Senado dos EUA começa a julgar impeachment de Trump nesta terça: entenda o processo

SÃO PAULO, 20 JAN (ANSA) – O Senado dos Estados Unidos inicia nesta terça-feira (21) o julgamento do presidente Donald Trump por abuso de poder e obstrução do Congresso, faltando menos de 10 meses para as eleições de 3 de novembro.

Se for condenado, algo improvável neste momento, o mandatário republicano será deposto da Casa Branca e cederá lugar a seu vice, Mike Pence, até a conclusão do mandato.

Confira abaixo um guia para entender o processo de impeachment contra Trump:

As acusações 

Trump é acusado de ter pressionado o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a anunciar uma investigação contra Joe Biden, pré-candidato à Casa Branca e cujo filho, Hunter, foi conselheiro de uma empresa ucraniana de gás, a Burisma.

Para alcançar seu objetivo, o magnata teria congelado uma ajuda militar de quase US$ 400 milhões a Kiev. Em um telefonema em 25 de julho, Trump pediu para Zelensky investigar os Biden, mas não mencionou a ajuda militar, que estava bloqueada na época.

Trump também é acusado de obstrução do Congresso por ter instruído membros do governo a não colaborarem com o inquérito.

As investigações foram conduzidas pelo Comitê de Inteligência da Câmara, e a denúncia foi escrita pelo Comitê de Justiça, ambos dominados pelo Partido Democrata, majoritário na Casa.

Precedentes 

Até hoje, apenas dois presidentes foram submetidos a processos de impeachment nos EUA: Andrew Johnson (1868) e Bill Clinton (1998-1999), ambos absolvidos – Richard Nixon renunciou em 1974, evitando um afastamento iminente por causa do escândalo “Watergate”.

A Constituição americana estabelece que um presidente pode ser removido do cargo por “traição, propina ou outros crimes e contravenções graves”. Essa última tipologia é definida de forma vaga, mas o Congresso costuma levar em conta três tipos de conduta: uso do cargo para obter ganhos financeiros, abuso de poder ou agir de maneira incompatível com a função.

O processo

Assim como no Brasil, o julgamento do presidente acontece no Senado, com a diferença de que ele permanece no cargo durante o processo. Enquanto sete congressistas nomeados pela mandatária da Câmara, Nancy Pelosi, atuam como promotores, advogados escolhidos por Trump fazem o papel de defesa – o magnata não é obrigado a comparecer às sessões.

O chefe da Suprema Corte, John Roberts, presidirá o julgamento, mas suas decisões podem ser revertidas pelo plenário. Cabe ao próprio Senado definir os procedimentos do processo, como a convocação ou não de testemunhas.

Os democratas desejam convocar pessoas que não foram ouvidas na fase de inquérito, como o ex-conselheiro de Segurança Nacional John Bolton, mas os republicanos são contra. O julgamento de Bill Clinton durou cinco semanas, mas o partido de Trump quer acelerar o processo e conclui-lo ainda em janeiro.

Por que a condenação é improvável – Para condenar Trump, serão necessários dois terços dos votos dos senadores, o que equivale a 67 de um total de 100. A oposição democrata conta hoje com 47 senadores, incluindo dois independentes. Ou seja, 20 dos 53 republicanos precisariam votar pelo impeachment, algo que, no cenário atual, só acontecerá se surgir algum fato novo.

Segundo uma média de pesquisas calculada pelo site Real Clear Politics, 46,7% dos americanos apoiam a deposição de Trump, e outros 47,5% são contra. Entre os eleitores republicanos, 88,7% não querem o impeachment, o que mostra que, embora impopular, o magnata conseguiu consolidar o apoio dentro de seu partido.

Cenário 

O julgamento de Trump começa em plena campanha para a eleição de 3 de novembro, faltando apenas duas semanas para o início das primárias democratas.

Nancy Pelosi resistiu em abrir as investigações contra o presidente, por temor de que isso pudesse beneficiá-lo no ano eleitoral, mas acabou cedendo às pressões das alas mais progressistas do partido.

Independentemente de quem for o candidato, as pesquisas apontam que os democratas terão uma disputa dura contra Trump, especialmente pelo fato de o presidente ser escolhido por meio de colégio eleitoral – em 2016, por exemplo, Hillary Clinton recebeu quase 3 milhões de votos a mais, porém perdeu a eleição.  (Ansa)

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Ter um patrimônio de R$ 1 milhão é suficiente para se aposentar e viver de renda?

SÃO PAULO – Por muito tempo, alcançar o sonhado primeiro milhão foi associado à ideia de independência financeira, com a possibilidade de parar de trabalhar e viver de renda. Mas será que ainda é viável viver apenas com os frutos dos rendimentos gerados por aplicações financeiras com essa quantia? Na avaliação de especialistas consultados pelo InfoMoney, provavelmente não.

“As pessoas falam em R$ 1 milhão porque é um número redondo, vira uma coisa psicológica, mas hoje esse valor não tem muito significado quando falamos em independência financeira”, afirma o educador financeiro André Massaro.

Ainda que destaque que qualquer simulação depende do estilo de vida pretendido, o consultor assinala ser esperado que um investidor com patrimônio financeiro de R$ 1 milhão não tenha um custo de vida baixo no Brasil e, portanto, não consiga depender exclusivamente dessa reserva por muito tempo.

Com esse montante, Massaro calcula que uma pessoa que pretenda fazer retiradas mensais de R$ 10 mil a partir de uma carteira com rentabilidade real (descontada a inflação) de 3% ao ano, levará apenas 115 meses (pouco menos de dez anos) para esgotar um patrimônio inicial de R$ 1 milhão.

Daiane Reis, assessora de investimentos e sócia no escritório Monte Bravo, assinala que o contexto de juros nas mínimas históricas dificulta o rendimento de aplicações mais conservadoras e que o famoso retorno de 1% ao mês, antes encontrado facilmente com a taxa Selic no patamar de dois dígitos, já não existe mais.

“Hoje, para conseguir uma boa rentabilidade nos investimentos, o investidor tem que se expor mais à renda variável, a aplicações que oscilam e podem sofrer desvalorizações, impactando negativamente a renda”, diz.

Nos últimos 12 meses, quem tivesse investido R$ 1 milhão na carteira conservadora “modelo” da Monte Bravo, composta majoritariamente por ativos de renda fixa, conta Daiane, teria tido um retorno de 130% do CDI, equivalente a um ganho real de 7,74%.

No melhor dos cenários, isto é, se fossem descontados 15% de Imposto de Renda e uma inflação de aproximadamente 4% ao ano, o investidor teria uma renda mensal líquida de cerca de R$ 2,2 mil, aponta a assessora.

Vale lembrar, que o Imposto de Renda é regressivo, isto é, se o investidor resgatar as aplicações em menos de dois anos, o custo será maior e, consequentemente, o montante a ser recebido, menor.

O “número mágico” atual

Uma pessoa de 60 anos que pretenda se aposentar e retirar R$ 10 mil líquidos (descontada a inflação) mensais durante 30 anos, teria que ter um patrimônio financeiro de R$ 2,42 milhões (em valores atuais), considerando uma taxa real de 3% ao ano, calcula Massaro.

Diana Lemos, planejadora financeira com certificação CFP, reforça a necessidade de diversificar o portfólio para alcançar o objetivo proposto. “Se ficar só em CDI, o investidor não vai conseguir o retorno real necessário para alcançar a independência financeira. Ele vai ter que buscar uma diversificação, o que inclui ter outros tipos de indexadores em renda fixa, como IPCA, que dá proteção do poder de compra ao longo do tempo, além de ativos de renda variável”, afirma.

Segundo ela, para ter ganhos melhores, até o investidor conservador terá que aceitar maior risco de crédito na renda fixa e, para isso, o recomendado seria ter uma orientação profissional para selecionar os ativos mais adequados para seu perfil.

Diana lembra, contudo, que uma diversificação só deve ser feita após criada a reserva de emergência, com um montante equivalente a seis a 12 meses o custo de vida.

Como calcular o quanto você precisa para se “aposentar”?

Para conquistar a independência financeira, o primeiro passo, segundo Diana, é calcular o capital inicial disponível, o rendimento a ser obtido com esse montante e o prazo necessário para começar a fazer retiradas periódicas. Uma taxa relativamente conservadora, considerando a Selic em patamares mais baixos, é de 2% a 3% de juros reais ao ano, diz.

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Maior economia e mais risco: como investir para a aposentadoria com juros baixos

A planejadora financeira destaca que é fundamental que a pessoa tenha uma carteira adequada ao seu perfil de risco e que fique sempre de olho nos juros reais, isto é, acima da inflação, para evitar perda do poder de compra.

Na avaliação de Daiane, da Monte Bravo, um dos produtos mais vantajosos para quem quer viver de renda são os fundos imobiliários, que pagam dividendos mensais em torno de 0,6%, sem IR. “É uma alternativa, mas os FIIs entram na caixa de renda variável, então o ganho não é garantido, o que pode comprometer a renda mensal”, alerta.

R$ 1 milhão hoje não é o que já foi

Por conta da inflação, o poder de compra de R$ 1 milhão era, há 10 anos, muito maior do que hoje. Desde 2009, a inflação acumulada no Brasil foi de 76,3%. Isso quer dizer que R$ 1 milhão naquela época equivaleriam a R$ 1,76 milhão hoje, isto é, quase o dobro.

Se considerarmos a inflação desde o início do Plano Real, em 1994, é ainda mais fácil notar como R$ 1 milhão perdeu valor ao longo do tempo. Nos últimos 25 anos, desde que o país instituiu a moeda estável, a inflação acumulada foi de 520,6%. Isso significa que R$ 1 milhão naquele ano tinha o mesmo poder de compra de R$ 6,2 milhões hoje. Logo, o poder de compra da renda obtida com esse montante também foi afetado na mesma proporção.

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Caixa Seguridade fecha parceria com Icatu em capitalização por R$ 180 milhões

A Caixa Seguridade, holding de seguros da Caixa Econômica Federal, fechou com a brasileira Icatu Seguros, controlada pela família Almeida Braga, uma parceria na área de capitalização por R$ 180 milhões. A nova sociedade permite à seguradora explorar os canais do banco público com exclusividade neste segmento por 20 anos.

A Icatu já era parceira da Caixa, mas dividia o canal do banco com outros concorrentes como, por exemplo, SulAmérica. Essa é a segunda joint venture que o banco anuncia no âmbito da reestruturação da sua operação de seguros, fundamental para listar as ações da Caixa Seguridade na bolsa, operação prevista para acontecer entre março e abril e movimentar cerca de R$ 15 bilhões.

“Essa estratégia tem por objetivo aumentar a ênfase na comercialização de produtos de seguridade no canal bancário, buscando aperfeiçoar os serviços prestados aos clientes da Caixa bem como a maximização na geração de valor para as acionistas da Caixa Seguridade”, enfatiza a Caixa Seguridade, em fato relevante.

A Caixa procura novos sócios nas áreas de serviços de assistência 24 horas, seguros de automóvel, consórcio, saúde, odontologia e seguro de grandes riscos. Até aqui, já fechou com a japonesa Tokio Marine em seguro residencial e habitacional e com sua atual sócia, a francesa CNP Assurances em seguro de vida, previdência privada e prestamista.

Capitalização

A Caixa Seguridade terá 75% de participação no capital total da empresa de capitalização, sendo titular de 49,99% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais. Já a Icatu deterá 50,01% das ações ordinárias, em montante correspondente a 25% de participação no capital total da nova companhia.

Em fato relevante, publicado há pouco, a Caixa Seguridade explica que os R$ 180 milhões serão repassados pela nova joint venture à Caixa Econômica Federal nos termos da outorga por ela concedida (upfront). A nova companhia irá remunerar a Caixa Seguridade com as despesas totais de comercialização por produto em valores pré-definidos, além de uma taxa de performance atrelada ao desempenho anual em volume e lucratividade.

A Icatu também pagará à Caixa Econômica Federal um bônus anual correspondente a 75% do valor dos dividendos líquidos recebidos da nova companhia que excederem a determinadas metas estabelecidas para referido ano.

A nova companhia terá gestão e governança compartilhada entre Caixa Seguridade e Icatu de forma a potencializar os pontos fortes de cada acionista, observando as melhores práticas de governança corporativa. Nesse sentido, cada acionista indicará quatro membros para o Conselho de Administração, com a presidência rotativa e alternada entre os acionistas. A Diretoria Executiva da nova companhia será composta por quatro membros, com indicação paritária por parte dos acionistas e funcionará de forma colegiada e compartilhada.

O prazo para o fechamento da operação, cumprimento de todas as condições precedentes, termina no dia 4 de janeiro de 2021. A conclusão e a implementação da parceria estão sujeitos ao cumprimento de diversas condições suspensivas, incluindo a obtenção das aprovações necessárias pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), pelo Banco Central(BC) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

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IBM propõe regras de inteligência artificial para reduzir discriminação e viés

(Bloomberg) — A IBM defende regras destinadas a eliminar o viés da inteligência artificial, a fim de diminuir a preocupação de que a tecnologia se baseia em dados fundamentados em práticas discriminatórias passadas e que poderiam prejudicar mulheres, minorias, deficientes, americanos de mais idade, entre outros.

Com o objetivo de moldar um crescente debate nos Estados Unidos e na Europa sobre como regular o setor em expansão, a IBM fez um chamado para que a indústria e os governos desenvolvam conjuntamente padrões para medir e combater a potencial discriminação.

A empresa com sede em Armonk, Nova York, divulgou propostas de políticas na terça-feira, antes do painel sobre inteligência artificial programado para quarta-feira, que será liderado pela presidente da IBM, Ginni Rometty, à margem do Fórum Econômico Mundial em Davos. A iniciativa tem como objetivo buscar um consenso sobre regras que seriam mais rigorosas do que o setor poderia produzir sozinho, mas menos rígidas do que os governos poderiam impor por conta própria.

“Parece bastante claro para nós que a regulamentação dos governos da inteligência artificial é a próxima fronteira na regulamentação de políticas tecnológicas”, disse Chris Padilla, vice-presidente de assuntos governamentais e regulatórios da IBM.

A empresa, fundada há 108 anos e que já foi líder mundial em tecnologia, ficou para trás no setor. Na batalha para permanecer relevante, a IBM atrelou seu futuro a tecnologias mais novas, como inteligência artificial e serviços em nuvem. Mas ainda não mostrou um crescimento significativo da receita nessas áreas.

As recomendações da IBM sugerem que as empresas trabalhem com os governos para desenvolver padrões sobre como garantir, por exemplo, que afro-americanos tenham acesso justo à moradia, apesar de algoritmos que se baseiam em dados históricos, como códigos postais ou juros de hipoteca que podem ter sido distorcidos pela discriminação. Nos EUA, isso provavelmente ocorreria através do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia, parte do Departamento de Comércio dos EUA.

Rometty lidera o painel, que inclui um dos principais assessores da Casa Branca, Chris Liddell, o secretário-geral da OCDE, José Angel Gurria, e o CEO da Siemens, Joe Kaeser.

A IBM também sugere que as empresas tenham representantes de ética em inteligência artificial, realizem avaliações para determinar quanto dano um sistema de IA pode causar e mantenham documentação sobre os dados ao “fazer determinações ou recomendações com implicações potencialmente significativas para indivíduos” para que as decisões possam ser explicadas.

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Moro chama Vaza Jato de “bobajarada” e evita perguntas sobre Bolsonaro

SÃO PAULO – O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, voltou a criticar as revelações feitas pela chamada Vaza Jato e manteve a postura de não confirmar a autenticidade do material que vem sendo divulgado pela imprensa desde junho do ano passado.

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite da última segunda-feira, o ex-juiz chamou de “um monte de bobajada” a série de reportagens publicados pelo site The Intercept Brasil em parceria com outros veículos de imprensa que revelaram conversas mantidas por ele com membros da força-tarefa da Operação Lava-Jato, na época em que julgava casos oriundos das investigações.

O conteúdo mostrou uma relação de proximidade entre as partes do processo e indica que Moro pode ter interferido nas estratégias e caminhos seguidos pela força-tarefa nas investigações. Para críticos do ex-juiz, o material teria indicado postura parcial no julgamento de processos da Lava-Jato.

“Acho que esse é um episódio menor. Sinceramente, nunca dei muita importância para isso. Acho que é um monte de ‘bobajarada’”, disse. Na avaliação do ministro, o conteúdo foi obtido por meio ilegal pelos jornalistas e acabou “usado para soltar presos condenados”.

Durante o programa, o ministro também respondeu sobre suposta parcialidade na revelação de áudios de conversas telefônicas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a então presidente Dilma Rousseff, ação que pode ter catalisado o processo de impeachment da mandatária em 2016, ao barrar a nomeação do líder petista como ministro da Casa Civil no governo de sua sucessora.

“O que foi verificado na época foi uma aparente tentativa de obstrução da justiça. Naquele momento, proferi uma decisão fundamentada. Não há razões obscuras. Não houve manipulação. Aqueles áudios revelavam tentativa de obstrução de justiça”, afirmou.

“Se houve reflexo político ou não, isso não é responsabilidade do juiz, foi a decisão correta para o processo, e eu proferi uma decisão fundamentada”, complementou. De acordo com o ex-magistrado, a divulgação atendeu a um pedido feito pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal e visou atender o interesse público.

Após revelações recentes, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, responsável por conceder a liminar que suspendeu a nomeação de Lula para a Casa Civil do governo em função da suspeita de obstrução de Justiça, afirmou hoje ter “muitas dúvidas” sobre o assunto e lamentou “esse tipo de manipulação”.

No programa de ontem, Moro defendeu suas decisões: “É muito fácil [dizer] ‘2016, ah, não tenho culpa nenhuma, fui manipulado’. Não existe nada disso. Ele [Gilmar] tomou a decisão dele na época, ele assuma a responsabilidade pela decisão que tomou. Nada foi objeto de manipulação ou qualquer espécie de falsidade”. Tramita na Justiça um pedido da defesa de Lula pela anulação das decisões de Moro em função de suposta postura parcial nos casos da Lava-Jato.

Ao ser questionado sobre a divulgação da delação do ex-ministro Antonio Palocci às vésperas das eleições, Moro disse que o material foi “superdimensionado”. Ele negou ter sido incoerente ao apresentar o conteúdo e ao mesmo tempo negar entrevistas e depoimentos do ex-presidente Lula.

“O que estava na delação ele já havia falado, não havia novidade”, disse. “E, olhando o que aconteceu, eu não acredito que tenha interferido na eleição.”

A entrevista também foi marcada por questionamentos sobre posturas adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro e pontos sensíveis envolvendo o governo. O ministro optou por não opinar sobre temas que pudessem colocá-lo em posição desconfortável em relação ao presidente e disse respeitar uma “cadeia de comando” em caso de divergências com o mandatário.

Foi o caso das perguntas sobre a situação do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, denunciado no caso das candidaturas laranja, da acusação de caixa dois contra o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, das recentes denúncias de conflito de interesses em posturas adotadas pelo chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), Fabio Wajngarten, e das investigações contra o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente.

Sobre o vídeo do então secretário da Cultura Roberto Alvim, em que há cópia de trechos e uso da estética adotada pelo ministro da Propaganda de Adolf Hitler, Joseph Goebbels, o ministro chamou de “bizarro” e disse que aconselhou Bolsonaro sobre o caso.

“No caso do secretário, foi um episódio bizarro e, tendo ciência, dei minha opinião ao presidente, e cabe a ele tomar a decisão. Ele tomou uma decisão absolutamente correta, ele fala pelo Poder Executivo”, disse em resposta a pergunta sobre a ausência de manifestação pública sobre o episódio. Provocado sobre o silêncio em temas como a defesa do AI-5 por integrantes do governo ou mesmo o ataque à produtora do grupo Porta dos Fundos, o ministro disse que não é “comentarista sobre tudo”.

Sergio Moro também foi questionado sobre a postura agressiva muitas vezes adotada por Bolsonaro com jornalistas. O ministro optou por defender o presidente e negar qualquer iniciativa no sentido de cercear a atividade da imprensa — o que foi contestado pelos jornalistas presentes no programa.

“Ele é criticado e reage”, disse. “Não se vê qualquer iniciativa [contra a imprensa]”.

Sobre sua relação com o presidente, Moro negou animosidades e chamou boatos sobre uma possível demissão sua como “exagerados”, em referência a trecho do livro “Tormenta”, da jornalista Thaís Oyama. “Minha relação com ele é ótima”, afirmou.

Figura mais popular do atual governo, o ministro negou, porém, interesse em candidatar-se à presidência da República. “Não tenho esse tipo de ambição. Temos de ter bastante pé no chão, existe o famoso ditado antigo que diz sic transit gloria mundi (toda glória do mundo é transitória, em latim). Então, essas questões de popularidade, elas vem, vão, passam, e o importante para mim é fazer meu trabalho como ministro da Justiça, e foi o que eu me propus com o presidente, acho que estamos num caminho certo”, disse.

De acordo com pesquisa Datafolha divulgada em janeiro, Moro é conhecido por 93% dos brasileiros e aprovado por 53% — o percentual supera o índice de aprovação de Bolsonaro, de 30%. Mesmo assim, dado o fato de o presidente já ter manifestado interesse em se candidatar à reeleição, o ministro disse que o “caminho natural” de quem compõe o atual governo é apoiar.

“Se um ministro do presidente Jair Bolsonaro, evidentemente, os ministros vão apoiar o presidente. É um caminho natural. Eu não tenho esse tipo de ambição. Eu posso dizer: minha vida é suficientemente complicada Eu estou pensando no presente momento. Não posso pensar no que vou fazer daqui a dez anos”, avaliou.

Cotado no passado para assumir um assento no STF, Moro também desconversou: “Não tem vaga no momento, então não vou discutir vaga sem que a vaga exista”. “O presidente vai decidir quando surgir a vaga”. No ano passado, Bolsonaro disse que sua primeira indicação deveria ser de um ministro “terrivelmente evangélico”. Na entrevista de ontem, Moro disse ser católico.

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Ação da Cia. Hering despenca até 12% após dados operacionais fracos; TIM e Marisa sobem com recomendações

SÃO PAULO – Em uma sessão de queda para o Ibovespa acompanhando o noticiário internacional, principalmente os riscos para a China com o coronavírus afetando Vale (VALE3) e siderúrgicas, quem é o destaque de baixa nesta sessão é a Cia. Hering (HGTX3), que cai até 11,76% após dados operacionais bastante fracos.

Já a maior alta fica com as ações da TIM (TIMP3), com a ação sendo recomendada pelo Credit Suisse, enquanto a Marisa (AMAR3) sobe até 4,75% depois de ser colocada como uma das top picks do varejo no Bradesco BBI. Confira nos destaques desta terça-feira (21):

Cia. Hering  (HGTX3)

A Hering divulgou na noite de ontem uma prévia do seu resultado do quarto trimestre de 2019. A empresa informou que teve uma queda de 5,2% no faturamento bruto, que foi de R$ 502,9 milhões no período. As vendas mesmas lojas tiveram queda de 4% na receita. As vendas nas lojas próprias, que não incluem as franquias, caíram 1,9% em comparação ao quarto trimestre de 2018. Segundo a empresa, houve o fechamento de 13 franquias no período. Já o comércio eletrônico teve um crescimento de 48,2% no quarto trimestre, passando a representar 4,4% da receita.

O Credit destaca que a Hering reportou vendas abaixo do esperado em todos os canais (com exceção do e-commerce), o que levou à queda na receita bruta de 5.2% na base anual.

De acordo com a companhia, depois de um forte desempenho em outubro e novembro com recorde de vendas por causa da Black Friday, as vendas de dezembro sofreram.

“A falta de consistência do desempenho das franquias e a queda nas multimarcas impede a alavancagem operacional que acreditamos ser um dos principais pontos para o case de re-rating da HGTX. Entendemos que existe um gap de valuation para outras empresas do setor, mas temos dificuldade em dar todo o benefício da dúvida no momento”, afirmam os analistas do banco suíço, que mantêm recomendação neutra para os ativos.

OI (OIBR3), TIM (TIMP3) e Vivo (VIVT4)

Uma avaliação do Credit Suisse sobre a operadora de telecom Oi projeta que os ativos da empresa, em recuperação judicial, devem ser absorvidos pelos concorrentes. “A TIM (TIMP3) deve exercer um papel importante, principalmente quando consideramos as limitações da Claro e da Vivo em relação a spetrum e concentração”, indica o relatório.

Ao analisar o mercado de telecom como um todo, o Credit Suisse aponta que 2019 foi um ano difícil para a telefonia fixa no Brasil, embora a “dinâmica competitiva” tenha aumentado na telefonia móvel. “A TIM é ‘top pick’ e saiu de neutra para outperform”, informa. Já a avaliação da Vivo (VIVT4) melhorou de underperform para neutra, com um avanço do preço-alvo da ação de R$ 55,00 para R$ 61,00. “Acreditamos que para a Vivo o pior já passou”, projetam os analistas. “Para finalizar, consideramos a Oi como um case pouco atrativo, mesmo considerando a venda da parte de telefonia móvel”, avalia o relatório, que classifica a Oi como underperform e dá preço-alvo de R$ 0,70 por ação.

Cosan (CSAN3) e Cosan Logística (RLOG3

A Cosan e a Cosan Logística anunciaram hoje que o executivo Luís Henrique Cals de Beauclair Guimarães assumirá a presidência das duas empresas em primeiro de abril deste ano. Atualmente, Guimarães é presidente da Raízen Energia e da Raízen Combustíveis. O atual presidente da Cosan e Cosan Logística, Marcos Marinho Lutz, passará para os Conselhos e Comitês do Grupo Cosan, informou a organização à CVM na manhã de hoje.

Even (EVEN3)

A construtora e incorporadora imobiliária Even publicou uma prévia dos seus resultados do quarto trimestre de 2019, informando que teve uma expansão de 46% na receita líquida, para R$ 583 milhões no período. A expansão foi sobre um faturamento líquido de R$ 336 milhões em igual período de 2018. A empresa paulista também informou que houve queda nos distratos, de 37,3% no primeiro trimestre de 2018 para 10,3% no mesmo período do ano passado. O faturamento bruto de Even no último trimestre de 2019 foi de R$ 651 milhões.

Bradesco BBI e Itaú BBA fizeram uma avaliação bastante positiva da prévia dos resultados do quarto trimestre do ano passado da construtora e incorporadora imobiliária Even, publicados na noite de ontem. O Bradesco BBI destacou que os lançamentos cresceram 244% sobre o terceiro trimestre de 2019 e 39% sobre o último trimestre de 2018, para R$ 825 milhões, levando a uma receita líquida de R$ 2 bilhões no ano. O BBI avalia a ação da Even como “outperform” com um preço-alvo de R$ 13,00.

Já o Itaú BBA projeta uma reação “positiva” do mercado à prévia da Even. “Os resultados operacionais continuaram a melhorar, à medida que lançamentos e pré-vendas aceleraram significativamente no quarto trimestre, tanto sobre uma base trimestral como anual”, analisa o BBA. “Nós notamos que, apesar da forte entrega de imóveis no quarto trimestre (receita bruta de R$ 651 milhões), os distratos na Even continuaram a cair”, comentou.

Cyrela (CYRE3)

A Cyrela também apresentou sua prévia operacional, mostrando uma queda em vendas e lançamentos de imóveis residenciais no quarto trimestre, sendo que a maior parte do volume comercializado correspondeu a lançamentos.

Nos três últimos meses do ano passado houve uma queda de 15,5% nas vendas na comparação anual, a R$ 2,06 bilhões, sendo R$ 1,08 bilhão em lançamentos.

Enquanto isso, os lançamentos recuaram 11,7% no mesmo período, para R$ 2,39 bilhões, dos quais R$ 1,02 bilhão foram no Minha Casa Minha Vida faixas 2 e 3. No último trimestre, a companhia fez 27 lançamentos.

Os resultados prévios da construtora e incorporadora imobiliária Cyrela foram bem avaliados por Bradesco BBI e Itaú BBA. O BBI avalia que a Cyrela mostrou “fortes resultados, com destaques para os lançamentos, que foram de R$ 1,8 bilhão no trimestre e R$ 5,4 bilhões no ano inteiro”. O BBI mantém a avaliação da ação da Cyrela como neutra e com preço-alvo de R$ 22,00. A BBA espera uma reação “ligeiramente positiva” do mercado à prévia dos resultados da Cyrela.

“Os lançamentos e as pré-vendas mostraram uma sólida melhoria trimestral, mas ficaram ligeiramente abaixo dos resultados do quarto trimestre de 2018. Nós vemos os números como ligeiramente positivos, uma vez que um forte resultado já foi antecipado pelo mercado”, avalia.

Petrobras (PETR3; PETR4

Matéria publicada hoje no jornal Valor Econômico informa que a Petrobras espera obter mais de R$ 3,35 bilhões com a venda dos 10% restantes que possui na Transportadora Associada de Gás (TAG). No ano passado, a francesa Engie e o fundo canadense Casse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ) compraram 90% da TAG por R$ 33,5 bilhões.

Caixa Seguridade

A Caixa Seguridade Participações comunicou ao mercado que fechou uma parceria com a Icatu Seguros para montar uma joint-venture que irá explorar, por 20 anos, a venda de títulos de capitalização no balcão das agências da Caixa Econômica Federal (CEF). A Icatu fará um aporte de R$ 180 milhões na nova empresa. A Caixa Seguridade terá 75% de participação no capital social da nova empresa, sendo que deterá 49,9% das ações ordinárias. Já a Icatu terá 50,1% das ações ordinárias e 25% do capital social total. Pelo acordo, a Iatu se compromete a pagar um bônus anual para a CEF, correspondente a 75% dos dividendos líquidos da nova empresa.

Banco Inter (BIDI11

O Banco Inter informou que obteve a autorização do Banco Central do Brasil para comprar 70% do capital social da Matriz Participações, que controla a sociedade DLM Invista Gestão de Recursos. O banco pagou R$ 49 milhões na DLM, que tem sob sua administração uma carteira de R$ 4,5 bilhões sob sua gestão.

M. Dias Branco (MDIA3

A indústria moageira e produtora de biscoitos e massas M. Dias Branco comunicou ontem que recomprará 8,4 milhões de ações ordinárias. Segundo a empresa, a operação tem início hoje (21) e se estenderá por um prazo máximo de 18 meses.

Klabin (KLBN11)

A Klabin informou que vai elevar o preço da celulose de fibra longa e de fibra curta para a China em US$ 20/tonelada, segundo a Bloomberg.

O novo preço entrará em vigor em 1º de fevereiro.

Positivo (POSI3)

A Positivo Tecnologia fará uma oferta de ações subsequente (follow on) que pode chegar a R$ 521,1 milhões. A distribuição será primária de até 40.000.000 novas ações ordinárias, com esforços restritos de colocação. Conforme a demanda, a quantidade de ações ofertada poderá ser acrescida de um lote adicional de até 14.000.000 novas ações ordinárias (35%) de emissão da companhia.

Ao preço de fechamento desta segunda-feira, 20, de R$ 9,65, a oferta básica alcançaria R$ 386 milhões. Caso seja exercido o lote adicional o montante sobe para R$ 521,1 milhões. O preço da ação na oferta será definido após o bookbuilding (coleta de intenções), que termina no dia 30 de janeiro. Foram contratados como coordenadores o BTG Pactual (coordenador líder), Bradesco BBI e a XP Investimentos.

Varejistas

O Bradesco BBI revisou as suas recomendações para o setor varejista, reiterando visão positiva para o setor em 2020, mas destacando que as expectativas de alta justificam alguma cautela, o que favorece ações com: 1) forte execução; 2) crescimento estrutural; 3) múltiplos preço sobre o lucro baixos com espaço para expansão.

Os analistas elevaram B2W (BTOW3) e Marisa (AMAR3) de neutro para outperform (desempenho acima da média), enquanto reduziram recomendação para Mercado Livre (negociada na Nasdaq), Centauro (CNTO3), Arcos Dorados (negociada na NYSE), Burger King (BKBR3) e Vulcabrás (VULC3) para neutro.  Já Magazine Luiza (MGLU3), B2W (BTOW3), Arezzo (ARZZ3) e Marisa são as top picks.

 

(Com Agência Estado)

 

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EUA podem tarifar Itália e Reino Unido por causa de imposto digital

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O Secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, alertou hoje que Itália e Reino Unido serão punidos com tarifas dos EUA se os países forem adiante com planos de cobrar uma taxa digital sobre gigantes da tecnologia americanos, como Facebook e Alphabet, controlador do Google.

Mnuchin, que falou durante evento promovido pelo The Wall Street Journal em Davos, na Suíça, fez o alerta depois que a França concordou em adiar a aplicação de um imposto digital, em resposta a ameaças dos EUA de tarifar produtos franceses.

Segundo Mnuchin, que participa da reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, o presidente francês, Emmanuel Macron, aceitou suspender a cobrança até o fim do ano, enquanto os dois países negociam uma solução permanente. A trégua é “o início de uma solução”, disse o secretário.

Mnuchin afirmou ainda que os EUA não planejam tarifar carros da União Europeia (UE) como forma de forçar o bloco a impor sanções ao Irã. Ele fez a ressalva, porém, de que o presidente americano, Donald Trump, “pode sempre” decidir instituir tarifas a veículos da UE.

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Boa Vista: índice do movimento do varejo sobe 1,7% em 2019, mas cai em dezembro

O índice que mede o movimento do comércio varejista no Brasil fechou 2019 com expansão de 1,7%, a terceira consecutiva, conforme dados apurados pela Boa Vista. No entanto, as vendas encerraram dezembro com queda de 2,5% em relação a novembro (alta de 2,3%), mas subiram 0,8% em relação ao último mês de 2018.

A despeito da retração observada em dezembro no confronto com o mês anterior, a equipe econômica da Boa Vista ressalta em nota que as concessões de crédito com recurso livres ao consumidor vêm mantendo ritmo de crescimento. Além disso, acrescenta que a inflação sob controle e a liberação dos recursos do FGTS no ano passado deram sustentação ao avanço do setor na comparação interanual nos últimos meses de 2019.

Entretanto, a retomada lenta do emprego e o pouco crescimento da renda estão elevando o nível de endividamento do consumidor e do comprometimento dos rendimentos, resultando, consequentemente, em risco de aumento da inadimplência.

Porém, “ao menos a curto prazo, o cenário para o movimento do comércio continua sendo de recuperação gradual, que tende a se repetir ao longo de 2020”, estima a Boa Vista.

A queda de 2,5% do comércio varejista em dezembro ante novembro, conforme a instituição, foi puxada pela categoria de Móveis e Eletrodomésticos, que apresentou recuo de 4,7%, após alta de 5,2%, com ajuste sazonal. Nos dados sem ajuste sazonal, ao longo de 2019 o segmento cresceu em torno de 0,2%.

Outra categoria que registrou declínio foi o de Supermercados, Alimentos e Bebidas, de 1,8%, mas mostrou aumento de 2% no acumulado em 12 meses.

Já o segmento de Combustíveis e Lubrificantes subiu 1,8% no último mês do ano passado, acumulando recuo de 0,2% em 2019.

Por fim, a taxa dessazonalizada da categoria de Tecidos, Vestuários e Calçados teve alta de 0,4% em dezembro ante novembro, com o dado acumulado em 2019 subindo 6,3%.

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Trump diz que maior parte de tarifas à China vai continuar em vigor até “fase 2”

O presidente americano, Donald Trump, afirmou que a “maior parte” das tarifas comerciais impostas à China vai continuar em vigor durante as negociações da próxima etapa do acordo bilateral, conhecida como “fase 2”, que começarão “muito em breve”.

Em discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, Trump comemorou a assinatura da “fase 1” do acordo, na semana passada. “Nossa relação com a China neste momento nunca esteve melhor”, destacou.

Ele lembrou que o acordo prevê que a China gaste cerca de US$ 200 bilhões adicionais em bens e serviços americanos, mas apontou que o montante pode chegar a algo próximo de US$ 300 bilhões.

O republicano também afirmou que sua administração tem mudado a postura do país em relação ao comércio, “talvez a mudança mais significativa” de seu governo, e que tanto o pacto com a China quanto o Acordo EUA-México-Canadá (USMCA), aprovado pelo Senado também na semana passada, são os “maiores acordos comerciais” já realizados.

Trump também destacou que os EUA concluíram um “ótimo” acordo comercial com o Japão e estão negociando outro com a Coreia do Sul, além de estarem em tratativas no âmbito do comércio com “muitos outros países”. “Também estou ansioso para negociar um acordo comercial com o Reino Unido”, disse.

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“O grande inimigo do meio ambiente é a pobreza”, afirma Guedes em Davos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, na manhã desta terça-feira, 21, durante o painel “Shaping the Future of Advanced Manufacturing”, realizado durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), que o grande inimigo do meio ambiente é a pobreza. “Destroem porque estão com fome”, justificou o brasileiro.

Em outro momento do mesmo evento, ele disse que o mundo precisa de mais comida e salientou que é preciso usar defensivos para que seja possível produzir mais. “Isso é uma decisão política, que não é simples, é complexa”, afirmou. Ainda sobre o tema, Guedes disse que a busca dos humanos é sempre pela criação de vidas melhores. Ele ressaltou, porém, que “somos animais que escapamos da natureza”.

O ministro disse que o Brasil está criando um ambiente melhor para os negócios e que é preciso agora qualificar as pessoas para terem um emprego no sistema, que está mais tecnológico. “Num país como o Brasil, que está um pouco atrás (em relação às inovações), temos um pouco de preocupação”, afirmou, acrescentando que a primeira ação a ser feita é acabar com os “obstáculos”.

Ele também falou sobre os centros que o Brasil está criando para se aproximar das atividades do Fórum Econômico Mundial. Um é ligado à promoção da educação, da pesquisa acadêmica e a ligação com as pessoas de negócios. O outro é um acelerador de qualificações. “Há habilidades para ampliar como as coisas estão se colocando no mundo. Estamos aderindo ao comitê do Fórum e basicamente trazendo pessoas que estão na fronteira”, comentou.

Para Guedes, a inovação vem ocorrendo no mundo por meio de um processo descentralizado, mas a busca é fazer com que o País se integre a esse sistema. “Para um País como o Brasil é ainda mais crucial, pois precisamos ter a certeza de que teremos um ambiente de negócios, acadêmico, que permita conhecimento”, salientou.

Durante o evento que falava sobre as inovações tecnológicas da última geração, Guedes citou que, ao contrário do que os americanos dizem, foi o Brasil que criou o avião, pelas mãos do inventor Santos Dumont. Ainda sobre descentralização, ele citou que Israel se desenvolveu em tecnologia, mas que o país não conta com escala. “Nós temos escala, agora precisamos investir em educação”, afirmou. “Podemos atingir isso se tivermos educação e mais conexões.”

Globalização

O Brasil ficou para trás em relação ao acompanhamento das modernidades do mundo, na avaliação do ministro, expressa no painel. “Perdemos a grande onda da globalização e da inovação, então essa mudança vai levar um tempo (para ocorrer no Brasil), mas estamos a caminho”, afirmou.

O ministro fez um trocadilho com um neologismo em inglês sobre o futuro da indústria no mundo. “O futuro da manufacture (indústria, que tem origem na palavra mão em Latim) será a mindfacture (uma expressão que funde as palavras mente e indústria)”, afirmou. O principal, de acordo com ele, será instruir os trabalhadores para que estejam preparados para um novo mundo no mercado de trabalho.

Antes de seu discurso, o ministro ressaltou que teve uma reunião “muito positiva” com o engenheiro alemão fundador e CEO do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab. “Dissemos a ele que queremos estreitar o relacionamento do Brasil com o Fórum Econômico Mundial. Queremos lançar pelo menos umas três iniciativas”, disse ao Estadão/Broadcast rapidamente, sem entrar em detalhes.

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