O que fez a Hering perde mais de R$ 600 milhões em valor de mercado em apenas um dia?

Diante de um resultado classificado como decepcionante pela própria direção, a Hering (HGTX3) frustrou as expectativas dos investidores, que puseram em dúvida a aposta na transformação prometida pela companhia há pouco mais de um ano. Com receita de R$ 502 milhões no quarto trimestre – uma queda de 5% em relação ao ano anterior, de acordo com os resultados preliminares divulgados na véspera -, a tradicional empresa de confecções viu suas ações caírem 12,6% na Bolsa paulista, a B3. Na terça-feira, 21, a Hering perdeu mais de R$ 600 milhões em valor de mercado.

“O início de outubro e novembro foram bons, mas tivemos um dezembro que ficou aquém das nossas expectativas”, disse Fábio Hering, presidente da companhia, em conversa com analistas. “Frustrante”, “decepcionante” e “luto” foram algumas palavras usadas pela empresa para apontar o fraco desempenho das vendas de Natal.

“As informações sobre as vendas do comércio de Natal foram muito heterogêneas. Alguns disseram que foram boas, outros nem tanto”, afirmou Hering. A companhia atribuiu o seu resultado à conjuntura econômica depois da Black Friday, que classificou de “ressaca do consumidor”, e também a erros na própria gestão da companhia. “Foi responsabilidade nossa”, ressaltou.

Em dezembro, depois da Black Friday, a Hering demorou a reagir diante de uma mudança do comportamento de clientes, especialmente do público feminino, que compram presentes para as festas de fim de ano. “Muitas empresas tiveram uma proposta de valor mais agressiva”, disse o diretor de operações e filho do presidente, Thiago Hering, apontando produtos mais baratos, de R$ 20 a R$ 30, oferecidos pela concorrência.

O BTG Pactual classificou o desempenho como operacionalmente fraco. Em seu relatório “Uma jornada longa, mais longa”, o Citibank disse ainda acreditar na reviravolta da Hering. “Mas sempre dissemos que seria uma jornada, não um crescimento direto”, escreveram os analistas.

Fim de ano

As vendas de dezembro têm forte peso para a Hering. Representam 66% das vendas do quarto trimestre e 22% dos resultados do ano. A empresa fechou o ano com faturamento de R$ 1,8 bilhão, alta de 0,5% sobre o ano anterior, segundo dados preliminares. O balanço financeiro completo da companhia sairá em março.

A decepção dos investidores ocorre em meio ao plano de transformação iniciado no ano passado pela companhia, que completa 120 anos em 2020. A rede tem apostado em um conceito de integração de todas as marcas em um canal único de venda. Mas o resultado tem ficado aquém do esperado. No quarto trimestre, as vendas no canal de multimarcas caíram 13%.

Mesmo informando que janeiro começou ainda “um pouco desafiador”, a Hering tem mantido sua aposta de recuperação. “Apesar dos problemas pontuais, acreditamos que nossa estratégia de transformação seguirá igual”, disse Fábio Hering.

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Tragédia de Brumadinho: os detalhes da denúncia do MP-MG contra a Vale e seu ex-presidente

Ao apresentar na última terça-feira (21) detalhes da investigação sobre a tragédia de Brumadinho (MG) que levou à denúncia contra 16 pessoas por homicídio doloso, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) sustentou que houve um conluio entre a mineradora Vale (VALE3) e a consultoria alemã Tüv Süd.

Conforme a acusação, ambas as empresas tinham conhecimento da situação crítica da barragem que se rompeu, mas não compartilharam as informações com o poder público e com a sociedade e assumiram os riscos.

A tragédia completa um ano no próximo sábado (25) e, desde então, 259 corpos foram resgatados. Onze pessoas permanecem desaparecidas. A maioria dos mortos eram trabalhadores da própria Vale ou de empresas terceirizadas que atuavam na Mina Córrego do Feijão. A estrutura que se rompeu operava respaldada por auditorias da Tüv Süd, que assinou a declaração de estabilidade.

Entre os 16 denunciados, está o então presidente da Vale, Fábio Schvartsman, e mais 10 funcionários da mineradora. Os outros cinco ocupavam cargos na Tüv Süd. Eles foram acusados por diversos crimes ambientais e por homicídio doloso duplamente qualificado, levando em conta que as vítimas não tiveram possibilidade de defender suas vidas. Caso sejam condenados, apenas para o crime de homicídio, as penas podem variar entre 12 e 30 anos. As duas empresas também foram denunciadas pelos crimes ambientais e podem ser penalizadas com diversas sanções.

Sistema de pressão

De acordo com o promotor de Justiça, Willian Garcia Pinto Coelho, o crime não ocorreu no dia 25 de janeiro de 2019, mas teria se iniciado em novembro de 2017. Ele afirma que foi identificado um mecanismo de pressão sistematicamente utilizado pela Vale contra empresas de auditoria.

“Baseava-se na retaliação e recompensa. As empresa que não aceitavam entrar no conluio e demonstravam eventualmente discordância com os objetivos corporativos do trabalho eram retaliadas e afastadas dos contratos. Em sentido contrário, a Tüv Süd cedeu ao ser pressionada pela Vale. Ela optou deliberadamente por adentrar no conluio ilícito e foi recompensada por isso. A Tüv Süd passou a adotar um protagonismo na gestão de riscos daquela barragem, numa posição contraditória à independência e autonomia que deveria se dar numa auditoria”, disse o promotor.

O conluio resultou, segundo Coelho, na emissão de declarações de condição de estabilidade falsas que tinham como objetivo servir de escudo para que as atividades da Vale permanecessem sigilosamente arriscadas. O promotor afirma ainda que houve uma “ditadura corporativa”, na qual a Vale impôs à sociedade suas decisões tomadas a partir informações internas que não foram compartilhadas com o poder público e com a população.

No curso das investigações, foi descoberto um sistema interno que o promotor classificou de “caixa-preta da Vale”. Ele trazia a lista das “top 10”, isto é, uma tabela mantida em sigilo na qual estavam mencionadas 10 barragens classificadas “em situação inaceitável de segurança”. A estrutura que se rompeu em Brumadinho era uma delas. A lista fazia referência ainda a barragens que, após a tragédia, tiveram seu nível de emergência elevado e demandaram a evacuação de comunidades . Tais estruturas são as mesmas que aparecem em outros documentos classificadas como “em zona de atenção”.

Segundo o MPMG, a mineradora fazia previsões econômicas em torno de eventuais desastres e chegava ao ponto de calcular o valor de um colchão de uma cama de casal para as classes C, D e E. A denúncia cita, como noticiado em primeira mão pela Agência Brasil em fevereiro de 2019, que um estudo interno da Vale apresentava metodologias para calcular o valor de uma vida humana e uma delas chegava ao resultado de US$ 2,56 milhões.

Os detalhes da investigação e da denúncia foram apresentados durante a tarde de ontem em uma coletiva conjunta do MPMG e da Polícia Civil de Minas Gerais, que anunciou a conclusão do inquérito. As duas instituições explicaram que adotaram uma metodologia inédita no estado. Em um processo usual, cada uma delas realizaria suas apurações de forma paralela e, uma vez concluído, o inquérito policial é remetido ao MPMG, a quem cabe efetuar a denúncia. Dessa vez, optaram por trabalhar em conjunto, compartilhando recursos e estruturas. Por esta razão, o inquérito e denúncia foram concluídos ao mesmo tempo.

Fator de segurança

Ao todo, foram apreendidos mais de 90 máquinas, entre computadores e celulares que reuniam informações técnicas de engenheiros e geólogos das duas empresas. A investigação ouviu ainda especialistas internos e envolveu mandados de prisão temporária, embora todos os alvos tenham sido soltos, posteriormente beneficiados por habeas corpus.

Segundo o delegado Eduardo Vieira Figueiredo, ao longo das investigações, constatou-se que a Vale não atendeu normas estabelecidas pela Agência Nacional de Mineração (ANM) associadas ao Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM ). Ele afirmou que a existência de um potencial de comprometimento de segurança na estrutura minerária deve ser comunicada à ANM como situação de emergência.

Um dos depoimentos considerados centrais foi o de Fernando Lima, sócio da Potamos, empresa que presta serviços similares à Tüv Süd. Ele reiterou o que já havia dito durante oitiva na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG): o fator de segurança da barragem de Brumadinho deveria ter sido considerado para que fosse negada a declaração de estabilidade.

“A própria Vale já tinha conhecimento de que o fator de segurança da barragem era de 1.3. A Tüv Süd, quando prestava consultoria para outras mineradoras, declarava em seus relatórios técnicos que, para declarar a condição de estabilidade, o fator de segurança mínimo deveria ser de 1.3. E elas tinham conhecimento de que a barragem não apresentava fator de segurança de 1.3, o que por si só já configura potencial comprometimento da estrutura. Portanto, já demandaria o acionamento do nível 1 do PAEBM. E esse acionamento significaria, no mínimo, que o poder público teria conhecimento da situação de criticidade daquela barragem”, disse o delegado.

Figueiredo disse ainda que as duas empresas chegaram a discutir medidas para melhorar o fator de segurança. No entanto, as recomendações de curto prazo apresentadas pela Tüv Süd foram ignoradas pela Vale, que empreendeu esforços apenas em ações de médio prazo.

Presidente

De acordo com a denúncia, o então presidente Fábio Schvartsman teve participação no crime ao canalizar esforços corporativos para atingir uma das metas de sua gestão: alcançar a liderança mundial em valor de mercado entre as empresas do setor. Para tanto, segundo o MPMG, foram assumidos riscos inaceitáveis e sua atuação foi determinante para que o rompimento ocorresse.

“Ele confirmou que sabia da existência de barragens na zona de atenção. E num cenário de gestão crítica de barragens, com diversas delas em situação reconhecidamente inaceitável pela própria empresa, ele não adotou as medidas necessárias. Mas mais do que isso, ele atuou diretamente para manter sensação de segurança da Vale”, disse o promotor.

A denúncia reuniu declarações corporativas consideradas falsas. “O presidente se manifestava em público, incluindo aí eventos voltados para acionistas e investidores, nos quais afirmava que as barragens estavam em condição impecável de segurança, quando internamente ele já sabia que isso não era verdade”, acrescentou o promotor.

Competência

O MPMG e a Polícia Civil defenderam que o julgamento seja conduzido pela justiça mineira. De acordo com promotor, os argumentos favoráveis à competência estadual estão incluídos na denuncia. “O crime dói no mineiro. E a sociedade mineira, através de suas instituições, está preparada para dar uma resposta ao final do julgamento”.

O caso, no entanto, também é tratado na esfera federal. A Polícia Federal desmembrou sua investigação e, em setembro do ano passado, indiciou 13 pessoas por falsidade ideológica e uso de documentos falsos. A apuração de crimes ambientais e contra a vida tiveram sequência.

Na semana passada, a PF informou que novos indiciamentos só devem ocorrer após junho . Isso porque está em andamento uma perícia de engenharia que pretende esclarecer qual foi o gatilho da liquefação, isto é, o que fez com que o rejeito, que estava sólido dentro da barragem, se convertesse em fluido.

Para o MPMG, é preciso separar questões de interesse acadêmico e científico das questões de interesse da apuração penal. O promotor sustenta que a identificação da responsabilidade penal não seja deslocada para um debate meramente técnico de engenharia ou geologia. Segundo ele, especialistas têm dito que estudar o gatilho da liquefação será uma tarefa que ocupará pesquisadores pelos próximos anos.

“Dentro da nossa linha investigativa, há provas que as pessoas denunciadas detinham um pacote de informações sobre a segurança da estrutura e chegaram à conclusão de que o risco era inaceitável. E mesmo assim, cada qual executou tarefas omissivas ou comissivas, levando as empresas a se omitirem em deveres de transparência, emergência e segurança”.

Outro lado

Em nota, a Vale informou confiar no completo esclarecimento das causas da ruptura. “Sem prejuízo de se manifestar formalmente após analisar o inteiro teor da denúncia, a Vale desde logo expressa sua perplexidade ante as acusações de dolo. Importante lembrar que outros órgãos também investigam o caso, sendo prematuro apontar assunção de risco consciente para provocar uma deliberada ruptura da barragem”, acrescenta o texto.

A Tüv Süd informou que está cooperando com as autoridades e reiterou o “compromisso em ver os fatos sobre o rompimento da barragem esclarecidos”.

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BNDES venderá até R$ 23 bi em ações ON da Petrobras; dados prévios de construtoras e mais destaques

No radar corporativo desta quarta-feira, atenção para a Petrobras, que anunciou a oferta pública de 611,8 milhões de ações ordinárias (que pode chegar a 734 milhões) que o banco BNDES tem na empresa, que serão vendidas na B3 e na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

O valor aproximado da operação é estimado em pelo menos R$ 19,5 bilhões, tomando apenas como referência o valor da ação ON da empresa na bolsa paulista no dia 20. O bookbuilding começa nesta quarta-feira. Além disso, EzTec e Tenda divulgaram prévia operacional do quarto trimestre. Confira os destaques:

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras anunciou a oferta pública de 611,8 milhões de ações ordinárias que o banco estatal BNDES possui na petrolífera, que serão vendidas na B3 e também na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). O valor da venda é estimado em pelo menos R$ 19 bilhões, tomando apenas como referência o valor da ação ON da empresa na B3 no dia 20.  A operação prevê um lote adicional de 20% em relação ao montante inicial — mais 122 milhões de ações. O BNDES tem, hoje, 734,2 milhões de ações da petroleira e, se vendida toda a posição detida, pode levantar cerca de R$ 22,7 bilhões.

O pedido foi protocolado hoje na CVM e o bookbuilding começa nesta quarta-feira. O início do pedido de reserva dos papéis começa dia 29 deste mês, indo até 4 de fevereiro. As negociações das ações brasileiras começarão na B3 em 7 de fevereiro, com data de liquidação no próximo dia 10. “As ações serão ofertadas simultaneamente no Brasil e nos Estados Unidos”, informou a empresa, o que inclui também os ADS que serão negociados na NYSE. No Brasil, os coordenadores da oferta serão o Credit Suisse Brasil, Bank of America Merrill Lynch, Banco Bradesco BBI, BB-Banco de Investimentos, Citigroup, Goldman Sachs do Brasil, Banco Morgan Stanley S.A. e XP Investimentos Corretora de Câmbio S.A.

Nos Estados Unidos, as matrizes e filiais das mesmas empresas ofertarão as ações em Wall Street. O preço das ações será formado sobre a cotação das ações ordinárias (PETR4) na B3 e dos ADSs na NYSE. Na B3, pode levar como base o preço do dia 20 de janeiro do papel ON (R$ 31,98) e na NYSE o preço do ADS no dia 17 (US$ 15,16).

Em outro comunicado, emitido na noite de ontem, a Petrobras confirmou que a Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) tomou uma decisão desfavorável à petrolífera brasileira, que pedia a restituição de R$ 9 bilhões no imposto PIS e na contribuição Cofins relativos à importação nos anos de 2011 e 2012. As taxas foram cobradas sobre contratos de fretes. A Petrobras informou ao mercado que “adotará as medidas judiciais cabíveis à sua defesa”.

Ainda em destaque, o fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) pela Petrobras continua mobilizando os sindicatos. Na terça, um grupo permaneceu na entrada da unidade para impedir a passagem de funcionários que trabalhariam no processo de drenagem dos produtos da fábrica, etapa necessária para garantir o desmonte definitivo da unidade.

De acordo com Gerson Castellano, diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), a ocupação não tem dia nem hora para acabar. O objetivo é pressionar a diretoria da Petrobras a negociar com os sindicatos o fechamento da unidade. Cerca de 1 mil trabalhadores vão ficar sem emprego por conta dessa decisão da estatal.

“Estamos recomendando a todos os trabalhadores da unidade que voltem para casa e não entrem, já que suas atividades vão colaborar para o fechamento da Fafen-PR”, disse Castellano. A Petrobras anunciou o fechamento da Fafen-PR na semana passada, após aprovação pelo conselho de administração.

Em comunicado ao mercado, a direção da companhia afirma que desde que a fábrica foi adquirida, em 2013, vem dando prejuízos recorrentes, e que, de janeiro a setembro de 2019, a perda chega a R$ 250 milhões. A FUP alega, porém, que o prejuízo decorre da política de preços adotada pela estatal, de equiparação à cotação internacional.

Segundo a FUP, o Ministério Público do Trabalho (MPT) do Paraná recebeu funcionários da Fafen-PR na última segunda-feira. Mas, sem a presença de representante da estatal, o encontro não gerou resultados.

Graziottin (CGRA4)

A varejista gaúcha Grazziotin comunicou ontem ao mercado que foi deferido um pedido de crédito tributário, no valor de R$ 23,5 milhões, junto à Secretaria da Receita Federal. Segundo a empresa informou, o crédito é decorrente de uma sentença judicial transitada em julgado.

EzTec (EZTC3)

A construtora paulista Eztec publicou a prévia dos seus resultados do quarto trimestre deste ano. Segundo a Eztec, suas vendas líquidas cresceram 158% em 2019 sobre 2018, para R$ 1,56 bilhão. A empresa afirma que houve uma “escalada” de lançamentos no ano passado, com expansão de 152% sobre o ano de 2018, para R$ 1,89 bilhão. Desse total de lançamentos, R$ 934 o foram no quarto trimestre. A empresa fixou mais uma meta ambiciosa e afirmou que pretende lançar entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões em imóveis em 2020. A Eztec atua na Região Metropolitana de São Paulo.

IRB (IRBR3) e Iguatemi (IGTA3)

A Iguatemi assumiu a participação que o IRB Brasil tinha no Praia de Belas Shopping Centers, de Porto Alegre (RS), e Shopping Center Esplanada, de Sorocaba (SP).

Taurus (TASA3; TASA4)

A Taurus Armas, fabricante brasileira, anunciou ontem que aumentará seu capital social para R$ 520,2 milhões, com a emissão de 3,6 mil novas ações preferenciais, no valor de R$ 18,4 mil. Segundo a empresa, o objetivo do aumento de capital é abater o endividamento da empresa, meta que é perseguida desde 2018.

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Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quarta-feira

Os futuros de Nova York apontam nesta manhã para uma abertura em terreno positivo, após a queda nos mercados provocada ontem pelos temores de propagação do “Vírus de Wuhan”.

As bolsas de valores da Ásia reagiram e fecharam em alta após a China adotar medidas para conter a difusão do vírus mortal que derrubou ativos de risco globalmente ontem, enquanto os mercados europeus abriram mistos, perto da estabilidade. Em dia de poucos indicadores domésticos, as atenções estarão na divulgação dos balanços das empresas nos Estados Unidos e nos dados do setor imobiliário do país.

No noticiário corporativo brasileiro, destaque para o anúncio, pela Petrobras, da venda das ações que o banco estatal BNDES tem na petrolífera.

1.Bolsas mundiais

Os futuros de Nova York estão em terreno positivo e apontam para uma abertura em alta, passado o impacto inicial do risco de uma pandemia do “vírus de Wuhan”. Na Ásia, as bolsas de valores se recuperaram parcialmente das quedas de ontem e hoje fecharam com ganhos, enquanto na Europa os mercados abriram em leve alta e operam perto da estabilidade.

Com poucos indicadores na agenda, o mercado deverá aguardar hoje a publicação dos balanços da Johnson & Johnson e da Texas Instruments em Nova York.

O governo da China disse que aumentará a triagem e os controles para combater o crescente surto do novo vírus respiratório, com centenas de milhões de pessoas viajando durante o feriado do Ano Novo Lunar. A notícia de que a doença se espalhou para Hong Kong, segundo uma TV a cabo contudo, conteve o alívio; a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidirá esta quarta se declara o vírus uma emergência de saúde pública.

Conforme aponta a Bloomberg, as autoridades ordenaram o fechamento quase completo da cidade de Wuhan, onde o vírus se originou, com o número de mortos aumentando para nove e os casos confirmados se estendendo a seis locais fora da China continental, incluindo o primeiro diagnóstico nos EUA. O aprendizado de Pequim sobre o surto de SARS em 2002-2003 e o fato de o país estar mais equipado podem ajudar o governo a enfrentar novo risco; porém, a transmissão pode ser favorecida pelo papel maior do consumo, turismo e outras atividades de lazer na China de hoje. Assim, as dúvidas sobre o virus chinês ainda permanecem.

Veja o desempenho dos mercados, às 7h30 (horário de Brasília):

Nova York
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,37%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,60%
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,29%

*Dax (Alemanha) , +0,11%
*FTSE (Reino Unido), +0,29%
*CAC 40 (França), -0,03%
*FTSE MIB (Itália), -0,54%

*Hang Seng (Hong Kong), +1,27% (fechado)
*Xangai (China), +0,28% (fechado)
*Nikkei (Japão), +0,70% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +1,23% (fechado)

*Petróleo WTI, -0,69%, a US$ 57,98 o barril
*Petróleo Brent, -0,63%, a US$ 64,18 o barril

**Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian fecharam com alta de +0,67%, cotados a 673,000 iuanes, equivalentes a US$ 97,51 (nas últimas 24 horas). USD/CNY= 6,9013 (+0,12%)
*Bitcoin, US$ 8.653,21, -0,88%

2. Indicadores econômicos

Dia forte de indicadores nos Estados Unidos, onde serão publicados o índice nacional das vendas de casas de dezembro, ao meio-dia. O Federal Reserve de Chicago publica às 10h30 o índice de atividade de dezembro na sua região.

 

3. Impeachment de Trump

Ainda em destaque nos EUA, depois de mais de 11 horas de discussão, o Senado americano definiu nesta madrugada as regras do julgamento de impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A maioria republicana também rejeitou todas as 11 tentativas da oposição democrata de convocar novas testemunhas contra o presidente. O julgamento será retomado durante a tarde.

4. Paulo Guedes em Davos 

A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, apresenta hoje a um grupo de 20 grandes investidores internacionais em Davos, Suíça, uma carteira de projetos no Brasil avaliada em R$ 320 bilhões, informa o jornal O Estado de S. Paulo. Um dos destaques dos projetos, que incluem privatizações, será o leilão da quinta geração de telefonia móvel no Brasil.

A agenda do Ministro da Economia em Davos inclui reuniões com os presidentes do Uber, Dara Khosrowshahi, e da Apple, Tim Cook; ele reúne-se ainda com o comissário de Comércio da União Europeia, Phil Hogan, e a ministra de Comércio da Coreia do Sul, Yoo Myung-hee.

5; Noticiário corporativo

A Petrobras anunciou a oferta pública de 611,8 milhões de ações ordinárias que o banco BNDES tem na empresa, que serão vendidas na B3 e na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). O valor aproximado da operação é estimado em R$ 19 bilhões, tomando apenas como referência o valor da ação ON da empresa na bolsa paulista no dia 20.

O valor da venda, contudo, também levará em conta o preço do ADS negociado na NYSE no dia 17, ao redor de US$ 15. O bookbuilding começa nesta quarta-feira. A empresa também divulgou a lista dos bancos e corretoras que coordenação a operação no Brasil e nos Estados Unidos. Ainda no radar da estatal, ela obteve decisão desfavorável do Carf em processo R$ 9 bilhões.

Ainda em destaque, a IRB vendeu para Iguatemi fatias em 2 shoppings por R$ 260,1 milhões. A Tenda apresentou vendas líquidas de R$ 615,9 milhões, enquanto a EzTec vendeu R$ 543 milhões no quarto trimestre de 2019, apontam as prévias operacionais. Já a  Klabin acertou constituir SPE com Timo para exploração florestal

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Petrobras tem decisão desfavorável do CARF em processo de R$ 9 bilhões

A Petrobras informou que a Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) proferiu nesta terça-feira (21), decisão desfavorável em processos administrativos fiscais que tratam da cobrança de PIS/Cofins-Importação sobre as remessas ao exterior para pagamento de contratos de afretamento em 2011 e 2012.

O valor é de aproximadamente R$ 9 bilhões.

A petrolífera afirma que vai aguardar a intimação sobre a decisão, e que adotará as medidas cabíveis para a sua defesa.

De acordo com a nota, o julgamento não altera a classificação de expectativa de perda possível.

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Huawei lança fone sem fio no Brasil para concorrer com Apple

Fone de ouvido FreeBuds 3 da Huawei em cima de uma mesa

SÃO PAULO – Em expansão no Brasil desde maio do ano passado, quando retornou ao mercado local com celulares da linha P30, a Huawei se prepara para lançar novos produtos da linha Wearables no país.

O relógio inteligente Watch GT 2 e o fone de ouvido sem fio FreeBuds 3, estarão disponíveis a partir desta quinta (23), nos e-commerces parceiros da marca com preços que variam entre R$ 1299,00 a 1699,00.

Os acessórios são equipados com o primeiro chip com conectividade Bluetooth 5.1 ​​do mundo, o Kirin A1, desenvolvido pela própria companhia. A tecnologia pode fornecer velocidade de transmissão Bluetooth de até 6.5 Mbps.

Menor que o Apple H1, processador dos AirPods, a Huawei garante que o chip do FreeBuds 3 oferece 30% mais performance e 50% mais eficiência energética do que os fones da Apple. Saindo por R$ 1299,00, o fone de ouvido da multinacional chinesa conta com sistema de redução de ruídos em tempo real para o usuário.

Já o Watch GT 2 chega ao Brasil em duas versões de 42 mm e 46 mm e é integrado aos smartphones do sistema Android. De acordo com a companhia, o aparelho possui bateria que pode durar até duas semanas, sendo capaz de realizar funções como: monitoramento de exercícios, tempo de sono e aferição da frequência cardíaca. Os modelos custam R$ 1499 reais, para a versão de 42mm, e R$1699 reais, para a de 46mm.

Sofrendo fortes embargos por parte dos Estados Unidos, que impede empresas americanas de fornecerem uma variedade de produtos, como semicondutores e software, a Huawei registrou aumento de 18% das vendas, atingindo um novo recorde de 850 bilhões de yuans (US$ 122 bilhões) no ano passado.

A marca é vice-líder no mercado global de vendas de smartphone – perdendo apenas para a Samsung (21%), conforme dados da Counterpoint, segue investindo no Brasil para ocupar o espaço que conquistou mundialmente.

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Lucro da Netflix dispara 338%, mas projeção de novos clientes preocupa

A Netflix registrou lucro líquido de US$ 587 milhões no quarto trimestre de 2019, um aumento de 338,06% em relação a igual período de 2018. O lucro por ação diluído ficou em US$ 1,30, acima da projeção de analistas consultados pelo FactSet, de US$ 0,52.

A receita líquida do serviço de streaming somou US$ 5,467 bilhões no mesmo período, um crescimento de 30,6% na comparação anual.

Para 2020, a Netflix prevê receita líquida de US$ 5,731 bilhões, lucro líquido de US$ 750 milhões e lucro por ação diluído de US$ 1,66.

Além disso, a companhia também registrou 8,8 milhões de novos assinantes entre outubro e dezembro do ano passado, superando os 7,6 milhões previstos por ela. No acumulado do ano, foram adicionados 27,8 milhões de usuários, também acima dos 26 milhões projetados.

Por outro lado, apesar da empresa não separar seus números por país, na América do Norte foram apenas 550.000 novos assinantes, o que representa menos de 0,6% do total adicionado no período. Isso levanta preocupações por conta do forte aumento da concorrência nos EUA, principalmente por conta do Disney+.

Em carta aos acionistas, os executivos da Netflix projetaram a adição de 7 milhões de novas contas para o primeiro trimestre, contra 9,6 milhões novos clientes no início de 2019, período em que o resultado neste quesito foi recorde.

Estas projeções mais conservadoras chegaram a fazer as ações caírem logo após a divulgação. Porém, os papéis da empresa ganharam força em seguida, registrando forte alta de 2,5% às 19h30 (horário de Brasília).

(Com Agência Estado)

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Coronavírus: o vírus misterioso que abala a China e é o mais novo fator de risco para os mercados mundiais

SÃO PAULO – Um novo fator de risco está abalando os mercados mundiais: trata-se do novo coronavírus, um “misterioso” vírus que levou ao menos a seis mortes na cidade de Wuhan, na China, e atingiu outras 300 pessoas.

Tal vírus levou ao surto de uma doença, que causa uma espécie de pneumonia, e está levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a preparar reunião de emergência e diversos países asiáticos e da Oceania a adotarem procedimentos de controle sistemático nas chegadas de voos procedentes das zonas de riscos. O coronavírus gerou ainda mais temores após a notícia de que é transmissível entre humanos e, mais ainda, com a notícia de que chegou ao Estados Unidos, elevando preocupações de uma epidemia mundial.

Um viajante, cuja identidade está sendo preservada, foi diagnosticado em Seattle, após chegar de Wuhan. Até o momento, a origem do vírus não foi identificada, mas acredita-se que tenha surgido de um animal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Além da China e agora EUA, Japão, Tailândia, Taiwan e Coreia do Sul também já foram afetados.

Com essas notícias, o MSCI Emerging Markets Index registrou a sua maior queda em cinco meses nesta terça-feira (21), com baixa de 1,7%, enquanto as moedas emergentes também registraram baixas, capitaneadas pelo won sul-coreano e pelo peso colombiano. No Brasil, o Ibovespa teve queda de 1,54%, a 117.026 pontos, enquanto o dólar superou os R$ 4,20, na maior cotação desde dezembro.

Os coronavírus são uma família viral que causa infecções respiratórias de leves a graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que matou cerca de 800 pessoas no início do milênio.

Por sinal, o episódio do SARS ocorrido em 2003 está sendo usado como parâmetro para os analistas de mercado e investidores entenderem qual pode ser o impacto do coronavírus na segunda maior economia do mundo, uma vez que abalou os mercados 17 anos atrás.

Com o Ano Novo Lunar agora no dia 25, o risco de contágio no país aumenta já que os chineses costumam viajar mais, aumentando o risco de contaminação.

Em relatório, os estrategistas do Credit Suisse apontam que, com base nas informações disponíveis até agora, a facilidade de transmissão é aparentemente menor que a de SARS. Portanto, o impacto poderia ser menor também.

Para eles, sobre China, tendo como base a experiência de 2003, o impacto negativo desse surto de doença provavelmente será limitado em termos de produção. Por outro lado, naquele ano, o impacto no consumo e no turismo foi muito significativo, uma vez que os turistas evitaram ir para o país  e os habitantes evitaram ir a áreas lotadas durante o pico do surto.

O crescimento das vendas no varejo no segundo trimestre de 2003 caiu acentuadamente, enquanto setores como hotéis, aéreas e lojas de departamento foram fortemente abalados. O impacto na economia de Hong Kong foi semelhante, com o varejo e o turismo sofrendo um grande golpe durante o pico da doença e só começando a melhorar no segundo semestre daquele ano.

“Antes da mudança na política do governo em 17 de abril de 2003, o mercado chinês teve um desempenho ruim, refletindo a fraqueza da economia e o medo do surto da doença atravessar a fronteira. Com a mudança de política e liberação de informações mais confiáveis e frequentes, que
mostrou o pico de novos casos, o mercado logo chegou ao fundo, e depois se recuperou fortemente na segunda metade do ano”, avaliam os estrategistas.

Assim, aponta o Credit, com base na trajetória de 2003, a expectativa é de que o mercado chinês será afetado negativamente no curto prazo. As ações chinesas negociadas em Hong Kong, por exemplo, tiveram sua pior performance diária desde outubro de 2018 na sessão desta terça-feira.

“Mas, se o governo puder garantir informações confiáveis ​​e atualizadas, é provável que o mercado fique menos volátil e se recupere à medida que sejam relatados declínios de novos casos”, apontam Vincent Chan e Wenting Yu, estrategistas do banco suíço. Na China, a expectativa é de que haja um impacto negativo para as ações de aéreas, de hotelaria e turismo, enquanto o setor de saúde pode se beneficiar.

As commodities, no momento, também estão sendo afetadas, ainda que de magnitudes diferentes. Os contratos futuros do petróleo fecharam em baixa. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para março caiu 0,34%, a US$ 58,38 o barril. Já o contrato do Brent para o mesmo mês recuou 0,94%, a US$ 64,59 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Na avaliação de Phillip Streible, da Blue Line Futures, o mercado de petróleo reagiu hoje à “possibilidade de declínio do consumo de energia devido ao impacto do coronavírus nas viagens de férias na China”.

Os contratos futuros de ouro também fecharam em queda com o temor de que as importações chinesas sejam afetadas, já que o país produz, mas também importa a commodity para suprir sua demanda interna.

Uma epidemia viral dentro da China poderia prejudicar a compra de ouro físico, em um período de pico de férias com milhares de chineses viajando para aproveitar as folgas do Ano Novo Lunar. É o que aponta o analista da FXTM Lukman Otunuga. “O surto certamente representa um risco econômico para a China e seus vizinhos próximos, especialmente se o turismo, as viagens aéreas e outras indústrias forem afetadas”, avalia o especialista.

O Commerzbank destaca, em relatório enviado a clientes, que a demanda por ouro na China já vinha em queda em 2019, como informou nesta terça a China Gold Association. “A demanda de ouro caiu 13% para cerca de 1.000 toneladas em 2019”, aponta o relatório, informando que a produção de ouro da China também caiu. “Com uma produção de 380 toneladas, a China continua sendo o maior produtor mundial de ouro. A China usa as importações para preencher a lacuna entre produção e demanda doméstica”, acrescenta o Commerzbank.

Sem tantos riscos nos EUA por enquanto…

Em meio aos temores, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) americano buscou tranquilizar os americanos após a confirmação do primeiro caso nos EUA.

Em relatório, a instituição explica que o nível de detalhamento da doença ainda não é claro. Segundo o documento, embora sintomas graves e mortes tenham sido relatados na China, alguns pacientes não apresentaram complicações e logo tiveram alta.

O CDC ressalta que não é tão comum que a disseminação desse tipo de vírus ocorra entre pessoas, como aconteceu com a síndrome respiratória aguda (Sars, na sigla em inglês) e a síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers, na sigla em inglês), que são da mesma família do novo coronavírus.

“A confirmação de que uma limitada disseminação de pessoa para pessoa desse vírus está ocorrendo na Ásia aumenta o nível de preocupação, mas o CDC continua acreditando que o risco do 2019-nCoV para o povo americano, em geral, permanece baixo neste momento”, conclui.

… mas há mais focos no radar?

De qualquer forma, mesmo com os riscos aparentemente controlados, vale ressaltar que a China continua sendo o marco zero para o surgimento de muitas novas infecções perigosas, conforme aponta reportagem da Bloomberg. Mercados de produtos frescos, onde consumidores se misturam em espaços estreitos com aves vivas e cobras, são vistos como uma das principais razões.

A China fez progressos no monitoramento e detecção de doenças infecciosas desde a SARS e reforçou controles sobre a venda de animais exóticos, considerados nutritivos em algumas partes do país. No entanto, os mercados, que oferecem condições que podem desencadear contágios potencialmente fatais, continuam populares e são uma parte central da vida em muitas cidades da Ásia.

“As galinhas recém-mortas são muito melhores do que a carne congelada nos supermercados, se você quiser fazer uma canja perfeita”, disse um local chamado Ran, de 60 anos, à reportagem. “O sabor é mais rico.”

A preferência por carne in natura de animais que não foram colocados em quarentena de forma apropriada ou selvagens “torna a China suscetível ao risco de novos surtos de vírus por meio do contato próximo de animais e humanos”, disse Wang Yuedan, professor de imunologia da Escola de Ciências Médicas Básicas da Universidade de Pequim. “O mesmo se aplica ao ebola, que surgiu como resultado do consumo de animais da floresta na África.”

Por enquanto, o CDC americano faz algumas recomendações para que a população evite contrair a doença: as pessoas podem se proteger do vírus lavando as mãos com água e sabão, evitando tocar nos olhos, nariz ou boca e mantendo-se afastadas das pessoas doentes. Muitas pessoas na China também compraram máscaras para se protegerem do surto.

(Com Bloomberg, Dow Jones e Agência Estado)

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Este gráfico mostra onde está concentrada a riqueza do mundo; o que falta para o Brasil chegar lá?

SÃO PAULO — Os Estados Unidos detêm 30% da riqueza do mundo, um total de US$ 105,99 trilhões. Na segunda posição, a China aparece com US$ 63,83 trilhões (17,7%). O Japão completa o pódio, com US$ 24,99 trilhões (6,93%).

As informações são do relatório anual de riqueza global do Credit Suisse, referente a 2019, ilustradas no infográfico do HowMuch. O banco suíço define riqueza, ou “patrimônio líquido”, como a soma total de todos os ativos financeiros menos todas as dívidas.

Em conjunto, os países da Ásia têm um patrimônio líquido mais alto que os Estados Unidos, totalizando US$ 141,21 trilhões, ou cerca de 39% da riqueza global.

Segundo o Credit, a China ultrapassou os EUA pela primeira vez em quantidade de milionários nos 10% mais ricos do mundo, chegando a 100 milhões de pessoas — os EUA têm 99 milhões de membros no grupo.

Do outro lado, o estudo do banco suíço evidencia a diferença enorme entre as regiões mais ricas e mais pobres do mundo. A África e a América Latina controlam apenas 1,14% e 2,75% da riqueza do mundo, respectivamente.

Já os EUA, a Europa e a China controlam quantidades comparáveis ​​da riqueza do mundo, indicando a importância das relações comerciais entre essas regiões para a economia global.

“Alguns fatores justificam a baixa participação da América Latina na riqueza global. Um deles é histórico: a região entrou no capitalismo industrial tardiamente, muito tempo depois do resto do mundo”, explica Fernando Ribeiro Leite, professor de economia do Insper.

O economista também aponta como fator que atrapalha a região seus problemas característicos, como o histórico de falta de controle na balança de pagamentos, casos de calotes de dívidas, cenário político conturbado, hiperinflação etc.

“Nos últimos governos que tivemos aqui no Brasil, não houve foco em acordos multilaterais que facilitassem o comércio exterior. O Brasil, assim como seus pares na América Latina, ainda é muito fechado para o resto do mundo”, disse o professor.

“O Brasil não pode fazer um acordo tarifário aduaneiro porque o Mercosul supõe que a tarifa dos países membros tem que ser a mesma. É um dilema que está colocado: desmanchamos o Mercosul para nos aproximarmos de nações comercialmente mais importantes ou permanecemos no grupo e tentamos fortalecê-lo?”, completou.

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Ibovespa cai 1,5% em meio a vírus chinês e queda de bancos; dólar sobe com México

SÃO PAULO – O Ibovespa fechou em forte baixa nesta terça-feira (21) seguindo a fraqueza das bolsas internacionais após o “Vírus de Wuhan” atingir os Estados Unidos. Um turista chinês foi diagnosticado com o coronavírus em Seattle.

Desde o início da sessão, as bolsas já caíam depois do governo chinês confirmar que o vírus, que já matou três e contaminou 200 pessoas, é propagado pelo contato com doentes. A queda das bolsas dos EUA hoje foi a maior desde agosto.

Especialistas afirmam que além das preocupações com a saúde, há temores de que o coronavírus evolua para uma pandemia. Muitos lembram da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que também surgiu na China e matou 800 pessoas no mundo todo entre 2002 e 2003.

O Ibovespa caiu 1,54% a 117.026 pontos – maior queda desde 8 de novembro – com volume financeiro negociado de R$ 22,091 bilhões.

Nesta terça, novamente os bancos foram os vilões do pregão, uma vez que Itaú Unibanco caiu 2,1%, Bradesco teve queda de 3,5% e Banco do Brasil recuou 2,8%. Desde o fim do ano passado, as ações das instituições financeiras sofrem com medidas do governo como reduzir os juros do cheque especial e permitir que clientes de fintechs possam pagar contas como luz, água e telefone.

Enquanto isso, o dólar comercial registrou alta de 0,4%, a R$ 4,2054 na compra e R$ 4,206 na venda, chegando ao seu maior preço de fechamento desde 2 de dezembro.

O dólar futuro com vencimento em fevereiro tem alta de 0,56% a R$ 4,2185. O câmbio refletiu o anúncio do Banco Central do México, que irá fazer um leilão de swap para estender o prazo da dívida do governo.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 caiu cinco pontos-base a 5,02%, o DI para janeiro de 2023 recuou seis pontos-base a 5,60% e o DI para janeiro de 2025 teve queda de dois pontos-base a 6,36%.

Ainda no noticiário macro, a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou ontem a nota de Hong Kong de Aa2 para Aa3 por conta dos protestos que já duram mais de seis meses na região.

Por aqui, o mercado ficou atento às falas do ministro da Economia, Paulo Guedes, que discursou no Fórum Econômico Mundial de Davos. Guedes destacou cortes de despesas e disse que o Brasil crescerá um ponto percentual a mais por ano. Ele comparou a economia brasileira com uma “grande baleia, de dimensões continentais” e disse que o governo está “removendo os arpões que travavam o crescimento” do País, citando o descontrole fiscal.

Na véspera, as declarações de Guedes voltaram a fazer o dólar subir, com o ministro reiterando que a combinação de juros mais baixos e câmbio mais alto são o “novo normal” no Brasil.

Nos Estados Unidos, o Senado começou a julgar se o presidente Donald Trump será ou não afastado do cargo. O processo de impeachment foi aprovado pela Câmara dos Deputados no fim do ano passado e se baseia na acusação de que Trump tenha cometido abuso de autoridade ao pedir ao presidente eleito da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que investigasse o adversário político do americano, Joe Biden, do Partido Democrata.

Em discurso na manhã de hoje em Davos, Trump afirmou que os Estados Unidos estão “no meio de um boom econômico que o mundo nunca viu antes”. Os “ótimos números” da economia, acrescentou, ocorrem apesar da política monetária do Federal Reserve. Trump é crítico da autoridade monetária, defendendo que o Fed corte mais os juros para estimular a atividade econômica.

O presidente americano afirmou que a “maior parte” das tarifas comerciais impostas à China vai continuar em vigor durante as negociações da próxima etapa do acordo bilateral, conhecida como “fase 2”, que começarão “muito em breve”. Ele ainda comemorou a assinatura da “fase 1” do acordo, na semana passada. “Nossa relação com a China neste momento nunca esteve melhor”, destacou.

Trump lembrou que o acordo prevê que a China gaste cerca de US$ 200 bilhões adicionais em bens e serviços americanos, mas apontou que o montante pode chegar a algo próximo de US$ 300 bilhões.

Noticiário corporativo

Matéria publicada hoje no jornal Valor Econômico informa que a Petrobras (PETR3; PETR4) espera obter mais de R$ 3,35 bilhões com a venda dos 10% restantes que possui na Transportadora Associada de Gás (TAG). No ano passado, a francesa Engie e o fundo canadense Casse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ) compraram 90% da TAG por R$ 33,5 bilhões.

A Caixa Seguridade Participações fechou um acordo com a Icatu Seguros para vender títulos de capitalização, durante 20 anos, nas agências da Caixa Econômica Federal (CEF). A Icatu investirá R$ 180 milhões na nova empresa que fará essa operação. Já o Banco Inter comprou 70% do capital da DLM, uma gestora que tem uma carteira de R$ 4,5 bilhões.

Maiores altas

Ativo Variação % Valor (R$)
RADL3 4.69314 124.7
BRKM5 3.57247 35.66
TIMP3 2.57827 16.71
VVAR3 1.78444 14.26
HAPV3 1.64687 64.19

Maiores baixas

Ativo Variação % Valor (R$)
HGTX3 -12.11348 27.57
SANB11 -4.52174 43.92
CVCB3 -3.60976 39.52
GOLL4 -3.25397 36.57
BBDC4 -3.25086 33.63

A construtora e incorporadora imobiliária Even (EVEN3) publicou uma prévia dos seus resultados do quarto trimestre de 2019, informando que teve uma expansão de 46% na receita líquida, para R$ 583 milhões no período. Já a Cyrela (CYRE3) anunciou que as vendas contratadas somaram R$ 2,06 bilhões no quarto trimestre de 2019.

A Hering (HGTX3) divulgou na noite de ontem uma prévia do seu resultado do quarto trimestre de 2019. A empresa informou que teve uma queda de 5,2% no faturamento bruto, que foi de R$ 502,9 milhões no período.

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