO – Em um cenário de volatilidade e de grandes perdas no mercado de renda variável, por conta dos efeitos recessivos do coronavírus, analistas começam o mês de abril mais cautelosos e na busca por nomes mais resilientes, de grandes empresas, que terão condições de superar a crise.

A avaliação é de que o ambiente continua muito incerto e de que companhias com bons fundamentos, sólida situação financeira e alta liquidez terão maior capacidade de atravessar o período de estresse dos mercados.

No último mês, o Ibovespa despencou cerca de 30% em um movimento forte e rápido de deterioração dos mercados, que se instaurou no país após o Carnaval.

Assim como em outras crises, a expectativa é de que haja um fim. A duração, contudo, segue desconhecida. Dito isso, analistas reforçam a necessidade de preservação de capital e a procura por nomes de qualidade.

“Procurar por assimetrias e descontos excessivos deve ser a melhor estratégia, até porque existe um peso grande de alguns setores dentro do índice, que podem distorcer e mascarar a recuperação de outros setores da economia”, diz Renato Chanes, estrategista do Santander.

Levantamento feito pelo InfoMoney com 12 casas de análise mostra que as principais apostas para abril recaem sobre as ações de JBS, Vale, B3, Petrobras e Pão de Açúcar, esta última substituindo Lojas Renner, presente no portfólio de março.

Confira a seguir as cinco ações mais recomendadas para abril e o desempenho delas no ano:

Empresa Ticker Número de recomendações* Retorno no 1º trimestre
JBS JBSS3 9 -21,16%
Vale VALE3 7 -18,91%
B3 B3SA3 6 -15,76%
Pão de Açúcar PCAR3 6 -25,36%
Petrobras PETR3 6 -55,81% (ON)
Ibovespa -36,86%

*Indicações compiladas das carteiras de ações de Ágora, Ativa, BB Investimentos, BTG Pactual, Elite, Genial, Guide, Necton, Rico, Santander Corretora, Socopa e XP.

JBS (JBSS3)

Pelo segundo mês consecutivo, as ações da JBS são as preferidas dos analistas para comprar em abril. A visão, segundo a Santander Corretora, é de que a companhia dispõe de um modelo de negócios resiliente, devido à diversificação de produtos (carne suína, bovina, de frango e alimentos processados), bem como à exposição a vários países.

Na XP, os papéis de JBS, que estavam na carteira desde fevereiro de 2019 mas foram retirados em março por conta da alta volatilidade em virtude do Covid-19 na China, voltam a compor a seleção recomendada.

Betina Roxo, analista do segmento de alimentos e bebidas da XP, avalia que, com a normalização de casos de coronavírus na potência asiática e um dólar mais alto, o papel volta a ficar interessante. “As operações nos Estados Unidos representam 78% da receita da JBS, o que é um ponto muito bom. O setor tem uma resiliência maior que no Brasil e se favorece com o dólar mais alto”, afirmou, em transmissão ao vivo realizada nesta quarta-feira (01) pelo YouTube.

Vale (VALE3)

As ações da mineradora Vale ficaram em segundo lugar entre as mais recomendadas para abril, com sete menções.

De acordo com o BB Investimentos, que incluiu os papéis na seleção deste mês, a companhia possui uma solidez financeira e um mercado equilibrado em termos de oferta e demanda.

Segundo os analistas do banco, como os preços do minério de ferro se mantêm em patamares elevados e acima do seu custo de produção, a geração de caixa da Vale deve continuar expressiva, mesmo que haja uma correção de preço no curto prazo.

A avaliação é compartilhada pela Santander Corretora, que chama atenção para o descolamento entre a dinâmica de preços do minério de ferro e as cotações das ações do setor, o que levou à ampliação da participação de VALE3 no portfólio, de 9% para 12%.

B3 (B3SA3)

Com seis recomendações para este mês, B3 é novidade na carteira da Necton, que destaca que o cenário de forte volatilidade pode resultar em um incremento da margem líquida e geração de caixa para o próximo trimestre, diante da expectativa de aumento do volume financeiro transacionado na Bolsa.

Apesar de o cenário para ofertas de ações ter piorado em decorrência dos impactos do coronavírus nos mercados, o time de análise da Guide diz ver operações de IPO e follow-on voltando no segundo semestre e que, mesmo em uma velocidade reduzida, devem impulsionar os ganhos operacionais da Bolsa brasileira.

Pão de Açúcar (PCAR3)

Também com seis recomendações, Pão de Açúcar entrou neste mês para a carteira da XP, da Ágora, do BB Investimentos e da Ativa.

A inclusão no portfólio se deve, segundo o BB Investimentos, à forte atuação da companhia no segmento de varejo alimentar, que vem sendo favorecido pelo aumento do consumo de produtos alimentares nos lares domésticos, em função das restrições à livre circulação de pessoas e do fechamento do comércio.

Em teleconferência no YouTube, Pedro Fagundes, analista da XP, destacou as fortes iniciativas digitais assumidas pelo Pão de Açúcar ao longo dos últimos anos, que permitiram ao grupo incrementar as vendas online de produtos. Fagundes citou, ainda, o desconto das ações em relação aos pares.

Já a equipe da Ágora destaca a resiliência da companhia em períodos de crise. “Usando a crise de 2008 como parâmetro, enquanto outras empresas do setor de consumo e varejo experimentaram uma desaceleração no crescimento das vendas pelo critério de mesmas lojas, entre o terceiro trimestre de 2018 e o primeiro trimestre de 2019, verificamos que o Pão de Açúcar não viu nenhuma mudança em sua tendência.”

Vale lembrar que a companhia migrou para o Novo Mercado, da B3, em 2 de março, concluindo a conversão de ações preferenciais (PN) em ordinárias (ON).

Petrobras (PETR3)

Empatada na terceira posição, Petrobras recebeu seis recomendações de casas de análise para abril.

Entre as justificativas para a inclusão no portfólio, a Guide cita a continuidade da venda de ativos onshore (em terra) e o avanço do projeto de desinvestimento das refinarias.

Já os analistas da Necton destacam as medidas anunciadas pela companhia para minimizar os impactos do coronavírus, como a redução de estoque das operações para adaptar-se ao novo cenário de retração da demanda, bem como a renegociação dos contratos com fornecedores, visando reduzir a necessidade de giro de capital.

“Seguimos otimistas com os ativos da Petrobras, que deve apresentar números mais sólidos nos próximos anos, com ganho de rentabilidade e redução de sua alavancagem financeira”, escreve a Necton, em relatório.

Nesta quinta-feira (2), as ações ordinárias da Petrobras chegaram a subir 17% após o presidente americano, Donald Trump, publicar em sua conta do Twitter que o príncipe saudita espera um corte de produção de 10 milhões de barris de petróleo. Minutos depois, Trump afirmou que o corte poderia ser ainda maior, de 15 milhões de barris. A notícia é recebida com alívio pelos investidores em meio à guerra de preços da commodity.

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