China pressiona margens de produtores de carne bovina e impacta frigoríficos brasileiros

(Bloomberg) — Exportadores brasileiros de carne bovina enfrentam um aperto nas margens diante da pressão de preços de seu maior cliente, uma reviravolta em relação à situação de mercado de dois meses atrás.

Depois que os altos preços esfriaram a demanda chinesa por carne bovina, importadores do país asiático estão renegociando contratos com exportadores do Brasil.

Os preços mais recentes oferecidos pela China para a carne bovina, de 25% a 30% abaixo do pico de novembro, não cobririam os custos de compra de gado, que dispararam nos últimos meses de 2019.

Frigoríficos brasileiros estão pagando, em média, R$ 190,60 por arroba do boi gordo, segundo o Cepea, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada ligado à Universidade de São Paulo. Embora seja 17% inferior em relação ao pico de 29 de novembro, o preço teria que cair para cerca de R$ 170 para tornar os embarques de carne bovina para a China rentáveis sob os novos termos.

O mercado doméstico também enfraqueceu. Os preços no atacado da carne bovina em São Paulo caíram cerca de 20% em relação ao pico de novembro.

É uma grande reviravolta em relação à euforia do fim do ano passado, quando os mercados globais de carne se expandiam em meio à batalha da China para compensar a falta de proteínas causada pela propagação da peste suína africana.

Agora, mais frigoríficos da América do Sul podem exportar para a China, o que também significa mais concorrência. Em setembro e novembro, Pequim habilitou mais 22 frigoríficos brasileiros para exportar carne bovina, sendo que a maioria deles entrou no mercado chinês nos últimos meses de 2019.

Outro fator que pode aumentar a competição nas exportações para a China é a primeira fase do acordo comercial entre o país asiático e os Estados Unidos, que pode levar à retomada dos embarques norte-americanos para aquele país.

O governo chinês reduzirá as exigências sobre uso de hormônios para as importações de carne bovina dos EUA dentro de um mês, um grande obstáculo que impedia que a maioria da carne norte-americana fosse exportada para o país asiático.

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4 passos para se organizar e conseguir se aposentar sem perrengues

SÃO PAULO – Alcançar a tão sonhada independência financeira é o objetivo de milhões de brasileiros, mas o caminho para poder se aposentar do trabalho e viver do rendimento das suas economias leva tempo e exige uma enorme disciplina.

Mas, quanto antes você começar a pensar nisso, menor será o sacrifício. Como explica Reinaldo Domingos, presidente da ABEFIN (Associação Brasileira de Educadores Financeiros) e pHd em Educação Financeira, o segredo para poder se aposentar mais cedo e garantir sua independência financeira é ter o tempo ao seu favor.

“É preciso começar o quanto antes, e começar sempre é a maior dificuldade. Planejar a aposentadoria está muito ligado ao primeiro deposito”, explica Domingo em entrevista ao InfoMoney.

Segundo o executivo, o mais complicado nessa situação é adquirir o hábito de poupar sempre.

Para ele, porém, de nada importa conseguir economizar uma boa quantia mensalmente, se a pessoa não tem um foco bem definido de como vai administrar esse montante com o passar dos anos.

“Se, a partir de hoje, você não recebesse mais seu ganho mensal, por quanto tempo você conseguiria manter seu atual padrão de vida? Se sua resposta for curta, você está muito longe da independência financeira. E sugiro pensar em como será sua resposta em 10 anos”.

Para ajudar aqueles que querem se aposentar mais cedo, o InfoMoney preparou quatro dicas que podem ajudar a conseguir a independência financeira mais cedo. Confira:

1. Faça um constante diagnostico financeiro

Assim como um check-up médico, realizar um estudo sobre o estado das suas finanças pessoais é o que dará um norte sobre suas maiores despesas, gastos e necessidades. Afinal, é uma forma de saber quais são os sintomas que estão te levando ao desequilíbrio financeiro.

O objetivo aqui é analisar todas as transações, tanto as de entrada quanto as de saída, para entender como o dinheiro se comporta na sua vida.

“Recomendo registrar tudo o que ganha e tudo que é gasto para entender para onde esta indo o dinheiro. O diagnostico é uma fotografia da situação financeira atual e serve, principalmente, para reduzir seus gastos e evitar desperdícios”

É recomendado, também, traçar uma média dos seus gastos anuais para verificar quanto custa manter seu padrão de vida atual. Esse cálculo vai servir como base para avaliar o montante necessário para bancar seus gastos anualmente nos próximos anos.

O executivo ainda explica uma fórmula que criou para quantificar o montante necessário para se aposentar.

“O montante que a pessoa deverá ter guardado mensalmente terá que proporcionar um ganho mensal do dobro do seu atual padrão de vida”, sugere Domingos.

Já o americano Grant Sabatier, autor do livro Financial Freedom (Liberdade financeira, em tradução livre), sugere acumular entre 25 e 30 vezes suas despesas anuais para conseguir viver o resto da vida sem precisar trabalhar.

Segundo Sabatier – que chegava a economizar cerca de 82% de sua renda anual – a cada US$ 100 dólares economizados, você compra seis dias de liberdade financeira no futuro.

2. Estabeleça metas e propósitos

Como dito anteriormente, de nada adianta poupar sem foco. Para Domingos, é fundamental que a pessoa “carimbe” o dinheiro que está poupando.

Carimbar o dinheiro significa, em termos mais claros, estabelecer um único propósito para as economias.

“Quem quer se aposentar mais cedo precisa fazer escolhas. Carimbar o dinheiro para a aposentadoria significa que eu estou guardando esse valor para um único objetivo: me aposentar mais cedo. Sei que é um enorme sacrifício, mas é a melhor forma de conseguir resultados”, explica o executivo.

De acordo com Domingos, planos e metas são uma maneira de avaliar o quão bem a pessoa está se saindo com seu objetivo de se aposentar mais cedo.

“Defina planos concretos de cinco, dez e mais de dez anos. Planeje onde quer estar e quanto quer ter economizado até então. É importante não listar o sonho de alcançar a independência financeira como uma meta, já que ela é uma necessidade, não um sonho”, conclui Domingos.

3. Monte um orçamento adequado à sua realidade

Poupar a maior parte do salário mensal é o ideal para se aposentar antes da média, mas é preciso analisar se isso é plausível com a sua realidade.

Antes de querer poupar até o último centavo, saiba que é crucial manter os gastos fundamentais sob controle.

Montar um orçamento é colocar na ponta do lápis a maneira que a sua renda será distribuída. É, além de separar o que irá para pagar contas e despesas, orçar quanto será investido nesse mês.

Para Domingos, a parte de adequar estratégias de economia com a sua realidade financeira é uma das mais importantes.

“De nada adianta poupar para o futuro se você não está nem vivendo o presente. A parte de montar seu orçamento financeiro é onde você realmente vai poder materializar seus sonhos”.

Domingo explica que, independentemente do perfil financeiro da pessoa, é possível planejar para, aos poucos, começar um hábito de economizar. Para ele, cada pessoa e cada caso faz o seu prazo.

“Mesmo para os casos onde a pessoa está endividada há saída. Comece guardando o mínimo, mas comece. Começar é ideal para a pessoa sentir que está mudando algo na sua vida. O que determina o tempo necessário para se alcançar a tão sonhada independência financeira é o esforço, sacrifício e dedicação”, conclui Domingos.

4. Poupe e invista todas as sobras

Quem pensa em conquistar uma aposentadoria não pode deixar de lado os investimentos. Poupar e economizar é essencial para começar, mas fazer essas economias renderem é tão importante quanto.

De acordo com Domingos, seja em renda fixa ou em renda variável, é imprescindível ficar atento às oportunidades de alocação de recursos que, no médio e longo prazo, farão seu dinheiro render e garantirão uma aposentadoria tranquila e financeiramente independente.

“Não existe um melhor investimento para garantir uma aposentadoria mais cedo, mas sim os melhores investimentos. Uma carteira diversificada é um dos segredos. LCI, LCA, FIIs, títulos do Tesouro e até mesmo ações de primeira linha podem ser bons investimentos”, explica o executivo. Domingos também afirma que a previdência privada pode ser um caminho.

Mas é preciso lembrar que antes de pensar em qualquer tipo de investimento, é essencial que o hábito de poupar e economizar já esteja enraizado na personalidade.

“As pessoas querem investir e só pensam em rentabilidade, mas o primeiro passo é entender como e por que poupar. O que fazer com o dinheiro vem depois de aprender o valor real dele”, adverte Domingos.

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Intenção de consumo das famílias tem melhor janeiro desde 2015

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), chegou a 97,1 pontos em janeiro, alcançando seu melhor resultado para um mês de janeiro desde 2015. Segundo a pesquisa, divulgada hoje (22), em relação ao mesmo período de 2019, houve crescimento de 1,2%.

Com o ajuste sazonal, a ICF apresentou uma retração mensal de 0,3%. Apesar de ser a segunda consecutiva na série dessazonalizada, a queda foi menos intensa do que a registrada em dezembro de 2019 (-0,8%).

De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os números mostram que os consumidores estão cautelosos com seus gastos no curto prazo, mas representam um cenário mais otimista no longo prazo, além de serem um indicativo de que a economia brasileira deve ter um 2020 melhor que 2019. “Os resultados estão alinhados com uma melhora da percepção econômica, já sinalizada pelo aumento da confiança dos empresários do comércio, que também teve seu melhor janeiro em anos. Os indicadores medidos neste primeiro mês traduzem uma recuperação gradual, impulsionados pela inflação baixa e redução nas taxas de juros”, afirmou, em nota.

Crédito

O item acesso ao crédito apresentou aumento de 0,3% na passagem de dezembro para janeiro, após queda de 1,2% em dezembro. O indicador atingiu 91,7 pontos, o maior nível desde maio de 2015. Na comparação anual, o crescimento foi de 5,6%.

Segundo a CNC, a melhora na percepção das famílias em relação ao mercado de crédito também pode ser observada pela redução da quantidade de brasileiros que acredita que comprar a prazo está mais difícil: 39% contra 39,7% em dezembro e 40,5% em janeiro de 2019.

A parcela de brasileiros que avaliou o momento como positivo para comprar bens duráveis atingiu 34,6%, o maior percentual desde abril de 2015 e acima dos 32,7%, observados no mês anterior, e dos 32% registrados em janeiro passado. Dos sete componentes da ICF, este foi o item que apresentou as maiores variações positivas em ambas as bases de comparação – mensal (+3,3%) e anual (+7,4%) –, chegando ao melhor patamar desde abril de 2015.

Renda

Outro destaque da pesquisa foi o indicador renda atual, que apresentou crescimento de 3,8% em relação a janeiro do ano passado, chegando a 112,7 pontos e alcançando o maior nível desde maio de 2015. O item registrou retração no comparativo mensal, com queda de 1,3%. O item emprego atual contabilizou queda de 1,6% na passagem de dezembro para janeiro.

Segundo a economista da CNC responsável pelo estudo, Catarina Carneiro da Silva, essas quedas podem ser explicadas pelo fato de janeiro ser um mês em que uma parte dos contratos de empregos temporários é encerrada. “Normalmente, também há uma redução de renda neste período, visto que os funcionários não sentem os efeitos do benefício do décimo terceiro e da disponibilidade do saque do FGTS, como em dezembro. Além, claro, dos gastos sazonais no início do ano, como IPTU, IPVA e matrículas escolares.”

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Saiba quem está por trás dos melhores fundos de crédito privado do país

SÃO PAULO – Análise rigorosa das empresas, cautela na captação de recursos e gestão ativa do portfólio. Em linhas gerais, esses foram os ingredientes para o sucesso dos três fundos de crédito privado premiados pelo ranking InfoMoney-Ibmec 2020.

Classificados pelo histórico de rendimentos ajustado ao risco nos últimos três anos, os fundos AF Invest Geraes, JGP Corporate e XP Top geraram um retorno de pelo menos 27% no período, contra um CDI de 24,2% (veja os primeiros colocados em outras categorias aqui).

O caminho, no entanto, não foi livre de obstáculos. O ajuste nas taxas pagas por títulos corporativos, por exemplo, balançou o mercado de crédito privado no último trimestre de 2019.

Os gestores dos fundos apontam que a capacidade de avaliar momentos em que riscos e prêmios ficam desalinhados é o que permite proteger o patrimônio dos cotistas. Mesmo assim, volatilidade faz parte da classe: por melhor que sejam conduzidos, os três fundos rodaram abaixo do CDI em outubro e novembro.

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Para reduzir o impacto de eventos como esse, Pedro Sternick, sócio responsável pela gestão da AF Invest, afirma que a casa não hesita em fechar para captação quando o mercado de dívida apresenta emissões de títulos de qualidade ou preços não considerados satisfatórios.

“Ficamos fechados no início de 2019 porque não houve melhoria de balanços das empresas que justificasse o baixo nível de prêmio que estava sendo pago”, aponta. “Vimos uma demanda exagerada e não tínhamos necessidade de captar a qualquer custo para alocar a qualquer preço. Sofremos, mas muito menos em relação a outros fundos.”

Fora do eixo Rio-SP

A AF Invest foi criada em 2006 como um braço de gestão da boutique de investimentos Araújo Fontes, fundada há 30 anos e com sede em Belo Horizonte.

O nascimento da gestora e o desenvolvimento dos fundos está relacionado a ramos mais antigos da Araújo Fontes. Depois de a parte de fusões e aquisições assessorar um empresário na venda da sua companhia, a AF Invest foi montada para gerir os recursos dele, surgindo no formato de um single family office.

“Após o negócio da gestão já estar constituído, optamos por explorar esse mercado. E hoje estamos com R$ 5,2 bilhões sob gestão”, conta Sternick. O AF Invest Geraes, campeão na sua categoria, foi criado em 2008 e é um dos três fundos abertos na casa atualmente.

Nos três anos considerados pelo ranking, o fundo registrou um retorno de 27,34%, o que equivale a 113% do CDI. E os bons resultados não passaram despercebidos. O patrimônio do fundo foi em média de R$ 3,3 bilhões durante 2019, ano em que terminou com cerca de 14 mil cotistas.

A liquidez diária que o fundo oferece diferencia o Geraes dos outros premiados, que exigem períodos de carência. Por conta dessa característica, o fundo carrega um caixa maior – terminou o ano passado com um terço da alocação em títulos públicos. Para quem deseja um produto mais dedicado aos títulos corporativos, a gestora oferece uma versão do fundo com carência de um mês.

“Nossa expansão veio com o advento das plataformas de investimento, que permitiu que uma gestora de fora do eixo Rio-São Paulo conseguisse alcançar investidores ao redor do Brasil”, diz o gestor. “Sempre tivemos um cuidado muito grande com o crescimento. Poderíamos estar com um patrimônio maior, mas talvez não tivéssemos o mesmo resultado de hoje”, explica.

A estratégia calcada em análise e monitoramento rigorosos dos ativos é o principal componente responsável pelo sucesso do fundo, avalia Sternick, que lidera um time integrado por mais 22 pessoas.

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Renda fixa: um em cada quatro fundos perdeu para a inflação em 2019

Com filosofia parecida, o acompanhamento do mercado levou o fundo XP Top, segundo colocado no ranking, a fechar para captação no início do ano passado.

“Avaliamos que o mercado estava cometendo excessos, começou a desembolsar dívidas para emissores que, apesar do bom risco de crédito, estavam se apropriando de um momento de muita liquidez, emitindo dívidas longas e muito baratas. Preferimos então ficar fora e extrair retornos de posições em que tínhamos mais convicções”, afirma Fausto Filho, que gere R$ 14 bilhões em fundos de renda fixa na XP Asset.

O XP Top tem patrimônio de R$ 1,4 bilhão e supera a marca de 13 mil cotistas. O resgate do fundo demora 15 dias corridos para ser processado e um dia útil para ser liquidado, e o retorno em três anos foi de 27,09%.

Criado em 2001, o fundo é um dos mais antigos da classe e já passou pelas mãos de gestores da Mercatto e da Bozano, antes de ser reinventado pela equipe da XP, há três anos.

“Promovemos uma readequação da carteira do fundo assim que assumimos. Vislumbrando uma Selic mais baixa, preferimos diminuir a exposição a papéis atrelados a percentual do CDI”, afirma o gestor.

Ele acrescenta que, para aumentar as possibilidades de investimentos do mandato, a equipe optou por tirar o fundo do enquadramento que permitia receber aportes de fundos de pensão.

O gestor destaca ainda o ativismo na gestão como um vetor importante de ganhos e cita o exemplo de uma emissão de 2010, da concessionária Rota das Bandeiras, que pertencia à Odebrecht.

“Era a dívida mais longa lançada pelo mercado de capitais à época. Quando veio a Lava Jato, muita gente entrou em pânico e vendeu o papel a qualquer preço, sem fazer a análise financeira da empresa. Vimos como uma oportunidade e começamos a aumentar exposição”, afirma. “Compramos esses papéis descontados e, no ano passado, a concessão foi vendida. A troca de controle aumentou o fôlego financeiro da companhia e trouxe muito ganho para quem já era credor.”

Ele diz que o ambiente de juros baixos vai desafia os gestores que quiserem entregar retornos satisfatórios. “Acreditamos em um alongamento saudável da carteira, em setores e nomes que estão remunerando o investidor para isso. E com uma atuação forte no mercado secundário: dificilmente alguém vai entregar retorno carregando os títulos até o vencimento.”

Custos da liquidez

Para Alexandre Muller, gestor da JGP, com o atual desenvolvimento do mercado secundário, outro fator que vai permitir ganhos do segmento no longo prazo é a carência dos fundos.

Produtos de crédito privado com ativos de vencimento alongado, mas que oferecem liquidez imediata ou diária terão que se desfazer de papéis a preços piores durante momentos de estresse, em que muitos cotistas resgatam seus recursos. “A liquidez em um momento de ajuste é prejudicial para o investidor, não tem almoço grátis.”

Já os fundos de menor liquidez terão capacidade de esperar momentos melhores para honrar as retiradas, diz Muller, à frente da gestão de R$ 3,6 bilhões em renda fixa na JGP, fundada por nomes como André Jakurski e Paulo Guedes, hoje ministro da Economia.

O JGP Corporate foi lançado em 2014 e o resgate pode demorar até um mês e meio. “Se ficássemos preocupados em honrar passivos do dia para a noite, isso tiraria o foco da gestão dos investimentos e prejudicaria aqueles com disposição de investir a médio e longo prazo”, conta.

Para se ter ideia da diversificação desse tipo de produto, o fundo detinha em dezembro 135 papéis de 78 emissores diferentes.

Os três fundos que compram cotas do fundo master do JGP Corporate somam quase 400 cotistas, com um patrimônio total de R$ 450 milhões (o fundo premiado está fechado, mas há um fundo espelho aberto). Há ainda R$ 550 milhões de fundos exclusivos aplicados na mesma estratégia.

Muller recorda que o caminho até a consolidação do fundo foi árduo. Após o lançamento dele, em meio à perda do grau de investimento do Brasil, ninguém se interessava pela classe. “Passamos nove meses sem captar recursos”, lembra. A mudança aconteceu com o recuo dos subsídios públicos do BNDES, que abriu espaço para financiamentos privados via mercado de capitas.

O gestor acredita que o mercado de crédito conta com boas oportunidades de investimentos em 2020. Ele aponta que o setor saiu de uma mínima de 0,69% de spread (prêmio pago acima do CDI) e chegou até 1,36%, abertura que provocou perdas no ano passado. Agora, o movimento contrário pode gerar bons retornos.

“Meu cenário base é que o spread, que hoje está em 1,30%, vai ficar estável na casa de 1,10%. Esse fechamento deve gerar um retorno de 1,70 ponto percentual acima do CDI, antes dos custos. É um bom retorno para o nível de risco de empresas com boas notas”, explica.

Mas, à medida que os retornos dos fundos continuem sólidos, diz Muller, mais dinheiro deve entrar, empurrando o mercado a projetos ou empresas sem muita consistência. Isso pode provocar os chamados “eventos de crédito”, como calotes ou renegociações, que fazem o mercado se retrair.

Os gestores da área, porém, ainda estão longe de tomar riscos exagerados, avalia o gestor. “Estamos na fase inicial do ciclo. O nível de risco que o mercado como um todo esta tomando ainda é moderado.”

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Itaú BBA aponta 7 temas para Petrobras e vê “mundo de oportunidades” para Eletrobras: as recomendações em destaque

Refinaria Presidente Getúlio Vargas Petrobras

SÃO PAULO – As recomendações seguem movimentando o mercado nesta quarta-feira (21). Nesta sessão, os investidores repercutem as recomendações do Itaú BBA para Petrobras e Eletrobras, enquanto o Bradesco BBI colocou a Usiminas como a top pick no setor de siderurgia. Por fim, o Goldman Sachs reduziu a recomendação para a Minerva, o que impactou no preço das ações, com baixa de até 6%. Confira os destaques das recomendações:

Petrobras (PETR3;PETR4

O Itaú BBA destacou em relatório os sete principais pontos para ficar de olho em 2020 quando o assunto são as ações da Petrobras (mais especificamente, sobre os ativos preferenciais), além de revisar as estimativas para a companhia com os números mais recentes.

André Hachem e Leonardo Marcondes, analistas do banco, mantiveram a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para os ativos PETR4, elevando o preço-alvo de R$ 38 (US$ 18 para o ADR, ações da estatal negociadas nos EUA) para R$ 40 (ou US$ 19 por ADR).

Abaixo, estão listados os sete tópicos para a companhia em 2020, segundo o Itaú BBA.

i) mudanças no mix de produção: a empresa deve se beneficiar neste ano de um portfólio mais rico, já que a proporção de barris em desenvolvimento sob os regimes de cessão onerosa e partilha de produção (no campo de Búzios, arrematado pela companhia no leilão da ANP, Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis) aumentará em relação à produção sob o regime de concessão.

ii) mudanças após leilão da ANP: ainda relacionado à produção, o analista destaca a rodada de licitações de 2019, em que a Petrobras assumiu um papel-chave em um cenário em que poucos estrangeiros arremataram campos. “Isso trará algumas mudanças importantes nas finanças da companhia. O leilão de cessão onerosa tem ramificações na curva de produção e nas finanças da Petrobras, já que a empresa foi obrigada a pagar um grande bônus de assinatura inicial e terá que fazer compromissos de investimento nos próximos anos para desenvolver o campo de Búzios”, avaliam os analistas.

A petrolífera arrematou os campos de Búzios no leilão dos excedentes da cessão onerosa, realizado em 6 de novembro de 2019, e foi a única a apresentar (em consórcio) propostas para o campo. O bônus total a ser pago é de R$ 68,194 bilhões, sendo que R$ 61,374 bilhões cabem à Petrobras, controladora de 90% do consórcio que arrematou o bloco. 5% pertencem à chinesa CNODC, e outros 5%, à CNOOC.

iii) produção na Bacia de Campos: houve uma queda significativa nos últimos dois anos, muito em razão de um acordo assinado pela Petrobras para melhorar suas práticas de descarte de água, resultando em um maior tempo de inatividade das plataformas. Segundo o analista, ajustando a produção da Bacia de Campos para o tempo de inatividade, é possível observar um potencial de recuperação da produção da Bacia de Campos.

iv) comissionamento de novas plataformas: a companhia adotou uma política de efetuar apenas contratos de arrendamento e operação de suas unidades, ao invés de ter plataformas próprias. No entanto, à medida que o mercado de FPSO se torna mais apertado, a empresa pode voltar a fazer plataformas próprias.

v e vi) plano de desinvestimento de oito refinarias do Brasil (50% de sua capacidade) e política de preços: a venda dos ativos de refino pode render uma melhora na governança corporativa da empresa. Com relação à política de preços, por sua vez, os analistas avaliam que a Petrobras retomou o preço de mercado livre, adotando mecanismos de hedge para conter a volatilidade.

“Entretanto, alguns eventos, entre eles, geopolíticos, causaram aumentos significativos no preço do petróleo, enfatizando as tensões e os riscos relacionados aos preços do diesel e da gasolina: se os preços mais altos do petróleo forem sustentados por mais tempo, um repasse mais alto seria necessário”, apontam os analistas.

vii) venda de ativos, alavancagem e dividendos: o cenário base do Itaú BBA é de que a Petrobras atinja o limite de 1,5 vez a relação entre dívida líquida e o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) em 2021. Os analistas projetam que o dividend yield das ações da companhia seja de 4% em 2022 com a nova política de distribuição de proventos.

Eletrobras (ELET3;ELET6)

O Itaú BBA também iniciou a cobertura para as ações ordinárias da Eletrobras com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) em relatório chamado “um mundo de oportunidades”, com preço justo de R$ 56 (potencial de valorização de 35% frente ao valor negociado nesta quarta)  para o ativo para o fim de 2020. O banco atribui 50% de chance de privatização da companhia; no cenário de não haver nenhuma probabilidade de privatização, o preço-alvo iria para R$ 44 por ação (potencial de alta de 6,39%).

De acordo com o analista Marcelo Sá, a companhia apresenta um equilíbrio de risco e retorno muito atraentes, que podem ser potencializados se a empresa for privatizada, ao mesmo tempo que deve haver uma queda limitada se o governo federal desistir da possibilidade de privatização.

No cenário otimista, o analista apresenta uma avaliação de R$ 68 por ação (alta de 64%), enquanto que, no caso mais conservador, é de R$ 32 por ação (ou queda de 22%).

Sobre o tema da privatização, o analista reforça que a Eletrobras contratou uma empresa de consultoria para identificar medidas caso a empresa permaneça sob controle estatal. As medidas adicionais adotadas têm potencial de reduzir os custos em R$ 500 milhões por ano em 2021, enquanto o caso base assume R$ 300 milhões por ano.

O analista avalia ainda o potencial da Eletrobras para aumentar o pagamento de dividendos a médio prazo em meio a um cenário de rápida desalavancagem. Desde que Wilson Ferreira Jr. assumiu o cargo de presidente da estatal no segundo trimestre de 2016, a companhia reduziu sua alavancagem de 9,8 vezes a relação entre dívida e Ebitda para 1,8 vez no terceiro trimestre de 2019.

Com isso, a expectativa de Sá é de que a alavancagem continue caindo, o que abrirá espaço para o aumento de pagamento de dividendos.

Usiminas (USIM5)

Os analistas do Bradesco BBI mudaram suas preferências para o setor de siderurgia, colocando agora a Usiminas como a top pick do setor com preço-alvo de R$ 13; antes, a top pick era a Gerdau (GGBR4).

A expectativa para a Usiminas é de uma combinação de recuperação de volume e preço em 2020 que deve levar a um Ebitda mais forte, assim como expansão de múltiplos. A siderúrgica negocia a um múltiplo de 6 vezes a relação entre o valor de empresa e Ebitda esperado para 2020, com um desconto de 18% para GGBR4; os analistas acreditam numa potencial rotação de Gerdau para Usiminas.

“O momentum de aços planos está crescendo, uma vez que (1) não apenas os preços internacionais do aço tipo HRC têm recuperado cerca US$ 70 a tonelada (ou 17%) da baixa recente, mas (2) também com o real depreciado em cerca de R$ 4,20”, avaliam os analistas.

A expectativa é de 10% de aumento de preço para o canal de distribuição em 2020, que deve se materializar mais rápido do que esperado (e talvez em maiores níveis – aparentemente siderúrgicas estão anunciando uma iniciativa de aumento de 10% para março, em cima dos 10% de janeiro).

“Mesmo considerando a implementação total do aumento de janeiro/fevereiro, ainda vemos o aço HRC doméstico negociando a 4% de desconto na relação com o importado, sugerindo que outro aumento de 10% pode acontecer. Dito isso, vemos boas chances de um aumento combinado de 15% para distribuição pegar até o final de março”, avaliam.

Já do lado do volume, a estimativa é de uma demanda de aços planos crescendo entre 4% e 5% em 2020, com base em taxas de crescimento similares na média em setores chave de consumo (fabricantes de automóveis e bens de capital, além de maquinário). “A Usiminas ainda está rodando a cerca de 65% de capacidade disponível (ou 45% de capacidade instalada) e a estimativa é de um crescimento de volume de 25% nos próximos 3 a 5 anos”, apontam os analistas.

Minerva (BEEF3)

O Goldman Sachs reduziu a recomendação para as ações da Minerva de neutra para venda, destacando que o “momentum” positivo está totalmente precificado. Após uma alta de 157% em 2019 e ganhos de dois dígitos em 2020, os analistas do banco apontam que as ações andaram à frente dos fundamentos e há risco para baixo diante das expectativas elevadas.

O cenário para as exportações deve permanecer favorável, mas a alta recente nos preços do gado no Brasil pode prejudicar a demanda doméstica. O preço-alvo é de R$ 12 (uma queda de 16% frente ao preço negociado nesta quarta-feira).

O rebaixamento acontece antes da precificação da oferta de ações na quinta-feira, que pode levantar R$ 1,4 bilhão.

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Grow anuncia reestruturação no Brasil e tira bicicletas Yellow de circulação temporariamente

SÃO PAULO – A Grow, startup de mobilidade dona dos patinetes e bicicletas Yellow e Grin, anunciou nesta quarta-feira (22) uma “reestruturação” nas operações brasileiras. O intuito é promover um “ajuste operacional” para que a companhia “continue prestando serviços de forma estável, eficiente e segura”, de acordo com comunicado.

Todas as bicicletas foram tiradas de circulação neste momento. Elas serão “submetidas a um processo de checagem e verificação das condições de operação e segurança”, de acordo com a empresa, que também está prospectando “parcerias públicas e privadas para fortalecer e expandir sua operação”.

As operações em Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campinas (SP), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), Guarapari (ES), Porto Alegre (RS), Santos (SP), São Vicente (SP), São José dos Campos (SP), São José (SC), Torres (RS), Vitória (ES) e Vila Velha (ES) serão encerradas. As patinetes que serviam a esses mercados serão levadas aos mercados onde a Grow continuará oferecendo o serviço: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Curitiba (PR).

“Planejar essa reestruturação nos colocou diante de decisões difíceis, porém necessárias para aperfeiçoar a oferta de nossos serviços e consolidar a nossa atuação na América Latina. O mercado da micromobilidade é fundamental para revolucionar a forma como as pessoas se locomovem nas cidades e continuamos acreditando que esse mercado tem espaço para crescer na região”, disse na nota Jonathan Lewy, CEO da Grow.

Segundo a nota, os funcionários demitidos terão auxílio para recolocação com auxílio de uma consultoria de RH. “Agradecemos aos colaboradores que estiveram conosco e estamos buscando sua recolocação no mercado de trabalho. É importante ressaltar que todos terão resguardados os seus direitos trabalhistas”, disse Lewy.

A Grow é a terceira maior companhia de micromobilidade do mundo e está em 7 países.

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Petróleo pode cair US$ 3 com impacto de coronavírus, diz Goldman

(Bloomberg) — Se a epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave de 2003 servir de guia, mercados de petróleo podem ser impactados pelo coronavírus da China, sendo o combustível de aviação o mais afetado, segundo o Goldman Sachs.

O vírus respiratório, que se originou na cidade de Wuhan, poderia causar uma queda da demanda global de 260 mil barris por dia em 2020. O combustível de aviação responderia por mais de 65% da baixa, disse o Goldman em relatório.

A menor demanda provavelmente levaria a cotação do petróleo a cair em US$ 2,90 o barril. As projeções do banco refletem o impacto estimado na demanda causado pela SARS em volumes de 2020.

O coronavírus causa nervosismo nos mercados financeiros, especialmente porque se propaga quando centenas de milhões de chineses se preparam para viajar pela China e ao exterior para as festas do Ano Novo Lunar. O possível impacto traz outro curinga aos mercados de petróleo, já afetados este ano pela tensão no Oriente Médio e no norte da África.

“Embora uma resposta de oferta da Opep possa limitar o impacto fundamental de um choque da demanda, a incerteza inicial sobre o escopo potencial da epidemia pode levar a uma onda de vendas maior do que os fundamentos sugerem”, disseram Damien Courvalin e Callum Bruce, analistas do Goldman.

A volatilidade do preço do petróleo pode aumentar nas próximas semanas, embora o Goldman ainda veja um atraso sustentado no preço do barril Brent este ano, já que o impacto total nos fundamentos ainda é limitado. A preocupação com o impacto do vírus sobre a demanda de petróleo, no entanto, deve amenizar o receio sobre os cortes no fornecimento na Líbia, Irã e Iraque.

Durante a SARS, os preços de combustível de aviação de Cingapura caíram em relação a outras regiões. A Associação Internacional de Transporte Aéreo estimou uma queda de 8% no tráfego anual de companhias aéreas asiáticas durante o surto da SARS, enquanto operadoras dos EUA sofreram uma baixa menor.

Autoridades de saúde do mundo todo tentam medir o perigo do novo vírus SARS, com o primeiro diagnóstico registrado nos EUA. A China registra um total de 440 casos, com nove mortos.

O impacto real na demanda global de petróleo dependerá da rapidez com que o coronavírus se espalhar para outras regiões e do nível de contágio, segundo analistas. Uma resposta rápida e agressiva das autoridades chinesas também pode diminuir a incerteza e o impacto negativo na economia, acrescentaram.

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Gol nega revés após mais uma postergação da Boeing para retorno do 737 Max

Aeronave da Gol parada em aeroporto

A Gol buscou demonstrar tranquilidade, na terça-feira, 21, depois de a Boeing mais uma vez postergar a retomada de operação do 737 Max. Em evento no último dia 9, os executivos da aérea brasileira haviam destacado que uma liberação depois do primeiro trimestre deste ano poderia comprometer os negócios na alta temporada.

O 737 Max foi suspenso por autoridades em todo o mundo após dois acidentes deixarem centenas de mortos no fim de 2018 e início de 2019.

Na terça, a Boeing afirmou que, atualmente, está estimando que a aeronave retornará apenas em meados de 2020. A empresa vem postergando constantemente os prazos, em meio ao escrutínio de agências reguladoras como a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês).

A Gol foi procurada pela equipe do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), mas negou que a nova postergação fosse um revés para seus negócios. “Não há revés. A Gol tem flexibilidade no seu plano de frota para acomodar a nova data que a Boeing indica”, disse a empresa, em nota.

Para fazer frente à demanda maior no início do ano, a Gol se viu obrigada a fretar aeronaves. Segundo a empresa, “há tempo suficiente para reorganização da frota, e reforçamos ter flexibilidade em nosso plano”.

A aérea brasileira, assim como outros players no mundo, negociam com a Boeing um reembolso diante dos prejuízos decorrentes da suspensão do 737 Max. A Gol afirmou que mantém conversas com a norte-americana para uma compensação futura, e “reforça que sempre teve um relacionamento de confiança e transparência com a empresa”.

A resposta, entretanto, vai na contramão das sinalizações que foram dadas pelos executivos no último dia 9. Durante reunião com analistas e investidores, a empresa disse contar com uma solução para o imbróglio envolvendo o 737 Max até março e esperava já operar o modelo em abril para se preparar para a alta temporada.

“Durante a baixa temporada, de fevereiro até junho, o Max não faz diferença para a gente. Julho é a grande questão”, disse o vice-presidente de operações da Gol, Celso Ferrer, na ocasião. O executivo destacou que novos atrasos iriam obrigar a empresa a construir um crescimento de capacidade para julho.

O evento da Gol em meados de janeiro contou com a presença do diretor regional de marketing de produtos da Boeing, Jeffrey Haber. Ele apontou o primeiro trimestre deste ano como uma boa meta para liberar a aeronave, reforçando o cenário esperado para a Gol.

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5 surpresas positivas e 5 negativas que podem atingir o mercado global em 2020, segundo o Credit Suisse

SÃO PAULO – O ano passado encerrou com um grande otimismo no mercado financeiro, com as bolsas batendo recordes nos Estados Unidos, mesmo que do lado econômico a visão ainda seja mais temerosa, com risco de recessão na maior economia do mundo, Brexit e guerra comercial.

E como tem feito nos últimos anos, o Credit Suisse analisou alguns de seus cenários bases para o mundo em 2020 para levantar dez possíveis surpresas que os mercados globais poderão ter nos próximos meses, sendo cinco positivas e cinco negativas.

Em um documento de 62 páginas, os analistas explicam de forma bastante técnica quais fatores podem levar estes cenários a surpreenderem as projeções. Confira abaixo um resumo das análises:

Surpresas positivas

1. S&P 500 subir 25% em 2020

Em seu cenário base, o Credit vê o índice da bolsa americana em 3.425 pontos, o que representa uma valorização de cerca de 6% sobre o nível que estava na virada do ano.

Entre os motivos apontados pelos analistas para esta arrancada nos preços das ações estão um prêmio de risco (retorno dos papéis em relação aos títulos do governo) muito alto, fluxos de ações mais cautelosos e condições monetárias frouxas.

2. Japão se torna a região de melhor performance

Os analistas acreditam que o Japão terá uma performance levemente acima da média global este ano, o que tornaria uma surpresa se o país se tornasse o de melhor desempenho.

Porém, esta possibilidade existe já que atualmente o Japão negocia com um desconto de 35% contra os mercados globais. Além disso, o Credit aponta como motivos para esperar uma surpresa dessas o fato do país ser o mais alavancado para um recuperação da economia global e que os investidores estrangeiros ainda estão “underweight” (abaixo da média) com a nação asiática.

3. O euro se aprecia para US$ 1,25

Atualmente, os analistas projetam uma leve valorização no euro, chegando a US$ 1,15 no fim deste ano, mas acreditam ser possível uma alta mais forte da moeda europeia principalmente se o Produto Interno Bruto (PIB) da região vier mais forte.

Segundo eles, o crescimento da economia europeia pode ficar 50 pontos-base acima do atual consenso, de 1%, sustentado por uma política fiscal mais frouxa, aumento das exportações e recuperação da demanda doméstica.

“Se, como esperamos, os PMIs europeus subirem para 55 e os do EUA permanecerem aproximadamente fixos em 53, então o euro/dólar deverá subir para 1,25”, avaliam os analistas.

4. Petróleo termina o ano como um dos 3 setores de melhor desempenho

Enquanto a projeção atual é que o petróleo tenha um desempenho marginalmente acima de média, alguns fatores podem levar a commodity a ter uma performance muito mais forte nos próximos meses.

Os analistas apontam, entre outras coisas, que um crescimento forte da economia global podem puxar a demanda pleo combustível fóssil. Além disso, eles ressaltam o estresse no Oriente Médio, com as questões entre Estados Unidos e Irã podendo levar a uma arrancada dos preços.

5. Investimento público em infraestrutura verde aumenta

A expectativa hoje é que haja apenas pequenos aumentos nestes investimentos de tecnologias sustentáveis. Porém, os analistas acreditam que esta será a grande surpresa dos próximos anos. “É muito difícil identificar exatamente quando isso acontecerá”, afirmam.

Entre alguns catalisadores, o Credit destaca a mudança climática como pressão para estes novos desenvolvimentos, assim como o aumento do interesse político conforme novos eleitores se interessem mais por este tipo de proposta de campanha, e também possíveis mudanças fiscais para incentivar os investimentos.

Por fim, eles apontam ainda para o fato de que, com os rendimentos dos bonds zerados, “em teoria” o custo para “salvar o planeta” também é zero.

“Os gastos com infraestrutura relacionados ao verde podem ser uma política popular e de baixo custo para os políticos, à medida que impulsionam o crescimento e apaziguam o movimento verde no momento em que os custos dos empréstimos são zero”, afirmam.

Surpresas negativas

1. Crescimento do PIB da China recua para menos de 4%

Apesar de ainda esperar um forte crescimento de 5,9% do PIB chinês, os analistas alertam para um grande risco de isso mudar nos próximos meses.

A equipe do Credit Suisse aponta para uma bolha tripla em crédito, imóveis e investimentos e diz que no Japão, EUA, Irlanda e Espanha, as recessões ocorreram dentro de um ano após a queda dos preços das casas.

Hoje, o segmento de habitação responde por metade da riqueza das famílias na China, 9,5% do PIB local, sendo quase um quarto da receita do governo local e um quarto dos ativos dos bancos, explicam os analistas.

2. Rendimento dos títulos americanos chega a 3%

A projeção atual do Credit é que os títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos subam para 2,4% em 2020, mas eles lembram que no ano passado a expectativa era de alta, enquanto os rendimentos caíram.

Segundo eles, o mercado de ações pode viver com um yield de 2,5% dos bonds, mas uma alta para 3% pode prejudicar o setor de habitação, além de aumentar o custo de juros para as empresas e pesar no prêmio de risco para as ações.

3. Crédito se torna a pior classe de ativos em desempenho

O Credit destaca que o atual nível de alavancagem nos EUA geralmente está associado a um nível muito maior nos spreads (diferença entre o custo de captação e o de empréstimo).

Isto ocorre no cenário atual em um momento em que a qualidade do grau de investimento está anormalmente baixa, com 51% das notas estando apenas um nível acima do “junk” (lixo).

Segundo os analistas, a Moody’s recentemente alertou para os altos yields, sugerindo que os spreads deveriam estar entre 420 e 480 pontos-base, contra atuais 350 pontos, segundo o modelo da agência de rating.

“Isso é ruim para todas as classes de ativos e provavelmente levaria a um bear market”, concluem

4. Setor de tecnologia tem desempenho abaixo da média

A projeção é que o setor de tecnologia, que tem sido o de melhor performance todos os anos desde 2010, siga com um desempenho acima da média.

Por outro lado, os analistas destacam que as empresas de tecnologia no mundo estão sobrecompradas e que o lado vendedor está muito positivo com o setor de semicondutores. Além disso, eles ressaltam que, estatisticamente, os três setores com melhor desempenho nos EUA e na Europa tendem a ter um desempenho inferior à média no ano seguinte.

Pesa ainda o fato de que as pressões regulatórias estão aumentando, o que pode prejudicar as companhias do setor.

5. Crise financeira italiana

A Itália já está com dificuldades faz tempo, e apesar da projeção ser de que as ações locais tenham um desempenho abaixo da média, o Credit não vê uma crise financeira por conta das taxas de juros baixas e da recuperação da economia europeia.

Apesar disso, o pior não foi descartado. O crescimento per capita da Itália é o mais fraco da Europa, está perdendo participação no mercado de exportação, possui um dos níveis mais baixos de ensino médio na região e tem dados demográficos muito desafiadores.

Uma crise política ou um rebaixamento de rating da dívida italiana poderia desencadear uma crise financeira, o que poderia gerar spreads muito mais altos em títulos do governo italiano contra a dívida alemã, provocando uma recessão na Itália e derrubando as ações de toda a Europa.

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