Crescimento do mercado imobiliário deve se intensificar em 2020

Luiz Antonio França, Presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias.

O ano de 2019 trouxe grandes notícias para a construção civil, sendo um período de fortalecimento para o setor e de retomada do mercado imobiliário. Evoluímos nos principais números: geração de empregos, vendas e lançamentos de imóveis, melhora do PIB da construção e a importante redução da taxa de juros possibilitando novas ofertas de financiamento e mais acesso à moradia para as pessoas.

Estamos no caminho certo para voltar a ter um mercado aquecido e seguro. E os números comprovam isso. A Abrainc realiza em parceria com a FIPE uma pesquisa mensal do número de lançamentos, vendas, ofertas e distratos de imóveis de todo o país.

Quando fazemos a comparação do terceiro trimestre de 2019 com o mesmo período de 2018, o aumento de lançamentos é muito positivo. No segmento de médio e alto padrão (MAP), o crescimento foi de 20%, sendo mais forte na cidade de São Paulo com concentração em bairros de alta renda com previsão que esse efeito seja disseminado em todo o Brasil, em 2020. Já os lançamentos de imóveis de baixa renda tiveram um aumento de 11% no terceiro trimestre de 2019, em linha com o observado nos últimos anos.

É importante que o Minha Casa Minha Vida continue forte e que promova financiamento habitacional a baixos custos.

Os dados de aumento de lançamentos demonstram que o setor está mais confiante para investir. Em 2019, tivemos a consolidação da Lei de Distrato, o que promoveu uma maior segurança jurídica. A relação distrato sobre venda caiu para 20%, sendo que o número era de 50% nos últimos anos. Isso contribuiu para melhorar a efetividade das vendas das empresas.

E essa tendência positiva é destacada pela queda dos juros. A taxa Selic caiu para 4,5%, atingindo a sua menor marca da história, o que reflete também nos juros futuros – que medem a confiança do mercado – e possibilita a oferta ao crédito imobiliário. A Abrainc fez um levantamento que indica que uma queda de 1% nos juros do financiamento pode incluir até 2 milhões de famílias no mercado imobiliário. Portanto, a cada ponto percentual na variação da taxa de juros, em média o mercado aumenta em 16%.

E outro ponto de destaque em 2019 foi a criação da modalidade de crédito imobiliário indexado ao IPCA, que já está tendo uma grande procura pelos correntistas da Caixa e foi recém lançado pelo Banco do Brasil. E mantendo essa tendência, a Caixa irá lançar no primeiro semestre de 2020 o produto de crédito pré-fixado.

Essas iniciativas ampliam o leque de opções ao consumidor e demonstram o apetite das instituições ao crédito imobiliário.

A forte redução da taxa de juros abre a oportunidade para novas formas de financiamento, como fundos imobiliários CRI’s (Certificado de Recebíveis Imobiliários), que até o momento ainda tem pouca participação no segmento residencial. Além disso, a LIG (Letra Imobiliária Garantida), inspirada nos covered bonds surge como uma grande oportunidade de funding alternativo.

E a expectativa de crescimento para 2020 é muito positiva para o setor. O PIB da construção civil teve um aumento de 1,3% no terceiro trimestre de 2019, sendo duas vezes maior que o PIB Brasil (0,6%). Foi o segundo aumento trimestral consecutivo do setor. Para 2020 esperamos um crescimento nos lançamentos de 20% a 30% no segmento MAP e para o MCMV a estimativa é de um aumento nos lançamentos próximos dos observados nos últimos anos de 5% a 10%.

O crescimento do mercado em 2020 tem capacidade para ser ainda maior caso haja disponibilidade de funding. Um levantamento da Abrainc mostra que o mercado imobiliário teria potencial para construir até 1 milhão de novas moradias e a partir desse cenário, o setor geraria 5.5 milhões de postos de trabalho o que iria corresponder a 5% de todos os empregos gerados no país.

Em 2019, o setor gerou 15% do total de empregos formais criados no Brasil e de 2018 para 2019, houve um crescimento de 52% na geração de empregos, o que demonstra mais uma vez a retomada positiva.

O Brasil está no caminho certo para alcançar voos maiores e mais tranquilos. Após um período de turbulência, vivemos o momento de promover novos investimentos e acesso à moradia de qualidade com o intuito de reduzir o déficit habitacional. Com segurança jurídica e com economia forte, o setor está motivado e engajado alcançar esse objetivo.

LUIZ ANTONIO FRANÇA – Presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias.

 

The post Crescimento do mercado imobiliário deve se intensificar em 2020 appeared first on InfoMoney.

Confiança do comércio atinge maior nível desde fevereiro de 2019, segundo FGV

O Índice de Confiança do Comércio, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 1,3 ponto em janeiro deste ano e chegou a 98,1 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. É o maior nível desde fevereiro do ano passado, quando atingiu 99,8 pontos.

A confiança dos empresários do comércio subiu em 4 dos 6 segmentos pesquisados pela FGV. O Índice de Expectativas, que mede a confiança em relação ao futuro, subiu 3,8 pontos e atingiu 104,4 pontos, maior nível desde março de 2019 (104,7).

Já o Índice de Situação Atual, que mede a confiança dos empresários no momento presente, recuou 1,1 ponto e passou para 91,9 pontos.

De acordo com o pesquisador da FGV Rodolpho Tobler, a alta da confiança do empresário do comércio foi influenciada pela melhora das expectativas que voltaram a subir depois de um período de espera dos empresários no final do ano passado.

“Por outro lado, os indicadores de situação atual que vinham apresentando resultados mais positivos no final de 2019, recuaram em janeiro. Essa combinação de resultados mostra que o cenário de recuperação gradual persiste, ainda dependente de sinais mais fortes do mercado de trabalho e da confiança dos consumidores”, disse Tobler.

Invista melhor o seu dinheiro. Abra uma conta gratuita na XP.

The post Confiança do comércio atinge maior nível desde fevereiro de 2019, segundo FGV appeared first on InfoMoney.

Sapore anuncia compra do supermercado autônomo Zaitt e da Shipp

Zaitt

SÃO PAULO – Intensificando suas ações na área digital, a multinacional brasileira Sapore, presidida pelo empresário uruguaio Daniel Mendez, adquiriu participação majoritária das startups capixabas Zaitt e Shipp. A transação contou com a assessoria da Focal Capital.

A empresa de refeições coletivas coorporativas tem focado seus investimentos em tecnologia e na aquisição de startups, viabilizando o crescimento dessas unidades para formação de ecossistemas  – integrando os novos negócios a trabalhar em conjunto com a Sapore para otimização dos seus processos.

A Zaitt começou sua operação em abril de 2016, como mix de delivery de bebidas via aplicativo, e criou o primeiro mercado 100% autônomo da América Latina. As unidades presentes em São Paulo e Vitória funcionam sem funcionários e tem a compra guiada pelos próprios usuários.

Já a Shipp oferece uma rede de entregadores para os consumidores, seja para coletar um produto, realizar um serviço ou comprar algo por eles.

Para a multinacional, que possui cerca de 1300 restaurantes corporativos, servindo mais de 1,3 milhão de refeições por dia em todo o Brasil, um dos maiores benefícios da aquisição será o crescimento das operações nas áreas de varejo, super apps e na inovação gerada pelas duas startups, que transitam de maneira fluida entre os universos digital e físico.

“Nosso objetivo é agora gerarmos impacto real na vida das pessoas com um novo tipo de experiência, o qual tanto estabelecimentos quanto clientes se beneficiarão”, afirmou Daniel Mendez, fundador e presidente da Sapore.

Invista melhor o seu dinheiro. Abra uma conta gratuita na XP. 

The post Sapore anuncia compra do supermercado autônomo Zaitt e da Shipp appeared first on InfoMoney.

Juro menor sustenta otimismo de investidores brasileiros, mas desemprego preocupa

Notas de 50 e 100 reais

SÃO PAULO – Os investidores brasileiros estão confiantes com o ano de 2020. Segundo pesquisa do  UBS Global Wealth Management (GWM), de cerca de 200 participantes com pelo menos US$ 1 milhão, 72% se classificam como otimistas em relação à economia doméstica nos próximos 12 meses. Já os que se consideram neutros são 16%, enquanto os pessimistas totalizam 12%.

O principal motivo de otimismo, destacado por 56% dos investidores, é o nível baixo de juros no país. A Selic, taxa básica de juros, está em 4,5% ao ano, menor patamar da história, e as projeções do relatório Focus estimam ainda mais um corte.

O aumento do investimento privado também é apontado como fator de ânimo, indicado por 55% dos consultados.

Leia também:
• Um ano após a tragédia de Brumadinho, sustentabilidade ainda não é prioridade em alocações?
• Como investir para ter uma renda de R$ 8 mil por mês na aposentadoria?

Já entre os riscos, o item que mais desperta preocupação é a taxa de desemprego no país, apontada por 49%. O número de pessoas que buscavam trabalho no trimestre encerrado em novembro do ano passado era de 11,9 milhões, segundo dados da Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE.

Outros perigos mencionados foram o enfraquecimento do combate à corrupção e a polarização política, que poderia afetar a confiança nos negócios.

Otimismo sem fronteiras

O ânimo dos investidores brasileiros se estende também à economia global. Os otimistas chegavam a 68%, mostrando um otimismo acima da média global. Entre os 4.800 investidores, respondentes de 17 países, os que se dizem confiantes com o crescimento global são 60%.

As entrevistas aconteceram de 19 de dezembro de 2019 a 12 de janeiro de 2020, antes portanto de o coronavírus provocar cautela no mercado.

Em relação às próprias finanças, a principal ameça citada entre os brasileiros foi um possível aumento de impostos, citado por 65%. Metade dos consultados afirma que tem contas financeiras no exterior, e 64% dizem pretender migrar mais dinheiro para fora do Brasil.

Aproveite as oportunidades para fazer seu dinheiro render mais: abra uma conta de investimentos na XP – é de graça

The post Juro menor sustenta otimismo de investidores brasileiros, mas desemprego preocupa appeared first on InfoMoney.

Pense grande, seja grande: as lições de João Appolinário para empreendedores

Conhecer muito bem seu negócio, não ter medo de errar e ter muita dedicação. Para João Appolinário, CEO da Polishop, não é preciso ter seu próprio negócio para alguém ser considerado um empreendedor. “Você pode empreender dentro de um negócio de uma outra pessoa.  Empreender dentro de uma empresa é fazer mais do que você é pago para fazer”, afirma. 

Durante uma live às 5h06 da manhã no Instagram de Thiago Nigro, o Primo Rico, Appolinário  contou um pouco sobre o processo de criação da Polishop e afirmou que o pensamento de longo prazo foi fundamental para o sucesso da empresa. “Tenho o costume de fazer planos de 10 anos. Lembro de, em 2010, estar planejando como eu queria que a empresa estivesse em 2020, e aqui estamos nós”, conta.  

Fundada em 1999, a Polishop é considerada pioneira em venda multicanal. Hoje, a varejista de utensílios domésticos conta com quase 300 lojas físicas e cerca de 3800 funcionários em sua rede. 

“Todo negócio precisa de gente boa. No meu negócio, eu exijo que todos os meus colaboradores tenham esse desejo de empreender junto comigo. Somos todos parte de um só time, com um só objetivo”, disse Appolinário. 

 Líder de sucesso  

Durante a transmissão, Appolinário afirmou que, para ele, o papel de um bom líder é fazer com que pessoas geniais consigam trabalhar em harmonia. “Pessoas não seguem palavras, elas seguem atitudes. Gosto de brincar que meu papel é como o de um maestro de uma grande orquestra”, disse.  

“Um bom líder faz a diferença. Ele delega, mas não delarga. Tem disciplina e intensidade”, afirmou Appolinário. 

 Segundo ele, ter gosto pelo próprio trabalho também é fundamental. “Não dá para você criar alguma coisa que você não usaria. Eu gosto muito de criar coisas novas, estou sempre pensando em desenvolver coisas que nunca ninguém antes pensou em fazer. Empreendi nesse setor porque é o que eu gosto de fazer”, conta.  

Questionado sobre o segredo para construir um negócio de sucesso, Appolinário afirmou que a grande diferença está na forma como cada um lida com seus próprios problemas. “Em todo problema existe uma oportunidade. Não fuja dos seus problemas, encare eles e tenha foco no seu objetivo final”.  

O desafio  

live com João Appolinário aconteceu neste domingo, 26, e faz parte do desafio de 21 dias do Primo Rico. A proposta de Nigro é oferecer ao espectadores conteúdos de qualidade, às 5h06 da manhã, sobre empreendedorismo, finanças pessoais e investimentos durante toda a duração do desafio. 

“Quem se dispõe a fazer parte desse desafio mostra que realmente quer fazer algo grande com a própria vida”, afirmou Appolinário 

Logo após o fim das transmissões, todo o conteúdo exibido sai do ar. No entanto, os integrantes do grupo de Telegram do Primo Rico têm acesso a um resumo do dia, além de outros materiais extras e a agenda de convidados das próximas transmissões.  

Para participar do grupo de Telegram do Primo Rico e ter acesso gratuito aos conteúdos compartilhados por lá, clique aqui.  

The post Pense grande, seja grande: as lições de João Appolinário para empreendedores appeared first on InfoMoney.

Supermercado Hirota vai entregar compra no trabalho do cliente

A rede de supermercados Hirota vai ter armários refrigerados próprios dentro de grandes empresas para agilizar as entregas de alimentos, refeições prontas, bebidas geladas e itens de conveniência adquiridos na sua loja online. O primeiro armário refrigerado será instalado dentro de uma área de convivência do centro administrativo do banco Itaú, no Tatuapé, zona leste da capital. No local há 5 mil funcionários. O serviço começa a funcionar no início de fevereiro.

“A meta é ter cem lockers (armários) refrigerados em dois anos”, afirma o diretor de rede Hélio Freddi. Se o plano se concretizar, ele calcula que essa nova modalidade responda por 7% das vendas da varejista, que fatura R$ 500 milhões por ano.

A estratégia de entregar as compras feitas por meio de aplicativos dentro de lockers instalados dentro de grandes corporações para que o consumidor retire os produtos no momento mais conveniente começou em abril de 2019 com o iFood, empresa de entrega de refeições.

Hoje há 128 iFood Box em oito cidades do País. O iFood informa que, no seu caso, o equipamento não é refrigerado.

“Hirota está sendo pioneiro no formato de locker refrigerado, é uma sacada legal”, afirma Alexandre Machado, sócio da GS&Consult.

Ele explica que armários refrigerados espalhados em espaços de terceiros para agilizar entregas são muito usados pela Amazon, gigante americana do comércio online, que é dona da rede supermercados Whole Foods.

“Estamos seguindo a onda do mercado”, afirma Freddi. Ele diz que a intenção é atrair clientes com conforto, experiência de compra e tecnologia.

As vendas de itens de supermercados ainda representam muito pouco do varejo online no Brasil: 2,5% do faturamento do e-commerce em 12 meses até outubro ano passado, segundo dados do Ebit- Nielsen. Mas esse setor é visto por especialistas como a grande alavanca para impulsionar as vendas online, especialmente com esse tipo de entrega conveniente.

QR Code

Cerca de 500 itens mais vendidos nas lojas Express do Hirota, entre produtos de rotisserie, comida pronta, bebidas, frutas, artigos de conveniência, entre outros, estarão disponíveis nesse sistema de entrega. Para fazer a compra, o cliente baixa o aplicativo no celular, escolhe o produto, paga pelo cartão de crédito.

Quando a compra é depositada no locker, a loja avisa que ela está disponível para retirada e envia um QR Code (código) pelo celular. Ele é a chave para a abertura do armário. Segundo a rede, o serviço não será cobrado.

Freddi explica que para ter rapidez nas entregas, os produtos sairão da loja Express, que é um modelo compacto. Essas lojas funcionarão como mini centros de distribuição. Hoje o Hirota tem 40 lojas na cidade de São Paulo, das quais 24 Express e 16 supermercados, que são pontos de venda maiores.

Nos próximos 16 meses, a varejista vai investir R$ 22 milhões na abertura de 12 lojas. Serão dez lojas Express este ano e dois supermercados no começo de 2021.

As duas lojas Express têm endereço certo: dentro da estação Eucaliptos do Metrô, linha Lilás, em Moema, e no prédio conhecido como Robocop, na Marginal Pinheiros.

Invista melhor o seu dinheiro. Abra uma conta gratuita na XP. 

The post Supermercado Hirota vai entregar compra no trabalho do cliente appeared first on InfoMoney.

Da Honda ao McDonald’s: o impacto do coronavírus sobre empresas

Chineses com máscaras de proteção; coronavírus

(Bloomberg) — Empresas globais, como Honda Motor e Groupe PSA, estão retirando trabalhadores das regiões da China mais atingidas pelo surto do coronavírus. Operadoras de parques temáticos, cinemas, varejistas e redes de restaurantes estão suspendendo ou reduzindo as operações para proteger funcionários e limitar a propagação do novo vírus.

As medidas das empresas destacam a importância de Wuhan como um centro de manufatura, transporte e negócios. A cidade da região central da China possui mais de 500 fábricas e outras instalações, ocupando a 13ª posição entre as 2 mil cidades chinesas no banco de dados da cadeia de suprimentos da Bloomberg. É a capital da província de Hubei, que possui 1.016 fábricas, tornando-se a sétima maior de 32 dessas jurisdições.

Empresas japonesas possuem cerca de 54 unidades, companhias dos EUA controlam 44 e as europeias, 40, segundo os dados. Muitas fábricas são do setor automotivo e de transporte, e grandes nomes incluem PepsiCo e Siemens.

A China estendeu o feriado do Ano Novo Lunar até 2 de fevereiro em relação à data original de 30 de janeiro para reduzir o fluxo de viagens. As autoridades também bloquearam cidades com 40 milhões de pessoas ao redor do epicentro em Wuhan, enquanto tentam conter uma doença semelhante à pneumonia que já matou pelo menos 80 no país com cerca de 2.744 casos confirmados.

Países como EUA, Japão, Cingapura e Coreia do Sul também relataram casos de infecção.

Confira as medidas de algumas grandes empresas:

27 de janeiro:

  • Starbucks, McDonald’s e Domino’s Pizza. Das três redes de restaurantes dos EUA, a Starbucks é a mais exposta ao surto, impacto medido pela porcentagem da receita e lucro operacional em todo o mundo, de acordo com o analista da Guggenheim, Matthew DiFrisco. “A China representa uma região de alto crescimento e um contribuinte significativo para as metas de crescimento da receita global de longo prazo para as três empresas”, disse DiFrisco em relatório. A Starbucks, com cerca de 4.100 cafés na China, informou que está fechando algumas unidades, sem dar mais detalhes.
  • Tesla e Nio. Cerca de 8 milhões de carros foram vendidos no ano passado nas cerca de 40 cidades chinesas que têm 10 ou mais casos de coronavírus diagnosticados, ou 36,8% do volume total de varejo país, estimam analistas do Bernstein. Essas cidades responderam por 82,5% dos volumes de vendas de carros elétricos no varejo da Tesla e 68% do volume da Nio, segundo analistas.
  • Imax. A empresa com sede em Mississauga, Ontário, fechou temporariamente 70 mil salas de cinemas após o surto. O impacto da receita da Imax perdida durante o Ano Novo Chinês será de pelo menos US$ 60 milhões na receita global de bilheteria, de acordo com a MKM Partners. Se a epidemia durar mais algumas semanas, seria possível um rombo de US$ 200 milhões no primeiro trimestre, disseram analistas da MKM Partners em nota.
  • Nissan Motor. A montadora planeja retirar a maioria de seus expatriados e familiares de Wuhan usando um avião fretado enviado pelo governo japonês, disse uma porta-voz da empresa em e-mail.

26 de janeiro:

  • Honda Motor. A montadora vai retirar cerca de 30 trabalhadores e familiares japoneses de Wuhan usando uma aeronave fretada do governo, disse por telefone Teruhiko Tatebe, um porta-voz em Tóquio. Alguns funcionários necessários para manter as operações locais permanecerão na cidade.

25 de janeiro:

  • Groupe PSA. A fabricante dos carros Peugeot e de outras marcas disse que planeja retirar funcionários expatriados e famílias da área de Wuhan. Um total de 38 pessoas deixará a cidade, informou a empresa em comunicado.
  • Hennes and Mauritz. A varejista de roupas, mais conhecida como H&M, fechou um total de 13 lojas na região, segundo informações do jornal Svenska Dagbladet. A China é o quinto maior mercado da empresa em termos de receita, com 524 lojas em 31 de agosto.
  • A Ikea fechou seu depósito em Wuhan na quinta-feira, de acordo com a mesma reportagem.

24 de janeiro:

  • Walt Disney. A maior operadora de parques temáticos do mundo disse que fecharia sua unidade da Disneylândia em Xangai a partir de 25 de janeiro. A empresa está oferecendo reembolso aos hóspedes que compraram entradas para os parques temáticos ou fizeram reservas em quartos de hotéis. “Continuaremos a monitorar cuidadosamente a situação e a manter contato próximo com o governo local, e anunciaremos a data de reabertura após a confirmação”, afirmou a empresa em comunicado.
  • Delta Air Lines. A companhia aérea com sede em Atlanta divulgou uma medida que permite aos passageiros que viajam entre Pequim e Xangai entre 24 e 31 de janeiro a mudarem o itinerário uma vez sem ter que pagar multa.

Proteja seu patrimônio: invista. Abra uma conta gratuita na XP. 

The post Da Honda ao McDonald’s: o impacto do coronavírus sobre empresas appeared first on InfoMoney.

FOREX — Combinação de 3 Indicadores

FOREX — Combinação de 3 Indicadores

Para a melhor combinação, são usados frequentemente indicadores de diferentes grupos. Simples assim. Porém, existem também exceções. Entre elas está o Ichimoku Cloud (Nuvem de Ichimoku), que pode ser atribuído a ambos os grupos, assim como o ATR e Bandas de Bollinger, que pertencem a indicadores de volatilidade. Para tornar as coisas mais simples, selecionamos três combinações de indicadores que funcionam muito bem juntos.

Awesome Oscillator e Alligator

Os indicadores Awesome Oscillator e Alligator formam um par harmonioso. Eles também são desenvolvidos pelo mesmo autor, Bill Williams. Fato interessante: Bill Williams era um trader de tendências que dava prioridade a tendências mais fortes em prazos mais longos, condições que são consideradas as melhores para essa combinação de indicadores, já que ambos os instrumentos estão atrasados (seguindo a tendência). O Alligator é um indicador de tendência.

Atendendo ao propósito de sinalizar uma nova tendência, identificando sua direção e mostrando sua força, o Alligator pode indicar a direção do movimento do preço, de acordo com o qual uma negociação pode ser aberta. O Awesome Oscillator, por outro lado, é um oscilador de ímpeto destinado a sinalizar pontos de entrada para abrir uma negociação e pontos de saída para fechá-la, uma vez que a tendência seja definida.

MACD e Bandas de Bollinger

O MACD e o Bandas de Bollinger podem ter benefícios significativos um para o outro. O MACD mostra convergência e divergência de médias móveis. Servindo à finalidade de indicar a reversão, a direção e a força da tendência, ele geralmente leva os traders a adotarem estratégias de negociação que contam com uma reversão de tendência por vir. O Bandas de Bollinger, pertencente a uma categoria de indicadores de tendência, reflete a faixa dinâmica de movimento de preços.

Ele serve para caracterizar os preços e a volatilidade, definindo que os preços são relativamente altos na faixa superior e relativamente baixos na faixa inferior. Com o MACD sendo bastante versátil, uma variedade de estratégias pode ser baseada nessa combinação. Frequentemente, o MACD serve como um gerador de sinal para pontos de entrada e saída, enquanto o Bandas de Bollinger serve como um filtro de sinais.

Ichimoku Cloud (Nuvem de Ichimoku) e Índice de Força Relativa (IFR)

Embora o Ichimoku Cloud (Nuvem de Ichimoku ou Ichimoku Kynko Hyo), à primeira vista, possa confundir seu usuário iniciante, ele certamente merece a sua atenção. O Ichimoku combina as características de um indicador de tendência e um oscilador em um só. Ele pode indicar a dinâmica de preços, a direção da tendência, bem como os níveis de suporte e resistência. Apesar de ser bom por si só, o Ichimoku é frequentemente complementado por osciladores para confirmar o ímpeto de determinada direção. Um par comum para esse propósito é o Índice de Força Relativa (IFR), um oscilador de ímpeto fornecido para determinar a força da tendência atual e seus possíveis pontos de reversão.

Descubra a sua combinação favorita seguindo essas diretrizes simples. Tenha em mente também que quaisquer indicadores, assim como suas possíveis combinações, podem ocasionalmente dar sinais falsos. Além disso, sua precisão pode variar dependendo de outros fatores cruciais, como o período escolhido, a volatilidade do mercado e eventos econômicos importantes. Teste sua estratégia em um saldo de demonstração antes de investir seus fundos e lembre-se de que nenhum indicador, por melhor que seja, é capaz de fornecer sinais precisos 100% do tempo.

FOREX — Combinação de 3 Indicadores este artigo foi publicado primeiro em https://www.vemsertrader.com.br

Mourão diz que governo vai editar MP para contratar civis em força-tarefa do INSS

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou que o governo deve editar uma nova proposta para contemplar a contratação de servidores aposentados na força-tarefa que busca reduzir a fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A contratação exclusiva de militares da reserva, regulamentada ontem por meio de decreto, enfrenta resistências no Tribunal de Contas da União (TCU) por supostamente romper o princípio de impessoalidade.

“A questão do Tribunal de Contas está pacificada, uma vez que existe a ideia que sejam convocados os funcionários do INSS que estão aposentados, isso só pode ser por MP ou por projeto de lei. É diferente do caso dos militares, que é expedido”, declarou Mourão.

Para ele, o ideal é que o governo edite uma MP – que possui vigência imediata após a publicação – e precisa ser aprovada pelo Congresso em até 120 dias – para contemplar também a contratação de civis. O texto só deve ser publicado após o retorno do presidente Jair Bolsonaro da Índia, na próxima semana.

“Eles (civis) serão cobertos por uma MP ou um PL (projeto de lei). O ideal é que seja uma MP, para que o Congresso vote rapidamente. O Congresso está em recesso. Eu julgo que vai sair de qualquer jeito”, disse Mourão nesta sexta-feira.

Questionado sobre em quanto tempo a medida deve ser implementada, Mourão disse que não é possível avaliar. “O pessoal que não pertence aos quadros vai ter que ser treinado. Eu não sei quanto é que dura esse treinamento, ninguém me informou. Acho que, na melhor hipótese, em dois meses teria esse pessoal trabalhando”, disse.

Impessoalidade

Apesar dos questionamentos do TCU, Mourão alega que o decreto editado ontem pelo governo é “genérico” e “permite que os militares da reserva sejam convocados para atividades civis por um prazo determinado”, sem ferir o princípio de impessoalidade.

“Tem uma série de requisitos. O cara pode ser convocado desde pregar um prego em parede até auxiliar na questão do INSS”, justificou Mourão. “Pode até dizer que está dirigido para um grupo. Mas não são todos os militares que são obrigados. Eu não estou convocando o José, o João, o Antônio. Está aberto o voluntariado. Pode ser que ninguém queira. Eles não são obrigados. É diferente de uma convocação para defesa nacional onde os militares são obrigados a comparecer.”

Invista melhor e tenha uma aposentadoria mais tranquila. Abra uma conta gratuita na XP. 

The post Mourão diz que governo vai editar MP para contratar civis em força-tarefa do INSS appeared first on InfoMoney.

Vale: o que os analistas esperam para a ação da mineradora um ano após a tragédia de Brumadinho?

SÃO PAULO – 25 de janeiro de 2019. Este dia ficará marcado para sempre na história de centenas de famílias e na trajetória da Vale (VALE3), após a tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho (MG) que ceifou a vida de 270 pessoas, sendo que 11 continuam desaparecidas.

Naquele dia, em que a bolsa brasileira ficou fechada por conta do feriado de aniversário de São Paulo, os ADRs (American Depositary Receipts) da mineradora fecharam em queda de 8%, ainda em um cenário em que não se sabia as dimensões do acontecimento, mas com vários analistas já revisando as recomendações e projeções para a companhia, tendo em visto o abalo de reputação imediato e potencialmente o financeiro.

No Brasil, na sessão seguinte ao rompimento da barragem, da segunda-feira 28 de janeiro, o impacto foi sentido de forma ainda mais intensa nas ações, com os investidores tendo ainda mais informações sobre a tragédia: assim, os ativos caíram 24,5% na B3, levando a uma perda histórica de R$ 72 bilhões de valor de mercado em apenas um pregão.

Um ano depois do fatídico pregão, as ações praticamente voltaram ao patamar negociado no nível pré-crise: no dia 24 de janeiro de 2019, o papel VALE3 era negociado a R$ 56,15 e, na última quinta-feira, fechou a R$ 55,50 (em meados de janeiro, a ação ultrapassou a barreira dos R$ 56).

Mas, além de terem recuperado a cotação pré-Brumadinho, a ação VALE3 é vista com bons olhos quando o assunto é potencial de alta na B3 pela maior parte dos analistas de mercado. De 21 casas de análise que possuem cobertura para o papel, 15 (71,4%) possuem recomendação equivalente à compra para os ativos, enquanto 5 (23,8%) recomendam manutenção e apenas 1 recomenda venda (a ICBC research, com a última revisão de recomendação sendo feita em outubro de 2019).

As teses que guiam a visão mais otimista passam tanto pela visão de que a mineradora está conseguindo diminuir de forma bastante significativa os passivos sobre as demandas judiciais de Brumadinho, além de registrar uma forte geração de caixa, ter um prêmio de qualidade sobre o minério e estar prestes a retomar a sua produção para níveis pré-tragédia.

Porém, a companhia ainda enfrentará muitos desafios, sendo o principal deles a retomada da sua reputação, que ainda afasta muitos investidores (principalmente estrangeiros) da companhia, ainda mais em um cenário em que a questão ambiental se torna cada vez mais importante na escolha de investimentos de grandes gestores.

Recentemente, a BlackRock, gestora de US$ 7 trilhões e que possui participação de Vale (principalmente por conta de fundos passivos, atrelados a índices), destacou em carta que colocou as questões ambientais como centrais no processo de escolha de seus investimentos (veja mais clicando aqui).

A Vale tem tomado diversas medidas para reparar os danos e também mostrar seu comprometimento com ESG (como são chamadas as melhores práticas ambientais, sociais e de governança), conforme destaca Fernando Fontoura, gestor da Persevera Asset Management. A mineradora trocou seu presidente (saiu Fabio Schvartsman e entrou Eduardo Bartolomeo), está fazendo o descomissionamento das barragens do mesmo tipo que falhou, construiu unidade de tratamento para as reservas hídricas afetadas e se comprometeu a ter autogeração de energia limpa até 2030 e ser neutra em emissões de carbono até 2050.

“Entrando no tema do ESG, foi até um contexto bom para a Vale também repensar as operações que ela possuía e que não necessariamente faziam muito sentido, o que também desagradava o mercado”, afirma Fontoura, citando a redução da participação em sua operação de carvão em Moatize, em Moçambique.

O gestor vê a ação como bastante descontada em relação aos pares, apontando ter montado posição nos ativos ao longo dos últimos cinco meses também ao fazer uma análise sobre o minério de ferro, com a visão de que a queda dos preços da commodity não acontecerá de forma tão rápida quanto se previa.

Em meados de julho do ano passado, o preço do minério de ferro atingiu os US$ 120 tanto em meio à queda de produção no Brasil (em boa parte por conta da Vale) e na Austrália, além dos níveis baixos de estoque na China. Com isso, a percepção de boa parte dos investidores era de que tal patamar de preço não era sustentável e que, com a mineradora retomando a sua produção, o gigante asiático recuperando os seus estoques e com a incerteza sobre os estímulos do governo chinês para estimular a economia, as cotações da commodity iriam cair rapidamente para a casa de US$ 60 a tonelada.

Para Fontoura, a queda do minério acontecerá – mas não com tamanha velocidade que o mercado antecipou – aliás, o minério com 62% de pureza negociado em Qingdao está na casa de US$ 94 barris a tonelada, mostrando maior resiliência. Desta forma, há potencial de que os lucros da companhia surpreendam o consenso de mercado, também com o ambiente de retomada com volumes mais fortes de vendas, o que deve ajudar na diluição de custos e tornar as margens mais saudáveis.

Ano da redenção?

Em relatório recente, o Bradesco BBI reiterou a Vale como top pick do setor e classificou a companhia como “uma subestimada máquina de fazer dinheiro em modo de diminuição de riscos”, possuindo preço-alvo de R$ 87 para suas ações, ou um potencial de valorização de 57%.

De acordo com o banco, 2020 pode ser o “ano da redenção da companhia”, destacando sete temas para ela: i) as fases finais da negociação relacionadas a Brumadinho; ii) a perspectiva de altos dividendos; iii) a surpresa com o mercado mais apertado para o minério de ferro (como já destacado acima); iv) o crescimento da produção e os menores custos; v) a venda de ativos, caso da já citada Moatize e também a VNC (Vale Nova Caledônia), produtora de níquel e cobalto; vi) a evolução nas práticas de ESG e vii) o fim do acordo de acionistas.

Thiago Lofiego e Isabella Vasconcelos, analistas do banco, destacam que o múltiplo entre o valor de mercado (EV) e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) para 2020 é estimado em 4,6 vezes, desconto de 20% a 25% ante o nível em que as ações de seus pares australianos Rio Tinto e BHP são negociadas. A avaliação é de que o desconto deveria ser de cerca de 5%.

Os analistas apontam serem baixas as possibilidades de uma nova provisão em patamares substanciais para lidar com os acordo e indenizações de Brumadinho: o montante de US$ 6 bilhões reservados, sendo US$ 4 bilhões para indenizações e US$ 2 bilhões para o descomissionamento das barragens, é apontado como suficiente.

Com este episódio sendo resolvido pelo menos em termos de provisões, a Vale pode retomar a sua política de dividendos ainda no primeiro semestre, avaliam Lofiego e Isabella, podendo pagar entre US$ 5 bilhões e US$ 7 bilhões ao longo do ano, representando um dividend yield (indicador calculado pelo dividendo pago por ação dividido pela cotação do papel) entre 8% e 10%, considerado bastante atrativo

Também incorporando preços mais altos para o minério de ferro, normalização da produção, alavancagem baixa (até de forma ineficiente, nas palavras de Fontoura, gestor da Persevera) e altos dividendos, o Credit Suisse e o Itaú BBA também possuem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para a mineradora.

O Credit aponta que o anúncio de R$ 7,25 bilhões em juros sobre o capital próprio feita pela companhia em dezembro referente ao ano de 2019, no Investor Day, aumenta a confiança de pagamento de dividendos ainda em 2020.  A empresa não informou quando o dinheiro será creditado, já que continua valendo a decisão de suspender os pagamentos de proventos após a tragédia.

Já com relação à normalização das operações, o próprio ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, apontou que a Vale deve recuperar a produção atingida antes do desastre.

A mineradora produziu um recorde de 385 milhões de toneladas de minério de ferro em 2018 e estava prestes a elevar a produção para cerca de 400 milhões no ano passado antes do rompimento de uma barragem de rejeitos em Brumadinho, Minas Gerais. Contudo, a tragédia levou a um escrutínio regulatório rígido, que levou a empresa a suspender operações com 93 milhões de toneladas de capacidade.

Algumas operações foram retomadas, mas 50 milhões de toneladas de capacidade permanecem interrompidas e devem ser reiniciadas até 2021. Esse deve ser um dos fatores a reduzir o preço do minério mas, conforme aponta Fontoura, para a Vale, é preferível ganhar através de maiores volumes do que com preços mais altos por conta de uma menor produção.

Riscos no radar

Apesar dos pontos positivos, ainda falta muito para que a Vale consiga superar o caso Brumadinho – em termos de reputação, por sinal, os danos podem ser irreparáveis até mesmo no longo prazo.

O Bradesco BBI, por exemplo, destaca que o posicionamento dos investidores globais é claramente de venda e em meio a um ambiente de receios quanto a novos desenvolvimentos relativos ao rompimento da barragem.

Para Fontoura, mantendo as condições atuais, o desconto da Vale com relação às outras mineradoras globais pode permanecer ao longo dos anos, tanto por conta de um receio exacerbado de que um outro evento do gênero possa ocorrer novamente quanto pelo dano de reputação da empresa, que pode demorar para ser revertido.

Neste sentido, o estrangeiro que vê o mercado brasileiro de forma mais geral tende a ficar mais afastado da Vale, também levando em conta as manchetes mais negativas sobre o comprometimento do governo com o meio ambiente. Porém, quem acompanha a tese de investimentos mais de perto pode repercutir de forma mais rápida o processo de redução de riscos da mineradora.

Além disso, apesar de grande parte dos analistas estar otimista com os papéis, alguns se mostram reticentes, como é o caso da equipe de análise do Morgan Stanley, que possui recomendação equalweight (exposição em linha com a média). “Embora a relação risco-recompensa tenha melhorado, ainda esperamos ter maior clareza sobre o passivo em torno do acidente de Brumadinho antes de nos tornamos mais positivos com o papel”, afirmam.

Na última terça-feira (21), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou denúncia contra a mineradora, a consultoria alemã Tüv Süd e 16 pessoas. Conforme a acusação, ambas as empresas tinham conhecimento da situação crítica da barragem que se rompeu, mas não compartilharam as informações com o poder público e com a sociedade e assumiram os riscos. Logo após a apresentação da denúncia, os ativos VALE3 aceleram a queda na bolsa, mostrando que esse tema ainda é sensível para os mercados.

Entre os 16 denunciados, está o então presidente da Vale, Fábio Schvartsman, e mais 10 funcionários da mineradora. Os outros cinco ocupavam cargos na Tüv Süd. Eles foram acusados por diversos crimes ambientais e por homicídio doloso duplamente qualificado, levando em conta que as vítimas não tiveram possibilidade de defender suas vidas. Caso sejam condenados, apenas para o crime de homicídio, as penas podem variar entre 12 e 30 anos. As duas empresas também foram denunciadas pelos crimes ambientais e podem ser penalizadas com diversas sanções.

Assim, mesmo com as provisões, manchetes desse tipo afetam a percepção dos investidores sobre as ações. Apesar dos ativos registrarem um bom potencial de ganhos na visão da maior parte dos analistas de mercado, há riscos de, caso não consiga reverter os danos para a sua imagem, o “novo normal” para a Vale seja se tornar uma ação bastante descontada em relação aos seus pares internacionais.

Seja sócio das maiores empresas da Bolsa sem pagar corretagem. Abra uma conta na Clear.

The post Vale: o que os analistas esperam para a ação da mineradora um ano após a tragédia de Brumadinho? appeared first on InfoMoney.

Crie um site como este com o WordPress.com
Comece agora