Embraer lamenta atraso da UE em aprovar acordo com a Boeing

(Bloomberg) — O responsável pelas vendas da Embraer está preocupado com o atraso de reguladores da União Europeia em aprovar a compra da unidade de aviões comerciais da empresa pela Boeing.

“Sou melhor apoiando minha equipe no design, construção e venda de novas aeronaves do que no ambiente tedioso ou no ambiente estruturado de passar pela aprovação antitruste”, disse John Slattery, presidente da divisão de aviação comercial da Embraer, em entrevista na segunda-feira em Cingapura. “Está tomando muito meu tempo.”

Faz mais de um ano desde que a Boeing anunciou um acordo para comprar o controle da divisão de aviação comercial e serviços da empresa brasileira para se tornar mais competitiva em relação à Airbus no segmento de jatos de menor porte. Mas o acordo ainda não foi fechado, pois a UE pediu mais tempo para analisar o negócio pela segunda vez no mês passado, exigindo mais detalhes das fabricantes de jatos.

Embora atrasos regulatórios em transações complexas não sejam incomuns, o mais recente revés atrasará a decisão para depois do prazo de 30 de abril da UE, minando os esforços das empresas para concluir a criação da empresa multibilionária no início de 2020.

“Estamos meio que lutando com uma mão – talvez até com duas mãos – mas, pelo menos, uma mão amarrada nas costas”, disse Slattery, que está em Cingapura para participar da bienal Cingapura Airshow. “As partes frustradas na mesa são as companhias aéreas. São as companhias aéreas que querem tomar decisões de frota, querem saber com quem vão fazer negócios, querem uma concorrência robusta para obter os melhores termos e economia.”

A Embraer, que trabalha na potencial fabricação de uma nova aeronave turboélice como parte do empreendimento com a Boeing, conversa com fabricantes de motores do projeto, disse Slattery. A Embraer terminará a revisão do turboélice, que acomodará um número “significativamente menor” de passageiros do que uma aeronave de 150 assentos, até o fim de 2020 e enviará a proposta ao conselho, disse.

A fabricante de aviões brasileira estreou o primeiro jato da nova família E2 em 2018. O E190-E2 compete diretamente com o Airbus A220, anteriormente o menor C Series da Bombardier, com capacidade para 114 passageiros e equipado com o mesmo motor turbofan Pratt & Whitney que o jato canadense.

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Ibovespa Futuro tem leve queda em sessão de cautela com piora no noticiário sobre coronavírus

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em queda nesta segunda-feira (10) seguindo as bolsas internacionais após a China ter que adiar a volta completa ao trabalho por conta do coronavírus. Era esperado que hoje as empresas chinesas voltassem a funcionar após ficarem paralisadas desde o dia 24 de janeiro, mas, com a disparada no número de infectados pela doença, indústrias como a Foxconn, fornecedora da Apple, decidiram permanecer fechadas.

Já chegou a 40.170 o número de pessoas infectadas e a 908 a quantidade de mortos pelo vírus. Algumas províncias chinesas só vão retomar as atividades em março. A Grã-Bretanha declarou hoje que o vírus é uma “ameaça à saúde pública” após quatro casos autóctones serem confirmados.

Às 9h10 (horário de Brasília), o contrato futuro do Ibovespa para fevereiro caía 0,17% a 113.340 pontos, já o dólar futuro para março tinha leve variação negativa de 0,08% a R$ 4,322.

Entre os indicadores, o Relatório Focus do Banco Central revelou que os economistas do mercado mantiveram suas expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 em 2,3% e para o PIB de 2021 em 2,5%.

Com relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a mediana das expectativas foram reduzidas de 3,4% para 3,25% em 2020, mas ficaram estáveis em 3,75% para 2021.

Noticiário Corporativo

O Bradesco (BBDC3 e BBDC4) aumentará o seu capital social em R$ 4 bilhões, com a emissão de 806,3 milhões de novas ações ordinárias e preferenciais. O objetivo do aumento de capital, segundo o banco, é fazer uma bonificação aos atuais acionistas e ampliar a quantidade de papéis em circulação no mercado, “tornando o preço mais atrativo a um número maior de investidores”.

Já a Alpargatas (ALPA4) divulgou seu balanço e informou que o seu lucro líquido cresceu 29,5% no ano passado, para R$ 431,6 milhões. A fabricante das Havaianas vendeu no ano passado mais de 252 milhões de pares das sandálias e de calçados das marcas Osklen e Mizuno, um crescimento superior a 1,8% no volume de vendas.

A BB Seguridade (BBSE3) publicou balanço na manhã de hoje e informou um lucro líquido recorrente de R$ 4,3 bilhões, em crescimento de 21,3% na comparação a 2018.

Já a Petrobras divulga relatório de produção e vendas do quarto trimestre após o fechamento do mercado; desempenho financeiro será divulgado em 19 de fevereiro. O Itaú Unibanco e a São Martinho divulgam balanço após fechamento do mercado.

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Coronavírus na China faz despencar cotações de commodities brasileiras

A cotação dos principais produtos exportados pelo Brasil despencou após o aparecimento do surto de coronavírus na China, o principal comprador das commodities nacionais. Desde a segunda quinzena de janeiro (quando o coronavírus começou a ter efeito nos mercados globais), o preço da soja em grão caiu 5,13%, o do petróleo recuou 15,5% e o minério de ferro teve retração de 14,3%. Em 2019, esses três produtos responderam por 78% das vendas externas brasileiras – que totalizaram US$ 177,3 bilhões.

Para analistas, mais do que qualquer escassez de insumos da indústria, o principal impacto de uma crise mais longa provocada pelo coronavírus para o Brasil deve ser exatamente na balança comercial. “Se a epidemia (na China) continuar, pode afetar ainda mais profundamente os preços de alguns produtos de exportação relevantes, como minério de ferro, petróleo e soja”, diz Welber Barral, sócio da BMJ Consultores Associados e ex-secretário de Comércio Exterior. “A questão é o tempo que vai durar a epidemia.”

Especialistas afirmam que ainda é muito cedo para dizer de quanto será esse impacto.

Consultores da área de mineração, por exemplo, ainda não veem a necessidade de mudança de estratégia por parte das empresas. Até porque, afirmam, não haveria muito o que fazer, uma vez que a China compra hoje 64% de todo o minério de ferro produzido no Brasil, segundo a BMJ.

“Com as premissas de que o governo chinês manterá os estímulos à economia, que a questão do coronavírus se dissipe ainda no primeiro semestre e as usinas voltem, no segundo semestre, em ritmo mais forte, a demanda por minério de ferro será impulsionada e, assim, puxará os preços”, afirma Yuri Pereira, analista da XP.

Novos mercados

De todo modo, a Petrobras começou a se movimentar tão logo as engrenagens chinesas passaram a reduzir o ritmo. A China consome quase 65% do petróleo produzido pelo Brasil e também é o maior destino das exportações da estatal, que disse estar pronta para buscar novos mercados, caso haja queda na demanda chinesa. Para a estatal, o petróleo do pré-sal é muito bem aceito na Europa por seu baixo teor de enxofre. “A Petrobrás entende que os preços internacionais e fluxos se ajustarão naturalmente e a companhia está pronta para se adequar a um eventual novo cenário”, afirmou a estatal.

É claro que conquistar clientes não será simples. “O Brasil tem duas possibilidades: tentar exportar petróleo para quem já compra ou ir para novos mercados”, diz Shin Lai, analista da empresa de análises de investimentos Upside Investor. “Só que essas estratégias também estão sendo analisadas por todos os outros países exportadores.”

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Coronavírus deve estagnar PIB global, diz Capital Economics

(Bloomberg) — A propagação do coronavírus custará à economia mundial mais de US$ 280 bilhões nos primeiros três meses do ano, pondo fim a uma série de 43 trimestres de expansão global, de acordo com a Capital Economics.

Com base nessas previsões, “o PIB global não crescerá em termos trimestrais pela primeira vez desde 2009”, segundo relatório de autoria de Simon Macadam, economista global da empresa com sede em Londres.

O economista espera que o vírus seja contido e que, durante o resto do ano, “a produção perdida seja compensada nos trimestres subsequentes para que o PIB mundial atinja o nível que teria alcançado caso não haja surto em meados de 2021”.

O número de mortes causadas pelo surto do coronavírus atingiu 910 na segunda-feira, quando o presidente da Organização Mundial da Saúde manifestou preocupação com a propagação da doença entre pessoas sem histórico de viagens para a China. O vírus paralisou a província chinesa de Hubei, uma potência industrial do tamanho da Suécia, e reduziu as projeções de crescimento global no curto prazo.

A Capital Economics espera que as consequências na Ásia sejam maiores do que as ocorridas durante o surto da SARS em 2003. Uma grande queda do número de visitas de turistas chineses e interrupções nas cadeias de suprimentos globais de manufatura afetarão as economias asiáticas emergentes em particular, embora na Índia, Indonésia e Filipinas o impacto seja limitado, uma vez que são menos integradas à China.

Para economias desenvolvidas, Macadam prevê retração da economia da Austrália devido à sua dependência da China em gastos de turistas e exportações.

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Aéreas de baixo custo já pensam em deixar Brasil

Pouco mais de um ano após a chegada das primeiras companhias aéreas internacionais de baixo custo no Brasil, algumas delas já dão sinais de que podem não permanecer por muito tempo no País. Também não há nenhum indicativo de que elas começarão a operar voos domésticos, apesar dos incentivos ­­– e da vontade — do governo federal, que abriu totalmente o setor aéreo ao capital estrangeiro no ano passado.

A chilena Sky, fundada em 2002 e que atua como low cost desde 2015, foi a primeira a voar para o Brasil, em outubro de 2018. O movimento das aéreas de baixo custo no País se consolidou, então, com a vinda da norueguesa Norwegian, da argentina Flybondi e da também chilena JetSmart. Enquanto Norwegian e Flybondi atravessam um período delicado que pode colocar fim aos voos delas que chegam ou partem do Brasil, Sky e, principalmente, JetSmart têm se saído um pouco melhor.

A competitividade do setor, porém, com Gol, Latam e Azul operando com grande eficiência, é um desafio para que Sky e JetSmart consigam se tornar mais relevantes nos voos entre o Brasil e países da região, segundo fontes do mercado. Na primeira semana de fevereiro, por exemplo, apenas 3,5% dos voos internacionais foram realizados por uma empresa aérea de baixo custo. “Enquanto as outras (Gol, Latam e Azul) forem eficiente, é difícil que elas tenham um papel relevante (nas rotas na América do Sul)”, diz o consultor André Castellini, sócio da Bain & Company e especialista no setor aéreo.

Segundo o consultor, no Brasil, também não é fácil para as empresas terem um custo muito baixo e, consequentemente, oferecerem tarifas significativamente menores do que as das aéreas tradicionais, como ocorre na Europa. “O diferencial de custo não permite tarifas muito baixas”, diz.

O jornal O Estado de São Paulo fez um levantamento de preços e, nessa simulação, apenas Flybondi e Norwegian ofereceram tarifas mais atrativas. No caso da argentina, a passagem de ida e volta entre São Paulo e Buenos Aires era 27% mais barata que a da Gol e a da Latam. No da norueguesa, o preço do voo entre Rio de Janeiro e Londres era 34% inferior ao da Latam, mas não oferecia nem refeições durante a viagem nem a possibilidade de o passageiro levar uma bagagem de mão .

Justamente Flybondi e Norwegian, no entanto, são as empresas cujas operações estão ameaçadas, segundo fontes do setor. A Norwegian enfrenta uma grave crise financeira e reestruturou parte de sua dívida no ano passado. Em 2018, a empresa teve prejuízo de 1,4 bilhão de coroas norueguesas (R$ 640 milhões na cotação atual). Apesar de o resultado ter sido positivo em 263,7 milhões de coroas norueguesas (R$ 120 milhões) nos primeiros nove meses de 2019, o mercado projeta prejuízo para 2019 e 2020, segundo reportagem do Financial Times com base em levantamento da Bloomberg.

A própria Norwegian afirmou, em seu último relatório, que a “companhia está exposta a risco de liquidez”, mas acrescentou que esse risco tem diminuído conforme avança sua estratégia de trocar crescimento por lucratividade. Nada disso, porém, foi o suficiente até agora para convencer os investidores. As ações da empresa caíram 80% em pouco mais de um ano, passando de US$ 20,70 em janeiro de 2019 para US$ 4.

A estratégia da companhia de realizar voos transatlânticos, iniciada em 2013, é apontada como uma das responsáveis pela crise. No ano passado, a empresa teve de vender sua subsidiária na Argentina para a chilena JetSmart. No Brasil, a Norwegian não opera com subsidiária e tem apenas o voo entre Rio e Londres, mas, cortes em rotas podem afetar a operação local.

A empresa já informou que pretende reduzir sua oferta em 10% neste ano. Em entrevista no fim do ano passado para o Financial Times, o presidente da companhia, Geir Karlsen, afirmou estar comprometido com voos de longa distância, mas, segundo o jornal, rotas transatlânticas entre a Irlanda e os Estados Unidos, por exemplo, estão sendo revistas. Ainda que a empresa opte por manter o voo para o Rio de Janeiro em um primeiro momento, sua condição financeira é uma ameaça à operação na cidade brasileira. Procurada pelo Estado, a Norwegian não retornou.

A Flybondi, por sua vez, sofre com a crise argentina. A companhia fez seu primeiro voo doméstico em janeiro de 2018, pouco antes de o país afundar em uma recessão. Com a crise e a desvalorização do peso ­­- a moeda americana avançou 210% na Argentina desde a estreia da companhia –, a expansão da operação ficou comprometida e as finanças da empresa começaram a se deteriorar.

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A promessa era que a companhia terminaria 2019 voando com dez aviões. A frota, no entanto, tem hoje cinco aeronaves. Segundo afirmou o presidente da Flybondi, Sebastián Pereira, por e-mail, a redução na demanda decorrente da crise argentina tornou a ampliação da frota menos urgente. Além disso, os acidentes com o 737 MAX, da Boeing, que mataram 346 pessoas e retiraram o modelo do mercado, têm pressionado o aluguel de aviões globalmente e dificultado as negociações para a Flybondi adquirir novos aviões. “Mas estou muito otimista com o momento. Estamos muito perto de poder definir em que época do ano incorporaremos mais aviões e rotas”, disse Pereira.

Mesmo com apenas cinco jatos, a companhia já anunciou uma ampliação na malha aérea internacional. Na última semana de janeiro, começou a voar para São Paulo e, em março, incluirá Porto Alegre em suas rotas. A Flybondi atua no Brasil desde outubro do ano passado com um voo entre Buenos Aires e Rio de Janeiro e, durante o verão, está operando também em Florianópolis.

Apesar dessa expansão, a informação no mercado brasileiro é que a situação financeira da companhia é delicada e que a empresa já procura algum interessado para comprá-la. A intenção de ampliar a atuação seria, justamente, se tornar mais atraente para potenciais compradores. Questionado sobre o assunto, Pereira, afirmou que a empresa analisa o “mercado brasileiro de forma muito dinâmica e diversificada, mas apenas com o objetivo de alcançar maior crescimento no País”.

A companhia costuma destacar que está crescendo, apesar da situação argentina, e diz conseguir ser mais competitiva que as concorrentes brasileiras por ter mais assentos em seus aviões e voar as aeronaves por mais tempo — o que garantiria margens positivas apesar das tarifas em média 30% mais baratas. A diferença na capacidade dos jatos, porém, é pequena. Enquanto a Flybondi opera aviões Boeing 737-800 NG para 189 passageiros, a Gol oferece 186 assentos na mesma aeronave. A aérea argentina também afirma que seus aviões voam quase 11 horas e 20 minutos por dia. No mercado brasileiro, a média fica entre 10 horas e meia e 11 horas.

Sem perspectivas para o mercado doméstico

Se nos voos internacionais, há possibilidade de redução na oferta de voos de baixo custo, no mercado doméstico não há, ao menos por enquanto, intenção das companhias low cost avançarem. Nem as duas chilenas em posição mais sólida — JetSmart e Sky — têm planos de curto prazo para uma operação brasileira nem a Flybondi. “Sempre existe a possibilidade (de operar voos domésticos no País), mas hoje nós não temos plano. Hoje, temos habilitação apenas para voos internacionais”, disse o diretor comercial da Flybondi, Mauricio Sana Saldaña.

Segundo o diretor regional de vendas da Sky, Jaime Fernandez, a empresa está focando seus negócios agora no Peru, onde começou o tráfego doméstico em 2019. “O Brasil é um mercado atrativo, mas por enquanto não temos planos para voos domésticos”, disse. Por aqui, o objetivo é alcançar a frequência diária entre Santiago e São Paulo. Hoje, a empresa tem cinco voos por semana para o destino, além de atender também Rio de Janeiro, Florianópolis e Salvador.

Já o presidente da JetSmart, Estuardo Ortiz, afirma que, “no momento”, o interesse da empresa é por voos internacionais a partir do Brasil. “Precisamos conhecer o mercado. Por enquanto, estamos analisando mais Peru e Colômbia (para voos domésticos).” Segundo o executivo, porém, novas rotas para o Brasil podem ser lançadas no segundo semestre. “O mercado brasileiro (internacional) está em uma situação muito boa. Mas alguns custos de operação, como combustível e taxa de embarque dificultam.” A JetSmart opera voos de Santiago para Salvador, São Paulo e Foz do Iguaçu.

Criada pelo fundo de investimentos americano Indigo Partners — que também tem participação nas áreas Volaris (México), Wizz (leste europeu) e Frontier (Estados Unidos) –, a JetSmart é vista hoje como a low cost de maior potencial da região. Apesar de ter uma frota de apenas 20 aviões, a companhia tem encomendado outras 76 aeronaves para serem entregues até 2026.

A falta de interesse imediato das low cost no mercado doméstico é explicada pelas dificuldades de custo do Brasil, segundo o diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), Dany Oliveira. “É muito difícil operar no Brasil. O custo é grande. Temos uma judicialização forte para todo o setor. Além disso, um dos combustíveis de aviação mais caros do mundo”, destaca.

De acordo com Oliveira, uma aeronave que vem de fora do Brasil tem um custo 15% superior para reabastecer e sair do País. As aéreas locais, entretanto, pagam ainda mais caro por causa de tributos como o PIS e Cofins. Enquanto o combustível de aviação gira em torno de 35% a 40% do custo do negócio no Brasil, diz, a média mundial varia entre 20% e 22%.

Segundo o Diretor da ANAC, Ricardo Catanant, o país deu passos importantes no setor aéreo e começou a atrair a atenção dos investidores. Entre as medidas destacadas estão a permissão de 100% de capital estrangeiro para as aéreas e a cobrança separada da bagagem despachada. “Acredito que (a modernização) deva trazer alguns resultados nos próximos meses”, disse, mas colocando o avanço também na conta do crescimento econômico esperado para o País.

Catanant acrescentou que algumas mudanças no setor precisam se consolidar para, então, trazer segurança para os investidores, como é o caso da própria cobrança da bagagem despachada, que constantemente é questionada. “O foco de preocupação hoje, e isso já foi externado pelo governo, é a gente tentar trazer um ambiente de maior racionalidade para a questão de conflitos e consumo. A nossa preocupação é tentar reduzir a judicialização, gerar um entendimento e respeito aos contratos de transporte”, disse.

Confira o depoimento de brasileiros que viajaram com empresas low cost

As experiências dos brasileiros que foram para o exterior em um voo de baixo custo variam. Há os que aprovaram a viagem, principalmente se conseguiram comprar a passagem em uma promoção, mas reclamações como cheiro de comida durante toda a viagem e tripulantes mal treinados costumam ser bastante frequentes em sites de avaliação como o TripAdvisor. Confira abaixo o depoimento de alguns brasileiros que experimentaram as companhias low cost que estão operando no Brasil.

João Moris, tradutor e jornalista, 62 anos

Empresa: Norwegian

Trecho: Rio de Janeiro – Londres

Eu fui do Rio para Londres com a Norwegian. Eu já tinha voado com low cost antes (na Europa), mas nunca um voo internacional. Quando vi que a Norwegian ia viajar para cá, achei bem legal e aderi. Como era alta temporada, paguei uns US$ 750. Nas outras, estava por volta de US$ 900. Para mim, foi inusitado, porque cada item tinha de pagar. Escolhi pagar para reservar o assento, pela refeição e para despachar bagagem. A reserva não tem fim. Vai aparecendo tudo para você comprar. Os US$ 750 que paguei incluía já esses extras (assento, refeição e bagagem). O avião era novo, mas o espaço era pequeno para as pernas e a poltrona quase não reclinava. Mas, hoje, estão quase todas as companhia aéreas assim. Tem tudo no cardápio no voo: cobertor, fone de ouvido, água, tudo é pago. Uma hora depois de decolar, mais ou menos, abriram um sanduíche do meu lado e na minha frente, que tinham levado de casa. As bebidas, (os passageiros próximos) tinham comprado em lanchonete e restaurante da área de embarque. O meu jantar, trouxeram em uma caixinha de papelão retangular. Era bem básico. Não fiquei com fome, mas era pouca comida: duas almôndegas, arroz, legumes e uma sobremesa. Não tinha salada. Teve café da manhã também (incluso quando se compra a refeição a bordo), mas, quando cheguei, estava com fome. Não tem aqueles lanches que costuma ter no fundo para caso você tenha fome durante o voo. Na volta, me irritei. Estava do lado de gente com garrafa, comida. Senti que só eu tinha pedido refeição. O avião fica cheirando a comida o tempo inteiro (porque as pessoas levam seus lanches). Prefiro pagar R$ 1.000 a mais do que viajar de novo (com a Norwegian).

Raul Faust, advogado, 27 anos

Empresa: Flybondi

Trecho: Florianópolis – Buenos Aires

Uma amiga minha me convidou pra viajar pra Buenos Aires e procuramos os voos mais baratos na internet. Eu nunca tinha ouvido falar em Flybondi, mas minha amiga disse que era uma empresa low cost. Eu vi no TripAdvisor vários comentários negativos sobre a companhia, que eles cancelam em cima da hora e que aviões são velhos. Vi tudo de pior que podia acontecer no mundo. Mas aí conversei com um amigo que é engenheiro, e ele me disse que o avião não cairia, porque a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) fica em cima. Eu procurei passagem com outras empresas também, mas eram bem mais caras. Comprei só passagem de ida, com um mês de antecedência, e paguei R$ 500, com bagagem despachada. Outras custavam entre R$ 1.200 e R$ 1.800. No dia do voo, o check-in era online, igual ao de outras empresas, e só despachei a bagagem. Tudo foi relativamente rápido, nem mais rápido nem devagar que outras empresas. Os atendentes do aeroporto falavam português e espanhol. Embarquei no horário normal, não atrasou nem dez minutos. Dentro do avião, o avião estava bem limpo. Não vi nada diferente de outras companhias brasileiras, mas achei um pouco estranho que, no começo, falavam em espanhol e em inglês. Aí entendi os primeiros comunicados em inglês. Depois de um momento, começaram a falar só espanhol. Eu não entendi mais nada. Nesse aspecto, fiquei meio perdido. Se você quisesse tomar uma água, tinha de pagar. Não comprei nada. Não sei nem quanto era, porque estava todo mundo falando espanhol e eu fiquei até com vergonha de me manifestar, porque não falo espanhol. Quando cheguei lá, a bagagem chegou também. Deu tudo certo, mas o aeroporto não tem estrutura nenhuma. Não dá nem pra fazer câmbio. Eu só tinha real. Minha amiga tinha peso e acabou me salvando. Pegamos um ônibus para o centro de Buenos. Um ônibus de linha, bem rápido e bom. Eu viajaria de novo (com a Flybondi), com certeza. Pelo preço, vale a pena. Acho que a única questão é se você tiver algum problema e precisar entrar em contato com eles, porque o atendimento é todo digital.

Juçara Nascimento, aposentada, 60 anos

Empresa: Flybondi

Trecho: Rio de Janeiro – Florianópolis

Fui em novembro para Buenos Aires. Apareceu uma promoção e minha filha comprou a passagem. Pagou R$ 250 a ida e a volta. Foi muito barato, mas a gente só tinha direito a bagagem de mão. Quando fiz o check-in, marcaram eu e meu marido na mesma poltrona. Aí fomos ver isso e não tinha lugar marcado pra ninguém, mas consegui sentar com meu marido. O voo foi horrível. A única coisa boa foi a pontualidade. O avião é muito velho. Desconfortável sujo. As poltronas eram tipo assento de ônibus municipal. Quando fui sentar, minha poltrona estava suja, como se alguém tivesse derramado iogurte nela. Pedi para a comissária limpar. Ela passou um papel toalha para tirar o que estava melado e ponto. Já viajei com low cost na Europa e o serviço foi muito melhor. Depois de entrar no avião, só voltei a ver a tripulação no desembarque. Não passaram em nenhum momento nem para oferecer água nem para vender nada. Amassaram minha mala toda na hora de fechar o bagageiro superior. Danificaram a alça dela. Reclamei quando cheguei ao aeroporto, e eles disseram que não se responsabilizavam pelo dano. O aeroporto é muito pequeno. Sem estrutura nenhuma. Não tem muita orientação. É tudo muito tumultuado. Já tínhamos contratado, ainda quando estávamos no Rio, um serviço de transfer. Aí fizemos câmbio quando chegamos no hotel, porque não tem no aeroporto. Eu não voltaria a viajar por eles. Não vale a pena o preço. Por ser uma empresa nova, poderia fazer a promoção pra mostrar o serviço, mas não convenceu. Na Europa, já viajei com a Ryanair. O atendimento dos tripulantes, a aeronave e os aeroportos eram melhores. Durante a viagem, não oferecem nada gratuito para comer ou beber, mas passam o serviço, você pode comprar. Tudo muito organizado.

Evanio Marinho da Silva, bancário, 49 anos

Empresa: SKY

Trecho: Santiago – Calama (Chile)

Quando fui comprar a passagem, tive um pouco de receio de escolher a SKY, porque nunca tinha viajado com low cost. Mas comprei pelo preço. A diferença para a Latam era bem grande nessa rota. Eu adicionei bagagem de mão, uma bagagem despachada e comprei assentos. Isso encareceu bastante e ainda assim ficou uns 30% mais barato do que na Latam. No voo, eu até me surpreendi. As aeronaves são mais antigas, mas em bom estado de conservação. Os voos foram muito pontuais. Tudo que você quer consumir tem de pagar, até a água. Não comprei nada nem consultei preço. Os comissários foram solícitos durante a viagem, mas, no embarque, foram muito rigorosos com o tamanho da bagagem. Notei certa falta de habilidade dos funcionários do aeroporto para lidar com situações que são corriqueiras. Eles não são muito amigáveis para lidar quando o passageiro está com uma bagagem maior do que a permitida. Mas tem passageiro também que costuma exagerar. Viajaria com eles de novo depois dessa experiência. Passou um pouco o receio. Para quem vai fazer viagem curta, sem bagagem ou mesmo adquirindo bagagem de mão, o custo é muito inferior.

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BB Seguridade lucra R$ 4,3 bilhões em 2019; Bradesco pretende aumentar capital social em R$ 4 bilhões e mais destaques

No radar desta sessão, está em destaque o Bradesco (BBDC3; BBDC3 BBDC3 ), que propôs aumento do seu capital social em R$ 4 bilhões, com a emissão de 806,3 milhões de novas ações ordinárias e preferenciais. O objetivo do aumento de capital, segundo o banco, é fazer uma bonificação aos atuais acionistas e ampliar a quantidade de papéis em circulação no mercado, “tornando o preço mais atrativo a um número maior de investidores”.

Já a Alpargatas (ALPA4) divulgou seu balanço e informou que o seu lucro líquido cresceu 29,5% no ano passado, para R$ 431,6 milhões. A fabricante das Havaianas vendeu no ano passado mais de 252 milhões de pares das sandálias e de calçados das marcas Osklen e Mizuno, um crescimento superior a 1,8% no volume de vendas.

BB Seguridade (BBSE3)

A BB Seguridade publicou balanço na manhã de hoje e informou um lucro líquido recorrente de R$ 4,3 bilhões em 2019, em crescimento de 21,3% na comparação a 2018. Considerando os “eventos extraordinários”, que no ano passado foram a venda da participação da BB na seguradora IRB Brasil-RE, que renderam à companhia R$ 2,3 bilhões, o lucro líquido da BB foi de R$ 6,7 bilhões. A BB também destacou em seu balanço que as contribuições previdenciárias cresceram 21,5% no ano passado, com o aumento das contribuições médias e a adição de 256 mil planos ativos. O índice de resgate, de 6,9%, foi considerado o menor da série histórica da seguradora, levando a um crescimento de 53,3% na captação líquida. A seguradora informou que suas reservas chegaram a R$ 290 bilhões. A BB informou que destinou R$ 5,6 bilhões do lucro líquido de 2019 ao pagamento de dividendos, em “payout” aproximado de 84%. “O forte desempenho comercial associado à redução na sinistralidade e ao aumento do saldo de reservas de previdência foram os principais fatores que contribuíram para o resultado do ano”, comentou a empresa estatal. Para 2020, a BB seguridade projeta um crescimento entre 7% e 13%.

Bradesco (BBDC3 ; BBDC3 )

O Bradesco aumentará seu capital social em R$ 4 bilhões, com a emissão de 806,3 milhões de novas ações preferenciais (BBDC4) e ordinárias (BBDC3). A operação precisará ser aprovada pela Assembleia Geral do banco, que acontecerá no dia 10 de março, na chamada Cidade de Deus, onde fica a sede do banco, em Osasco (SP).

Segundo o Bradesco, o objetivo do aumento de capital é fazer uma bonificação aos atuais acionistas. Cada acionista que possuir dez ações do banco receberá uma nova. “A bonificação tem o propósito de aumentar a liquidez das ações no mercado e possibilitar um ajuste na cotação das ações, tornando o preço mais atrativo a um número maior de investidores”, informou o Bradesco. O capital social do banco será aumentado de R$ 75,1 bilhões para R$ 79,1 bilhões.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras iniciou a contratação emergencial de pessoas e serviços durante greve. A estatal está providenciando a contratação imediata de pessoas e serviços, de forma emergencial, para garantir a continuidade operacional em suas unidades durante a greve dos petroleiros, informou em nota.

Alpargatas (ALPA4)

A Alpargatas informou em balanço um lucro líquido de R$ 197 milhões no quarto trimestre de 2019, expansão de 23,6% sobre igual trimestre de 2018. No ano fechado de 2019, a Alpargatas teve lucro líquido de R$ 431,6 milhões, uma expansão de 29,5% sobre 2018. O EBITDA cresceu 18,3% sobre 2018 para R$ 619,3 milhões em 2019.

A receita líquida da fabricante das sandálias Havaianas e dos calçados Osklen e Mizuno teve expansão de 9,8% sobre 2018, para R$ 3,7 bilhões. A situação de caixa da Alpargatas é bem robusta, informou a companhia no balanço: a empresa tinha em 31 de dezembro do ano passado um saldo de R$ 577,9 milhões, enquanto as dívidas totais eram de R$ 278,7 milhões, das quais R$ 176 milhões de curto prazo. No Brasil, a Alpargatas vendeu 224 milhões de pares das Havaianas e calçados das duas outras marcas, um crescimento de 1,8% em volume sobre 2018. No exterior, vendeu 28,8 milhões de pares, expansão de 5,7% sobre 2018.

Intermédica (GNDI3)

A Notre Dame Intermédica comunicou que concluiu a aquisição da Clinipam – Clínica Paranaense de Assistência Médica. A operadora paulista de planos de saúde e hospitais pagou R$ 2,6 bilhões na Clinipam, que atua no mesmo ramo na Região Metropolitana de Curitiba (PR) e nos municípios do norte de Santa Catarina, como Joinville, Blumenau e Jaraguá do Sul. Anunciada no final do ano passado, a aquisição já foi aprovada pelo Conselho Administrativo de defesa Econômica (CADE) e pela Agência Nacional de Saúde (ANS).

Via Varejo (VVAR3)

A Via Varejo aprovou o exercício de opção de compra de 80% das ações do banQi, banco digital que já tinha participação do grupo. Quando consumada a operação, a Via Varejo poderá passar a ser titular de 100% do banQi.

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Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta segunda-feira

Os mercados começam a semana com o fantasma da propagação do surto do coronavírus da China para outros países do mundo. Na China, o número de pessoas infectadas ultrapassou 40 mil e o de mortes chegou a 910; a Grã-Bretanha declarou hoje que o vírus é uma “ameaça à saúde pública” após quatro casos autóctones serem confirmados. Nos Estados Unidos, os mercados aguardam a publicação dos resultados das empresas, com a temporada de balanços chegando ao fim.

No Brasil, a atenção está na divulgação do IPC-S de fevereiro, que pode mostrar desaceleração dos preços no começo do mês. No noticiário corporativo, destaque para o aumento de capital de R$ 4 bilhões do Bradesco, enquanto o Itaú Unibanco divulgará o seu resultado do quarto trimestre de 2019 depois do fechamento do mercado. Confira os destaques desta segunda-feira:

1. Bolsas mundiais

Os futuros de Nova York operam perto da estabilidade na manhã de hoje. As bolsas de valores da Ásia fecharam quase todas em terreno negativo, enquanto os mercados europeus abriram em baixa. O governo chinês informou que o surto do coronavírus atingiu a mais de 40.170 pessoas e matou a 910. Segundo a CNBC News, muitas fábricas que deveriam retomar hoje o trabalho estão fechadas; é o caso da Foxconn, maior produtora mundial de eletrônicos e fornecedora da Apple.

A Grã-Bretanha declarou o surto uma “séria e iminente ameaça à saúde pública” após quatro casos autóctones serem confirmados. Outro dado que assustou o investidor foi a divulgação da inflação de 5,4% na China em janeiro, bem acima da projeção de 4,9%. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump deverá apresentar mais tarde na Casa Branca seu projeto de orçamento para 2021, caso seja reeleito.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h20 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), -0,11%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,08%
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,15%

*Dax (Alemanha) , -0,43%
*FTSE (Reino Unido), -0,46%
*CAC 40 (França), -0,42%
*FTSE MIB (Itália), -0,12%

*Nikkei (Japão), -0,60% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), -0,49% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong), -0,59% (fechado)
*Xangai (China), +0,51% (fechado)

*Petróleo WTI, -0,64%, a US$ 50,00 o barril
*Petróleo Brent, -0,55%, a US$ 54,17 o barril

**A Bolsa de Dalian fechou em queda. Em 10 de fevereiro, contratos futuros do minério de ferro negociados em Dalian fecharam com queda de 0,68%, cotados a 581,500 iuanes, equivalentes a US$ 83,27 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 6,9832 (+0,29%)
*Bitcoin, US$ 9.839,29 -3,33%

2. Indicadores econômicos

A FGV publica na manhã de hoje o IPC-S relativo a fevereiro, que pode mostrar se a inflação continua a desacelerar no Brasil. O Banco Central publica o boletim Focus. Na União Europeia, será divulgado o índice de confiança do investidor em fevereiro, enquanto nos Estados Unidos deve ser divulgada a inadimplência nas hipotecas.

3. Morte de ex-capitão

O ex-capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Adriano Magalhães da Nóbrega, foi morto na madrugada do domingo em um tiroteio com a Polícia Militar da Bahia. Ele estava escondido em um sítio de um vereador do PSL em Esplanada, no interior baiano. Reportagens dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo indicam que Nóbrega chefiava uma milícia na Zona Oeste do Rio de Janeiro e tinha ligações com o senador Flávio Bolsonaro. Nóbrega é citado em investigação sobre pagamento de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando o senador era deputado estadual no Rio de Janeiro.

4. Agenda econômica

O Ministério da Economia indica que a redução da taxa básica de juros, a Selic, gerou uma economia de R$ 68,9 bilhões no ano passado, superior a todo o investimento feito pelo governo federal em 2019, de R$ 56,6 bilhões. Sem mudanças nas condições gerais, a projeção é de economia de R$ 120 bilhões em 2020 e de R$ 417 bilhões até 2022, informa reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Segundo o Banco Central, a redução da Selic levou o custo da dívida pública a fechar 2019 no menor nível da história.

Ainda em destaque, o governo corre para finalizar reforma administrativa, mas envio da proposta ainda esta semana é dúvida, diz o Valor. Na sexta-feira, ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a proposta de reforma administrativa seria encaminhada à Câmara nesta semana, segundo o Valor. A proposta da reforma tributária deverá ser apresentada a um comitê conjunto, formado entre Câmara e Senado.

5. Noticiário Corporativo

O Bradesco (BBDC3 e BBDC4) aumentará o seu capital social em R$ 4 bilhões, com a emissão de 806,3 milhões de novas ações ordinárias e preferenciais. O objetivo do aumento de capital, segundo o banco, é fazer uma bonificação aos atuais acionistas e ampliar a quantidade de papéis em circulação no mercado, “tornando o preço mais atrativo a um número maior de investidores”.

Já a Alpargatas (ALPA4) divulgou seu balanço e informou que o seu lucro líquido cresceu 29,5% no ano passado, para R$ 431,6 milhões. A fabricante das Havaianas vendeu no ano passado mais de 252 milhões de pares das sandálias e de calçados das marcas Osklen e Mizuno, um crescimento superior a 1,8% no volume de vendas.

A BB Seguridade (BBSE3) publicou balanço na manhã de hoje e informou um lucro líquido recorrente de R$ 4,3 bilhões, em crescimento de 21,3% na comparação a 2018.

Já a Petrobras divulga relatório de produção e vendas do quarto trimestre após o fechamento do mercado; desempenho financeiro será divulgado em 19 de fevereiro. O Itaú Unibanco e a São Martinho divulgam balanço após fechamento do mercado.

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Tiago Alves: o torneiro mecânico que se tornou o CEO da inovadora Regus

Tiago Alves, CEO da Regus, é o entrevistado do primeiro episódio da segunda temporada do Construcast.

Apesar de jovem e ter um cargo de bastante destaque, a trajetória de Tiago Alves é bem diversa. Aos 14 anos, entrou em um estágio como torneiro mecânico. Passou por uma oficina mecânica, trabalhou em um provedor de internet – quando a internet era algo desconhecido pela maioria – e na manutenção de prédios.

Até conseguir entrar na Regus, passou por 16 entrevistas dentro da empresa – e ainda recusou a proposta de morar em Miami. “Nosso trabalho é de serviço. É preciso estar alocado no Brasil para fazer sentido”, justifica.

Tiago Alves, 14 anos, no estágio como torneiro mecânico.

Regus

A Regus está presente em 14 cidades no Brasil, sendo 33 escritórios em São Paulo. “O coworking representa só 15% do meu faturamento. Grande parte é de escritórios criativos que são flexíveis. São escritórios que têm flexibilidade diante dos demais, pode locar pelo prazo que quiser, pelo tamanho que você quiser, sem necessidade de investir, sem necessidade de dar garantias locatícias”, explica.

Tiago Alves ainda falou sobre a “moda dos coworkings”, pra quem escritórios flexíveis são indicados e como a crise foi importante para esse modelo de negócio. Acompanhe tudo no Construcast.

 

Construcast

O Construcast é o podcast do MoneyLab, laboratório de criação do InfoMoney, em parceria com a OLX, maior plataforma de compra e venda online do Brasil e a mais lembrada pelos consumidores para compra, locação e venda de imóveis; e com a CashMe, fintech do Grupo Cyrela que faz empréstimo com imóvel e garantia, sendo uma alternativa de funding para incorporadores e um parceiro estratégico para as imobiliárias.

O programa vai ao ar toda segunda-feira, às 6h, e conta com um trio bastante experiente na apresentação: Ricardo Reis, CEO da Reis Real Estate e professor e apresentador do Programa Imóveis no InfoMoney, Marcelo Dadian, diretor de Imóveis da OLX, e Juliano Bello, CEO da CashMe e diretor administrativo da Cyrela

É possível seguir e escutar o programa pelo Apple PodcastsSpotifyDeezerSpreakerGoogle PodcastCastbox e demais agregadores de podcast.

 

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Fornecedores da Apple na China se preparam para interrupções graças ao coronavírus

(Bloomberg) — A base de manufatura da Apple na China corre risco de interrupções na produção após o feriado do Ano Novo Lunar, já que parceiros da empresa enfrentam o surto do coronavírus que já causou mais de 100 mortes no país.

Praticamente todos os iPhones do mundo são fabricados na China, principalmente pela Hon Hai Precision Industry, controlada pela Foxconn, na chamada Cidade do iPhone em Zhengzhou, e pela Pegatron, em uma unidade de montagem nos arredores de Xangai.

Cada um desses locais fica a mais de 500 quilômetros de Wuhan, no centro da China, o epicentro do surto viral, mas essa distância não os imuniza contra seus efeitos.

“Não consigo imaginar um cenário em que a cadeia de suprimentos não seja afetada”, disse Patrick Moorhead, analista veterano do setor da Moor Insights & Strategy. “Se houver um grande problema de matérias-prima, fabricação, montagem, teste e remessa, haverá uma interrupção.”

A Apple tem aumentado a produção para atender à demanda acima das expectativas, segundo reportagem da Bloomberg News na semana passada.

A empresa normalmente lança seus iPhones de última geração por volta de setembro; portanto, é improvável que o vírus tenha um impacto significativo nesses planos; no entanto, a empresa também se prepara para iniciar a produção em massa de um novo iPhone de baixo custo em fevereiro, que sofre maior risco.

A Apple tem cerca de 10 mil funcionários diretos na China, tanto em unidades corporativas quanto de varejo. A cadeia de suprimentos da empresa também possui alguns milhões de trabalhadores que fabricam produtos como o iPad, iPhone e Apple Watch.

Muitos desses funcionários passaram os últimos dias em casa por causa do feriado, e a empresa não disse se pediu que permaneçam por mais tempo para impedir a propagação do vírus. Autoridades chinesas impuseram severas restrições de viagem e tomaram a drástica medida de colocar toda a cidade de Wuhan, com mais de 11 milhões de habitantes, em quarentena.

“A interrupção da cadeia de suprimentos é uma preocupação se os funcionários da Foxconn e de outros centros de fabricação de componentes na China sofrerem restrições”, disse o analista Dan Ives, da Wedbush Securities.

“Se o surto na China se espalhar mais, poderá impactar negativamente a cadeia de suprimentos, o que seria uma grande preocupação para investidores.” Uma porta-voz da Apple não quis comentar.

A Foxconn disse que está monitorando a situação na China e seguindo todas as práticas de saúde recomendadas. A empresa não quis comentar sobre a produção em locais específicos, mas disse: “Podemos confirmar que temos medidas em vigor para garantir que possamos continuar cumprindo todas as obrigações globais de fabricação”.

Casos confirmados do coronavírus estão aumentando na província de Henan – onde está a fábrica de Zhengzhou -, o que pode levar a Hon Hai ou o governo a fechar fábricas para evitar mais infecções, escreveu Matthew Kanterman, analista da Bloomberg Intelligence.

A província respondeu por 25% das exportações de smartphones da China no ano passado, enquanto as exportações da China representaram 27% das vendas globais de smartphones, disse, citando dados do governo e da IDC. A Foxconn responde por mais de 60% do comércio total de Henan, segundo estimativas.

A empresa com sede em Cupertino, Califórnia, está preparada para situações de emergência como o surto do coronavírus, exigindo que os principais componentes tenham duas fontes – tanto em termos de fornecedores quanto em geografia.

Por isso, por enquanto, um grande impacto imediato nos planos de produção é improvável, segundo a uma pessoa a par das operações. Mesmo assim, a grande maioria do trabalho de montagem é realizada na China e, portanto, a falta de trabalhadores nas fábricas terá impacto direto no número de remessas.

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Ibovespa Futuro sobe com leve correção após “pânico” por proliferação do coronavírus

mercado bolsa índices alta ações gráfico

SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta terça-feira (28) com uma leve correção após o índice à vista cair 3,29% na véspera diante de temores a respeito do coronavírus. A doença já matou 106 pessoas e outras 4.500 estão contaminadas.

O governo da China tomou como medidas para evitar a proliferação do vírus além do fechamento da província de Hubei o prolongamento do feriado do ano-novo lunar, que irá até o próximo domingo. As empresas chinesas estão proibidas de voltarem ao trabalho até o dia 10 de fevereiro por determinação de Pequim. As bolsas, por outro lado, voltam a negociar no dia 3.

No mais recente desdobramento desde a eclosão da ameaça, a China decidiu restringir viagens a Hong Kong. Embora seja cedo para avaliar o impacto total do vírus na China, a avaliação dos investidores é de que, se o país não conseguir controlar a situação poderá ser comprometida a estabilização frágil da economia mundial depois que Pequim e Washington chegaram à primeira fase do acordo comercial.

Às 9h13 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa com vencimento em fevereiro sobe 0,55% a 115.250 pontos, enquanto o dólar futuro com o mesmo vencimento tinha baixa de 0,23% a R$ 4,201. Já o dólar comercial recua 0,19% a R$ 4,20 na compra e a R$ 4,202 na venda.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 cai dois pontos-base a 4,90%, o DI para janeiro de 2023 perde um ponto a 5,49% e DI para janeiro de 2025 tem queda de dois pontos-base a 6,26%.

Analistas estão divididos acerca da oportunidade de se investir em ações agora aproveitando as fortes quedas por conta do coronavírus. A equipe do JP Morgan fez um estudo mostrando que em grandes epidemias como a da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), em 2003, as ações caem 4,7%, em média, para depois se recuperarem.

Já o Danske Bank estima que o surto desacelere a economia chinesa em 0,8 ponto porcentual no primeiro semestre e a Capital Economics antecipa “impacto significativo” no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre da China.

Na agenda brasileira desta terça, o Tesouro Nacional divulga relatório mensal da dívida pública de 2019 e o Plano Anual de Financiamento (PAF) para 2020 às 14h30 em Brasília; às 15h, o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, e o subsecretário da Dívida Pública, José Franco de Morais, comentarão os números em entrevista coletiva. Em novembro, a dívida foi de R$ 4,205 trilhões.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, profere palestra nesta manhã em São Paulo em evento promovido pelo Credit Suisse. Este deve ser o último pronunciamento do BC antes do início do período de silêncio pré-Copom, reunião que acontecerá entre 4 e 5 de fevereiro. A fala de Campos Neto pode ajudar o mercado a afinar as apostas para a Selic.

E nos Estados Unidos, hoje é dia de divulgação do resultado da Apple no quarto trimestre.

Noticiário corporativo

Em destaque no noticiário, esteve o início da temporada de resultados. A Cielo teve lucro líquido de R$ 242,4 milhões no quarto trimestre de 2019, queda de 68% na comparação com o mesmo período de 2018, de R$ 757,7 milhões, considerando o conceito Cosif, critério exigido a empresas reguladas pelo Banco Central. Ante o trimestre anterior, foi visto recuo de 32,3%. A geração de caixa medida pelo Ebitda da Cielo somou R$ 680,3 milhões no quarto trimestre, baixa de 37,8% em um ano, de R$ 1,094 bilhão. Na comparação com os três meses anteriores, foi vista redução de 6,1%.

A companhia ainda aprovou JCP complementar de R$ 24,2 milhões; o pagamento será feito aos acionistas em 13 de fevereiro com base na posição acionária de 30 de janeiro.

Já a JBS, empresa da família Batista, e o WH Group, maior produtor de proteína animal da China, assinaram um acordo para distribuição de proteína bovina, de aves e suína in natura no mercado chinês. As duas empresas oferecerão um portfólio de produtos das marcas Friboi e Seara, e o acordo pode movimentar até R$ 3 bilhões em negócios por ano, segundo as companhias.

Também em destaque, a União concluiu a venda das ações excedentes do Banco do Brasil (BB) em poder do governo. A operação, que arrecadou R$ 1,06 bilhão, ocorreu na última quinta-feira (23). Por fim, o Cade confirmou a aprovação compra da Embraer pela Boeing.

(Com Agência Estado e Agência Brasil)

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