Ações de varejistas subiram demais? Analistas veem que o rali pode ir ainda mais longe

SÃO PAULO – O Ibovespa avança mais de 1% no ano, mas um setor tem chamado mais a atenção dos investidores. Trata-se do varejista, liderado pela Via Varejo (VVAR3). que vê seus ativos subirem 34% no acumulado de janeiro até o dia 22 após ter registrado uma das maiores altas (de 154%) em 2019. Ações como B2W (BTOW3) e Magazine Luiza (MGLU3) também registram expressiva alta, com ganhos respectivos de 20% e 17%.

Com ganhos menos expressivos, mas ainda em alta bem superior ao Ibovespa, estão os ativos da Lojas Americanas (LAME4), com avanço de 10%, e de Renner (LREN3), com valorização de 6,5%. Em meio a esse cenário, novamente a pergunta vem à tona: os papéis das varejistas subiram demais? Ou ainda há espaço para mais altas?

Segundo o analista Pedro Fagundes, da XP Investimentos, o prêmio de risco do setor de varejo não só continua atrativo como está até acima dos últimos 12 meses.

A princípio, a alta nos preços das ações resultou em um aumento no múltiplo preço por ação dividido pelo lucro por ação (conhecido como P/L), que saiu de 24 vezes há dois meses para 27,5 vezes hoje, o que significaria um valuation mais esticado. Isso significaria uma atratividade menor para os papéis das varejistas cobertas pela casa de análise. Enquanto isso, as estimativas de lucro das empresas para os próximos 12 meses aumentaram por volta de 2% nos últimos dois meses, mostrando que não houve tantas mudanças nas expectativas para as companhias.

Contudo, o analista da XP avalia que a atratividade para o setor aumentou dada a recente redução nas taxas de juros e no risco-país, levando a uma queda relevante do custo de oportunidade e do risco dos investimentos no Brasil de maneira geral, avalia Fagundes. Assim, a análise é de que, apesar da alta expressiva dos preços das ações do setor de varejo, o prêmio de risco na realidade hoje é mais alto do que aquele observado 12 meses atrás.

Neste contexto, entre as varejistas, a XP acredita que as ações com maior potencial de valorização são aquelas com forte perspectiva de crescimento como Via Varejo ou de maior visibilidade de resultado, tais quais Vivara (VIVA3) e Lojas Renner.

No caso da Via Varejo, mesmo após a alta de 154% em 2019, Fagundes entende que o processo de reestruturação já melhorou as condições da empresa, mesmo estando apenas no começo. “Houve uma recuperação significativa do ritmo de crescimento de vendas totais no canal online”, lembra, destacando que a expectativa da XP é de um crescimento de 19% na comparação anual ao longo do quarto trimestre do ano passado.

“Continuamos confiantes na capacidade da nova administração continuar acelerando o ritmo de crescimento por meio de iniciativas importantes, como reformas de lojas, integração omnichannel e redução de despesas relacionadas a provisões trabalhistas”, defende. O preço-alvo da XP para Via Varejo é de R$ 17,00 por ação ao final de 2020, o que corresponde a uma valorização de 13% sobre a cotação atual dos papéis.

As ações de Pão de Açúcar e C&A, apesar de estarem com múltiplos P/L descontados de 17,7 vezes e 20,7 vezes respectivamente, devem ter resultados mais fracos na opinião de Pedro Fagundes, e portanto, o investidor deve ter mais cautela com elas.

A recomendação da XP é neutra para B2W, Carrefour Brasil (CRFB3), Lojas Americanas (LAME4) e Magazine Luiza.

Otimistas, mas com cautela…

O analista Richard Cathcart, do Bradesco BBI, avaliou em relatório recente que o rali das varejistas em 2019 deve continuar em 2020, mas expectativas mais otimistas merecem cautela. “Esperamos que as vendas em mesmas lojas cresçam de uma média de 5% em 2019 para 7% em 2020, o que deve levar a uma expansão de margem, uma vez que inflação parece bem ancorada”, comenta.

No ano passado, o avanço do setor se deu por conta das taxas de juros nas mínimas históricas e na queda do risco-Brasil para sua mínima em sete anos. Para este ano, a retomada da economia brasileira e a tendência positiva dos lucros das empresas deve manter altos os múltiplos do varejo. Todavia, com os múltiplos das ações esticados, seria prudente na avaliação do analista escolher bem quais papéis comprar no setor.

“A maior oportunidade estrutural para crescimento dentro da nossa cobertura é o e-commerce e nós continuamos otimistas com o tema”, aponta Cathcart.

O Bradesco elevou a recomendação de B2W para outperform (desempenho acima da média do mercado) e manteve Magazine Luiza, Lojas Renner, Arezzo (ARZZ3), CVC (CVCB3), C&A (CEAB3) e Grupo Pão de Açúcar (PCAR4) com recomendação outperform.

No caso da B2W, o Bradesco elevou a projeção do crescimento de volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) de uma taxa de crescimento composta anual (CAGR, na sigla em inglês) de cinco anos de 15% para 23% apoiada por uma visão mais positiva acerca da logística da empresa.

Já Renner se beneficia do perfil mais defensivo das suas ações em relação a outras empresas do setor. A Arezzo, por sua vez, teria como trunfo o histórico de definição de tendências e adaptação.

Para CVC, C&A e Pão de Açúcar, os múltiplos de 19 vezes, 22 vezes e 16 vezes poderiam se movimentar com a tendência de aumento nos lucros do setor como um todo. “Para CVC, esperamos sinais de inflexão no primeiro trimestre de 2019 e, para Pão de Açúcar, esperamos impacto positivo das conversões e renovações de lojas recentes também no mesmo período”, aponta.

As ações da Marisa (AMAR3), neste mesmo cenário, tiveram recomendação elevada para outperform, devido ao alto nível das vendas em mesmas lojas, depois de períodos bastante complicados após uma queda no volume dos últimos seis anos.

No início de janeiro, o Morgan Stanley iniciou cobertura para varejistas, também destacando que a mudança digital está acelerando na América Latina e pode gerar boas oportunidades. A recomendação é overweight (exposição acima da média) para Magalu, Renner, C&A e Mercado Livre (MELI, negociada na Nasdaq) , destacando que a visão positiva sobre liderança e multicanalidade reforça que há oportunidades ainda não precificadas nos papéis.

No caso de MGLU3 e MELI, a visão é para ganhos no longo prazo, enquanto para Renner a oportunidade com ganhos vem de margem e aumento do retorno sobre o patrimônio líquido (ROE). Já a C&A é vista como uma empresa com crescimento a um preço razoável (GARP).

A recomendação para as ações da Cia. Hering (HGTX3), o “patinho feio” das varejistas com queda de 20%, por sua vez, é underweight (exposição abaixo da média do mercado) – nesta semana, a companhia divulgou dados prévios para o quarto trimestre de 2019 bem fracos, aumenta a desconfiança dos investidores com a história de recuperação da companhia.

Confira abaixo as recomendações de analistas para as ações de varejistas, segundo compilação da Bloomberg:

Empresa Ticker Recomendação de compra Recomendação de venda Recomendação neutra
Arezzo ARZZ3 11 0 3
B2W BTOW3 6 1 11
C&A CEAB3 6 0 1
Carrefour CRFB3 4 0 11
Hering HGTX3 3 5 8
Lojas Americanas LAME4 11 0 8
Lojas Renner LREN3 16 0 4
Magazine Luiza MGLU3 9 1 5
Marisa AMAR3 4 2 1
Pão de Açúcar PCAR4 13 0 3
Via Varejo VVAR3 9 2 6
Vivara VIVA3 5 0 0

 

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Ações do Carrefour sobem mais de 3% com prévia forte do 4º tri; blue chips caem com investidores atentos à China

SÃO PAULO – Em uma sessão de queda para o Ibovespa com os investidores cautelosos antes da reunião da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Paris para decidir se declara o novo coronavírus da China uma emergência global, blue chips como a Vale (VALE3) e a Petrobras (PETR3;PETR4) registram baixa.

A Eletrobras (ELET3;ELET6) também tem queda após a forte alta da véspera e também com a notícia de que o governo pode tirar a receita prevista com a privatização da Eletrobras do orçamento de 2020 em meio às incertezas crescentes com a desestatização da empresa.

Já entre as maiores altas, o destaque fica para o Carrefour (CRFB3) após os dados prévios do quarto trimestre. Confira os destaques da quinta-feira (23):

Carrefour Brasil (CRFB3)

O Carrefour Brasil divulgou suas prévias de vendas do quarto trimestre de 2019. O valor bruto consolidado somou R$ 17,6 bilhões no período, um crescimento de 11,4% na comparação com o mesmo trimestre de 2018. No acumulado do ano, as vendas chegaram a R$ 62,220 bilhões, alta de 10,4%.

As vendas consolidadas sem gasolina cresceram 11,4% no trimestre, a R$ 16,842 bilhões. No ano, o número nesse mesmo critério teve alta de 11%, a R$ 59,377 bilhões.

As redes de varejo do Carrefour, sem contar os combustíveis, tiveram vendas brutas de R$ 4,987 bilhões entre outubro e dezembro, alta de 12,8%. As vendas no conceito mesmas lojas, ou seja, que não levam em conta lojas abertas nos últimos 12 meses, tiveram alta de 7,6%, o melhor desempenho em quarto trimestre dos últimos cinco anos.

O melhor desempenho do Varejo, segundo o Carrefour, continua refletindo as diversas iniciativas implementadas a partir de 2018 com relação aos preços e ao reposicionamento de sortimento, bem como as iniciativas comerciais e de transição alimentar

Segundo o varejista, a estratégia contínua de expansão em Cash&Carry levou a um crescimento adicional de 4,2% com a inauguração de 20 lojas de atacado em 2019 e 8 lojas dos formatos de proximidade, incluindo 8 lojas Atacadão no quarto trimestre. A rede de lojas do Grupo Carrefour Brasil totalizava 692 lojas no final do ano.

No Atacadão, o crescimento foi de 10,8% no quarto trimestre ante igual período do ano anterior para R$ 11,9 bilhões, impulsionado pela expansão (+6,0%) e de 5,5% na base mesmas lojas, reflexo de iniciativas “bem-sucedidas e de uma forte Black Friday”.

“Durante a Black Friday, o Carrefour registrou aumento de 54,6% nas vendas ante 2018 suportado por alta de 63,4% em vendas no Atacadão e 40% em vendas no Carrefour. O faturamento do Banco Carrefour apresentou aumento de 32%, atingindo mais de R$ 380 milhões em um único dia”, informa.

Segundo o Credit Suisse, a rede apresentou um desempenho de vendas sólido, acelerando as vendas no varejo pelo sexto trimestre consecutivo, além da expansão da sua operação bancária e da rede de atacarejo Atacadão. “O Atacadão cresceu 10,8% sobre igual período de 2018, para um faturamento de R$ 11,9 bilhões”, destaca. “Esperamos que este desempenho continue em 2020, por causa de uma inflação potencialmente mais alta nos preços dos alimentos”. Segundo o Credit Suisse, o Banco Carrefour também entregou um resultado robusto, com expansão de 28,9% para R$ 9,7 bilhões. Embora considere o desempenho do CRFB acima da média, o banco manteve a recomendação neutra para o papel.

Eletrobras (ELET3;ELET6

O governo pode tirar a receita prevista com a privatização da Eletrobras do orçamento de 2020, destacou o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, em entrevista à Bloomberg. O bloqueio se deve às crescentes incertezas em relação à privatização da empresa, que ainda precisa do aval do Congresso.

“Se não houver evolução no projeto da estatal nesse início de ano, vamos ter que contingenciar o Orçamento em R$ 16 bilhões”, disse Mansueto. O valor é quanto o governo espera arrecadar no processo de capitalização da Eletrobras, no qual aUnião deixará de ter o controle da companhia.
Nada indica, no entanto, que haverá evolução no andamento do projeto da Eletrobras no Legislativo. O líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo, afirmou à Bloomberg que o tema é espinhoso e que “não gostaria de falar em prazos” para a aprovação da proposta.

A Eletrobras comunicou ao mercado que fará uma emissão de notes no mercado internacional no valor de US$ 1,75 bilhão (R$ 7,33 bilhões), com vencimento em cinco anos (“notes 2025”) e com vencimento em dez anos (“notes 2030”). “Os recursos líquidos obtidos com a emissão das notes serão usados para o refinanciamento de dívidas da Companhia”, detalhou a estatal elétrica brasileira.

Linx (LINX3

O banco Credit Suisse comentou a prévia da empresa de software e informática Linx, que ontem divulgou resultado preliminar do quarto trimestre. O preço-alvo da ação foi diminuído de R4 43,00 para R$ 42,00, mas o banco manteve a nota acima da média para a Linx, porque aumentou as estimativas para a área de negócios Linx Core & Digital.

“Nós reduzimos nossas estimativas para a Linx Pay, mas no lado positivo aumentamos para a Linx Core & Digital. Os resultados devem melhorar gradualmente, mas existem novas iniciativas de difícil avaliação”, diz o relatório. A estimativa para o Ebitda foi cortada em até 8% (R$ 229 milhões) e para a receita líquida em até 39% (R$ 100 milhões) para 2020. “Um cenário negativo para a abertura de lojas ainda é um risco de baixa”, destaca a avaliação.

Cogna (COGN3)

A Cogna Educação informou que o contrato com a Vasta Educação para 2020 foi atualizado de R$ 686,6 milhões para R$ 716 milhões, passando a representar um acréscimo de 25% – e não mais de 20% – em comparação a 2019. A Vasta é o braço da Cogna (antiga Kroton) na educação básica. Com o reajuste, sobe em 25% o ganho da Cogna com cada aluno que estuda no ensino básico das suas escolas. A empresa informou que a atualização do contrato não deve ser vista como uma projeção de crescimento para a receita anual da Vasta.

Copel (CPLE6)

O Conselho de Administração da Copel, estatal de energia elétrica do Paraná, aprovou a venda da participação acionária da empresa na Eletrosul. A aprovação foi dada em reunião realizada ontem em Curitiba (PR). “O Conselho autorizou que a diretoria de Finanças delibere sobre a saída da Companhia de negócios que tratem de ativos financeiros não estratégicos”, diz trecho do texto da reunião.

A reunião aprovou a venda das ações da Copel na Eletrosul, mas não informou qual é a quantidade e o preço dos papéis que a empresa paranaense possui na Eletrosul. A Eletrosul é uma subsidiária da Eletrobras, que o governo federal planeja privatizar. Além das ações, a Copel tem participação em pelo menos três “linhões” que ligam o sistema elétrico do Paraná a Santa Catarina e ao Rio Grande do Sul. Um eventual valor da transação não foi revelado na reunião.

Minerva (BEEF3)

Está prevista para hoje a precificação de oferta primária e secundária da Minerva após bookbuilding. A companhia vai oferecer 80 milhões de ações, enquanto acionista VDQ Holdings ofertará outras 15 milhões. A expectativa inicial era que operação poderia movimentar R$ 1,37 bilhão, com base no preço de fechamento de 15 de janeiro de R$ 14,40. Mas o papel despencou ontem a R$ 14,05 após o Goldman Sachs rebaixar a recomendação da ação de neutra para venda.

A intenção do frigorífico é utilizar os recursos da oferta para fins de melhoria da estrutura do capital da companhia, por meio do pagamento de determinadas dívidas.

Embraer (EMBR3)

Acordo entre Boeing e Embraer foi suspenso novamente pela União Europeia em 21 de janeiro, segundo comunicado da Comissão Europeia. O bloco não fixou novo prazo para revisão, que já havia sido suspensa e retomada anteriormente, pois funcionários buscavam informações adicionais das partes sobre o acordo. A última vez foi em 9 de janeiro, quando a UE tinha estabelecido 30 de abril como novo limite.

Triunfo (TPIS3

A empresa de infraestrutura Triunfo Participações comunicou na noite de ontem à CVM que uma decisão do judiciário de São Paulo atendeu ao BNDES e à Infrabrasil, que são seus principais credores, e suspendeu o seu plano de recuperação extrajudicial. A Triunfo, em recuperação extrajudicial desde 2018, tem dívidas de R$ 2,4 bilhões, das quais R$ 1 bilhão são com o BNDES. Segundo a Triunfo, a decisão contraria uma sentença anterior da primeira instância. “Com efeito a partir de 23 de janeiro de 2020, os planos de recuperação extrajudicial da Companhia, bem como o da Concer, estão suspensos, fazendo com que os créditos abrangidos retornem às condições precedentes”, diz um trecho do fato relevante.

O BNDES e a Infrabrasil não se manifestaram. Além da BR-040 (Rio-Juiz de Fora) e de estradas no interior de São Paulo e do Paraná, a Triunfo controla o Aeroporto de Viracopos (SP). O aeroporto, contudo, não faz parte da recuperação extrajudicial. No Paraná, a Triunfo mantém uma disputa com o governo do Estado por causa do preço dos pedágios.

Tupy (TUPY3

A fundição Tupy aprovou um plano de recompra de ações que deverá se estender até 30 de dezembro deste ano. A quantidade inicial de papéis que será recomprada é relativamente pequena: 235 mil das pouco de mais de 66 milhões de ações da Tupy que estão no mercado. Segundo a empresa, as operações ocorrerão no balcão da B3.

Elekeiroz (ELEK3) 

A indústria química Elekeiroz, de Várzea Paulista (SP), comunicou ao mercado que Thiago Sguerra Miskulin, executivo da empresa, foi eleito presidente do Conselho de Administração da empresa. Ele substitui a Marcelo Marinho Cecchetto. A decisão foi tomada em reunião do Conselho na sede da indústria.

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(Com Bloomberg e Agência Estado)

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Tesouro Direto: taxas de títulos públicos sobem após prévia da inflação

SÃO PAULO – Os títulos públicos prefixados negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, operam em alta no início dos negócios desta quinta-feira (23).

Entre os indicadores, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,71% em janeiro na comparação mensal, 0,34 ponto percentual abaixo da taxa de 1,05% registrada em dezembro. O resultado ficou praticamente em linha com a expectativa do mercado, que era de alta de 0,70%, segundo consenso Bloomberg. No período, a maior pressão para cima veio do grupo de alimentação e bebidas.

Segundo o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), este é o maior resultado para um mês de janeiro desde 2016, quando o índice foi de 0,92%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,34%, acima dos 3,91% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

A agenda trouxe ainda o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), que acelerou, até 22 de janeiro, para 0,56%, contrariando expectativa dos economistas ouvidos pela Bloomberg de desaceleração para 0,44%. O indicador ficou acima do registrado na medição anterior, quando o resultado foi de 0,48%.

No ambiente internacional, investidores aguardam pela reunião da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Paris para decidir se declara o novo coronavírus da China uma emergência global. Até o momento, foram confirmadas 17 mortes e 571 pessoas infectadas pela doença.

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No Tesouro Direto, o título prefixado com vencimento em 2022 oferecia um prêmio anual de 4,99%, ante 4,98% ao ano na abertura de quinta-feira (22). O investidor podia aplicar uma quantia mínima de R$ 36,41 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação), ou adquirir o título integralmente por R$ 910,36.

Já o papel com prazo em 2025 pagava 6,34% ao ano, ante 6,32% a.a. anteriormente.

Nos títulos com retorno atrelado à inflação, as taxas apresentavam queda. O Tesouro IPCA+2024 oferecia uma taxa de 2,39%, ante 2,41% ao ano na véspera, enquanto o retorno do Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2035 cedia de 3,33% para 3,30% ao ano.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto

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Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

Entenda tudo sobre Tesouro Direto neste guia completo:

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Privatização da Eletrobras deve sair do Orçamento de 2020; vendas do Carrefour sobem 11,4% e mais destaques

As empresas de energia elétrica são destaques hoje. A Eletrobras comunicou uma emissão de notes que fará nos Estados Unidos para levantar um valor de US$ 1,75 bilhão (R$ 7,33 bilhões). Os papéis terão vencimentos em cinco e dez anos. Ainda no radar da estatal, o governo deve tirar a privatização da companhia do Orçamento de 2020.

A soma obtida com a operação será usada para refinanciar as dívidas da empresa. Já a Copel, empresa de energia elétrica do governo do Paraná, informou ontem que venderá suas ações na Eletrosul. O Carrefour Brasil, por sua vez, divulgou as prévias de vendas do quarto trimestre de 2019. Confira os destaques da quinta-feira (23):

Carrefour Brasil (CRFB3)

O Carrefour Brasil divulgou suas prévias de vendas do quarto trimestre de 2019. O valor bruto consolidado somou R$ 17,6 bilhões no período, um crescimento de 11,4% na comparação com o mesmo trimestre de 2018. No acumulado do ano, as vendas chegaram a R$ 62,220 bilhões, alta de 10,4%.

As vendas consolidadas sem gasolina cresceram 11,4% no trimestre, a R$ 16,842 bilhões. No ano, o número nesse mesmo critério teve alta de 11%, a R$ 59,377 bilhões.

As redes de varejo do Carrefour, sem contar os combustíveis, tiveram vendas brutas de R$ 4,987 bilhões entre outubro e dezembro, alta de 12,8%. As vendas no conceito mesmas lojas, ou seja, que não levam em conta lojas abertas nos últimos 12 meses, tiveram alta de 7,6%, o melhor desempenho em quarto trimestre dos últimos cinco anos.

O melhor desempenho do Varejo, segundo o Carrefour, continua refletindo as diversas iniciativas implementadas a partir de 2018 com relação aos preços e ao reposicionamento de sortimento, bem como as iniciativas comerciais e de transição alimentar

Segundo o varejista, a estratégia contínua de expansão em Cash&Carry levou a um crescimento adicional de 4,2% com a inauguração de 20 lojas de atacado em 2019 e 8 lojas dos formatos de proximidade, incluindo 8 lojas Atacadão no quarto trimestre. A rede de lojas do Grupo Carrefour Brasil totalizava 692 lojas no final do ano.

No Atacadão, o crescimento foi de 10,8% no quarto trimestre ante igual período do ano anterior para R$ 11,9 bilhões, impulsionado pela expansão (+6,0%) e de 5,5% na base mesmas lojas, reflexo de iniciativas “bem-sucedidas e de uma forte Black Friday”.

“Durante a Black Friday, o Carrefour registrou aumento de 54,6% nas vendas ante 2018 suportado por alta de 63,4% em vendas no Atacadão e 40% em vendas no Carrefour. O faturamento do Banco Carrefour apresentou aumento de 32%, atingindo mais de R$ 380 milhões em um único dia”, informa.

Eletrobras (ELET3;ELET6

O governo pode tirar a receita prevista com a privatização da Eletrobras do orçamento de 2020, destacou o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, em entrevista à Bloomberg. O bloqueio se deve às crescentes incertezas em relação à privatização da empresa, que ainda precisa do aval do Congresso.

“Se não houver evolução no projeto da estatal nesse início de ano, vamos ter que contingenciar o Orçamento em R$ 16 bilhões”, disse Mansueto. O valor é quanto o governo espera arrecadar no processo de capitalização da Eletrobras, no qual aUnião deixará de ter o controle da companhia.
Nada indica, no entanto, que haverá evolução no andamento do projeto da Eletrobras no Legislativo. O líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo, afirmou à Bloomberg que o tema é espinhoso e que “não gostaria de falar em prazos” para a aprovação da proposta.

A Eletrobras comunicou ao mercado que fará uma emissão de notes no mercado internacional no valor de US$ 1,75 bilhão (R$ 7,33 bilhões), com vencimento em cinco anos (“notes 2025”) e com vencimento em dez anos (“notes 2030”). “Os recursos líquidos obtidos com a emissão das notes serão usados para o refinanciamento de dívidas da Companhia”, detalhou a estatal elétrica brasileira.

Copel (CPLE6)

O Conselho de Administração da Copel, estatal de energia elétrica do Paraná, aprovou a venda da participação acionária da empresa na Eletrosul. A aprovação foi dada em reunião realizada ontem em Curitiba (PR). “O Conselho autorizou que a diretoria de Finanças delibere sobre a saída da Companhia de negócios que tratem de ativos financeiros não estratégicos”, diz trecho do texto da reunião.

A reunião aprovou a venda das ações da Copel na Eletrosul, mas não informou qual é a quantidade e o preço dos papéis que a empresa paranaense possui na Eletrosul. A Eletrosul é uma subsidiária da Eletrobras, que o governo federal planeja privatizar. Além das ações, a Copel tem participação em pelo menos três “linhões” que ligam o sistema elétrico do Paraná a Santa Catarina e ao Rio Grande do Sul. Um eventual valor da transação não foi revelado na reunião.

Triunfo (TPIS3

A empresa de infraestrutura Triunfo Participações comunicou na noite de ontem à CVM que uma decisão do judiciário de São Paulo atendeu ao BNDES e à Infrabrasil, que são seus principais credores, e suspendeu o seu plano de recuperação extrajudicial. A Triunfo, em recuperação extrajudicial desde 2018, tem dívidas de R$ 2,4 bilhões, das quais R$ 1 bilhão são com o BNDES. Segundo a Triunfo, a decisão contraria uma sentença anterior da primeira instância. “Com efeito a partir de 23 de janeiro de 2020, os planos de recuperação extrajudicial da Companhia, bem como o da Concer, estão suspensos, fazendo com que os créditos abrangidos retornem às condições precedentes”, diz um trecho do fato relevante.

O BNDES e a Infrabrasil não se manifestaram. Além da BR-040 (Rio-Juiz de Fora) e de estradas no interior de São Paulo e do Paraná, a Triunfo controla o Aeroporto de Viracopos (SP). O aeroporto, contudo, não faz parte da recuperação extrajudicial. No Paraná, a Triunfo mantém uma disputa com o governo do Estado por causa do preço dos pedágios.

Tupy (TUPY3

A fundição Tupy aprovou um plano de recompra de ações que deverá se estender até 30 de dezembro deste ano. A quantidade inicial de papéis que será recomprada é relativamente pequena: 235 mil das pouco de mais de 66 milhões de ações da Tupy que estão no mercado. Segundo a empresa, as operações ocorrerão no balcão da B3.

Elekeiroz (ELEK3) 

A indústria química Elekeiroz, de Várzea Paulista (SP), comunicou ao mercado que Thiago Sguerra Miskulin, executivo da empresa, foi eleito presidente do Conselho de Administração da empresa. Ele substitui a Marcelo Marinho Cecchetto. A decisão foi tomada em reunião do Conselho na sede da indústria.

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(Com Bloomberg e Agência Estado)

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Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quinta-feira

Os mercados continuam apreensivos com o surto do “vírus de Wuhan” na China. O governo chinês informou que o número de pessoas atingidas pela doença chegou a 571, com 17 mortes. As bolsas da Ásia fecharam hoje em queda, mais acentuada em Xangai e Hong Kong, às vésperas do feriado do Ano Novo Lunar chinês. A partir de amanhã (24) os mercados chineses ficam fechados por uma semana.

Em Nova York, os futuros operam em terreno levemente negativo, enquanto as bolsas europeias abriram em baixa, mas amenizaram as perdas durante o pregão.

Entre os indicadores, hoje o IBGE publica o IPCA-15 e o Banco Central Europeu faz reunião às 9h45, onde decide se mantém ou sobe a taxa de juros na Zona do Euro. No noticiário corporativo, a Eletrobras comunicou que fará uma emissão de notes nos Estados Unidos, no valor de US$ 1,75 bilhão (R$ 7,33 bilhões).

1. Bolsas mundiais

Os futuros de Nova York estão negativos, mas perto da estabilidade, afetados por mais uma jornada ruim das bolsas de valores na Ásia, particularmente na China, onde aumenta o temor de uma pandemia por causa do “vírus de Wuhan”.

O governo chinês informou que o número de pessoas infectadas atingiu 571, com 17 mortes. A China proibiu as viagens a partir de Wuhan, cidade de 11 milhões de habitantes, para evitar propagação da doença após aumento das mortes. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) se reúne em Paris para decidir se declara o surto do vírus chinês uma emergência mundial.

As bolsas europeias abriram em baixa, mas amenizaram as perdas. Em Nova York, corporações como Intel, American Airlines e Procter & Gamble apresentam hoje seus resultados.

O petróleo tem terceira queda seguida, para o patamar de US$ 55 o barril, com vírus se somando ao aumento da oferta e após o alerta feita pelo Goldman Sachs sobre efeito para os preços se a doença tiver mesmo impacto da SARS.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h26 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), -0,05%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,01%
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,11%

*Dax (Alemanha) , -0,42%
*FTSE (Reino Unido), -0,26%
*CAC 40 (França), +0,01%
*FTSE MIB (Itália), +0,68%

*Hang Seng (Hong Kong), -1,52% (fechado)
*Xangai (China), -2,75% (fechado)
*Nikkei (Japão), -0,98% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), -0,93% (fechado)

*Petróleo WTI, -1,45%, a US$ 55,92 o barril
*Petróleo Brent, -1,19%, a US$ 62,48 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam com alta de -2,33%, cotados a 649,500 iuanes, equivalentes a US$ 97,72 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 6,9300 (-0,41%)
*Bitcoin, US$ 8.454,71 -2,01%

2. Indicadores econômicos

No Brasil, o IBGE publica às 9h o IPCA-15 referente a janeiro de 2020. A inflação deve ter registrado alta de 0,70% em janeiro na comparação mensal, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, depois de ter avançado 1,05% na medição anterior.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve de Kansas City publica às 14h o nível de atividade de janeiro na sua região. Já na União Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) terá reunião às 9h45, em que deve decidir pela manutenção dos juros. A presidente do BCE, Christine Lagarde, fala com a imprensa após a reunião.

3. Paulo Guedes e Bolsonaro

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem ao jornal Valor Econômico que o Reino Unido tem interesse em iniciar as negociações para um acordo de livre-comércio com o Mercosul logo após concluir o Brexit em dezembro deste ano. Guedes se reuniu ontem com o ministro britânico das Finanças, Sajid David. “Nós queremos e eles querem” resumiu Guedes, ao fazer um balanço sobre sua participação no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Representante brasileiro no Fórum Econômico Mundial, Guedes terá uma agenda voltada para debates em seu último dia no evento. Ele participará de duas mesas-redondas e de um painel sobre economia internacional, se encontrará com o presidente de uma empresa de energia e almoçará com representantes do jornal Washington Post.

Já o presidente Jair Bolsonaro embarca, na manhã de hoje, para a Índia, onde é convidado especial para as celebrações do Dia da República, no próximo domingo (26). A viagem deve incluir a assinatura de pelo menos dez acordos bilaterais, em áreas como segurança cibernética, bioenergia e saúde. A previsão é que o avião presidencial chegue a Nova Delhi por volta das 16h desta sexta-feira (24), horário local, sem compromissos oficiais previstos.

4. Judiciário

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a decisão do presidente do Tribunal, Dias Toffoli, que adiou por seis meses a criação da figura do “juiz de garantias” presente no pacote anti-crime sancionado no final do ano passado pelo presidente Jair Bolsonaro. Fux criticou pesadamente a figura do juiz de garantias: “A criação do juiz das garantias não apenas reforma, mas refunda o processo penal brasileiro”, afirmou. Fux é o relator original do caso. Segundo Fux, a Lei tem “vícios de inconstitucionalidade” e Toffoli “ignorou dados da vida real” sobre o judiciário brasileiro. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ao jornal O Estado de S. Paulo que a medida de Fux “desrespeitou o Congresso, o presidente da República e o presidente do judiciário (Toffoli)” que aprovaram todos a Lei.

5. Noticiário corporativo

A Eletrobras comunicou que fará uma emissão de notes nos Estados Unidos para levantar US$ 1,75 bilhão (R$ 7,33 bilhões). Segundo a estatal elétrica brasileira, os papéis terão vencimento em cinco e dez anos e a soma será usada para reduzir o endividamento da empresa. Já o Conselho de Administração da Copel, companhia estatal de energia elétrica do Paraná, aprovou a venda das ações que a empresa possui na Eletrosul. A empresa não informou qual é a sua participação na Eletrosul, que é uma subsidiária da Eletrobras.

A Camil acertou a compra da LDA Spa por 37 bilhões de pesos chilenos. Já o  Carrefour Brasil divulgou suas prévias de vendas do quarto trimestre de 2019. O valor bruto consolidado somou R$ 17,6 bilhões no período, um crescimento de 11,4% na comparação com o mesmo trimestre de 2018. No acumulado do ano, as vendas chegaram a R$ 62,220 bilhões, alta de 10,4%.

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(Com Agência Brasil e Agência Estado)

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5 surpresas positivas e 5 negativas que podem atingir o mercado global em 2020, segundo o Credit Suisse

SÃO PAULO – O ano passado encerrou com um grande otimismo no mercado financeiro, com as bolsas batendo recordes nos Estados Unidos, mesmo que do lado econômico a visão ainda seja mais temerosa, com risco de recessão na maior economia do mundo, Brexit e guerra comercial.

E como tem feito nos últimos anos, o Credit Suisse analisou alguns de seus cenários bases para o mundo em 2020 para levantar dez possíveis surpresas que os mercados globais poderão ter nos próximos meses, sendo cinco positivas e cinco negativas.

Em um documento de 62 páginas, os analistas explicam de forma bastante técnica quais fatores podem levar estes cenários a surpreenderem as projeções. Confira abaixo um resumo das análises:

Surpresas positivas

1. S&P 500 subir 25% em 2020

Em seu cenário base, o Credit vê o índice da bolsa americana em 3.425 pontos, o que representa uma valorização de cerca de 6% sobre o nível que estava na virada do ano.

Entre os motivos apontados pelos analistas para esta arrancada nos preços das ações estão um prêmio de risco (retorno dos papéis em relação aos títulos do governo) muito alto, fluxos de ações mais cautelosos e condições monetárias frouxas.

2. Japão se torna a região de melhor performance

Os analistas acreditam que o Japão terá uma performance levemente acima da média global este ano, o que tornaria uma surpresa se o país se tornasse o de melhor desempenho.

Porém, esta possibilidade existe já que atualmente o Japão negocia com um desconto de 35% contra os mercados globais. Além disso, o Credit aponta como motivos para esperar uma surpresa dessas o fato do país ser o mais alavancado para um recuperação da economia global e que os investidores estrangeiros ainda estão “underweight” (abaixo da média) com a nação asiática.

3. O euro se aprecia para US$ 1,25

Atualmente, os analistas projetam uma leve valorização no euro, chegando a US$ 1,15 no fim deste ano, mas acreditam ser possível uma alta mais forte da moeda europeia principalmente se o Produto Interno Bruto (PIB) da região vier mais forte.

Segundo eles, o crescimento da economia europeia pode ficar 50 pontos-base acima do atual consenso, de 1%, sustentado por uma política fiscal mais frouxa, aumento das exportações e recuperação da demanda doméstica.

“Se, como esperamos, os PMIs europeus subirem para 55 e os do EUA permanecerem aproximadamente fixos em 53, então o euro/dólar deverá subir para 1,25”, avaliam os analistas.

4. Petróleo termina o ano como um dos 3 setores de melhor desempenho

Enquanto a projeção atual é que o petróleo tenha um desempenho marginalmente acima de média, alguns fatores podem levar a commodity a ter uma performance muito mais forte nos próximos meses.

Os analistas apontam, entre outras coisas, que um crescimento forte da economia global podem puxar a demanda pleo combustível fóssil. Além disso, eles ressaltam o estresse no Oriente Médio, com as questões entre Estados Unidos e Irã podendo levar a uma arrancada dos preços.

5. Investimento público em infraestrutura verde aumenta

A expectativa hoje é que haja apenas pequenos aumentos nestes investimentos de tecnologias sustentáveis. Porém, os analistas acreditam que esta será a grande surpresa dos próximos anos. “É muito difícil identificar exatamente quando isso acontecerá”, afirmam.

Entre alguns catalisadores, o Credit destaca a mudança climática como pressão para estes novos desenvolvimentos, assim como o aumento do interesse político conforme novos eleitores se interessem mais por este tipo de proposta de campanha, e também possíveis mudanças fiscais para incentivar os investimentos.

Por fim, eles apontam ainda para o fato de que, com os rendimentos dos bonds zerados, “em teoria” o custo para “salvar o planeta” também é zero.

“Os gastos com infraestrutura relacionados ao verde podem ser uma política popular e de baixo custo para os políticos, à medida que impulsionam o crescimento e apaziguam o movimento verde no momento em que os custos dos empréstimos são zero”, afirmam.

Surpresas negativas

1. Crescimento do PIB da China recua para menos de 4%

Apesar de ainda esperar um forte crescimento de 5,9% do PIB chinês, os analistas alertam para um grande risco de isso mudar nos próximos meses.

A equipe do Credit Suisse aponta para uma bolha tripla em crédito, imóveis e investimentos e diz que no Japão, EUA, Irlanda e Espanha, as recessões ocorreram dentro de um ano após a queda dos preços das casas.

Hoje, o segmento de habitação responde por metade da riqueza das famílias na China, 9,5% do PIB local, sendo quase um quarto da receita do governo local e um quarto dos ativos dos bancos, explicam os analistas.

2. Rendimento dos títulos americanos chega a 3%

A projeção atual do Credit é que os títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos subam para 2,4% em 2020, mas eles lembram que no ano passado a expectativa era de alta, enquanto os rendimentos caíram.

Segundo eles, o mercado de ações pode viver com um yield de 2,5% dos bonds, mas uma alta para 3% pode prejudicar o setor de habitação, além de aumentar o custo de juros para as empresas e pesar no prêmio de risco para as ações.

3. Crédito se torna a pior classe de ativos em desempenho

O Credit destaca que o atual nível de alavancagem nos EUA geralmente está associado a um nível muito maior nos spreads (diferença entre o custo de captação e o de empréstimo).

Isto ocorre no cenário atual em um momento em que a qualidade do grau de investimento está anormalmente baixa, com 51% das notas estando apenas um nível acima do “junk” (lixo).

Segundo os analistas, a Moody’s recentemente alertou para os altos yields, sugerindo que os spreads deveriam estar entre 420 e 480 pontos-base, contra atuais 350 pontos, segundo o modelo da agência de rating.

“Isso é ruim para todas as classes de ativos e provavelmente levaria a um bear market”, concluem

4. Setor de tecnologia tem desempenho abaixo da média

A projeção é que o setor de tecnologia, que tem sido o de melhor performance todos os anos desde 2010, siga com um desempenho acima da média.

Por outro lado, os analistas destacam que as empresas de tecnologia no mundo estão sobrecompradas e que o lado vendedor está muito positivo com o setor de semicondutores. Além disso, eles ressaltam que, estatisticamente, os três setores com melhor desempenho nos EUA e na Europa tendem a ter um desempenho inferior à média no ano seguinte.

Pesa ainda o fato de que as pressões regulatórias estão aumentando, o que pode prejudicar as companhias do setor.

5. Crise financeira italiana

A Itália já está com dificuldades faz tempo, e apesar da projeção ser de que as ações locais tenham um desempenho abaixo da média, o Credit não vê uma crise financeira por conta das taxas de juros baixas e da recuperação da economia europeia.

Apesar disso, o pior não foi descartado. O crescimento per capita da Itália é o mais fraco da Europa, está perdendo participação no mercado de exportação, possui um dos níveis mais baixos de ensino médio na região e tem dados demográficos muito desafiadores.

Uma crise política ou um rebaixamento de rating da dívida italiana poderia desencadear uma crise financeira, o que poderia gerar spreads muito mais altos em títulos do governo italiano contra a dívida alemã, provocando uma recessão na Itália e derrubando as ações de toda a Europa.

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Renda fixa: um em cada quatro fundos de varejo perdeu para a inflação em 2019

Reserva Financeira

SÃO PAULO – O ano de 2019 foi difícil para os investidores que contam com o rendimento dos juros. O retorno do CDI, depois de descontada a inflação, foi de apenas 1,59%, o pior resultado desde o Plano Real.

Mas, para aqueles que não acompanham as taxas que pagam, o ano passado pode ter sido ainda mais amargo, marcado por um retorno real negativo.

De acordo com a Economatica, um em cada quatro fundos de renda fixa entregou retornos abaixo da inflação em 2019, isto é, rendeu abaixo dos 4,31% marcados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A provedora de informações considerou apenas fundos com mais de dez mil cotistas ao fim do ano passado, um total de 151 fundos, dos quais 39 tiveram retorno real negativo.

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Entre os 39 fundos que perderam para a inflação, a média de retorno real ficou negativa em 1,2% (o pagamento de Imposto de Renda não entrou no cálculo), sendo que o pior resultado partiu do fundo Caixa Prático, com perda de 3,2%. O fundo é um dos vários de aplicação automática que aparecem na lista.

Nesse tipo de produto, aplicações e resgates são automaticamente realizados de acordo com o saldo da conta bancária. O InfoMoney já fez um levantamento que mostrava que, nessa categoria, o rendimento podia chegar a apenas 10% do CDI.

Baixo retorno e alto custo

O produto com o pior retorno também é responsável pela cobrança da maior taxa de administração na amostra, de 3,9% ao ano. De acordo com a Economatica, a média da taxa de administração foi de 2,4% ao ano.

“Quem deixar o dinheiro parado na conta-corrente vai perder poder de compra atualmente nos fundos de aplicação automática. Com juros mais altos, ainda havia alguma correção, mas hoje não”, afirma Rodrigo Marcatti, sócio-fundador do escritório de investimentos Veedha. “Até mesmo para a reserva de emergência, é preciso buscar um produto mais adequado, como fundos DI que cobrem taxa de administração de no máximo 0,30%”, sugere.

Na hora de escolher um fundo DI, Marcatti recomenda que o investidor elimine de cara produtos que entreguem um retorno menor do que 95% do CDI. Aplicada a 2019, essa regra excluiria os fundos que renderam menos que 1,51%, descontada a inflação. “O fundo que ficar abaixo disso provavelmente está com uma taxa inadequada para o nível de juros atual”, explica Marcatti.

Entre os 39 piores, à exceção de apenas um fundo, todos tiveram um retorno da carteira positivo, mesmo descontada a inflação, com resultados próximos ao CDI. O que pesou, portanto, para o resultado final foram as taxas de administração e outros custos embutidos, que levaram os rendimentos desses produtos para o campo negativo.

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Apesar dos resultados ruins, esses fundos registraram mais aplicações do que resgates em 2019. Ao todo, tiveram uma captação líquida de R$ 23 bilhões no ano.

Essa entrada também veio de novos cotistas: no fim de 2018, havia 3,3 mil cotistas nesses 39 fundos, quantidade que subiu para 3,9 mil, no ano seguinte.

Marcatti compara a aplicação em fundos DI com taxas altas a deixar o dinheiro na poupança. “Mesmo com todas as campanhas que dizem que poupança não é a melhor alternativa, que Tesouro Direto seria uma melhor opção, com mesmo risco e liquidez, ainda vemos o saldo da caderneta crescer. Aumentou menos que antes, mas cresceu. Ainda falta educação financeira.”

Fundos de inflação lideram

Os líderes em termos de retornos reais foram os fundos de inflação. As dez primeiras posições do levantamento da Economatica são ocupadas por fundos desse tipo, que investem principalmente em títulos públicos atrelados à inflação (conhecidos no mercado como NTN-Bs, esses papéis são hoje chamados de Tesouro IPCA+).

O fundo Icatu Vanguarda Inflação Longa foi o melhor colocado. Com foco em papéis com prazo igual ou superior a cinco anos, o fundo obteve alta de 23,85% em 2019, para a alegria de mais de 20 mil cotistas.

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O bom resultado do segmento veio graças à queda dos juros no Brasil. O título público com vencimento em 2045, por exemplo, começou 2019 pagando juro real de 5%, e terminou com uma taxa de 3,4%. Esse movimento gerou um retorno de 58% para quem tivesse comprado o papel no início e vendido no fim do ano.

Mas é preciso cautela. Do mesmo modo que gerou ganhos, a marcação a mercado pode provocar perdas. Por isso, esses produtos são recomendados para horizontes de investimento mais longos.

“O ano de 2019 foi extremamente atípico, porque teve rendimentos excepcionais, com uma volatilidade muito baixa. Em mais de 20 anos de mercado, não me lembro de ter visto um resultado ajustado ao risco desse tamanho”, afirma Dan Kawa, sócio da gestora de patrimônio TAG Investimentos.

Enquanto os títulos de mais curto prazo se beneficiaram da queda da Selic, explica, os mais longos contaram com a melhora do quadro fiscal, ocasionada pela aprovação da reforma da Previdência.

Kawa aponta ainda que o cenário internacional teve função importante na redução dos juros em 2019, ressaltando as políticas expansionistas das autoridades monetárias americana e europeia. “Foi a tempestade perfeita para o lado bom. Tanto os fatores locais quanto globais foram na direção de juros mais baixos no Brasil”, diz.

Para o gestor, 2020 não deve reverter os ganhos do ano anterior, mas é um erro pensar que haverá retornos da mesma magnitude. Em sua visão, investimentos atrelados ao mercado de títulos públicos fazem hoje mais sentido para quem pretende carregá-los e receber os rendimento, que podem ser pagos semestralmente ou apenas no vencimento.

Ainda há oportunidades de ganho de capital em papéis mais longos, com vencimento em 2045, por exemplo, mas são apostas mais arriscadas, avalia Kawa.

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Tesouro Direto: taxas dos títulos prefixados recuam nesta quarta-feira

moeda de R$ 1 notas de R$ 50 e R$ 100 real dinheiro

SÃO PAULO – As taxas dos títulos públicos prefixados negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, apresentavam queda no início dos negócios desta quarta-feira (22).

As bolsas internacionais se recuperam da queda de ontem, com notícias de que a autoridade de saúde da China anunciou medidas para controlar o coronavírus, doença respiratória que matou nove pessoas e infectou outras 440.

Em dia de poucos indicadores domésticos, as atenções estarão na divulgação dos balanços das empresas nos Estados Unidos e nos dados do setor imobiliário do país.

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No Tesouro Direto, o título com retorno prefixado e vencimento em 2022 pagava 4,98% ao ano, ante 5,07% a.a. na abertura de terça-feira (21). O investidor podia aplicar uma quantia mínima de R$ 36,41 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação), ou adquirir o título integralmente por R$ 910,35.

O retorno do Tesouro Prefixado 2025, por sua vez, cedia de 6,41% para 6,32% ao ano.

Entre os papéis com rentabilidade atrelada à inflação, as taxas não apresentavam variação. É o caso dos títulos com prazos em 2035 e 2045, cujo retorno permanecia em 3,49% ao ano.

Confira, a seguir, os preços e as taxas dos títulos disponíveis no Tesouro Direto:

Fonte: Tesouro Direto

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Baixo risco, liquidez e acessibilidade

O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.

O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.

O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.

Entenda tudo sobre Tesouro Direto neste guia completo:

Guias InfoMoney

Tesouro Direto  Tesouro Direto

 

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Ibovespa Futuro sobe em recuperação após temor com vírus chinês; dólar cai

SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta quarta-feira (22) seguindo as bolsas internacionais, que se recuperam da queda de ontem. No último pregão, os investidores foram às vendas com o temor de que o “Vírus de Wuhan” se torne uma pandemia como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que também surgiu na China e matou 800 pessoas no mundo todo entre 2002 e 2003.

Aumentou para nove o número de pessoas mortas pelo novo coronavírus e 440 infectados. Contudo, as autoridades dizem ter a situação sob controle e ofereceram cancelamentos gratuitos para passagens aéreas e de trem aos viajantes que queiram adiar suas viagens no feriado do Ano Novo Lunar chinês, em 25 de janeiro.

Às 9h15 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa com vencimento em fevereiro sobe 0,66% a 118.000 pontos, enquanto o dólar futuro com o mesmo vencimento tinha queda de 0,26% a R$ 4,204. O dólar comercial, por sua vez, registrava perdas de 0,08%, a R$ 4,2018 na compra e R$ 4,2025 na venda.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 tem queda de dois pontos-base a 5,00%, o DI para janeiro de 2023 registra perdas também de dois pontos-base a 5,58% e o DI para janeiro de 2025 recua quatro pontos-base a 6,32%.

Em dia de poucos indicadores domésticos, as atenções estarão na divulgação dos balanços das empresas nos Estados Unidos e nos dados do setor imobiliário do país.

Ontem, o Netflix surpreendeu com um resultado positivo no quarto trimestre. A companhia ganhou 8,76 milhões de assinantes nos últimos três meses de 2019, cerca 15% acima da expectativa mediana dos analistas, que estava em torno de 7,63 milhões. A adaptação dos livros da saga de fantasia “The Witcher”, do polonês Andrzej Sapkowski, para série de TV foi a melhor estreia de primeira temporada da história do serviço de streaming.

Paulo Guedes em Davos

A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, apresenta hoje a um grupo de 20 grandes investidores internacionais em Davos, Suíça, uma carteira de projetos no Brasil avaliada em R$ 320 bilhões, informa o jornal O Estado de S. Paulo. Um dos destaques dos projetos, que incluem privatizações, será o leilão da quinta geração de telefonia móvel no Brasil.

A agenda do Ministro da Economia em Davos inclui reuniões com os presidentes do Uber, Dara Khosrowshahi, e da Apple, Tim Cook; ele reúne-se ainda com o comissário de Comércio da União Europeia, Phil Hogan, e a ministra de Comércio da Coreia do Sul, Yoo Myung-hee.

Noticiário corporativo

A Petrobras anunciou a oferta pública de 611,8 milhões de ações ordinárias que o banco BNDES tem na empresa, que serão vendidas na B3 e na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). O valor aproximado da operação é estimado em R$ 19 bilhões, tomando apenas como referência o valor da ação ON da empresa na bolsa paulista no dia 20.

O valor da venda, contudo, também levará em conta o preço do ADS negociado na NYSE no dia 17, ao redor de US$ 15. O bookbuilding começa nesta quarta-feira. A empresa também divulgou a lista dos bancos e corretoras que coordenação a operação no Brasil e nos Estados Unidos. Ainda no radar da estatal, ela obteve decisão desfavorável do Carf em processo R$ 9 bilhões.

Ainda em destaque, a IRB vendeu para Iguatemi fatias em 2 shoppings por R$ 260,1 milhões. A Tenda apresentou vendas líquidas de R$ 615,9 milhões, enquanto a EzTec vendeu R$ 543 milhões no quarto trimestre de 2019, apontam as prévias operacionais. Já a Klabin acertou constituir SPE com Timo para exploração florestal

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Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quarta-feira

Os futuros de Nova York apontam nesta manhã para uma abertura em terreno positivo, após a queda nos mercados provocada ontem pelos temores de propagação do “Vírus de Wuhan”.

As bolsas de valores da Ásia reagiram e fecharam em alta após a China adotar medidas para conter a difusão do vírus mortal que derrubou ativos de risco globalmente ontem, enquanto os mercados europeus abriram mistos, perto da estabilidade. Em dia de poucos indicadores domésticos, as atenções estarão na divulgação dos balanços das empresas nos Estados Unidos e nos dados do setor imobiliário do país.

No noticiário corporativo brasileiro, destaque para o anúncio, pela Petrobras, da venda das ações que o banco estatal BNDES tem na petrolífera.

1.Bolsas mundiais

Os futuros de Nova York estão em terreno positivo e apontam para uma abertura em alta, passado o impacto inicial do risco de uma pandemia do “vírus de Wuhan”. Na Ásia, as bolsas de valores se recuperaram parcialmente das quedas de ontem e hoje fecharam com ganhos, enquanto na Europa os mercados abriram em leve alta e operam perto da estabilidade.

Com poucos indicadores na agenda, o mercado deverá aguardar hoje a publicação dos balanços da Johnson & Johnson e da Texas Instruments em Nova York.

O governo da China disse que aumentará a triagem e os controles para combater o crescente surto do novo vírus respiratório, com centenas de milhões de pessoas viajando durante o feriado do Ano Novo Lunar. A notícia de que a doença se espalhou para Hong Kong, segundo uma TV a cabo contudo, conteve o alívio; a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidirá esta quarta se declara o vírus uma emergência de saúde pública.

Conforme aponta a Bloomberg, as autoridades ordenaram o fechamento quase completo da cidade de Wuhan, onde o vírus se originou, com o número de mortos aumentando para nove e os casos confirmados se estendendo a seis locais fora da China continental, incluindo o primeiro diagnóstico nos EUA. O aprendizado de Pequim sobre o surto de SARS em 2002-2003 e o fato de o país estar mais equipado podem ajudar o governo a enfrentar novo risco; porém, a transmissão pode ser favorecida pelo papel maior do consumo, turismo e outras atividades de lazer na China de hoje. Assim, as dúvidas sobre o virus chinês ainda permanecem.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h30 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,37%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,60%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,29%

*Dax (Alemanha) , +0,11%
*FTSE (Reino Unido), +0,29%
*CAC 40 (França), -0,03%
*FTSE MIB (Itália), -0,54%

*Hang Seng (Hong Kong), +1,27% (fechado)
*Xangai (China), +0,28% (fechado)
*Nikkei (Japão), +0,70% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +1,23% (fechado)

*Petróleo WTI, -0,69%, a US$ 57,98 o barril
*Petróleo Brent, -0,63%, a US$ 64,18 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam com alta de +0,67%, cotados a 673,000 iuanes, equivalentes a US$ 97,51 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 6,9013 (+0,12%)
*Bitcoin, US$ 8.653,21, -0,88%

2. Indicadores econômicos

Dia forte de indicadores nos Estados Unidos, onde serão publicados o índice nacional das vendas de casas de dezembro, ao meio-dia. O Federal Reserve de Chicago publica às 10h30 o índice de atividade de dezembro na sua região.

 

3. Impeachment de Trump

Ainda em destaque nos EUA, depois de mais de 11 horas de discussão, o Senado americano definiu nesta madrugada as regras do julgamento de impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A maioria republicana também rejeitou todas as 11 tentativas da oposição democrata de convocar novas testemunhas contra o presidente. O julgamento será retomado durante a tarde.

4. Paulo Guedes em Davos 

A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, apresenta hoje a um grupo de 20 grandes investidores internacionais em Davos, Suíça, uma carteira de projetos no Brasil avaliada em R$ 320 bilhões, informa o jornal O Estado de S. Paulo. Um dos destaques dos projetos, que incluem privatizações, será o leilão da quinta geração de telefonia móvel no Brasil.

A agenda do Ministro da Economia em Davos inclui reuniões com os presidentes do Uber, Dara Khosrowshahi, e da Apple, Tim Cook; ele reúne-se ainda com o comissário de Comércio da União Europeia, Phil Hogan, e a ministra de Comércio da Coreia do Sul, Yoo Myung-hee.

5; Noticiário corporativo

A Petrobras anunciou a oferta pública de 611,8 milhões de ações ordinárias que o banco BNDES tem na empresa, que serão vendidas na B3 e na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). O valor aproximado da operação é estimado em R$ 19 bilhões, tomando apenas como referência o valor da ação ON da empresa na bolsa paulista no dia 20.

O valor da venda, contudo, também levará em conta o preço do ADS negociado na NYSE no dia 17, ao redor de US$ 15. O bookbuilding começa nesta quarta-feira. A empresa também divulgou a lista dos bancos e corretoras que coordenação a operação no Brasil e nos Estados Unidos. Ainda no radar da estatal, ela obteve decisão desfavorável do Carf em processo R$ 9 bilhões.

Ainda em destaque, a IRB vendeu para Iguatemi fatias em 2 shoppings por R$ 260,1 milhões. A Tenda apresentou vendas líquidas de R$ 615,9 milhões, enquanto a EzTec vendeu R$ 543 milhões no quarto trimestre de 2019, apontam as prévias operacionais. Já a  Klabin acertou constituir SPE com Timo para exploração florestal

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