Taxar dividendos sem compensação pode trazer situação ‘insustentável’ a alguns PJs, aponta especialista

SÃO PAULO – A tributação de dividendos distribuídos a acionistas de empresas voltou à pauta do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Maia deixou claro, durante evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro na última segunda-feira (10), que tem se reunido com outros deputados e senadores para discutir o tema em um modelo que inclua uma compensação às pessoas jurídicas para que não haja aumento de tributação nessa operação.

“Quando você tributa a pessoa jurídica e não tributa dividendos, se a pessoa for reinvestir acaba tributando novamente. Ele acaba passando para pessoa física e vai criando fundos. O sistema beneficia hoje esse movimento”, afirmou o presidente da Câmara, que não deixou claro como pretende e quanto irá reduzir a alíquota para PJ.

Para Fagner Souza, líder da área de tax da consutoria Mazars, não tem como a tributação de dividendos escapar das discussões atuais envolvendo a reforma tributária. Segundo o consultor, o Brasil é um dos únicos países do mundo que ainda não fazem esse tipo de taxação e, tributando o lucro, retira-se o ônus da empresa e permite-se ao empresário reinvestir a maior parte dos recursos.

“A causa de Rodrigo Maia é até nobre, pois permite que o lucro possa ser mais facilmente reinvestido. No Brasil, em que se tributa em 34% as pessoas jurídicas, movimentos apontam que essa carga deva descer para 25% e, eventualmente, se inclua uma alíquota sobre os dividendos, que é a única forma de não aumentar a carga tributaria”, explica.

O modelo atual, definido durante o governo Fernando Henrique Cardoso, evita a incidência de mais de um imposto durante o processo. O sistema tributa o lucro obtido por uma empresa e isenta quando essa empresa distribui o lucro em forma de dividendos aos seus acionistas e sócios, que declaram os valores recebidos como pessoa física, mas não pagam Imposto de Renda sobre eles. A tributação da PJ é de 34% e de até 27,5% para a pessoa física.

Já Gustavo Brigagão, presidente da Associação Brasileira de Direito Financeiro (ABDF) e sócio do escritório Brigagão, Duque Estrada Advogados, acredita que tributar essa circulação em dois momentos traz complexidade ao sistema, além de criar um cenário que dificulta ao investidor diversificar sua carteira.

“Você retira das mãos do investidor a possibilidade de decidir investir em outras empresas, porque as empresas vão começar a segurar esses valores para evitar essa segunda tributação. Quando tem isenção existe a circulação de riqueza”, explica Brigagão.

O advogado ainda acredita que a isenção ajudou na formalização da economia, porque incentivou a criação de pessoas jurídicas e, como desdobramento, houve a diminuição da informalidade e criação de novos postos de trabalhos. Em um cenário de tributação de dividendos, Brigagão crê que as pessoas não vão passar a pagar o tributo, mas sim encerrar suas pessoas jurídicas.

Mesmo com a nova proposta de Maia em criar uma compensação às pessoas jurídicas, o especialista salienta que a conta deve ser muito bem executada, porque a discussão da medida vem acompanhada do projeto de reforma tributária que pode gerar um aumento de 700% em tributos na categoria de serviços.

“Para alguns contribuintes médios que trabalham como PJ, a exemplo de arquitetos, contadores, médicos, se houver aumento efetivo de carga tributária a sobrevivência deles será insustentável. É preciso haver uma compensação de forma que o valor que a União recebe nos seus cofres públicos de pagamento de IR ou contribuição social por lucros não seja superior ao que ela recebe hoje em dia”, pontua.

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Vipers, Vectors e ‘Vettes’: carros para investir em 2020

(Bloomberg) – O grande erro ao comprar um carro antigo é comprá-lo porque certamente será um bom investimento.

Qualquer colecionador que se preze (e com alguma experiência) saberá que essa premissa é a única maneira infalível de “perder” dinheiro.

Em vez disso, compre o que você gosta. Dessa forma, se (quando) o mercado para sua aquisição preciosa estiver em baixa, pelo menos você ainda terá um carro que gostaria de ver e – talvez – dirigir.

Mas é claro que não podemos resistir a tentar enganar o sistema e obter o melhor dos dois mundos: comprar algo emocionante e memorável que também valorize ao longo do tempo.

Com esse objetivo, elaboramos uma lista com carros dignos de colecionadores a serem considerados em 2020. Todos são adoráveis e, com um pouco de sorte, também podem dar algum lucro.

Dodge Viper GTS
Anos a considerar: 1996-2002

Sobre o carro: com o rugido V10 da Chrysler, motor de 450 cavalos de potência e estilo louco de Detroit, o cupê prestou homenagem aos cupês Daytona Cobra da década de 1960.

Por que comprá-lo: Um número crescente de Vipers de baixa quilometragem começou a aparecer em leilões nos últimos cinco anos, com preços médios para um modelo em excelente estado atingindo cerca de US$ 53,6 mil, segundo a Hagerty, seguradora de automóveis antigos. Ainda estão disponíveis muitos bons modelos de US$ 30 mil a US$ 40 mil. É muito carro pelo dinheiro. A Hagerty incluiu o modelo em sua “Bull List” para 2020.

Porsche 996
Anos a considerar: 1997-2006

Sobre o carro: O nome “996” é a designação interna do modelo 911 fabricado de 1997 a 2006. O cupê de duas portas veio com uma transmissão manual opcional de seis velocidades e tração em todas ou nas rodas traseiras, dependendo da variante.

Por que comprá-lo: Um 911 incrivelmente rápido e equilibrado, o 996 é especial porque foi o primeiro Porsche 911 refrigerado a água, mas foi ridicularizado por causa dos faróis de “ovo frito” e pelos rumores (em grande parte infundados) do IMS (eixo intermediário) apresentar problemas embaixo do capô. Um modelo em excelente estado pode ser adquirido por US$ 20 mil a US$ 40 mil, mas os preços estão subindo rapidamente.

Chevrolet Corvette
Ano a considerar: 1967

Sobre o carro: Os primeiros Chevrolet Corvette Sting Rays foram um grande sucesso com invenções como faróis ocultos, frente pontuda e janela traseira. Além disso, o motor V8 fabricado pela Chevrolet veio com até 430 cavalos de potência; a velocidade máxima variava entre 189-241 quilômetros por hora e zero a 96 km/h de 9,1 a 5,8 segundos, dependendo do tamanho do motor. Também havia muitas opções: a transmissão era manual com três velocidades ou opcional de quatro velocidades ou automática.

Por que comprá-lo: Os modelos básicos desde os primeiros anos (1963/64) estão sendo vendidos por preços mais altos do que os mais amados de 1967 ultimamente, o que significa que você pode entrar no 67 por bem menos de US$ 100 mil. Portanto, se não quiser gastar os US$ 150 mil necessários para comprar um 63 ou o agora famoso 66, o Corvette 67 é a opção. Apenas 8.504 unidades do modelo 67 foram fabricados. Você também pode comprar o novo C8 Corvette. O primeiro “Vette” de motor intermediário por menos de US$ 80 mil tem um preço acessível por tamanha potência e desempenho.

Vector M12
Anos a considerar: 1996-1999

Sobre o carro: A marca Vector passou por muitas entidades e mudou de mãos várias vezes em seus 30 anos de história, mas a empresa foi fundada em Wilmington, Califórnia, por Gerald Weigert e, posteriormente, dirigida por Jack McCormack. O sistema de transmissão do Vector M12 era um design V12 de 5,7 litros, avaliado em 492 cavalos de potência. O motor é montado no meio com uma caixa manual de cinco marchas que aciona as rodas traseiras. Os tempos de zero a 96 km/hsão da ordem de 4,4 segundos.

Por que comprá-lo: É raro (menos de 30 Vectors foram fabricados e apenas 18 Vector M12) e impressionante, com elementos estilísticos da Lamborghini e carros em forma de cunha das décadas de 1960 e 1970.

Imposto de Renda 2020: de quais documentos você precisa para declarar

SÃO PAULO – Entregar a Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física 2020 (DIRPF) no início do prazo permite que o contribuinte receba mais cedo a sua restituição, caso seja elegível. Por isso, o ideal é se organizar para ter todos os documentos em mãos o quanto antes.

Mesmo quem não tem restituição a receber deve se preparar para evitar imprevistos: caso algum documento tenha informações incorretas ou insuficientes, é possível corrigir a declaração antes do término do prazo, no fim de abril.

Vale lembrar que houve mudanças com relação à declaração de 2019: a partir de agora, é necessário informar o CPF de todos os dependentes, de qualquer idade. Por outro lado, não se faz mais necessário ter em mãos o GPS (Guia da Previdência Social) e cópia da carteira de trabalho de funcionários domésticos, já que a Receita não permite mais a dedução dos valores gastos com o INSS desses profissionais.

O InfoMoney separou a lista de documentos necessários para declarar o IR:

Declaração anterior

Para quem já declarou o IR antes, é importante ter em mãos o número da declaração de 2019, referente aos rendimentos de 2018. Em geral, o contribuinte tem uma versão salva no computador ou impressa. Caso não consiga acessar o documento, pode entrar em contato com a Receita Federal e solicitar uma cópia.

Identificação

Caso nunca tenha declarado, será necessário saber dados como número do CPF, do título de eleitor, dados residenciais e profissionais. Na opção pela declaração conjunta, também é necessário informar o CPF do cônjuge.

CPF de dependentes

Pela primeira vez, a Receita vai exigir em 2020 o CPF de dependentes de qualquer idade. Em 2019, a obrigatoriedade se limitava a dependentes a partir de 12 anos de idade. Para dependentes que ainda não possuam CPF, o documento deve ser solicitado junto à Caixa, Banco do Brasil ou Correios. Nascidos a partir de 2017 já trazem número do CPF na certidão de nascimento.

Informes de rendimentos

Todas as empresas em que o contribuinte trabalhou em 2019 devem fornecer os respectivos comprovantes de rendimentos – não apenas a empresa em que o contribuinte trabalha no momento da declaração.

Nestes documentos devem constar, além, dos rendimentos pagos ao longo do ano, o valor pago em impostos retidos na fonte, o INSS, o CNPJ da empresa e detalhes como gastos com plano de saúde e previdência, se for o caso.

O informe de rendimentos do cônjuge também deve estar em mãos quando a declaração for conjunta. O mesmo vale para dependentes que tenham renda.

Informes de instituições financeiras

Bancos e instituições financeiras também devem entregar informes de rendimentos aos correntistas. Saldo de conta corrente, poupança e eventuais investimentos feitos pelo banco estarão detalhados no documento.

O mesmo vale para corretoras: investimentos em Tesouro Direto e ações estarão detalhados no informe da corretora onde o contribuinte investe. Já os informes de fundos de investimentos e planos de previdência privada são fornecidos pelas instituições administradoras.

Quem comprou e vendeu ações ou fez outras operações com renda variável também deve ter em mãos os documentos de controle de compra e venda, com a apuração mensal de imposto, e as DARFs.

Recibos de despesas médicas e com educação

Deduções com despesas com saúde e educação podem baratear o imposto devido ou aumentar a restituição. Para aplicar essas despesas na declaração, é necessário ter em mãos os recibos, notas fiscais e boletos de pagamento referentes aos serviços. Nesses papéis, é necessário constar o CNPJ ou CPF de quem prestou o serviço, além dos dados do contribuinte (ou dependente).

Atenção: a Receita pode solicitar esses documentos por até cinco anos, então guarde tudo durante esse período.

No caso de educação, a Receita só aceita a dedução de despesas com escolas de ensino fundamental, médio, superior, pós-graduação ou técnico. Não vale inserir na declaração cursos extracurriculares ou livres.

Documentos referentes a bens

Contribuintes que venderam carros, imóveis ou outros bens de valor no ano passado devem buscar contratos, escrituras, notas fiscais e outros recibos que correspondam à transação.

Para financiamentos, é preciso saber o nome do banco, o montante financiado, o valor da entrada e das prestações.

Se houve lucro na venda dos bens, é preciso preencher o programa de Canhos de Capital da Receita no mês seguinte ao negócio. Caso não tenha feito esse trâmite, regularize sua situação com a Receita.

Quem recebe aluguel por um imóvel deve preencher o Carnê-Leão mensalmente – o mesmo vale para outros valores recebidos de pessoas físicas sem recolhimento na fonte ou de fontes situadas no exterior. As informações desse programa podem ser importadas diretamente para o programa da Declaração do IRPF 2020.

Outros

Quem recebeu ou realizou pagamento de pensão alimentícia ou doação, recebeu herança, contratou empréstimos ou realizou consórcios deve ter os documentos referentes às operações em mãos na hora de preencher o programa do IR.

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Caixa quer juro de crédito imobiliário prefixado entre 8% e 9% ao ano

Uma mão segurando uma casa para simbolizar a compra de um imóvel

A Caixa Econômica Federal já bateu o martelo quanto aos juros que serão cobrados na nova modalidade de crédito imobiliário, sem correção, conforme apurou o jornal O Estado de São Paulo/Broadcast. As taxas mínimas devem começar entre 8% e 9% ao ano e o banco da habitação mira, de acordo com fontes próximas à instituição, bater a marca dos R$ 10 bilhões em empréstimos na linha prefixada para a compra da casa própria no primeiro ano de operação.

O lançamento do crédito imobiliário sem correção ocorrerá na próxima semana, em cerimônia no Palácio do Planalto. Deve contar com a presença do presidente Jair Bolsonaro, em evento similar ao do anúncio do financiamento com lastro no índice de inflação, o IPCA, realizado em agosto de 2019.

O evento, que estava previsto para março, foi antecipado por causa do processo de abertura de capital da Caixa Seguridade, holding de seguros do banco. Há um mantra nos corredores da instituição: foco no IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês).

Nesse primeiro ano de governo, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e Bolsonaro estreitaram relações. O executivo passou a acompanhar o presidente em viagens e também em algumas das tradicionais “lives” de Bolsonaro, feitas às quintas-feiras.

O foco da Caixa, conforme fontes, é mostrar que o banco tem “segurança” e “tranquilidade” para lançar a nova modalidade de crédito imobiliário, uma aposta para ampliar esse tipo de crédito no País. Com o lançamento, a Caixa passa a oferecer a seus clientes três modalidades de crédito imobiliário: taxa referencial (TR) mais juros; com lastro no IPCA e sem correção. A ideia do banco, conforme uma fonte, é oferecer taxas diferenciadas conforme os prazos da linha prefixada. Os financiamentos de 20 anos, por exemplo, terão juros serão mais atrativos do que os empréstimos de 30 anos.

Ofensiva.

O lançamento do crédito imobiliário sem correção é também mais uma ofensiva da atual gestão da Caixa de confrontar a linha tradicional, que cobra juros mais TR. O presidente do banco tem chamado a atenção para o tema de forma recorrente. Ele diz que a TR está zerada, mas que isso pode mudar, o que representaria um risco para os bancos.

Durante evento no fim de janeiro, o presidente da Caixa confirmou que a perspectiva do banco é de que os juros da modalidade prefixada ficassem abaixo de 10% ao ano. Disse ainda que, embora a oferta do banco compreenda prazos mais longos, a expectativa era a de que o prazo médio ficasse ao redor dos 8,5 anos.

Entre os bancos privados, o crédito prefixado é visto com mais bons olhos do que o com lastro no IPCA. Questionado pela reportagem, o Bradesco informou que estuda a nova modalidade. Já o Itaú Unibanco afirmou que não tem planos de operá-la no curto prazo, mas que está sempre atento aos movimentos do mercado.

“O crédito imobiliário prefixado desperta mais interesse que o IPCA porque é mais seguro aos clientes. O risco é da curva de juros, que fica com o banco e a tesouraria tem como controlar, ao menos no cenário atual”, diz o executivo de um grande banco, na condição de anonimato.

Em outra frente, afirma uma fonte, o presidente da Caixa também defende, nos bastidores, que os juros da linha TR caiam mais, considerando o atual patamar dos juros básicos no País, a Selic. A taxa sofreu um novo corte na semana passada, caindo para o nível histórico de 4,25% ao ano.

Com a ofensiva nos juros, a Caixa retomou, no ano passado, o posto de líder no crédito imobiliário com recursos da poupança (SBPE), ao conceder R$ 26,6 bilhões em 2019, em comparação a R$ 13,3 bilhões no exercício anterior, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Assim, desbancou, o concorrente Bradesco – líder em 2018, com cerca de R$ 17,9 bilhões, seguido por Itaú Unibanco, com R$ 16,7 bilhões.

Procurada, a Caixa não comentou. Disse que as taxas da modalidade prefixada ainda estão sendo fechadas.

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Trafegar pela Dutra ficará 20% mais barato, diz ministro

São Paulo — O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse nesta quinta-feira (13) que a nova concessão da Dutra, via de ligação entre Rio e São Paulo, deve baratear em “pelo menos 20%” o custo para trafegar pela região com redução dos valores no pedágio. Hoje os motoristas pagam por volta de R$ 60 no trajeto entre as duas metrópoles. A ideia é baixar isso para menos de R$ 50.

“Estamos falando de mais de R$ 30 bilhões em investimentos e com tarifa 20% menor, com a possibilidade de pagar ainda menos”, disse Freitas na Fiesp, a federação das indústrias paulistas, em evento a empresários e políticos das regiões lindeiras à rodovia.

O contrato atual da Via Dutra, administrada pela CCR desde 1995, vence em março de 2021. A previsão é que o leilão da via seja realizado em dezembro deste ano. O novo administrador deverá ficar com a via por 30 anos.

O novo contrato prevê inovações para as concessões rodoviárias brasileiras. Entre eles está a cobrança eletrônica com “tags”, adesivos no vidro dianteiro dos carros com transmissão automática das informações do veículo. A tecnologia vai permitir a cobrança proporcional ao trecho rodado na via – o chamado free flow.

A futura concessionária da Dutra deverá construir novas pistas na Serra das Araras, trecho entre os municípios de Piraí e Paracambi, uma demanda antiga por causa de congestionamentos e acidentes.

Em 30 anos de contrato da futura concessionária, estão previstos R$ 17 bilhões de investimentos, mais R$ 8,9 bilhões para a manutenção da via.

Além da Dutra, o novo dono da via terá sob responsabilidade 196 quilômetros da Rio-Santos entre os municípios de Itaguaí (RJ) e Ubatuba (SP).

Em fevereiro, o governo do Rio de Janeiro sugeriu mudanças no projeto de concessão apresentado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres, órgão federal responsável pelas regras do leilão.

Entre as sugestões está a melhoria de toda a pavimentação e sinalização da Rio-Santos já no primeiro ano da concessão. Outro pedido é que a duplicação dos 17 quilômetros entre Itacuruçá e Mangaratiba, incluindo os túneis que cortam a região, inicialmente prevista para o quinto ano de concessão, seja adiantada para o segundo ano de obras.

Vendas de carros elétricos e híbridos no Brasil cresce 320%. E a culpa é da Toyota

Toyota RAV4 Hybrid

Novo Toyota Corolla
(divulgação)

Caros leitores, digníssimas leitoras: um dos temas que já abordamos por aqui é o processo de “eletrificação” ao qual a indústria automotiva vem passando. Processo que está cada vez mais forte na Europa e agora vem crescendo por aqui em terra tupiniquim – nós já publicamos um relato a respeito aqui.

Mas, como anda esse mercado?

Em janeiro tivemos quase 1,6 mil carros (elétricos e/ou híbridos) comercializados no Brasil. O que representou um crescimento de 320% sobre janeiro do ano passado, quando tivemos míseros 373 carros vendidos.

OK, pode parecer quase nada, mas isso representa quase 1% de todos os carros vendidos no país nesse período. Para fazermos uma análise mais justa, esses tipos de veículos venderam mais que, por exemplo, vendeu a: Peugeot, ou Mitsubishi + Audi, ou BMW + M. Benz, ou Kia + Volvo + Land Rover. Aqui fica a seu critério a escolha de comparação.

Parece que o mundo automotivo (150 anos depois) vem redescobrindo a eletrificação dos veículos.

Mas o que vem motivando esse crescimento por esse tipo de veículo aqui no Brasil?

Bem, o grande culpado (por este crescimento) no mercado brasileiro, tem nome e sobrenome: Toyota

O problema da Toyota é que eles não sabem brincar… quando eles decidem fazer as suas “toyotices”, sobra quase nada para os demais.

O mercado cresceu 320%. Mas o crescimento da Toyota com esses veículos foi de “apenas” 622% (de 172 carros para 1.242); a Volvo cresceu 225%; BMW subiu 31% e a Renault, que vem colocando o seu Zoe como carro de aplicativo elétrico, só 10,5% de evolução.

Isso implica em afirmar que, neste ano, a Toyota detém 80% neste mercado. Viu só? É a Toyota fazendo as suas “toyotices”!

Para complementar, dos 1.242 carros híbridos da Toyota, 48% foram do RAV4; 51% do Corolla e apenas 1% do Prius, o pioneiro.

E aí, para facilitar a vida de vocês, nós tivemos a ousadia de pedir para os japoneses da Toyota emprestarem os seus carros híbridos para darmos uma bisolhada neles. Logicamente que não esperávamos que eles tivessem a ousadia de emprestar; afinal de contas, os orientais – em geral – possuem uma certa aversão ao risco (e quer risco maior do que emprestar um carro para o estagiário?).

Mas eles emprestaram!

A nossa epopéia

Ela já começou com a retirada do veículo, que tinha que ser feita na fábrica, em São Bernardo do Campo. A Bike do Itaú, que uso, não chega até lá.

Resolvido isso, me preparei devidamente para fazer a retirada. Como todo “ser humano”, nós tínhamos os nossos “pré-conceitos” sobre a marca. A primeira é que a Toyota é “carro de tiozão” (neste caso, corri atrás de um pulôver – padrão tio Sukita – e já havia decorado todas as piadas clássicas …é PAVÊ ou PA CUMÊ?); a segunda é que – para mim – os carros da Toyota sempre me lembravam o Leônidas:

Esparta Sparta

Afinal de contas, requinte e Toyota não cabiam na mesma frase. E a fama de carro “espartano” é bem forte na marca.

Aí vem a Toyota, dando uma bofetada na cara do estagiário.

Toyota RAV4 Hybrid

Voltando ao carro. Esse novo RAV-4 não tem nada a ver com as antigas gerações do carro. Ou seja, esqueça tudo o que você tinha visto sobre o RAV-4. Isso aqui, amiguinhos, é um novo carro!

O RAV-4 é um SUV “parrudo” (não igual aos outros SUV “compactos”), com cara de invocado. Se você tinha os mesmos pré-conceitos que eu, fique sabendo que a mudança foi brutal: a beleza do veículo é tanta que ele conseguiu deixar o estagiário até mais bonito.

Toyota RAV4 Hybrid

Mas, apesar de tudo, a Toyota consegue dar as suas “deslizadas”. Afinal de contas, colocar uma televisão de tubo com CD player (quem hoje em dia usa CD? Só faltou colocar a disqueteira no porta-malas), nos faz lembrar que até as “musas inspiradoras” (Toyota) fazem o número 2.

Toyota RAV4 Hybrid

A grande sacada da Toyota é ela não estar comercializando um carro 100% elétrico ou um híbrido plug-in (os veículos híbridos plug-in serão o tema do próximo post); mas um carro com motor a combustão (a gasolina, de 2,5 litros) trabalhando em conjunto com três motores elétricos que carregam suas baterias por conta própria, seja através do motor ou usando o sistema de frenagem.

Toyota RAV4 Hybrid

O que isso quer dizer? Que os 4 motores combinados podem gerar uma potencia máxima de 222 cavalos. Só de você pensar em “vou pisar no acelerador do carro”, o carro já foi…

Outra análise feita é que, se você pensar em segurança, ele tem de tudo e mais um pouco. O que mais utilizamos foi o sistema PCS do veículo (Pre-Crash System), ou seja, se você for bater o carro, ele te avisa com alerta sonoro (bem alto) e visual, além de fazer uma frenagem automática. E funciona mesmo. Com a gente ele funcionou umas três vezes (vai ver que foi por isso que eles tiveram a coragem de emprestar o carro).

A nossa dúvida foi que: com um motor a gasolina de 2,5 litros, o carro tenderia a ser meio beberrão… grande engano. Rodamos com ele 632 km (60% estrada e 40% cidade), e o devolvemos com mais de ¼ do tanque de combustível. Ou seja, ele faz 900 km de boa!

Dando continuidade à nossa saga, pegamos o Corolla híbrido.

Toyota Corolla Hybrid

O que temos para falar do Corolla? Nada! Um carro que existe desde 1966, com mais de 40 milhões de unidades vendidas no mundo inteiro, deve ter lá suas qualidades. Essa 12º geração só serviu para melhorar o que era excelente.

No Brasil, o segmento de sedãs médios é composto basicamente por Corolla, Chevrolet Cruze, Honda Civic, VW Jetta, Nissan Sentra e Audi A3 Sedan. Neste contexto, 50% do que é vendido é de Corolla, enquanto os outros cinco disputam os 50% restantes. O Corolla está anos luz à frente dos concorrentes, tanto que consegue vender mais que o dobro do segundo colocado (Cruze).

Mas qual foi a grande sacada aqui? A Toyota fez o híbrido perfeito! Diferentemente do RAV4, o motor a combustão do Corolla é flex (o que ainda faz sentido em São Paulo e sua fartura de etanol).

Rodamos um pouco mais com o Corolla do que com o RAV4. Foram 852 Km, grande parte na cidade, e o ponteiro de combustível quase não baixou! Quando pegamos o carro, a autonomia apontada passava dos 1,1 mil km.

Toyota Corolla Hybrid

E, para não me alongar mais na história, qual o resultado disso tudo?

Que a Toyota, mais uma vez, fez uma “toyotice”. Ela soltou no mercado brasileiro dois carros híbridos excelentes, sendo um deles flex (e que já era o sedã médio mais vendido há séculos).

Não existe, no curto prazo, algum “grande concorrente” para ela; vai nadar de braçadas neste nicho de carros híbridos por um bom tempo; e quando finalmente chegar algum concorrente pra valer, ela provavelmente já estará posicionada para lançar uma nova geração dos seus veículos.

Os japas são demais!

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Na busca por passagens aéreas baratas, temos de enfrentar máquinas

Você acredita que poderá facilmente encontrar os melhores preços de passagens aéreas e diárias de hotel para suas próximas férias ou sua viagem de negócios? Pense outra vez.

Os provedores de viagens agora usam software de inteligência artificial para alterar o preço de suas ofertas, às vezes dezenas de vezes por dia, para maximizar a receita. Para viajantes de negócios e lazer, o resultado é uma variação alucinante, em que as empresas de viagens quase sempre levam vantagem.

Tradicionalmente, hotéis e companhias aéreas precificavam suas ofertas dependendo dos períodos de pico de demanda, dos dados de vendas passadas e do número de reservas atuais. Hotéis individuais poderiam fazer mudanças se, por exemplo, estivessem mais vazios que o habitual em uma data próxima, e um preço mais baixo estimularia a demanda.

Agora, mudanças nos preços estão sendo feitas com muito mais frequência. A prática, chamada de “preço hiperdinâmico”, está pronta para um crescimento significativo, disse Angela Zutavern, diretora executiva da empresa de consultoria em tecnologia AlixPartners e autora de “The Mathematical Corporation: Where Machine Intelligence and Human Ingenuity Achieve the Impossible” (A Corporação Matemática: Onde a inteligência das máquinas e a engenhosidade humana alcançam o impossível, em tradução literal).

Os preços hiperdinâmicos levam em consideração muitos dados. Juntamente com informações históricas e sazonais, os novos sistemas de IA vasculham a web em busca de eventos globais, previsões meteorológicas, pesquisas no Google, postagens em redes sociais, horários e locais de eventos e outros fatores que poderiam afetar a demanda, disse Zutavern.

A cantora e rapper Lizzo acabou de anunciar uma turnê de shows? O sistema pode antecipar um aumento na demanda por hotéis das cidades em que ela vai se apresentar, aumentando suas diárias. Há um furacão nos noticiários? Os preços dos voos podem precisar baixar para atrair os viajantes a locais tropicais.

“Os sistemas dão aos hotéis e a outras empresas de viagens a capacidade de fazer mudanças mais frequentes e testar o impacto dessas mudanças de preços”, disse Zutavern.

De acordo com uma pesquisa do aplicativo de previsão do preço de passagens aéreas Hopper, com sede em Montreal, o valor médio de um voo doméstico nos EUA muda 17 vezes em apenas dois dias, enquanto os voos internacionais mudam doze vezes nesse período. Os preços em rotas de alto tráfego, como entre Nova York e Londres, podem mudar até 70 vezes ao longo de dois dias.

Theresa Van Greunen, vice-presidente assistente de comunicações corporativas da Aqua-Aston Hospitality, com sede no Havaí, disse que sua empresa gerencia hotéis afiliados à Marriott e à Hilton, e que cada um tem seu próprio sistema proprietário de preços dinâmicos. Também gerencia cerca de 40 hotéis independentes que usam o sistema de preços da Aqua-Aston. Todos empregam inteligência artificial.

“A IA nos dá maior compreensão de nossos dados e oportunidades de sermos mais ágeis”, disse ela, não apenas nos preços das diárias, mas sugerindo à administração hoteleira como precificar ofertas especiais e a quem enviar essas ofertas, com base no retorno financeiro esperado.

Esses tipos de informações são “especialmente importantes para operadoras menores que tentam competir com marcas globais gigantes”, disse ela.

Algumas empresas de viagens estão comprando firmas de tecnologia para ter acesso a novos recursos de preços. No outono passado, a Oyo Hotels and Homes, uma cadeia de hospitalidade da Índia, comprou a Danamica, empresa dinamarquesa de dados e preços dinâmicos.

Em resposta aos preços flutuantes, os departamentos de viagens corporativas que reservam viagens de negócios para seus funcionários começaram a desenvolver estratégias para pegar os preços mais baixos. No ano passado, a Egencia, plataforma de reservas de viagens corporativas da Expedia, introduziu um recurso que vasculha a internet em busca de preços de passagens aéreas que já foram compradas por meio de seu sistema. Se uma tarifa mais barata para o mesmo voo e classe de serviço for encontrada dentro de sete dias após a compra, o sistema automaticamente cancela e remarca o bilhete sem qualquer ação necessária do viajante ou da empresa do viajante.

A Egencia está lançando um recurso semelhante para diárias de hotel, que busca preços menores e refaz a reserva do quarto com o valor mais baixo. A empresa cobra uma pequena taxa dos clientes quando encontra e remarca valores mais baixos.

A Egencia também está introduzindo o Smart Mix, que analisa os dados dos viajantes de negócios para determinar suas preferências – voos matutinos versus noturnos de sua cidade natal, por exemplo, ou hospedagem em determinadas redes hoteleiras –, e combinando essas informações com as políticas de viagem de seus empregadores para sugerir voos e hospedagens apropriados.

Os consumidores individuais não podem competir com os recursos e o poder computacional das empresas de viagens, mas há algumas maneiras de melhorar suas chances de obter uma boa tarifa ou diária.

Gary Leff, fundador do blog de viagens View From the Wing, aconselha os viajantes a evitar reservar quartos de hotel que não permitem reembolsos ou alterações, mesmo que o preço seja ligeiramente menor que o de uma diária mais flexível. Ele recomenda que os viajantes verifiquem periodicamente taxas mais baixas no site do hotel ou em outros sites que o hotel possa cobrir. Membros de alguns grupos, como o AAA, podem muitas vezes obter uma diária tão baixa quanto as não reembolsáveis, e sem as restrições, disse ele.

Além disso, muitos agentes de viagens podem oferecer quartos de hotel e passagens aéreas com desconto, repassando vantagens que recebem por trabalhar com consolidadores que compram blocos de bilhetes e quartos de hotel com desconto.

A empresa responsável pelo aplicativo Hopper, que afirmou ter cerca de 45 milhões de clientes em 120 países, disse que analisou dez anos de preços de companhias aéreas, monitorou os preços dos hotéis em todo o mundo e rastreou o comportamento dos clientes para oferecer conselhos aos viajantes sobre o momento de reservar quartos de hotel, comprar passagens e conseguir rotas ideais. Além disso, sugere alternativas para economizar dinheiro.

O Hopper também analisa as interações dos clientes dentro de seu sistema para dar sugestões. Se, por exemplo, um grande número de viajantes que está monitorando o preço dos voos de Nova York para Roma também está monitorando as mesmas datas de Nova York para Milão, o sistema de recomendação de IA do Hopper pode sugerir Milão como um destino alternativo para todos os clientes que estão monitorando os preços de Roma, mesmo que não tenham pensado em voar para Milão. “Se há um número suficiente de pessoas fazendo isso, o sistema considera uma alternativa viável que os clientes podem querer”, disse Lalonde.

Os hotéis são mais propensos a exibir preços diferentes para o mesmo quarto em sites diferentes do que as companhias aéreas, disse ele, de modo que o Hopper monitora a web em busca de pacotes de hospedagem, vendas rápidas, preços disponíveis apenas para clientes em determinados locais e outras tarifas.

“Fazemos toda a busca”, disse Lalonde. A empresa recebe comissões pelas vendas que faz.

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Lançamentos e vendas de imóveis em SP crescem quase 50% em 2019

O mercado imobiliário da capital paulista confirmou o movimento de recuperação iniciado há cerca de dois anos e encerrou 2019 com recorde de lançamentos e vendas, de acordo com pesquisa divulgada, nesta quinta-feira (13), pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). O levantamento considera apenas os imóveis residenciais novos.

Os lançamentos no ano passado cresceram 49,6% em comparação com o ano anterior, totalizando 55,5 mil unidades. As vendas subiram 49,5% no mesmo período, chegando a 44,7 mil unidades. Tanto os lançamentos quanto as vendas foram os maiores já registrados desde 2004 na capital paulista.

Em 2016, o mercado havia registrado o recorde de baixa, com menor volume de lançamentos e vendas da série histórica, em decorrência da crise econômica nacional.

“Saímos do fundo do poço em 2016, melhoramos em 2017, tivemos crescimento significativo em 2018 e chegamos a uma expansão também relevante em 2019”, disse o economista-chefe do Secovi-SP Celso Petrucci.

Volume financeiro

Em termos de volume financeiro, os empreendimentos lançados em 2019 tem valor geral de vendas (VGV) avaliado em R$ 27,9 bilhões em 2019, 46,8% mais do que em 2018. Já as vendas efetivadas movimentaram R$ 22,3 bilhões, crescimento de 43,8%.

MCVM

A pesquisa mostrou que os empreendimentos do tipo ‘econômicos’, enquadrados no Minha Casa Minha Vida (MCMV), puxaram a expansão do mercado na cidade de São Paulo nos últimos anos, representando 49,2% das unidades lançadas em 2019, ante 43,9% em 2018, 36,6% em 2017 e 18,5% em 2016.

Estoques

Com a euforia em torno de crescimento do mercado imobiliário na cidade de São Paulo e a retomada dos lançamentos pelas incorporadoras, o estoque de imóveis residenciais disparou.

As unidades na planta, em obras e recém-construídas somavam 34 mil unidades no fim de 2019, montante 52,4% maior do que no mesmo período de 2018, quando estava em 22,3 mil.

O estoque do fim de 2019 também chegou a um patamar 79,6% acima da média histórica na capital paulista, que é de 18,9 mil unidades, conforme dados do Secovi-SP.

A pesquisa mostrou também que 58,8% desse estoque correspondia a imóveis na planta, enquanto 37,5% estão em fase de obras. Apenas 3,7% são apartamentos prontos – que geram gastos de condomínio e manutenção para as construtoras.

“A oferta final de imóveis atingiu um pico, de fato. Mas nunca tivemos um trimestre com tantos lançamentos quanto no fim de 2019”, disse Petrucci, durante entrevista coletiva à imprensa.

Apesar da disparada no volume dos estoques, Petrucci afirmou que esse pico não representa um problema para as empresas. “Essa oferta não nos preocupa. Grande parte ainda está na planta ou em fase de construção. São poucos os imóveis prontos. O mercado está muito mais saudável do que anos atrás”, disse.

Ele afirmou ainda que a velocidade de vendas na capital paulista está em 57,9%. Na prática, o indicador mostra que foram vendidas 57,9% de todas as unidades disponíveis no mercado nos últimos 12 meses. A velocidade é superior que a dos últimos cinco anos, quando ficou abaixo de 50%.

Três meses após reforma, INSS ainda não faz cálculo usando as novas regras

Rio e Brasília – Três meses após a entrada em vigor da reforma da Previdência – considerada a maior vitória política do governo -, o sistema de cálculo de benefícios do INSS ainda não foi atualizado com as novas regras de aposentadoria, o que deve demorar mais um mês, segundo a Dataprev.

Enquanto isso, a fila de espera para análise de pedidos de concessão de benefícios passa de 1,7 milhão, sendo 1,1 milhão acima do prazo máximo legal de 45 dias. E os pedidos feitos já segundo os critérios da reforma estão parados.

Um dos processos em espera é o da técnica de enfermagem Alice Fernandes do Nascimento, de 55 anos. Ela aguarda há quatro meses uma resposta ao pedido de pensão por morte após o falecimento de seu marido, em outubro do ano passado. Atualmente cumprindo aviso prévio, ela está endividada.

“Só não estou passando fome porque tenho ajuda de familiares e amigos. Estou endividada por causa das contas que meu marido pagava, como condomínio e IPTU. Eles (funcionários do INSS) já falam para a gente não ir lá (na agência), que é para acompanhar pelo site, mas está em análise e eu não tenho uma resposta”, lamenta Alice.

“Deveria estar preparado”

João Badari, sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, ressalta que a aposentadoria, muitas vezes, garante a subsistência das famílias:

“Não se trata de um mero aborrecimento, e sim de pessoas que deixam de se alimentar ou de pagar as contas. O INSS deveria estar preparado, pois a aprovação da reforma não se deu do dia para a noite”.

O representante comercial Abraão Moreira, de 67 anos, espera há 14 meses a resposta a seu pedido de aposentadoria, ainda pelas regras antigas, apresentado em novembro de 2018. Ele já foi várias vezes à agência, sem sucesso.

O tempo médio de concessão de aposentadorias hoje está em 142 dias, mais que o triplo do prazo legal. Diante da crise no INSS, o governo propôs convocar 7 mil militares da reserva, depois a contratação emergencial de servidores aposentados do instituto, e demitiu o presidente do órgão.

Prevista para ser editada esta semana, a medida provisória (MP) que permitirá a contratação de servidores aposentados foi adiada. Segundo técnicos do governo,  as discussões estão travadas porque a equipe econômica quer a ampliar a contratação temporária de servidores aposentados para resolver crises de pessoal em qualquer área da administração pública.

Com isso, o decreto detalhando a contratação temporária sé deve sair depois do carnaval. Em março, o INSS lançará o edital de convocação para seus aposentados. Posteriormente, será divulgado outro edital, para os militares e servidores aposentados de qualquer carreira federal.

O INSS reconhece que houve acúmulo de requerimentos pendentes de análise, especialmente em 2018, durante a implantação do INSS Digital, que “ampliou significativamente o acesso dos segurados”. Antes, diz o órgão, havia demanda reprimida. Mas ressalta que esforços estão sendo feitos para agilizar a análise e que a fila caiu de 1,9 milhão, em dezembro, para 1,7 milhão no mês passado.

Adriane Bramante, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), lembra que o INSS recebe, em média, 750 mil novos requerimentos por mês, e só 20% das solicitações têm concessão automática. Para ela, facilitar o acesso é um avanço, mas o órgão deveria ter se estruturado para ter capacidade de responder ao aumento da demanda.

“O sistema informatizado tirou a fila das agências, mas criou uma espera virtual. Além disso, há ainda mais uma série de processos em fase de recurso com 3 ou 4 anos, sem solução”, alerta.

Segundo o INSS, todos os sistemas de concessão de benefícios têm de ser ajustados às novas regras, já que nenhum cálculo ou definição de valor é feito de forma manual.

Caixa inicia pagamento do PIS para nascidos em março e abril

São Paulo – A Caixa inicia nesta quinta-feira (13), o pagamento do Abono Salarial (Programa de Integração Social – PIS) calendário 2019/2020, para os trabalhadores nascidos nos meses de março e abril. Os valores variam de 88 reais a 1.045 reais, de acordo com a quantidade de dias trabalhados durante o ano base 2018.

Quem tem conta na Caixa com cadastro atualizado e movimentação receberam o crédito automático antecipado no dia 11.

Os pagamentos são escalonados conforme o mês de nascimento do trabalhador e começaram em julho, com os nascidos naquele mês. O prazo final para o saque do abono salarial do calendário de pagamentos 2019/2020 é 30 de junho de 2020.

São mais de 3,6 milhões de trabalhadores nascidos em março e abril, totalizando 2,7 bilhões de reais em recursos. O valor do benefício pode ser consultado no aplicativo Caixa Trabalhador, no site da Caixa ou pelo atendimento 0800 726 0207.

Confira todas as datas:

Nascidos em Início dos pagamentos Crédito em conta
Agosto 15/08/2019 13/08/2019
Setembro 19/09/2019 17/09/2019
Outubro 17/10/2019 15/10/2019
Novembro 14/11/2019 12/11/2019
Dezembro 12/12/2019 10/12/2019
Janeiro 16/01/2020 14/01/2020
Fevereiro 13/02/2020 11/02/2020
Março 19/03/2020 17/03/2020
Abril 19/03/2020 17/03/2020

Novo valor

O valor do abono salarial foi reajustado de acordo com o novo valor do salário mínimo, conforme a tabela abaixo:

Proporção (meses trabalhados)

Valor Abono 2020 Salário R$ 1.045,00

1

R$ 88,00

2

R$ 175,00

3

R$ 262,00

4

R$ 349,00

5

R$ 436,00

6

R$ 523,00

7

R$ 610,00

8

R$ 697,00

9

R$ 784,00

10

R$ 871,00

11

R$ 958,00

12

R$ 1.045,00

Quem tem direito ao saque:

Tem direito ao benefício o trabalhador inscrito no PIS há pelo menos cinco anos e que tenha trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2018, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos.

É necessário que os dados estejam corretamente informados pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), ano base 2018.

Quem possui o Cartão do Cidadão e senha cadastrada pode se dirigir a uma casa lotérica, a um ponto de atendimento Caixa Aqui ou aos terminais de autoatendimento do banco.

Caso não tenha o Cartão do Cidadão e não tenha recebido automaticamente em conta Caixa, o valor pode ser retirado em qualquer agência do banco, apresentando o documento de identificação oficial com foto.

O trabalhador com vínculo a empresa pública possui inscrição Pasep e recebe o pagamento pelo Banco do Brasil.

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